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Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
 
Mulher Brasileira... Aqui está você!
17/10/2008
 

O sorriso franco das baianas no Carnaval de Salvador

A dança do Boto em Belém do Pará

Uma homenagem a Cora Coralina: a mais nobre das espécies vegetais

- Acordei indisposto. Dormi mal, preocupado com o horário e com minha viagem para Roraima.

- Bobagem. Hoje o dia está espetacular. Frio, chuva miúda e persistente, ares de cidade serrana nessas alturas da Serra do Mar.


Paula, uma fotógrafa guerreira que registra a morte da Transamazônica

- Pois é meu caro. Dentro de poucas horas enfrentarei 35 graus centígrados e estarei próximo das fronteiras brasileiras com a Venezuela e a Guiana. Como serão as mulheres por lá?

- Brasileiras! Roraima tem recebido povos de todas as partes do Brasil e abriga uma cultura étnica autêntica através dos povos indígenas dessa região das Américas. Há belíssimas índias naquelas porções de terra fértil.

- Será? Como você definiria a mulher brasileira?


No Hotel do Pelourinho, a exuberância soteropolitana 

- Pergunta difícil que merece uma resposta complexa. Vamos lá. Preciso lembrar-me das mulheres que conheci pelo país afora. A baiana, por exemplo...

- É meiga, brincalhona, solta, sensual e arisca não é mesmo?

- Depende do segmento social ou cultural ao qual esteja se referindo. A mulher baiana do povo, essa sim é extremamente educada e carrega em si o brilho de sua origem africana. As demais...


Pequenas representantes das etnias paranaenses

Deolinda em Jequitibá, durante uma autêntica festa popular 

- Calma. Sem julgamentos, apenas com apreciações. Continue tentando definir o que é a mulher brasileira.


Irmãs gêmeas no coração de Minas

- Está bem. Imaginemos a heróica Paula Freire que reside em Belém do Pará e que há décadas registra fotograficamente o surgimento, a decadência e a morte da rodovia Transamazônica. Essa sim é uma mulher especial, uma brasileira à parte.

- E a nossa querida Deolinda? Com seu instinto materno aflorado e a curiosidade explicita feminina, ela tem se debruçado de maneira profunda na difusão e no resgate da cultura popular mineira. Festas religiosas e pagãs, espalhadas por todo território de Minas Gerais, são objeto de seu estudo e paixão pela proporia terra.


Sob a Linha do Equador, em Macapá

12 de Outubro, dia de Nossa Senhora de Aparecida

- É interessante, não é mesmo? À medida em que buscamos em nossos cérebros e em nossas lembranças por onde se encontram esses seres encantadores, mulheres brasileiras, vamos nos recordando das preciosas criaturas com as quais nos deparamos nessas andanças continuas pois terminamos por amá-las, todas elas: as ingênuas gêmeas da Minas histórica, a dançarina paraense, que percorre as águas da Baía do Guajará em um pequeno barco turístico, as menininhas educadas nos moldes tradicionais de sua cultura européia no Paraná, a pequena mulata de olhos verdes que no litoral paulista protege a orquídea que batizamos de Cora Coralina...

- Em quem mais você pensaria ao referir-se à mulher brasileira?


Imaginação popular em produto doméstico

- Tive alguns amores, poucas paixões e diversas admirações. As minhas avós, por exemplo, são mulheres especiais. Doces frutos do Sul de Minas, elas são alicerce de minha educação. Cada qual com seu jeitinho: uma assando fornadas de pães de queijo (avó, tia, mãe, esposa e amiga exemplar), a outra, curiosa, leitora voraz, graciosa, bem informada e uma grande incentivadora para o meu conhecimento de vida.

- Viu como é difícil definir a mulher brasileira? Mas todas têm algo em comum, não é mesmo?

- São maravilhosas!

 
 
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