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Empresa transforma borra de café em pellets ecológicos em Varginha

Por Da redação | 29/10/2025 - 19:23:16

Pellets produzidos pela Bricofee a partir da borra de café (Foto: Geraldo Aureliano/Sakey )

A preocupação com o meio ambiente é uma pauta global desde a década de 1970, impulsionando a busca por práticas mais sustentáveis. Nesse contexto, o sistema de crédito de carbono, criado em 1997 para incentivar empresas e países a adotarem ações que combatam as mudanças climáticas, ganha relevância. No Brasil, embora 99% dos créditos emitidos sejam provenientes da Amazônia Legal, de acordo com o Painel de Carbono Florestal (Idesam), existem outros projetos inovadores no país, como a iniciativa de desenvolvimento de pellets a partir da borra de café, originada no Paraná.
O projeto foi concebido em 2019, no início da pandemia de covid-19, pelo corretor de proteína animal Luiz Zolet. A ideia surgiu após o corretor notar que a borra de café descartada secava rapidamente, levando-o a investigar o potencial de reaproveitamento desse resíduo. No Brasil, cerca de 8 mil toneladas de borra de café são descartadas diariamente, volume que, segundo Zolet, representa um grande passivo ambiental ao ser destinado apenas para aterros sanitários.
Após pesquisas e a constatação inicial de inviabilidade econômica na separação de um óleo da borra, Zolet chegou ao desenvolvimento dos pellets. A ideia foi incubada por seis meses no Paraná como startup de inovação. Com apoio financeiro do governo paranaense, a produção de biomassa em forma de pellets, utilizando como matéria-prima a borra de café instantâneo, teve início. A empresa, nomeada Bricoffee, foi oficialmente estabelecida em março de 2022.
O empresário explica que a decomposição da borra de café leva entre 50 e 60 dias. Ao transformá-la em pellets, a Bricoffee "tira do meio ambiente um passivo ambiental muito grande e transforma esse resíduo em biocombustível para que possa ser utilizado por pequenas, médias e grandes indústrias”. Outro passo importante foi dado ainda em 2022, com o pedido de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), baseado na inovação do uso da borra de café como matéria-prima. De acordo com Zolet, o processo de peletização e extrusão utilizado, que reaproveita a borra de café, resíduos agrícolas, agroindustriais e florestais, gera um combustível sólido com alto poder calorífico, superior aos de pinus e eucalipto, sendo uma fonte de energia limpa.
Em agosto de 2024, a empresa inovou mais uma vez ao transferir sua sede para Varginha, no sul de Minas Gerais. Zolet justifica a mudança pela necessidade de um grande volume de matéria-prima para a transformação do resíduo em pellet e pela presença de grandes empresas fornecedoras na cidade. Os pellets são denominados lenhas ecológicas por substituírem a lenha tradicional, evitando o desmatamento. Eles podem ser aplicados em diversas atividades, como aquecimento de aviários, de água em hotéis e clubes, fornos industriais e comerciais, e aquecimento residencial.
Atualmente, a Bricoffee possui capacidade de produção de 12 toneladas/dia de pellets. Contudo, há um projeto para ampliar essa capacidade para algo entre 20 e 25 toneladas/dia com a adição de uma nova linha de produção. A expectativa é que essa ampliação esteja concluída até junho de 2026, visando uma redução significativa no descarte de resíduos de café.
 

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