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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Mexidas e remexidas; Gratidão; A ótima do Boa; Videomonitoramento: Integração ou “entregação
12/12/2012
 
Mexidas e remexidas

Continuam nos bastidores e disputas internas, as várias mudanças partidárias na cidade. Embora já tenham sido efetuadas mudanças em comissões provisórias e planejado a mudança de diretórios de legendas em Varginha, tudo ainda está “extraoficial”, para ser apresentado ao público em 2013. Ano que vem será quando a maioria dos partidos vão realizar as convenções para “inglês ver” e apresentar o que está sendo decidido agora.

Gratidão

Petistas graduados ligaram à coluna para dizer que a insatisfação e “insubordinação” de alguns integrantes da Guarda Municipal beira a completa ingratidão. Segundo os governistas petistas, “não fosse o governo do PT”, a Guarda Municipal não existiria e estaria ainda hoje no papel. Fica o registro dos governistas petistas. Porém o clima na tropa municipal de segurança não é dos melhores, agravado com as escolhas do novo governo para o comando e direção da Guarda Municipal. Para grande parte da tropa, o comandante da instituição municipal de segurança deveria ser recrutado entre os funcionários de carreira da Guarda e o diretor de livre indicação do prefeito. A ideia chegou a ser defendida no governo do PT, mas não sobreviveu a “compulsão do governo por cargos de livre indicação”.

A ótima do Boa

Depois de conquistar a Taça Minas Gerais, a permanência na segunda divisão e a conquista de muitos torcedores em Varginha e região o Boa está para conquistar mais uma vitória: Seu novo e moderno estádio e centro de treinamento, em construção em Ituiutaba, no triangulo mineiro. Grande parte dos recursos para a construção do novo estádio do Boa em Ituiutaba saíram das vitórias do time em Varginha, embora o poder público da cidade do triângulo também tenha ajudado na construção. O certo mesmo é que ao estilo “profecia de Nostradamus’’, a permanência do Boa em Varginha pode chegar até a copa, mas não chegará as olimpíadas!” Uma pena, pois o time é bom e o público de Varginha aprendeu a amá-lo, e de quebra, arrumamos uma finalidade ao “elefante branco do Melão: dar alegria ao povo e esquecimentos das ruas esburacadas e das dívidas públicas municipais, quadro que não deve mudar a médio prazo”.

Videomonitoramento: Integração ou “entregação”

Em breve vamos assistir a inauguração do Vídeo monitoramento de Varginha, um projeto que no papel iria cumprir sua função social, pois seria o início de uma integração dos órgãos de segurança pública, porém com a falta de competência após longos 3 anos em que o dinheiro foi depositado para o Executivo municipal, hoje somando uma quantia perto de 1 milhão de reais ou mais, as obras estão a toque de caixa para cumprir os prazos e para justificar o convênio federal.

Dificilmente haverá uma verdadeira integração entre a Polícia Militar e a Guarda Municipal, uma vez que é patente a disputa por atribuição, muitos ciúmes e disputa pelo poder entre as duas instituições de segurança pública. Nos bastidores, sabe-se que setores da Polícia Militar ajudaram na iniciativa de denunciar e derrubar a atribuição da Guarda Municipal de atuar no trânsito. Contando com a inércia do poder público municipal, a Guarda continua alijada de tal atribuição no trânsito, sendo “chacoteada de longe por seus amigos da onça da PM”. Tal situação é fruto de vaidades e interesses que encontrou na política municipal um “terreno fértil” e o resultado não deve ter solução rápida no novo governo, que não apresenta querer intimidade com a Guarda.

A administração vai inaugurar um sistema onde não se tem um planejamento integrado, o GGM Gabinete de Gestão Municipal, criado por uma lei municipal, onde o chefe é a Diretora da Guarda Municipal, nunca fez sequer uma reunião com as lideranças da área para integrar e aperfeiçoar o sistema, mas realizou apenas uma vez reunião para mostrar aos representantes federais “maquiagens administrativas do gasto”.

Videomonitoramento: Integração ou “entregação” 2

Ainda pairam dúvidas sem respostas como:

1- A Guarda vai monitorar o que? Qual a atribuição da instituição atualmente?

2- Já está acertada a integração com a Polícia Militar e Civil? Estas instituições querem esta integração?

3- Se houver negativa de participação ou integração da PM, o Executivo municipal vai impor a PM o projeto que a Senasp aprovou ou entregará lentamente o sistema criado para o Estado?

4- Quem está a frente do projeto é um engenheiro? Qual o conhecimento ou treinamento buscado pelo novo governo para dar continuidade ao projeto?

5- A tecnologia vai possuir fibra óptica? As câmeras são inteligentes? (Que fazem leitura de placas de veículos roubados etc)

Tem que haver integração entre a PM e a Guarda Municipal, sem ciúmes ou disputas, para que a segurança pública caminhe em Varginha com o videomonitoramento. Integração é troca de informação, treinamento, capacitação, trabalho em conjunto, planejamento unificado, porém o que se vê na cabeça dos órgãos estaduais é integração sendo o município dando uma sacola de dinheiro, pagando aluguel de casa, combustível, reformas, computadores ou futuramente entregando todo o sistema de videomonitoramento para a PM. Ou seja, integração nada, e sim patrocinando a função do Estado e judiando dos seus filhos que é sua função cuidar. Mesmo que tardiamente, o governo municipal petista conseguiu criar a Guarda e entregar o início do que seria necessário para um videomonitoramento “eficiente”. Resta agora saber: Como o novo governo planeja recuperar a autonomia e atribuição da GM? O novo governo vai realizar investimentos na GM e no sistema de videomonitoramento ou vai entrega-lo a PM? Quais as expectativas para a Segurança Pública, que em Varginha está envolvida em tamanha disputa de vaidades e poderes?

Está consumado

A coluna acertou novamente na previsão da composição da nova mesa diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais - ALMG. A mesa diretora da ALMG continuará praticamente igual em 2013. A trinca principal foi reeleita: Dinis Pinheiro/PSDB (presidente), José Henrique/PMDB (primeiro vice) e Dilzon Melo/PTB (secretário geral). Com o coroamento e renovação do poder político do deputado Dilzon Melo, é praticamente certo o “engessamento político e único caminho” para que o novo governo municipal chegue ao Executivo estadual: passando pelo gabinete de Dilzon Melo. Ou seja, sem Dilzon, Toninho não terá Anastasia nem Aécio. Já o presidenciável Aécio Neves, sem Dilzon, não terá Toninho e o Executivo municipal para sua campanha em 2014.

Entrevistado do mês será Corujinha

A Coluna Fatos e Versões vai voltar a fazer as entrevistas mensais com personalidades políticas locais e estaduais. As entrevistas voltarão em dezembro e o titular da coluna já trabalha para pesquisar e “contactar” nomes para serem entrevistados. Entre os nomes mais desejados pelos leitores estão o prefeito que sai, Eduardo Corujinha, e o prefeito que entra, Antônio Silva.

O prefeito petista Eduardo Corujinha será o entrevistado da coluna em dezembro, em uma de suas ultimas entrevistas como prefeito. Corujinha vai falar com a coluna no dia 21 de dezembro. Os leitores podem enviar perguntas para a entrevista de Corujinha até o dia 20/12, através do e-mail. A entrevista será publicada no final do mês. Os leitores de Fatos e Versões também podem participar enviando, pelo e-mail da coluna (rodrigogazeta@bol.com.br), sugestões de nomes para serem entrevistados.

Royalties

Os deputados federais conseguiram, esta semana, que o veto do Governo Federal à distribuição dos royalties do petróleo a todos os estados e municípios com contratos já licitados seja colocado em pauta na próxima semana. A coluna está acompanhando os votos e manifestações dos deputados federais com grande votação em Varginha. Será que o deputado federal petista, Odair Cunha (PT/MG), vai votar pela derrubada do veto da presidente Dilma, e dividir entre todos os brasileiros o petróleo da nação? Ou mais uma vez, os interesses do PT, vão falar mais alto para o parlamentar que aparece na região de quatro em quatro anos em busca de votos?

Pegando a mala

O “barulhento” vereador da oposição ao governo petista, Ronaldo Louzada (PTB) deixou o partido no último dia 10 de dezembro. A carta de desfiliação foi entregue no cartório eleitoral e ao presidente do PTB de Varginha, Stefano Barra Gazola no mesmo dia. É sabido que Ronaldo Louzada não foi reeleito e que não teve muito apoio dos “grandes de seu partido”, ou mesmo contou com a “benção de um cargo no novo governo de Antônio Silva”. Ainda assim, Ronaldo Louzada sai do PTB sem “atirar em ninguém, embora tenha este desejo”. Quando o PT iniciou o governo, no auge da popularidade, apenas Ronaldo Louzada fazia oposição. Agora que o PT perdeu, por ironia do destino, aquele que mais combateu o PT, ajudando na eleição de Antônio Silva e fortalecimento de Dilzon Melo na cidade, foi abandonado justamente por aqueles que ajudou a ganhar. Qual seria a maior dúvida? Bater em quem não merecia ou defender quem não dá valor?

Perguntar não ofende

O novo governo ouviu os servidores para escolher os novos secretários e chefes de departamento?

O que motivou a saída de Ronaldo Louzada do PTB? Será que o PT aceitaria a filiação de um ex-vereador com experiência em cobranças ao governo municipal? Seria útil em 2013!

Com que olhos o novo governo vê as empresas que prestam o serviço de coleta de lixo, transporte coletivo urbano e gerenciamento do aterro sanitário?

Papai Noel

Com o espírito natalino aflorando nos políticos e a chegada do final de ano, cada um tem o direito de sonhar e acreditar no que quiser! Uns acreditam que 2013 será um novo ano, e que o PT não deixará “problemas a resolver, nem contas a pagar”. Outros já acreditam que o chefe do governo em 2013, não é mais rancoroso, vai administrar dando espaço a todo que o ajudaram a chegar no governo. Existem ainda aqueles que acreditam na compra do Cine Rio Branco, no funcionamento das policlínicas até as 22 horas, no asfaltamento das estradas rurais e no pagamento das dívidas da Prefeitura ao Inprev. Mas, prefiro ficar com os sonhos doces e inocentes das crianças, que acreditam em papai Noel. Afinal, para quem conhece o mercado político local e seus atores, é mais fácil a existência do bom velhinho do saco vermelho!

 
 
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