A pesquisa sobre a confiança do empresariado, realizada na última reunião do Conselho Empresarial do Sul de Minas (Cesul) ocorrida no dia 24 de junho, demonstrou que os empresários continuam otimistas em relação à situação atual dos negócios e também no que se refere às perspectivas futuras. Tais resultados apresentaram pouca mudança em relação à sondagem anterior e somente a percepção em relação à economia do país continua no nível negativo e pessimista.
A pesquisa é conduzida pelo Departamento de Pesquisa do Unis em conjunto com o Cesullab, o GEESUL e a Educação Corporativa do Unis. A mesma foi aplicada na reunião presencial do Cesul ocorrida no dia 24 de junho e refere-se à percepção atual sobre o 2º trimestre de 2022 e as perspectivas para o 3º trimestre deste ano.
O índice geral de confiança (obtido pela média entre visão atual e futura) apresentou o resultado de 108,33 pontos, uma queda tênue de 0,09 em relação ao resultado anterior. Com relação ao índice de confiança atual (2° trimestre/2022) o resultado atingiu 106,33 pontos, apresentando uma alta de 0,83 comparado com o trimestre anterior. No que tange às perspectivas para o 3° trimestre de 2022, o índice de confiança futura apresentou o resultado de 110,33 queda de 1,00 ponto relativamente ao que se apurou na pesquisa passada.
Avaliando os quesitos pesquisados, é possível verificar que no contexto atual cinco apresentam resultados positivos. Podemos destacar os quesitos Segmento de Atuação (119 pontos) e Contratações (119 pontos), muito semelhantes à pesquisa anterior. Mais uma vez destacamos o resultado positivo das contratações, o que significa que as empresas pesquisadas estão admitindo mais do que demitindo, o que pode contribuir para a recuperação do emprego. Outro quesito que merece destaque é o Investimento (105 pontos), melhor que na pesquisa anterior, o que também é positivo para a recuperação dos negócios. No campo negativo tivemos o quesito Economia Nacional (88 pontos) um pouco acima da última sondagem, mas ainda muito pessimista. A forte alta dos preços e o aumento da taxa de juros, bem como fatores externos, podem explicar essa opinião dos empresários.
No que se refere às perspectivas futuras para o 3º trimestre, o resultado também indica que o empresariado está otimista nos mesmos cinco quesitos. Os destaques positivos ficam com Segmento de Atuação (121 pontos), Vendas (115 pontos), Contratações (112 pontos) e Investimentos (111 pontos). Mais uma vez fica a percepção de que se essas perspectivas se confirmarem, serão fundamentais para a melhor estruturação dos negócios. E novamente, no campo negativo, ficou o quesito Economia Nacional (96 pontos), o que mostra que o empresariado pesquisado não está otimista com o comportamento esperado para a economia no próximo trimestre.
Em resumo, a atual pesquisa apresenta visões e perspectivas otimistas e positivas por parte dos empresários em níveis bem melhores que no mesmo período de 2021 e semelhantes ao primeiro trimestre de 2022. Porém, os resultados ainda não são mais favoráveis devido à realidade econômica do país e do mundo que compromete os planejamentos de longo prazo das organizações. As previsões do Banco Central de um arrefecimento da inflação na segunda metade do ano precisam se confirmar para que o impacto dos preços não influencie ainda mais os negócios. Soma-se a isso a necessidade de os principais candidatos à presidência deixarem bem claros seus programas econômicos a fim de que o empresariado possa projetar melhor o futuro dos seus negócios.
