O Executivo municipal anunciou a conclusão da primeira etapa do Programa de Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários (URIAP) do governo federal. Foram construídas 35 casas localizadas nos bairros Parque Rinaldi e Sion, para famílias que moravam na Vila Vicentina. O valor total, com recursos federais e municipais para as duas primeiras etapas do programa, são na ordem de R$ 2.315.908,00.
Varginha contará com o total de 217 novas casas construídas pelo Uriap que também beneficiarão gratuitamente moradores da Vila Vicentina e do Corredor São José, realizadas em três etapas. A segunda fase está em processo de finalização e beneficiará mais 26 famílias. A terceira e última etapa, está em processo licitatório e prevê a construção de mais 156 novas moradias. Na primeira fase, foram construídas 18 moradias no Parque Rinaldi, e outras 17 no bairro Sion.
Esta de parabéns a Prefeitura de Varginha pela iniciativa e parceria com o Governo Federal para realizar para quem precisa e não tem recursos. O problema é um só! Porque só agora em época de eleições? Não dava para agir assim desde o início do governo?
Saco de bondades 2
O Executivo municipal lançou na sexta-feira (6), a pedra fundamental da Praça dos Esportes e da Cultura (PEC). A praça será construída com verbas da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) do governo federal.
A PEC de Varginha está orçada em R$ 2,3 milhões e terá 3 mil m² de área total. A praça terá unidade do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS); salas multiuso; biblioteca; telecentro; cineteatro/auditório com 60 lugares; quadra poliesportiva coberta; pista de skate; equipamentos de ginástica; playground e pista de caminhada.
As cidades escolhidas para receberem o investimento foram definidas conforme o porte de cada cidade e do espaço disponível. Todas as cidades que receberão uma PEC devem ter Unidade Gestora para acompanhar o processo de aplicação de verbas, cumprimento dos prazos e execução conforme o cronograma. A Unidade Gestora Local é formada pela coordenadora geral e coordenadora de Cultura, Paula Andréa Direne Ribeiro. Em que pese a Prefeitura de Varginha estar dando “tchau com o chapéu dos outros”, pois espertamente lança em período pré-eleitoral, pedra fundamental de outra obra paga pelo Governo Federal e que não ficará pronta neste mandato, o que demonstra clara intenção eleitoral, é de se aplaudir a conquista desta obra. Além disso, também vale dizer que o investimento é de qualidade e atinge uma região que realmente necessita. Volto a fazer a mesma pergunta do tópico anterior! Porque só agora, em época de eleições? Não dava para agir assim desde o início do governo?
Coincidência ou destino?
A doze anos atrás o PT chegava a Prefeitura de Varginha. Na época, o saudoso Mauro Tadeu Teixeira ganhou as eleições numa disputa inédita, que não deve se repetir tão cedo. Naquela época também começou um curioso fato, que se repetiu nas demais gestões petistas. O fato é que vice-prefeito de governo petista, não manda, não decide! Embora muitos petistas contestem isso, nestes longos doze anos de PT, não se tem notícia de algum vice do PT com espaço para se destacar ou mandar.
Com Mauro Teixeira no primeiro mandato, o vice Maurinho Brito era tido como inimigo do governo e não teve espaço na gestão. No segundo mandato de Mauro, o vice foi Corujinha, que ficou no anonimato sem vez ou voz, só mudando de situação quando foi “ungido” prefeito pelo então popular Mauro Teixeira. Já no mandato de Corujinha, o vice Marcos Foresti também não teve vez ou voz e também é considerado inimigo do governo petista. Os governos petistas não escutam os vice e não permite que o vice se destaque ou brilhe de forma a ofuscar o prefeito ou seu partido. Prova disso foi o episódio da candidatura a deputado estadual pleiteada pelo vice Marcos Foresti, sua única tentativa frustrada de aparecer em “carreira solo” descolado politicamente do PT. Marcos Foresti foi duramente acatado pelo governo Corujinha e seus seguidores.
Coincidência ou destino? 2
Agora pleiteando a reeleição, Corujinha e o PT realizaram a convenção que oficializou a chapa Corujinha e Salomé para as eleições 2012. Na convenção que reuniu o PT e aliados tudo aconteceu conforme o “scrip petista” e já no primeiro release enviado a imprensa pelos assessores do PT e da campanha, já se viu qual seria a tônica de um novo governo petista. No texto encaminhado às redações, apenas os “pesos pesados de votos e dinheiro” falam e aparecem, o restante, precisam se contentar em concordar e aplaudir. A ordem de “mando e destaque” é tão evidente que na release da convenção que definiu o candidato a prefeito e vice, é destacado o discurso do deputado federal Odair Cunha (PT), petista e apoiador de Corujinha em Brasília. Diego Andrade (PSD) deputado federal que a princípio iria indicar a vice de Corujinha, mas vendo que “o mar não esta pra peixe” impediu uma derrota dentro da família. Geiza Teixeira (PT) ex-primeira dama e hoje a maior cabo eleitoral municipal do PT, e o próprio Corujinha, que é o candidato a reeleição. Na convenção que se definiu o candidato a prefeito e vice, só quem tem dinheiro ou voto foi destacada pelo comando da campanha! Ou seja, já no release público formulado pela campanha já foi mostrado o lugar do vice que não tem dinheiro ou voto. O vice não teve voz, ou se teve vez, não foi incluída na mídia oficial. Talvez, para já ir acostumando a ficar em segundo plano, sem holofote, mando ou autonomia!
Qualquer semelhança é mera coincidência!
Vejam trechos da matéria veiculada dia 06/07 no Jornal Hoje em Dia sobre as negociações políticas do PMDB com o PT em Belo Horizonte.
“Reunião no PMDB é recheada de palavrões
Na sede do PMDB, o clima ficou tenso. Os candidatos a vereador se reuniram desde cedo e ficaram mais de cinco horas trancados em uma sala. Quando chegaram os deputados federais Leonardo Quintão – que lançou a candidatura a prefeito e desistiu – e Antônio Andrade – presidente estadual da legenda –, iniciou-se um acirrado bate-boca. Do lado de fora da sala foi possível escutar os palavrões.
Candidatos a vereador do partido e outros integrantes da legenda foram barrados na reunião. Do lado de fora, o clima era de desalento, com a maioria dos candidatos sem esperança de vitória. A tensão foi motivada pela decisão unilateral da direção do partido que colocou o PMDB como candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo PT. Com a mudança, os candidatos a vereadores da capital acreditam que a bancada vá diminuir.
Na análise do vereador Iran Barbosa (PMDB), o partido deve conseguir eleger apenas um vereador. Ele ficou insatisfeito com o acordo e avisou que não fará campanha para o PT. “Escolheram um vice-prefeito sem nenhuma expressão, que nem sabe onde fica Belo Horizonte”, atacou. “Não existe mais PMDB depois de hoje”, ressaltou o vereador.
O principal temor com a coligação é que o PMDB saia prejudicado no apoio ao PT. Quintão tentou amenizar as discussões, garantindo que o que houve foi apenas a “explicitação do sentimento”.
Para o vereador Geraldo Félix (PMDB), o ideal seria a candidatura própria. “Fiquei insatisfeito e considero falta de visão do partido (a coligação com o PT)”, afirma Félix. O vereador também engrossa o coro dos descontentes e avalia que o ideal para o partido seria lançar a candidatura própria só fechando com o PT uma aliança para um possível segundo turno. “O acordo foi míope”, resigna-se o vereador”, finaliza o texto do jornal da Capital
Será que o jornalista não se enganou de cidade quando redigiu esta matéria sobre a coligação do PMDB com o PT? Será que atitudes antidemocráticas para levar o PMDB para a base do PT aconteceram em outras cidades? Coisa engraçada, essa história de pessoa agir contra a democracia para virar vice, não me parece estranha ou distante da realidade de Varginha!
Goela abaixo
Varginha tem candidaturas apoiadas por coligações impostas de cima para baixo por caciques partidários - sendo uma costurada em gabinetes da Assembleia Legislativa e do Palácio Tiradentes, outra costurada entre o anexo 4 do Congresso Nacional em Brasília e o PT local e outra costurada entre o anexo 4 do Congresso em Brasília e as lideranças agrícolas. Candidatos a vereador ficaram sabendo pela mídia, ou apenas na hora da convenção sobre seus novos aliados ou rivais políticos. Convenções legítimas foram para o lixo, reuniões partidárias esquecidas, palavras descumpridas, compromissos rompidos e traições distribuídas com fartura nos bastidores políticos. Nunca se viu tanto artificialismo na montagem de chapas, como nestas eleições em Varginha: um espetáculo assustador de autoritarismo e negação à democracia.
Reação alérgica
Mesmo depois do período de convenções e registro de chapas, ainda surgem manifestações de rebeldia, que podem se acalmar, mas não vão parar. Algumas alianças são inviáveis: como secretários de Corujinha vão apoiar o DEM? Ou como aliados do deputado federal Diego Andrade, são coordenadores da campanha de Antônio Silva? Entre outros tantos exemplos! Na realidade, os caciques políticos sabem que seus acordos não serão seguidos a risca e tem gente que por ganância política, traiu o partido, mas vão para as urnas sozinhos. Pois a militância partidária não quer engolir acordos do qual não participaram! E não estão nem aí. Tem sido assim no sistema brasileiro. Ocorre que a política do goela abaixo atingiu agora uma proporção inédita. Pode dar enjoo. E até vômito!
FRASES
“Escolheram um vice-prefeito sem nenhuma expressão” – Candidato a vereador do PMDB
“Além de agir contra a democracia ainda quer ameaçar com expulsão os partidários que não apoiarem o PT! Ele vai esperar sozinho e deitado, pois vai cansar esperando o trabalho da militância em favor de vaidades pessoais” – militante do PMDB sobre as negociações com o PT.
Relações
A secretária de Indústria e Comércio do governo municipal petista, pertence ao Partido Verde, que participa como vice na chapa de oposição encabeçada pelo Democratas para disputar contra o PT. O coordenador geral da campanha de Antônio Silva é apoiador e aliado político do deputado federal do PSD que (em tese) apoia a reeleição de Corujinha.
Perguntar não ofende
Com o chegar das eleições, as denúncias de enriquecimento envolvendo secretários municipais, deputados estaduais, federais serão divulgadas ou permanecerão na gaveta? Existe chapa que não tenha telhado de vidro?
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