Na última quarta-feira (29), o coronel da Polícia Militar de Minas Gerais, Gilmar Luciano, afirmou que os policiais militares envolvidos na operação que aconteceu em Varginha e que resultou na morte de 26 suspeitos, não irão prestar depoimento à Polícia Federal. Durante uma entrevista ao Podcast do Portal Uai, o coronel ainda disse que os militares já foram investigados pela Polícia Jurídica Militar.
"Os policiais militares não vão prestar declaração em inquérito federal, porque a Polícia Federal não tem competência constitucional para investigar crimes militares", completou o Coronel Gilmar.
Os militares haviam sido intimados, no dia 20 de junho, para oitiva na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Belo Horizonte, porém não compareceram. O inquérito foi movido na Justiça Federal de Varginha e apura se houve excesso na atuação dos policiais envolvidos, sendo eles ouvidos na condição de investigados.
De acordo com a PF, os militares serão intimados novamente no começo de julho. O Governador do Estado, Romeu Zema, afirmou na semana passada que as ocorrências que envolvem militares devem ser investigadas pelo Tribunal Militar, o que já está sendo feito, e que os depoimentos já prestados por eles podem ser solicitados e devidamente enviados à Polícia Federal.
Seis Policiais Rodoviários Federais que participaram da ação, prestaram depoimento à PF, através de uma videoconferência, na última terça-feira (28).
