Lançado na segunda-feira (03) pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra, à disputa pela cadeira de Dilma Rousseff em 2014, o senador mineiro Aécio Neves já traçou a estratégia de atuação no período que antecederá a sucessão presidencial. Em maio do ano que vem, Aécio, que governou Minas por dois mandatos, deverá ser eleito o novo presidente nacional do PSDB, substituindo Guerra, deputado federal que é um dos principais entusiastas de sua candidatura ao Planalto daqui a dois anos. A partir daí, o senador mineiro pretende percorrer o Brasil e montar um programa com cinco temas de grande apelo popular: ética na política, segurança, saúde, educação e desenvolvimento.
Aécio afirmou que, em sua opinião, o trabalho pela candidatura só deverá começar em 2014. Aécio voltou a usar a frase segundo a qual a candidatura só será concretizada no "amanhecer de 2014". O lançamento “extraoficial”, porém, foi combinado previamente entre Aécio, Fernando Henrique e Sérgio Guerra.
É cedo e não há unanimidade
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ser "cedo" para discutir o nome do candidato tucano à Presidência da República em 2014. O governador de São Paulo, disse isso depois que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), lançaram o senador Aécio Neves (MG) na disputa pelo Palácio do Planalto.
"Acho que essa questão de escolha de candidato tem de ser mais para frente. Mais para a segunda metade do ano que vem", disse Alckmin. O governador de SP disse ainda não ser "favorável a antecipar disputa eleitoral". "Acho que encurta o governo", completou.
Os tucanos paulistas, liderados por José Serra, não veem com bons olhos a entrega da candidatura presidencial tucana a Aécio de forma tão fácil e cedo. Para muitos tucanos e outros aliados dos paulistas, acostumados a centralizar o poder no maior estado da federação, as chances de Geraldo Alckmin, José Serra ou mesmo outro nome mais próximo dos paulistas tucanos disputarem o Planalto não esta descartada. É a eterna briga entre mineiros e paulistas pelo poder. A disputa é antiga e acontece também no PT, onde os petistas paulistas concentram o poder e as decisões partidárias nacionais. Além disso, Aécio precisa resolver as coisas em casa, pois o PSDB e seus aliados em Minas estão em ferrenha disputa para saber quem será o nome de Aécio para disputar a sucessão de Anastasia no Governo estadual. Isso tudo ainda vai dar muita briga.
Corrupção: Um 69 sem prazer ou orgulho
A organização não governamental (ONG) Transparência Internacional (Tranparency Internacional) divulgou nesta semana o estudo Percepções da Corrupção Index 2012, no qual analisa a situação em 176 países.
O Brasil aparece na 69ª posição no ranking. Na América Latina, o país fica atrás apenas do Chile e do Uruguai, que estão na 20ª posição. Compartilham o topo da lista, com menos casos de corrupção, a Dinamarca, a Suécia e a Nova Zelândia.
As piores posições no ranking da ONG são ocupadas pelo Afeganistão, pela Coréia do Norte e pela Somália. Nas Américas e no Caribe, as posições mais negativas são as do Haiti, em 165º lugar, e do Paraguai, em 150º. Segundo a ONG, é fundamental estabelecer regras para o lobby e o financiamento para campanhas políticas, além da definição de normas transparentes para a contratação de serviços públicos.
PMDB e PT aprendem lição: união somente no 2º turno
A cúpula do PMDB mineiro admitiu em reunião nesta semana, a possibilidade de repetir a aliança com o PT na disputa pelo governo de Minas nas eleições de 2014. A estratégia seria manter a candidatura própria para forçar um segundo turno no pleito estadual, quando as duas legendas então selariam a unidade. “Temos de aprender com os erros. Em 2010 e 2012, a história poderia ter sido diferente se tivéssemos levado a disputa para o segundo turno”, revelou um dirigente, antecipando a disposição.
Nesta semana, em reunião da executiva do PT, foi anunciado o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel como pré-candidato do PT ao governo estadual em 2014. Atualmente, o senador Clésio Andrade é o provável nome do PMDB para a disputa ao governo, porém, existem articulações para que o empresário Josué Gomes da Silva, filho do saudoso ex-senador e ex-vice-presidente da República, José Alencar Gomes da Silva, seja candidato ao governo estadual pelo PMDB. Além disso, não está descartada a possibilidade do PMDB ocupar um vice do PT ou mesmo lançar o senador Clésio Andrade como candidato a reeleição, tendo o apoio do PT.
Liderança de bancada e convenção estadual
Durante reunião da executiva estadual do PMDB em Belo Horizonte nesta semana, o deputado federal Saraiva Felipe foi lançado como o nome do partido para disputar a liderança da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados.
Segundo o presidente da legenda e também deputado federal Antônio Andrade, pelo menos 12 deputados entraram na disputa pela vaga. A bancada de federais peemedebistas no congresso é a segunda maior da legenda. Mesmo se Saraiva for eleito líder, o PMDB mineiro vai manter a pressão para ganhar um ministério no governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
No dia 13 de dezembro, o PMDB vai realizar a convenção para definir a executiva estadual do partido. O deputado federal Antônio Andrade, que assumiu em 2009 a presidência da legenda, deve ser reeleito para um segundo mandato.
Entrevistado do mês será Corujinha
A Coluna Fatos e Versões vai voltar a fazer as entrevistas mensais com personalidades políticas locais e estaduais. As entrevistas voltarão em dezembro e o titular da coluna já trabalha para pesquisar e “contatar” nomes para serem entrevistados. Entre os nomes mais desejados pelos leitores está o prefeito que sai, Eduardo Corujinha, e o prefeito que entra, Antônio Silva.
O prefeito petista Eduardo Corujinha será o entrevistado da coluna em dezembro, em uma de suas ultimas entrevistas como prefeito. Corujinha vai falar com a coluna no dia 21 de dezembro. Os leitores podem enviar perguntas para a entrevista de Corujinha até o dia 20/12, através do e-mail. A entrevista será publicada no final do mês. Os leitores de Fatos e Versões também podem participar enviando, pelo e-mail da coluna (rodrigogazeta@bol.com.br), sugestões de nomes para serem entrevistados.
Perguntar não ofende
Entregas simbólicas, lançamentos de pedra fundamental, entrega de parte de obras e projetos incompletos. Isso não parece triste final de um governo moribundo?
Quando saberemos toda a equipe do novo governo Antônio Silva? E quem serão os “padrinhos políticos e homens fortes” deste novo governo?
O Boa ficará mesmo em Varginha? Até quando?
Quem será o deputado federal deste novo governo municipal?
Onde é tratado o esgoto gerado no condomínio Lagamar Resort e das muitas moradias próximas ao Lago de Furnas?
Quando for “negociar apoio político” em Varginha o presidenciável Aécio Neves vai sentar com Dilzon Melo, Antônio Silva e Verdi Melo? Ou chamaria apenas um para a mesa?
Pouso Alegre 99
Uma pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro – Firjan, há cerca de dois anos, apontava Varginha como uma cidade “desenvolvimentista e em franca atração de empresas, além de destacada qualidade de vida”. A informação foi amplamente divulgada pela administração municipal e gerou bate boca entre governo e oposição. Pois bem, passados dois anos, a Firjan divulgou nova pesquisa sobre o desenvolvimento e qualidade de vida em todo o Brasil, identificando as cem cidades mais desenvolvidas do país. Apenas 6 cidades mineiras aparecem na relação. A Firjan criou o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal - IFDM, um índice para medir a evolução socioeconômica dos municípios brasileiros usando como base os números relacionados à educação geração de emprego e renda e saúde. As cidades mineiras que apareceram entre as cem mais desenvolvidas do Brasil no IFDM foram Extrema (26º posição), Uberlândia (49º posição), Nova Lima (50º), Belo Horizonte (56º posição), Ipatinga 77º posição e Pouso Alegre (99º) posição. Varginha não apareceu no índice este ano. E parece que a notícia não foi falada na cidade, nem pelo governo petista, nem pela oposição. O INDI assinou convênio de instalação da indústria SPR Confecção S.A, em Extrema, com a criação de 280 empregos diretos e 110 indiretos. A empresa vai investir R$ 115 milhões e vai comercializar já em 2013 cerca de 1,5 milhão de peças de roupas de marcas esportivas.
R$ 180 milhões para as eleições municipais
Nas eleições deste ano, os partidos políticos utilizaram R$ 180 milhões do Fundo Partidário em suas campanhas eleitorais. O Fundo Partidário é financiado, principalmente, pelo Tesouro Nacional, ou seja, é dinheiro público. Todas as 29 legendas que disputaram as eleições municipais usaram essa verba, inclusive as siglas que se dizem contra o financiamento público de campanhas eleitorais. Enquanto o tema não é discutido no Congresso Nacional, para por fim na relação promíscua entre “maus empresários que investem em candidatos e campanhas, com intenção de receber bem mais depois, de forma irregular, se o político for eleito”, o cidadão vai pagando a conta das eleições via Fundo Partidário.
Mais um acerto
Como disse anteriormente a coluna, o deputado estadual Dilzon Melo (PTB), foi reeleito para o cargo de 1º secretário da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O cargo já vinha sendo negociado por Dilzon há muito tempo com o governo estadual tucano, que possui maioria na casa legislativa. O 1º secretário da Assembleia é uma espécie de “prefeito” do Legislativo estadual e controla a gorda caixa da Assembleia. Embora seja um cargo de destaque, não era o preferido por Dilzon, que sempre sonhou em ser o presidente do Legislativo. Para o cargo de presidente foi reeleito o tucano Dinis Pinheiro, que também é sondado para ser candidato a governador em 2014.
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