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Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
 
Itapura: um salto que desapareceu, uma cidade que ressurge
27/11/2008
 

Catequese aos finais de semana na escadaria da Igreja

Infra-estrutura disponibilizada para o lazer da população

Manifestação artísticapopular no bar

- Ao percorrer e desvendar o Estado de São Paulo, passamos por Itapura, uma cidade reerguida após o represamento de águas que abastecem as barragens de Jupiá e de Ilha Solteira.

- Na minha infância, entre Pereira Barreto e Araçatuba, eu sempre ouvia falar do Complexo Hidroelétrico de Urubupungá. O nome me fascinava e havia um mistério indecifrável para mim. Menino, aos oito anos de idade, e vivendo em uma fazenda que era banhada pelo Rio Tietê.


Desenhos coloridos contribuem com o charme do estabelecimento comercial

  - Pois é meu amigo, o generoso Rio Tietê percorre 1000 quilômetros, passa pela fétida São Paulo, até chegar na antiga Colônia Militar de Itapura. O seu passado foi inundado pelo líquido colossal e volumoso do valente Rio quando da inauguração da Usina Hidroelétrica de Engenheiro Souza Dias. O então belíssimo Salto de Itapura, assim como o espetacular Salto de Avanhandava – onde também havia um núcleo militar – desapareceram da realidade paisagística local e, hoje em dia, poucos têm conhecimento de sua existência que certamente durou centenas de anos até a chegada do homem e da tecnologia que mudariam o seu destino.


A bicicleta, uma opção racional de transporte na cidade

- Com a inundação, para onde foram os habitantes da cidadezinha?

- Por lá ficaram. Foi erguida uma cidade nova a qual surgiu desnorteada, sem passado vivido e concreto, pois a estação de ferro, as casas, tudo desapareceu da paisagem então transformada.

- Mas nem tudo desapareceu. A população se orgulha de ter ainda em pé o Palácio de Dom Pedro, uma edificação histórica, cuja construção remonta a 1869 e era a residência do Comandante do Destacamento Naval.

- E o casarão está em bom estado?


O abandonado Palácio de Dom Pedro, patrimônio histórico tombado pelo CONDEPHAAT

- Não, não está. Infelizmente. É preciso buscar recursos, alertar os administradores, provocar o órgão responsável pelo seu tombamento – o CONDEPHAAT para que não deixe desaparecer de vez este precioso vestígio histórico de Itapura.

- E como é a vida por lá nos dias de hoje?

- É pacata, tranqüila, saudável, amigável. Quando lá chegamos, a amiga Pámela e eu, nos deparamos com um grupo de crianças na escadaria da igreja – era aula de catequese. Fomos muito bem recebidos por eles. Trocamos impressões, comentamos sobre nossa coluna BrasilZÃO e prometemos divulgar a existência dessa localidade simpática, fácil de ser administrada, pois sua população não chega a quatro mil habitantes.


Portal da orla

 Poluição visual de publicidade do Governo na entrada da cidade

- Se Itapura tiver um bom Prefeito, certamente poderá se tornar um “brinco”, um exemplo para a região.

- O que você sugere?

- Que agendemos com o Prefeito para que consigamos dialogar com toda a comunidade, apresentando assim um roteiro de atitudes e ações a serem tomadas que tornariam Itapura a melhor e mais aprazível cidade da região.

 
 
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