Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - mostrou que quase metade da população de Varginha vive uma relação conjugal, enquanto a outra está solteira. O levantamento, realizado em 2022, foi divulgado nesta quarta-feira (05/11).
De acordo com o levantamento, 61.332 pessoas, o que corresponde a 51% da população do município, vivem em algum tipo de relação conjugal. Em contraste, 58.894 indivíduos, ou 49% dos moradores de Varginha, se declaram como solteiros. O IBGE define “cônjuge” como a pessoa que mantém uma união com outra — englobando casamento civil, religioso ou união estável, com ou sem formalização, desde que haja moradia conjunta.
A proporção verificada em Varginha é idêntica à média nacional. Em todo o Brasil, 51% da população (mais de 90 milhões de brasileiros) vive em união conjugal, enquanto 49% (85,7 milhões de pessoas) não estão em união.
O IBGE categoriza a situação conjugal em três grupos: aqueles que viviam em união, os que não viviam em união e os que nunca viveram em união conjugal. O grupo "viviam em união" inclui pessoas casadas, em união estável ou convivendo com parceiro, seja por registro ou de forma consensual. Já o grupo "não viviam em união" agrupa aqueles que já viveram em união, mas não vivem mais (separados, viúvos ou divorciados), juntamente com o grupo de pessoas que nunca viveram em união.
No contexto nacional, o estudo aponta uma disparidade entre os sexos. Enquanto 45 milhões de homens declararam estar em união conjugal, um total de 85,7 milhões de pessoas do sexo masculino afirmaram não estar em nenhuma relação. Para as mulheres, a distribuição é mais equilibrada, com 45,2 milhões em união conjugal e 45 milhões que afirmaram não estar em nenhuma relação.
Luciene Aparecida Longo, técnica do IBGE, explica que o conceito de “união consensual” adotado pelo Censo não exige comprovação documental, dependendo da declaração do entrevistado. "A resposta depende de quem declara. Uma pessoa pode se considerar em união, enquanto a outra se vê como namorada, por exemplo”, afirma Longo. Ela ainda menciona que o IBGE coleta informações sobre uniões a partir dos dez anos de idade, reconhecendo esta como uma parte da realidade brasileira, mesmo que a lei não o permita.