Os gases de efeito estufa, especialmente de carbono provenientes de combustíveis fósseis, atingiram níveis recordes globais em 2023. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), as emissões que resultam das atividades humanas industriais continuam aumentando e a tendência não é de redução.
Segundo especialistas, o atual nível na concentração de gases de efeito estufa nos coloca no caminho de um aumento das temperaturas acima das metas do Acordo de Paris até o final deste século, que tem o objetivo de limitar o aquecimento do planeta a no máximo 2ºC em relação ao nível pré-industrial.
O gás mais relevante na atmosfera, responsável por cerca de 64% do efeito de aquecimento do planeta, é o dióxido de carbono (CO2) causado pela queima de combustíveis fósseis. Já o gás que permanece na atmosfera por cerca de dez anos, sendo responsável por quase 20%, é o Metano (CH4), emitido por meio da exploração de combustíveis fósseis, queima de biomassa, aterros sanitários e ruminantes.
Outro gás que poderia gerar graves consequências para camada de ozônio, é o óxido nitroso (N2O), emitido para atmosfera por fontes naturais (60%) e antropogênicas (40%), através do uso de fertilizantes, processos industriais e queima de biomassa.
Os cientistas ainda alertam que se as emissões continuarem, a concentração de gases poluentes se acumulará na atmosfera.