Em entrevista coletiva realizada em Brasília, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anunciou que o partido apoiará o ex-presidente Lula (PT) no segundo turno das eleições. Ciro Gomes, que concorreu ao pleito pelo PDT, também esteve presente durante a reunião que decidiu pelo apoio ao PT.
"Tivemos uma hora e meia de reunião com toda a Executiva Nacional do partido, mais os presidentes estaduais, os deputados federais com mandatos, senadores e tomamos uma decisão unânime, sem um voto contrário, e eu repeti isso três vezes pra se tivesse voto contrário poder registrar em ata, está gravado, a decisão de apoiar o mais próximo da gente que é a candidatura do Lula, que eu chamo a candidatura do 12 mais 1", afirmou Lupi.
O presidente do PDT destacou que o partido estabeleceu uma condição para apoiar o candidato petista, que foi a incorporação de três propostas de governo de Ciro Gomes ao programa petista: a adoção de uma renda mínima de R$ 1.000 por família de baixa renda, a renegociação de dívidas no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e o projeto de educação em tempo integral.
Além disso, Lupi afirmou que o comportamento do governo Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19 foi fundamental para a escolha do partido.
"Nós temos profundo respeito ao povo brasileiro. São mais de 700 mil vidas que se perderam pela omissão criminosa do atual presidente da República. Se as pessoas não querem tocar nisso, enquanto eu for vivo eu vou tocar porque eu perdi amigo, familiares com a Covid. Se as pessoas não têm memória, nós temos que lembrar isso todo dia, porque esse sofrimento não pode ficar impune", ressaltou.