Essas tendências impactam no mercado de trabalho, nas empresas, na economia, nas questões sociais e de saúde.
Um estudo realizado pelo Grupo de Estudos Econômicos dos Sul de Minas – GEESUL, apontou que a população do Sul de Minas composta por 155 cidades, envelheceu e encolheu nos últimos 20 anos.
Segundo o estudo, dados de uma pesquisa do Instituto Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS) realizada em 2020, estimou uma população de aproximadamente 2.793.547 habitantes no Sul de Minas, número semelhante ao da Lituânia.
De acordo com o Geesul, se comparar os dados atuais com os apurados há 20 anos, onde a região tinha aproximadamente 2.384.851 de habitantes, a região teve um aumento populacional de 17,14%. O ritmo de crescimento foi lento, até 2005 o crescimento passava de 1% ao ano, após este período, o crescimento ficou próximo a 0,5% ao ano.
Com o ritmo lento de crescimento, não é de se espantar que neste período de 20 anos, 38 cidades apresentaram redução na sua população. Para o Geesul, este resultado se dá em função da dinâmica econômica de cada município e as oportunidades ofertadas à população local. Cidades com mais oportunidades, seja para trabalho ou estudo, atraem mais pessoas.
Dentre as cidades que apresentaram maior crescimento neste período estão Extrema (92,26%), São Bento Abade (43,14%), Pouso Alegre (42,87%), Santa Rita do Sapucaí (39,95%) e Juruaia (39,08%).
Envelhecimento
A atual pirâmide etária do Sul de Minas mostra maior concentração de pessoas entre 20 e 44 anos de idade dividida de forma bem homogênea.
Outro ponto a se considerar é que nesses 20 anos, as faixas etárias abaixo de 19 anos apresentaram reduções, enquanto a população adulta, e principalmente idosa, cresceu consideravelmente. Este fator está atrelado à questão cultural das gerações, já que as mulheres no século passado tinham muitos filhos, em contrapartida as mulheres deste século têm reduzido cada vez mais a natalidade.
Em relação ao aumento da população idosa, os fatores responsáveis são o avanço da medicina e o aumento da qualidade de vida em diversas cidades do Sul de Minas.
Ainda de acordo com o Geesul, é necessário que a sociedade tenha consciência de que esses dados implicam diretamente na economia, já que a mão de obra está cada vez mais escassa, além de repensar os modelos de negócios, para reinserir pessoas em idades mais avançadas no mercado de trabalho.
Veja os dados completos
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