Parte da Guarda Municipal ainda vê com desconfiança o novo comandante da corporação. As rugas e ciúmes entre a Polícia Militar e a Guarda ainda faz com que o coronel PM aposentado Gilmar Araújo seja visto como “corpo estranho” na tropa municipal. A impressão tende a passar com o tempo quando o novo comandante mostrar sua experiência e que, agora, veste a camisa da GM. Ainda assim, existe o temor entre parte da tropa que o novo comandante seja um “catalisador” para levar a recém chegada estrutura de vídeo-monitoramento para os braços da PM. Um membro da corporação disse a coluna “O equipamento seria uma ferramenta útil no combate à criminalidade nas áreas mais movimentadas do município, se o projeto tivesse uma tecnologia de ponta e não ultrapassada (as câmeras não são inteligentes, com capacidade de identificar indivíduos, interligadas, etc). O que só reforça a sensação de que há algo a esconder, ainda mais porque o coordenador do projeto não tem especialização técnica” disse.
Outro membro da Guarda Municipal disse ainda à Coluna, “O temor é que em breve a Policia Militar e o novo comandante da Guarda forcem para que a central de monitoramento deixe a sede da antiga Prefeitura, na Presidente Antônio Carlos, e seja transferida para o quartel da PM. Isto seria uma injustiça, visto que todo o projeto de captação da verba de quase 1 Milhão de reais foi executado pela Guarda Municipal”.
Bateu, levou!
Na mesma manhã que circulou na Gazeta a entrevista do ex-prefeito Eduardo Corujinha, em que o político alegava não deixar a astronômica dívida com o INPREV, conforme noticiou o governo atual, a administração se apressou em soltar uma nota em que apontava, com fotos, o estado lastimável de abandono da frota de veículos do município. Ambulâncias, caminhões, máquinas, tratores e carros de passeio sem nenhuma condição de uso. “O retrato do descaso com os recursos públicos. Um desrespeito para com a população” lamentou o prefeito Antônio Silva, que agora busca meios de resolver o problema.
Dentre os veículos parados no pátio da Secretaria de Obras é possível ver Vans Escolares, ambulâncias, tratores e máquinas agrícolas que poderiam estar em uso na recuperação das estradas. Pelo visto, o clima de trégua entre o governo e os petistas, que se viu na cerimônia de posse, já acabou. Daqui pra frente parece que será no estilo, bateu, levou...
Chá de cadeira
A coluna continua aguardando o retorno da assessoria de comunicação do Executivo para marcar uma entrevista com o prefeito Antônio Silva. Enquanto isso, o clima de “lua de mel” entre o governo e as cobranças da sociedade e a oposição política vão se findando. Por certo, quando conseguir falar com o chefe do Executivo municipal, a coluna poderá perguntar sobre as falhas da gestão anterior e as deste novo governo também.
Não larga o osso
Como bem sabe a coluna, depois que se envolve com a política, dificilmente se consegue largar. A história se repete com o ex-vice-prefeito Mauro Sérgio Brito, que já foi aliado e depois inimigo dos petistas, aliado do deputado Dilzon Melo, inclusive como filiado ao PTB, mas que depois abandonou o cargo no governo estadual que ocupava por indicação do PTB para “pendurar as chuteiras”. A época, um Mauro Sérgio Brito desanimado disse à coluna “política não dá camisa a ninguém”. Alguns dias depois, o empresário Mauro Brito não conseguiu ficar longe da política. O empresário esteve com o senador Eduardo Azeredo (PSDB), com quem foi tomar um café e colocar os assuntos em dia. O encontro discutiu sobre a política de Varginha, claro, que mudou um pouco para o PSDB. O governo estadual tucano “venceu” com o novo prefeito Antônio Silva no poder. Mas uma coisa não mudou, Azeredo ainda não tem um grupo político forte e estável na cidade. Será que o empresário Mauro Sérgio Brito estuda uma revoada para o ninho tucano, com as bênçãos do ex-governador? Maurinho Brito, como é conhecido, tem suas falhas, como todo político, mas, é um “político jiló, daqueles que fazem a diferença em todos os lugares onde está presente”.
Política
O prefeito Antônio Silva assinou acordo de assistência técnica com a Caixa Econômica Federal, para viabilizar um conjunto de ações de apoio técnico e operacional relacionados ao desenvolvimento urbano, social, econômico e ambiental. “Trata-se de um conjunto de ações que facilitará o acesso do município aos recursos financeiros de programas do Governo Federal, bem como a sua integração às políticas públicas federais”, explicou o prefeito. Fechada a questão técnica e burocrática, agora, para realmente vir recursos extras para Varginha, só falta o prefeito conseguir um bom e influente deputado federal para apóia-lo na conquista de recursos federais, ou então se tornar amigo íntimo de algum forte ministro do governo Dilma ou então, filiar-se ao PT. Afinal, como sabemos, para receber investimentos públicos, ainda mais os federais que são cheios de lobys e política, não basta estar apenas preparado tecnicamente. É preciso ter influência política no governo federal petista! Neste governo federal cheio de amigos e adversários políticos, percebe-se que de “boa vontade em ajudar e liberar recursos para prefeituras adversárias, o inferno esta cheio”. Não será fácil Varginha conseguir além do “arroz com feijão” no governo federal, se não existir algum “pistolão para fazer a força política necessária para as coisas andarem no governo”.
Mãos a obra e coragem para mudar!
Começou a operação tapa buracos e de capina nas ruas de Varginha. O Executivo foi rápido para começar a “colocar a casa em ordem”. Antônio Silva é um homem de ação rápida, quando se trata de governar. As ruas da cidade precisam mesmo de reparos urgentes. Sabemos que a Prefeitura de Varginha gasta uma pequena fortuna na manutenção das vias públicas. O prefeito também sabe disso! Resta saber se este governo terá a coragem de fazer os investimentos necessários e viáveis economicamente, para que, a Prefeitura de Varginha juntamente com outras prefeituras integradas a AMBASP, adquiram uma moderna e eficaz usina de asfalto quente, para produzirem sua própria massa asfáltica, saindo assim do quartel dos grandes empreiteiros, que lucram alto com a venda do produto aos governos. Produzindo sua própria massa asfáltica, o governo poderia economizar muito, resta saber se existirá “vontade política” nesta questão!
Perguntar não ofende
Leonardo Ciacci (PP), Armando Fortunato (PSB), Rogério Bueno (PT), Leandro Acayaba (PP) ou Adilson Rosa (PR). Quem será candidato a deputado estadual em 2014, preparando-se para 2016?
A Copasa vai tratar o esgoto do condomínio Lagamar, ou a falta de saneamento básico vai continuar contaminando as águas da represa de Furnas na região? Onde esta o Ministério Público, FEAM, Secretaria Municipal de Meio Ambiente que não tomam providências?
Geisa Teixeira será candidata a deputada estadual, em dobradinha com o deputado Odair Cunha, ou vai passar a vez ao vereador Rogério Bueno?
Direito do consumidor, segurança e “batismo de logradouros públicos”
O deputado federal Dimas Fabiano (PP) apresentou entre 2011 e 2012 diversos projetos para serem analisados na Câmara Federal. Do total de projetos apresentados pelo deputado federal pepista, 11 deles tratam sobre a defesa do direito do consumidor e segurança pública. Já o deputado federal Odair Cunha (PT), no mesmo período de 2011 e 2012 apresentou apenas 2 projetos na Câmara Federal, ambos para nomear logradouros públicos, “batizando rodovias, viadutos etc”. Vale ressaltar que o deputado federal Odair Cunha (PT) também foi o relator da CPI do Cachoeira, que terminou sem nenhum indiciamento ou qualquer medida para prender o contraventor Carlinhos Cachoeira. A assessoria de imprensa da Câmara Federal coloca a disposição do cidadão um serviço interessante, para quem quer acompanhar o dia-dia, apresentação de projetos e como vota cada um dos deputados. Basta se inscrever junto a assessoria de comunicação da Câmara e apontar qual deputado o cidadão deseja receber relatórios semanais das votações e apresentação de projetos. A coluna recebe relatórios semanais das votações dos principais deputados federais votados em Varginha.
Mãos vazias
Nesta semana o deputado federal Diego Andrade (PSD) fez um périplo pela região visitando companheiros. Na verdade o deputado federal veio sondar a região e ver como andam suas bases, após as muitas derrotas de seus aliados nas eleições municipais. Em Varginha e Três Pontas onde o deputado Diego Andrade se apresentou como novidade política e arrastou muitos votos em 2010, seus companheiros do PSD perderam feio. É bem possível que as “baixas” nas urnas em 2012, reflitam no resultado eleitoral de Diego Andrade em 2014, quando não mais poderá se apresentar como novidade. Além disso, alguns companheiros de PSD do jovem deputado, murmuravam sobre a esperada visita do parlamentar, que só chegou depois das eleições, e de mãos vazias!
Céu de brigadeiro não prova o piloto
Começo de gestão o governo inicia ainda em clima de vitória eleitoral, muitos deputados bajulando o governo eleito, esperança e apoio popular pelas ruas, a oposição desarticulada e sem foco para bater, a eleição de um aliado na presidência do Legislativo municipal, ou seja, um céu de brigadeiro para o início dos trabalhos do secretário de Governo e vice-prefeito Verdi Lúcio Melo (PSDB). O tucano ex-presidente da Câmara tem larga experiência no Legislativo e provou isso costurando uma aliança do governo com o grupo de vereadores liderados por Leonardo Ciacci (PP), elegendo o pepista para o comando do Legislativo. Mas o caminho de um secretário de Governo é desconhecido para Verdi Melo, que não tem experiência no Executivo, onde se tem a caneta na mão, mas também se tem a cobrança na porta diariamente. Como Executivo fica mais fácil realizar, mas em contra-partida, se houver fracasso, é mais difícil fugir da culpa ou do título de incompetente, bem como jogar a responsabilidade em outro. De qualquer forma, Verdi Melo tem tudo para se sair bem na tarefa que lhe confiou o prefeito Antônio Silva: cuidar da política do governo. Mas é fato que um “céu de brigadeiro não será prova de bom piloto”, para o estreante no Poder Executivo. O vice-prefeito e secretário de governo precisará enfrentar disputas, eleições apertadas, cobranças da sociedade, da imprensa, dos servidores, desgastes políticos, falta de recursos e muito mais, para provar-se bom na condução da cidade. Pode ser que nestes quatro anos como vice e secretário, Verdi Melo descubra que, na verdade, é doce e mole a vida do Legislativo Municipal, acostumado apenas a mandar requerimentos, batizar ruas, reunindo-se duas vezes por semana.
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