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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Inprev: a bomba que ainda não explodiu...
05/12/2012
 
Desabafo

Um servidor público, conhecedor da triste realidade da Guarda Municipal, leu as notas “Desânimo e Flanelinhas” publicadas na semana passada pela coluna. Disse o servidor em e-mail à coluna, “achei pertinente o comentário, pois tudo que está relatado é a pura verdade, a tropa está desmotivada. Esse senhor que certamente será o (novo) Diretor da Guarda foi escolhido pelo Antonio Silva e dificilmente irá resolver o problema (da GM), será igual ao outro, o Miguel, pois o problema esta na destruição total da instituição por parte do PT, que acabou com a Guarda porque deixou as coisas sem controle, colocaram pessoas que não entendiam e que estavam interessados apenas em garantir seu salário. A falta de conhecimento levou a falta de planejamento, interesses apareceram, dinheiro e obras, o vídeo-monitoramento de R$1,2 milhões de reais, ainda vai ser muito questionado, assim como o aluguel esquisito das viaturas, uma farra que vai aparecer ainda. Mês que vem (agora em dezembro) vai ser inaugurado o vídeo-monitoramento, mais pelo que me relataram está longe, muito longe do ideal. Estão inaugurando apenas para prestação de contas junto a órgãos (fiscalizadores). Coitada da nossa “princesa”, morre lentamente enquanto alguns ganham polpudos valores”.

Mensalão mineiro

A ação penal 536, conhecida como Mensalão Mineiro ou Tucano, teve publicado no Diário da Justiça, no último dia 23, um despacho do seu relator e agora presidente do STF, Joaquim Barbosa, mandando ouvir testemunhas. No dia 27, o principal réu já prestou informações. Um novo relator está para ser designado para o caso. O chamado mensalão mineiro promete comprometer políticos ligados ao PSDB de Aécio Neves e ter figuras conhecidas dos atuais escândalos como o publicitário Marcos Valério entre outros

No mesmo

Pelo curso das atuais articulações, a mesa diretora da Assembleia Legislativa de Minas continuará praticamente igual em 2013, repetindo a mesma divisão de cargos entre os partidos e com uma ou outra substituição a critério das próprias legendas. A trinca principal deve ser reeleita: Dinis Pinheiro/PSDB (presidente), José Henrique/PMDB (primeiro vice) e Dilzon Melo/PTB (secretário geral). Tudo deve ficar definido até o dia 15, com as bênçãos do Palácio Tiradentes, é claro!

Entrevistado do mês

A Coluna Fatos e Versões vai voltar a fazer as entrevistas mensais com personalidades políticas locais e estaduais. As entrevistas voltarão em dezembro e o titular da coluna já trabalha para pesquisar e “prospectar” nomes para serem entrevistados em dezembro e janeiro. Entre os nomes mais desejados pelos leitores estão o prefeito que sai, Eduardo Corujinha, e o prefeito que entra, Antônio Silva.

Os leitores de Fatos e Versões também podem participar enviando, pelo e-mail da coluna (rodrigogazeta@bol.com.br), sugestões de nomes para serem entrevistados.

Perguntar não ofende

Tendo em vista que, na prática, o Restaurante Popular, no Imaculada, foi fechado por falta de recursos, a conquista do 2º restaurante popular para Varginha vai ficar só na promessa?

O Ministério Público terá o mesmo rigor na fiscalização com a nova administração municipal?

Quando o novo “aterro sanitário” vai entrar em regular e legal funcionamento? E até quando vai durar a “paciência/complacência” do MP sobre o assunto Meio Ambiente neste caso e no caso Lagamar Resort?

O atual cemitério municipal já não possui mais espaço ou estrutura para atender a cidade. Da mesma forma o lixão no bairro Corcetti, já não tem condições nem estrutura para receber o lixo de Varginha. Quando estes problemas serão enfrentados pelo governo e cobrado pelas autoridades?

Quantos “marginais” serão colocados em liberdade neste ano, com a desculpa de indulto de Natal, para colocar em risco os cidadãos trabalhadores e que cumprem suas obrigações?

FRASES

“Ele não vai retirar nenhuma emenda já aprovada para Varginha. Odair foi o deputado federal que mais investiu na cidade, e vai tentar continuar assim” – Amigo e coordenador das ações políticas do deputado Odair Cunha (PT), em Varginha, sobre o empenho do parlamentar, mesmo Varginha sendo governada por um adversário político.

“Não votei no Toninho pela renovação. Ele não é renovação, é competência! Não fui surpreendido por esses nomes batidos, quero ver é a gestão mostrar serviço! Acho que pior que está não fica!” – Eleitor de Antônio Silva sobre os nomes escolhidos para o 1º escalão no novo governo.

“Na gestão do Dilzon (Melo), o Jerônimo (Rodrigues Neves) foi a bola da vez; Na gestão do Toninho, o Luis Fernando (Alfredo) foi o alvo; na gestão do Mauro (Teixeira), foi o Samuel (Maganha). Nesta gestão do Corujinha, meu caro, você é a bola da vez. Mas fica tranquilo, e longe do holofotes, que a boataria vai passar logo...” – Observador político em conversa com o mais poderoso e polêmico secretário da gestão petista atual.

“Em uma política municipal cheia de “homens bomba”, ninguém deve começar a bater indiscriminadamente. Pois toda gestão teve seus podres e tudo não passa de quem é a bola da vez. Hoje está na moda ferrar o PT, vai chegar a hora do PTB, PSDB etc. Quem aí não tem ou teve telhado de vidro?” – Secretário municipal a articulador político local.

Papai Noel do Bem

Parece que a tradicional festa de Natal, no Estádio Melão, que o governo promovia aos finais de ano não vai se realizar em 2012. Mas isto não significa que esta gestão petista não vai deixar “presentes” aos contribuintes e ao novo governo. Vale destacar que o governo petista tem “bons e maus” presentes que serão entregues neste final de ano. Vamos aos “bons presentes” deixados ao novo governo. Os petistas já se encarregaram de “entregar o presente da tesoura afiada” aos servidores, cortando tickets, diárias, cargos, etc. Convenhamos que muitos destes gastos não se justifica, embora não seja correto o servidor “pagar o pato sozinho”. Estes cortes na ampliação da estrutura e no custeio seria uma medida automática e esperada do novo governo. Porém o PT determinando as medidas agora, poupa a imagem do governo que entra e toma para si o desgaste junto a população e ao funcionalismo.

Já aos cidadãos, o governo petista deixou uma estrutura de esportes e saúde melhor, um time de fama nacional e um estádio municipal revitalizado, além de “porcamente” alguns bons presentes, como as obras que foram pagas com recursos federais e inauguradas as pressas antes das eleições. Certamente, não fossem as eleições municipais, muitas destas obras “concluídas a toque de caixa”, teriam seus recursos forçosamente devolvidos ao governo ou “estariam adormecidos” no caixa até agora. Neste rol podemos citar as obras do aeroporto, UPA, vídeo-monitoramento etc. Pena que não houve planejamento de gestão e verdade com o contribuinte ou mesmo fiscalização eficiente para que todos os recursos vindos do governo federal tivessem seus cronogramas cumpridos a risca neste governo. Certamente a cidade já teria muitas outras obras!

Papai Noel do Mal

Já no quesito “crueldade” o governo petista também vai deixar presentes aos contribuintes e ao novo governo. Ao novo governo os petistas deixam dívidas e credores bravos e desconfiados do Executivo. Deixa um funcionalismo ávido por aumentos salariais e mais investimentos, uma frota sucateada e aluguéis caros para o novo prefeito. Além disso, o governo petista devolve ao novo prefeito Antônio Silva a “batata quente” da dívida tomada junto ao Fundo de Aposentadoria dos servidores públicos municipais. Para os cidadãos o governo petista que se encerra em 31 de dezembro deixa uma cidade com mais buracos, menos verde, sem coleta seletiva e mais insegura, no trânsito e na sociedade.

Mesmo com este triste final de governo petista, é certo que o partido é forte e tem grandes chances de voltar ao poder nas eleições seguintes, porém com outras lideranças que não o atual prefeito. Como disse a coluna a um vereador petista, em 2012, a população pregou nas urnas a derrota e as falhas de todo o partido em um único político: Eduardo Corujinha, “que levou sobre si o pecado de todos os petistas municipais, para que outros petistas tivessem chance de vitória nas próximas”.

Inprev: a bomba que ainda não explodiu

Os servidores efetivos e estáveis da Prefeitura de Varginha escolhem hoje, (5/12), os dirigentes do Instituto de Previdência do Município - Inprev, órgão responsável por administrar o fundo de pensão dos servidores municipais. Serão 15 pontos de votação, nas secretarias, autarquias e na sede do Inprev. O horário de votação será entre 6h30 às 14h.

O maior problema a ser enfrentado pelos servidores, além da busca de melhores salários e estrutura de trabalho, será resolver de vez a dívida do Executivo com o Fundo dos servidores, que se tornou uma novela sem fim. Curiosamente, iniciada na gestão de Antônio Silva, que em janeiro assume novamente a prefeitura. A coluna já ouviu especialistas em fundos de previdência e técnicos do INSS que alegam não ser viável a atual formatação do Inprev. Para os analistas, seria melhor que os servidores utilizassem o sistema nacional e comum de aposentadoria, transformando o Inprev, em um fundo de aposentadoria complementar. Além é claro, de profissionalizar a administração do fundo, fazendo investimentos que garantissem os pagamentos de aposentadorias futuras.

Cassados

A Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça, da Câmara dos Deputados, realiza amanhã, dia 6, solenidade para devolução simbólica dos mandatos parlamentares aos deputados federais cassados pela ditadura militar. De Minas, serão homenageados pessoalmente os deputados Marcos Tito e Milton Reis, ambos do extinto MDB.

Bola da vez

Nesta semana o PSDB nacional, em cerimônia que contou com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidente nacional da legenda, Sérgio Guerra, lançou o nome do senador Aécio Neves, como candidato a presidência da República pelo partido em 2014. O lançamento não é oficial, pois a lei eleitoral ainda não permite, mas o certo é que “a bola está com Aécio”, que só não será candidato a presidência em 2014 se não quiser, ou, se não conseguir “curar feridas” e somar apoios por todo o Brasil. E a lista de “dever de casa para curar feridas” vai dos colegas de partido, José Serra em São Paulo aos muitos aliados do DEM, PPS e PP que foram contrariados nestas eleições em todo o Brasil, inclusive em Varginha, onde a mágoa com o senador existe e ainda esta “latejando”.

 
 
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