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Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
 
Paraibuna: Rio de Água Escura
22/07/2009
 

Igreja Matriz Santo Antônio de Paraibuna

Busca de transparência na administração pública

- Como chego a Paraibuna?

- Ah meu amigo, a pitoresca Paraibuna era ponto de descanso para os turistas que seguiam para Ubatuba. Rapidamente descobriam o seu centro sem dar muita atenção ao seu aspecto, pois tinham pressa para bronzear os seus corpos e refrescar a sua alma em águas atlânticas do Litoral Norte de São Paulo.

- Paraibuna está muito bem situada, em local estratégico entre as montanhas e é banhada pelo rio que lhe empresta o charme bucólico de um local ideal para se viver tranquilamente.

A religiosidade sempre presente

- Dia 13 de junho é um dia importantíssimo na historia de Paraibuna, quando foi erguida uma capela em homenagem a Santo Antônio. Naquele tempo a região era coberta por mata virgem e os forasteiros provenientes de Taubaté e de São Paulo não tinham a menor consciência ecológica, pois a mata se apresentava tão poderosa que eles buscavam defender-se dos animais selvagens, dos índios, dos insetos e das intempéries ao desmatar as áreas necessárias para estabelecer-se. Surgia então a povoação Santo Antônio da Barra de Paraibuna.

Casarões recuperados no centro Detalhes arquitetônicos de outrora

- Pelas informações que obtive, já naquele tempo o núcleo habitacional servia de ponto de pouso para os viajantes e aos poucos se consolidava como um local de passagem. Vou ler para você as informações que chegaram até mim e que nos auxiliarão a compreender um pouco mais da história dessa cidade que passou por momentos relevantes, sobretudo, durante o ciclo do café quando surgiram enormes propriedades rurais e casas elegantíssimas nas quais habitavam os senhores da época. Preste atenção: “ Em 03 de Junho de 1773, o Capitão Geral de São Paulo, D. Luiz Antônio de Souza resolveu, através de uma ordem, determinar que Manoel Antônio de Carvalho fosse para o lugar e assumisse a administração e a direção da povoação. O mesmo documento determinou ainda que os foros, vadios e vagabundos, sem domicílios certos e sem utilidade para a República fossem habitar as ditas terras de Paraibuna.

Detalhes dos azulejos da matriz Fachadas elegantes, uma influência portuguesa

A notícia de que os vadios e vagabundos seriam obrigados a se dirigirem para a vila, causou alarme entre os moradores, que conseguiram, em 1775, a revogação da tal ordem com a consequente concessão da Carta de Sesmaria. Esta carta pode ser considerada o marco fundador da vila, pois tornava proprietários das terras onde se erguia a cidade de Paraibuna, os senhores: João Simões Tavares, Manuel Garcia Rosa, Manuel Motta e José Pereira. Os quatro sócios receberam "uma légua de terras em quadra" com o direito de fazerem delas o que bem entendessem, respeitando a Lei Foral da Sesmaria.

Interior da igreja matriz Mercearia, um hábito antigo

Mas somente em 1812, no dia 07 de Dezembro, o Príncipe Regente criou por alvará a freguesia de Santo Antônio de Paraibuna, com a construção de uma capela e nomeação de um pároco. A primeira missa foi então celebrada em 13 de Junho de 1815, pelo vigário Padre Modesto Antônio Coelho Neto. Em 10 de Julho de 1832 a freguesia passa à condição de Vila, e, em 1833 é realizada a primeira eleição para a Câmara Municipal”.

O histórico mercado de Paraibuna Recuperação do acervo arquitetônico

- É fascinante não é mesmo? Nós temos no Brasil cidades que são verdadeiras jóias graças ao seu passado histórico e, sobretudo, pelo fato de terem conservado os seus encantos.  Vou dar-lhe uma sugestão: siga para Paraibuna com vontade de descansar e de aproveitar desta pequena cidade de cerca de 20 mil habitantes onde você ainda é tratado com carinho e com o diferencial de ser alguém que vem de fora.

 
 
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