Companhia fechou o 3º trimestre com lucro líquido de R$ 368,3 milhões e investimentos da ordem R$ 1,56 bilhão em nove meses
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) fechou o terceiro trimestre de 2024 (3T24) com um lucro líquido societário de R$ 368,3 milhões, 9,3% superior ao lucro líquido ajustado do 3T23. O resultado consta no balanço divulgado pela empresa ao mercado nesta segunda-feira (4/11).
O balanço do terceiro trimestre traz um aumento de 9,6% da receita líquida de água, esgoto e resíduos sólidos cujo valor foi de R$ 1,78 bilhão (contra R$ 1,62 bilhão no mesmo período de 2023).
Essa elevação reflete a aplicação de novas tarifas pela companhia, em função do reajuste tarifário de 4,21%, autorizado pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (Arsae-MG) e vigente a partir de 1/1/2024; e também pelo aumento de 3,5% no volume medido de água e de 3,6% no volume medido de esgoto.
Já os custos e despesas totalizaram R$ 1,21 bilhão no terceiro trimestre deste ano (contra R$ 1,14 bilhão no 3T23), apresentando elevação de 6,0%.
Referente aos custos administráveis, os gastos de pessoal adicionados dos serviços de terceiros apresentaram elevação de 3,0%. Já a alta dos custos não administráveis (15,7%) foi impactada, principalmente, pelo aumento dos gastos com combustíveis e lubrificantes (46,2%).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do 3T24 totalizou R$725,7 milhões, 13,6% superior ao Ebitda ajustado do mesmo período do ano anterior (R$ 638,9 milhões), o que demonstra a robustez da Copasa. A Margem Ebitda atingiu 40,5% (contra margem Ebitda ajustada de 38,5% no 3T23).
O lucro líquido societário do 3T24 foi de R$ 368,3 milhões, 9,3% superior ao lucro líquido ajustado do mesmo período do ano anterior, cujo montante registrado foi de R$ 337,1 milhões.
O resultado ajustado do 3T23 desconsidera as reversões extraordinárias e não-recorrentes de R$ 155,1 milhões, bem como os efeitos decorrentes dessas reversões (basicamente, os efeitos tributários), referentes a acordo celebrado em Ação Coletiva Trabalhista naquele trimestre.
Outro destaque positivo do balanço da Copasa foi a queda na inadimplência, que atingiu o menor índice dos últimos sete anos.
A relação entre o saldo de contas a receber vencidas entre 90 e 359 dias e o valor total faturado em 12 meses atingiu 2,97% em setembro de 2024 contra 3,07% no mesmo período do ano passado.
Esse resultado é decorrente das campanhas de renegociação de débitos, que garantem descontos e facilidades no acerto das cobranças.
A Dívida Líquida da empresa atingiu R$ 5,15 bilhões em setembro de 2024, enquanto a relação Dívida Líquida/Ebitda atingiu 1,8x contra 1,4x em setembro de 2023. Em julho de 2024, foi concluída a emissão de debêntures simples (19ª Emissão).
O montante captado foi de R$ 1,3 bilhão, sendo que os recursos serão destinados à execução de parte do programa de investimentos da companhia e à reserva de liquidez.
Também houve redução do índice de perdas de água, que passou de 38,9% em setembro de 2023 para 38,4% no mesmo mês deste ano. Essa queda é reflexo dos investimentos da Copasa em tecnologia de ponta e nas ações para o combate ao desperdício nos municípios sob concessão da empresa.
Avanço nos investimentos
Além dos resultados financeiros positivos, a Copasa também ampliou os investimentos ao longo do ano, na comparação com o período de janeiro a setembro do ano anterior.
Até setembro de 2024, a companhia investiu, incluindo as capitalizações, R$ 1,56 bilhão, sendo 30,7% superior a igual período de 2023 (quando somavam R$ 1,19 bilhão).
Esse volume de investimentos está distribuído entre: água (R$ 735,6 milhões), esgoto (R$ 601,4 milhões), desenvolvimento empresarial e operacional (R$ 33,4 milhões) e capitalizações (R$ 184,6 milhões).
Outros R$ 36,2 milhões foram investidos no âmbito da Copanor, subsidiária da Copasa que atua nas regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais.
Já para os anos de 2025 a 2028, o Plano de Investimentos da Copasa está sendo revisto e deverá refletir o novo patamar de investimentos que a companhia tem alcançado em 2024.