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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 

Menos 3 mil cabos eleitorais? Eleições, Antônio Silva vai desistir? Restaurante popular do Caic, vai fechar?
14/06/2012
 
Notas da coluna

Na última quarta (13/06) a coluna comentou sobre as especulações de uma eventual desistência de Antônio Silva (PTB), de ser candidato em 2012, tendo em vista a consolidação e irreversibilidade da candidatura a prefeito do empresário Renato Paiva. Segundo especulações, Antônio Silva ainda sem saber das pesquisas atuais, poderia desistir da candidatura para unificar a oposição. Na noite de quarta feira, o pré-candidato Antônio Silva encaminhou e-mail à coluna informando que, atendendo a diversos pedidos da sociedade, sua candidatura a prefeito é irreversível. Em razão do espaço e das muitas correspondências recebidas pela coluna, na semana que vem, publicaremos na íntegra o e-mail enviado por Antônio Silva.

Menos 3000 mil cabos eleitorais

O Sindicato dos Servidores Municipais de Varginha (Sindserva) impetrou mandado de segurança contra a Prefeitura de Varginha, pedindo recomposição salarial referente a 2011. A prefeitura disse que o reajuste será de 1,73%. O sindicato quer o percentual de 4,85%. O presidente do sindicato, Airton Ribeiro esta ecoando um forte descontentamento que cresce no meio dos servidores, descontentes com a administração petista já ha muito tempo. O gasto da folha de pagamento pode chegar a atingir 53% da arrecadação, o que é a “corda no pescoço” de qualquer administração, porém o pior desastre do agravamento entre prefeitura e servidores, neste ano eleitoral, é que o descontentamento dos mais de 3000 mil servidores é a clara manifestação política na cidade de que, nas ruas, serão mais de 3000 mil cabos eleitorais trabalhando contra a reeleição. Se Antônio Silva tinha receio dos 300 cargos de confiança que vão militar a favor da reeleição petista, o acirramento da briga entre governo petista e servidores, promete ser o “alívio e equilíbrio” na disputa para quem não pode “contratar militância oficial” numa simples nomeação.

Pesquisa

Na última semana foi divulgada uma pesquisa eleitoral, devidamente registrada na Justiça Eleitoral, realizada por um grupo de comunicação estadual. O titular desta coluna entrou em contato com jornal que realizou a pesquisa para saber mais detalhes. Além disso, conversou com um especialista em marketing político, que também analisou os números apresentados. Vejam os fatos: Hoje no eleitorado de Varginha, dificilmente alguém não conhece os pré-candidatos Antônio Silva (que já foi prefeito duas vezes) e o prefeito Corujinha (candidato a reeleição), de forma que é possível acreditar que os índices de aceitação de Antônio Silva já esta no ápice, com poucas chances de subir ainda mais. Da mesma forma, o índice de rejeição do atual prefeito Corujinha, não deve passar do alto número já apresentado. Afinal, acreditasse que a maioria do eleitorado já os conheça e que daqui pra frente, com o trabalho da administração em obras e marketing o índice de rejeição possa regredir e com o trabalho político de Antônio Silva seus números se mantenham, isso é o previsível.

Pesquisa 2

Porém vale destacar alguns detalhes singulares que não estão na pesquisa. Tendo em vista a renovação da população, a totalidade do eleitorado ainda não conhece Renato Paiva (DEM) e o percentual de pessoas que reprovam a administração Corujinha, e não votariam na reeleição, ainda não foi confrontada com as pessoas que também reprovam um retorno de Antônio Silva. Porque desta pergunta? Ora, já que Renato Paiva ainda possui larga margem de crescimento e que, se parte considerável das muitas pessoas que rejeitam a reeleição também rejeite a volta de Antônio Silva, podemos dizer que Renato Paiva pode ser a incógnita desta eleição. E que Antônio Silva pode não estar tão confortável na pesquisa no apagar do período eleitoral. Afinal, com o caminhar das eleições, Renato Paiva pode cresce no eleitorado que ainda não o conhece e, por exclusão competitiva, herdar os votos dos eleitores que não querem Corujinha (que não são poucos) e dos eleitores que não aprovam a volta de Antônio Silva, (número que ainda não se sabe e pode variar dependendo do desempenho eleitoral de Renato Paiva para captar votos durante a campanha). Neste contexto, é correto dizer que, a eleição não esta perdida para Corujinha, mas o prefeito terá hercúleo trabalho para melhorar sua imagem em tão pouco tempo, e que a escolha de um vice leve eleitoralmente e que já tenha votos a somar é de fundamental importância neste momento.

Pesquisa 3

Para Antônio Silva, é fundamental não tropeçar durante a campanha, o que significa escolher bons líderes para a “frente de batalha eleitoral”, não perder apoios ou deixar que a “tropa perca entusiasmo” durante estes meses decisivos de campanha. Além disso, Antônio Silva deve ter um discurso renovador, que não remonte ao passado quando, junto com uma administração séria, também magoou muitos aliados. A insegurança e esfriamento dos aliados ou o relembre dos deslizes políticos de Antônio Silva, como ter sua imagem associada à de Dilzon Melo, por exemplo, seria a pior coisa para o candidato nesta altura.

Já para a novidade Renato Paiva, é fundamental neste momento a soma de aliados e principalmente uma imagem de modernidade ao candidato, que não precisa ter sua imagem ligada a coronéis fazendeiros (que possuem certa rejeição), embora a cafeicultura moderna do agronegócio possa render votos e apoios ao candidato. Renato Paiva precisa chegar a áreas onde o eleitorado ainda não tem intimidade com o democrata. Setores do comércio, indústria, servidores públicos, e a nova geração de moradores que chegaram a Varginha nestes anos, dando um novo perfil ao eleitorado da cidade.

Varginha hoje possui uma grande quantidade de pessoas que chegaram à cidade há poucos anos ou se habilitaram para votar a pouco tempo. Esta grande quantidade de gente, não conhece Renato Paiva, mas pode ter ouvido falar bem ou mal de Antônio Silva, e com certeza esta vendo que a administração Corujinha peca no “arroz com feijão” no cuidado da cidade.

Como disse a coluna, não existem favoritos na caminhada eleitoral da cidade. Os dados ainda estão rolando, é começam oficialmente agora! Sorte aos pretendentes.

Perdas e ganhos

Muitos questionaram as colocações feitas pela coluna sobre a inauguração da UPA em Varginha, na semana passada. Vale destacar que, Fatos e Versões reconhece o esforço e a vitória da administração petista na conquista do investimento, o que se questiona são os créditos e a eficiência de cada ente federativo na conquista da UPA e na própria gestão da saúde em Varginha. Embora o município gaste altas somas em dinheiro na saúde local, os hospitais Bom Pastor e Regional estão sempre envolvidos em questiúnculas sobre mau atendimento, falta de material e pessoal e endividamento, o que leva a acreditar que, tais instituições são mal gerenciadas pela Prefeitura.

No caso específico da UPA, o concurso para a contratação de pessoal da área de saúde para trabalhar no local não ficou pronto a tempo, o que ensejou o deslocamento de profissionais de outros locais para funcional a UPA. Mais uma vez, falta de organização e planejamento, ou a prefeitura não sabia que receberia a UPA, que ela mesma ajudou a construir?

Neste grande gargalo que se tornou a saúde pública em Varginha, se encontra uma grande e operante equipe técnica, comandada pelo “leal escudeiro de Corujinha” e secretário municipal Fausto Geraldele, que vez por outra sofre as “perseguições e corrosões políticas” da disputa de poder entre governo municipal e estadual, governo e oposição no Legislativo municipal, o que não tira o mérito do esforço realizado pelos muitos profissionais competentes da área de saúde no Executivo municipal, a maioria de carreira, vale ressaltar.

Bom negócio?

O secretário municipal de administração Guilherme Maia, que nesta gestão, integrou-se ao “núcleo duro” que controla o poder na administração municipal, disse à coluna que a licitação pela qual o município alugou 39 veículos, durante dois anos, pagando o valor total de R$ 1.250.000,00 (hum milhão duzentos e cinquenta mil reais), perfazendo um valor aproximado de R$ 33 mil pelo aluguel de cada carro, foi um bom negócio para a prefeitura. Embora alguns carros alugados tenham um valor de compra inferior a R$ 30 mil, o secretário destacou que alguns dos veículos são modelos mais sofisticados que o simples 1.0. “Existem veículos Línea, caminhonetes, entre outros” pontuou. Guilherme Maia disse também que embora possa parecer mais vantajosa a compra do que o aluguel dos bens, a garantia de fábrica não inclui itens importantes como a troca de pneus, p or exemplo, que está incluída no contrato de aluguel. Vale destacar que mesmo com um valor “chamativo” para o aluguel dos veículos, nenhuma empresa de Varginha se interessou pela licitação promovida pelo Executivo, sendo que a vencedora do certame foi uma empresa de BH. O secretario pontuou inclusive que, não é raro ver que veículos oficiais, da frota já “surrada” da prefeitura, deixem na estrada servidores públicos em viagens de serviço, o que tem trazido contratempos à administração.

Paixão que cega ou amor que fortalece?

É comum vermos em época de copa do mundo e disputas do Brasileirão o “fanatismo” de alguns pelo futebol. Na verdade, o fanatismo existe em quase tudo, religião, política, esporte etc. Não é bom que ele aconteça, mas existe! E dessa vez não me refiro aos amigos botafoguesenses Raimundo Zaiden e Leão Miranda! Vejam que no fanatismo, principalmente na política, existe diferença entre a paixão que cega e o amor que fortalece. Quando vemos no PT a paixão pelo partido, que faz com que muitas vezes alguns dos petistas acreditem que “não existem honestos e competentes” fora das linhas petistas, isso não é bom! Pois essa “paixão” cega aqueles que não quererem ver a verdade. Mas também temos o forte sentimento daqueles petistas que, por verdadeiro amor a agremiação, vão para as ruas discutir e defender suas ideias e mesmo com decisões adversas, juntam-se num único objetivo, qual seja, vencer as eleições. E esse amor petista por suas causas maiores é temido e invejado por outras legendas.

Para esclarecer a “apaixonada” Romana Serenini, que este colunista mesmo da distante BH, reconhece e se alegra em ver que o amor petista de Paula Andréia Direne Ribeiro, Silvana Prado, Mirian Santana, Raquel Nogueira, entre tantas que amam o PT engrandece a legenda e não ofusca a percepção das mesmas das virtudes que outras pessoas possam ter, mesmo que não sejam petistas. Este colunista se rende a “devoção e amor” que alguns dos integrantes do governo possuem por seu partido. Só não podemos esquecer que, se a distância dá pra ver que existem governistas que trabalham com amor e reconhecem erros e defeitos em petistas e no governo, também a distância, dá para perceber que neste governo petista existem muitas falhas urgentes a serem corrigidas, como por exemplo, a existência de muitos “apaixonados e cegos”.

Vontade escondida

No governo municipal existem aqueles que possuem as vontades mais obscuras, que mesmo inconfessáveis em público nas épocas eleitorais, não deixam de ecoar pelos corredores do poder. Não é mistério para ninguém que o restaurante popular, no Caic do Imaculada Conceição, é um grande prejuízo financeiro ao município, que junto ao governo federal banca aquela obra social, que não deu o retorno político esperado por essa administração.

Os petistas esperavam mais “ganho político eleitoral” com o restaurante popular que recebe milhares de eleitores, que não são fãs da reeleição! Nesta polêmica alimentar, Varginha esta para ganhar um novo restaurante popular, que deve ser instalado nas proximidades da UPA, no alto do Sion. Obviamente, que será mais um gasto a administração municipal, que ultimamente quer focar os gastos apenas nos investimentos com retorno eleitoral garantido. Neste contexto, ecoam pelos corredores municipal que, não seria de todo mal que Varginha ficasse apenas com um restaurante popular. Obviamente, que estes “faladores” foram silenciados para não alarmar a população já descontente, ainda mais em ano eleitoral. Mas, ao fim das eleições, não será surpresa se os recursos para o restaurante popular sofrerem fortes cortes, vindo inclusive, a colocar em risco o desejo de Varginha ter dois restaurantes populares.

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