Troca de comando
A posse do novo governador Alberto Pinto Coelho (PP) em substituição a Antônio Anastasia (PSDB), foi uma oportunidade para alguns políticos de Varginha. Estiveram nas cerimônias da Assembléia Legislativa e do Palácio da Liberdade os deputados Dimas Fabiano (PP) e Dilzon Melo (PTB), além do vereador Zacarias Piva, que representou o Legislativo de Varginha. Entre “rasgação de seda, falsos elogios e muita boca livre” o deputado Dilzon Melo mostrou que continua forte nos bastidores do poder, andando com desenvoltura e nomeando aliados no novo governo de Alberto Pinto Coelho. Já Dimas Fabiano (PP) participou do jantar reservado, que deveria ser secreto, entre Aécio Neves, Marcio Lacerda (PSB), o senador Ciro Nogueira (PP), Alberto Pinto Coelho e Anastasia. No encontro foram articuladas as nego-ciações estaduais entre PSDB/PP/PSB. Alberto Pinto viu que Dimas Fabiano precisa ser mais ouvido e atendido nos pleitos do Sul de Minas. Certamente o federal de Varginha terá novos encontros com o governador pepista recém empossado. Dimas também participou de todas as cerimônias na ALMG e no Palácio da Liberdade, onde se fez acompanhar do vereador Zacarias Piva (PP), que também procurou “abrir portas” no governo estadual.
Conspiração legislativa
Zacarias Piva (PP) foi a posse de Alberto Pinto Coelho em Belo Horizonte representando o presidente da Câmara, Leonardo Ciacci (PP). Não é a primeira vez que Piva representa o Legislativo municipal. Alias ainda não se sabe quem será o próximo presidente da Câmara em Varginha, que será eleito no final deste ano. Embora haja um “acordo” entre parte dos vereadores da base governista, além de uma conversa amistosa entre vereadores da oposição com vereadores do PP e PSC, é certo que a troca de comando do Legislativo de Varginha vai mexer muito com o PP, que obviamente não quer perder o posto. Mesmo porque o partido tem a maior bancada. Além disso, a aproximação de vereadores do PP com membros da oposição, além da aproximação de Zacarias Piva com o deputado Dilzon Melo, indicam que o PP já tem até o nome escolhido para suceder Leonardo Ciacci na presidência da Câmara. Só falta escolher quem vai informar ao vereador Armando Fortunato (PSB) que o “acordo” fechado em 2012 já “fez água e esta firme como prego no angu!”. Trocando em miúdos, o PSB parece que não vai sentar na cadeira de presidente da Câmara nesta legislatura.
Enfrentamento
Os constantes “enfrentamentos” do vereador Carlos Costa (PTB) ao governo municipal no plenário da Câmara e na Rádio Clube tem causado uma divisão de pensamentos no “núcleo duro” do governo. O prefeito Antônio Silva já determinou que “não se responda” ao vereador radialista, a fim de não “dar palanque” ao edil. E muitos “aspones” do governo estão cumprindo a determinação, mas isso pode estar causando dano a imagem do governo. No Executivo o constrangimento de ver um vereador do partido do prefeito bater na administração se confunde com a raiva de pouco se poder fazer em relação a isso. No PTB municipal e estadual é consenso de que Carlos Costa não será expulso, mesmo porque, não há pedido neste sentido. Além disso, como não há provas de que Carlos Costa esteja fazendo denúncias verdadeiras ou falsas não há do que acusa-lo. Afinal, o prefeito não “enfrenta” o edil em sua “prosopopéia diária na rádio” para defender o governo ou desmentir o radialista! Na cúpula do PTB é consenso de que Antônio Silva age de modo errado com o vereador petebista, a cúpula partidária acredita que o prefeito deveria enfrentar Carlos Costa e responde-lo pessoalmente na rádio e no plenário, com a diplomacia e técnica política e de oratória natas de Antônio Silva. Para os petebistas, dois ou três enfrentamentos de Antônio Silva, com a presença na rádio e na Câmara, seriam suficientes para que as denuncias de Costa “respondidas pelo prefeito, caíssem no vazio, e que ficasse claro o ataque desmedido do vereador”. Para muitos articulistas, se o prefeito enfrentasse o “tiroteio sem foco de Carlos Costa, poderia tirar do vereador a pecha de baluarte da fiscalização e da moralidade, e fazer do chefe do Executivo a vítima desta luta entre petebistas”. O difícil é “convencer o chefe”, dizem os aspones do Executivo!
Trânsito
A reforma no trânsito na região central da cidade continua em operação, desta vez, parece que vai sair no prazo. Espanta ver que os motoristas locais, mesmo sem a sinalização definitiva e com segurança precária do local, fazem fluir com serenidade o trânsito até o dia 14 de maio, final das obras. Não se registrou acidentes graves, devido a falta de sinalização, nas avenidas principais que estão em obras. Isso mostra que, quanto é compelido a agir com cuidado, o motorista aprende a ter prudência, muito embora na madrugada alguns irresponsáveis ainda circulem pela região em alta velocidade e sob o efeito de álcool, mas isso independente das obras. A cidade vai ganhar cara nova depois da mudança no trânsito. O comércio vai se adaptar, o trânsito vai fluir melhor, e por hora, as obras estão no prazo, e com os pagamentos em dia, coisa que não aconteceu no início das reformas no governo anterior.
Perguntar não ofende
Os conselhos municipais de saúde, educação, segurança publica etc se reúnem periodicamente para tomar cafezinho, beber água e bater papo ou a sociedade civil esta mesmo fazendo sua parte nestes conselhos?
O prefeito perdoaria o vereador que no passado chegou a abrir uma CPI contra ele? E ainda apoiaria este agora ex-vereador para sucede-lo em 2016?
Porque a Câmara aprovaria agora o aumento do IPTU, se o mesmo projeto já foi rejeitado a poucos meses atrás pela mesma legislatura? Será que o projeto foi maquiado ou interesses foram atendidos?
Se o “acordo de apoio” entre Antônio Silva e Verdi Melo for “firme” como o acordo do vereador Armando Fortunato com os demais vereadores da base, o vice pode dar adeus ao sonho de ser prefeito?
Lepo lepo
O deputado federal gastador do PSD já prometeu de tudo para todo mundo, e não cumpriu nada! No caso de um certo vereador da cidade, o caso é ainda mais agravante, pois o edil ainda mantém o apoio ao federal gastador mesmo sem ter retorno nestes momentos difíceis! O vereador já tem carro e teto, mas ainda não conseguiu garantir apoio ou recurso para sua re-eleição, que não lhe sai da cabeça, e ainda tem feito malabarismos para resolver suas “pendências na Justiça”! Ou seja, o edil só pode estar apoiando por causa do “lepo lepo”, pois ate agora não teve mais nada! Se continuar sendo enrolado pelo deputado federal gastador, não se sabe o que o edil pode pensar em fazer! Afinal, depois do que o saudoso Mauro Teixeira fez com o vereador (e agora vice) no Clube de Varginha e o Pé de Chumbo teria feito com o motorista na avenida Rio Branco, o “céu é o limite” para os políticos da cidade!
$aúde S/A
A Prefeitura de Varginha vai conceder R$ 3,6 milhões de subvenção social ao Hospital Regional para manutenção e funcionamento da instituição em 2014. A iniciativa autorizada por Lei aprovada no Le-gislativo é corriqueira, pois a Prefeitura sempre participou do socorro anual ao Hospital Regional, que é de responsabilidade do Governo do Estado de Minas, que como vemos não cumpre sua responsabilidade. A Saúde no Brasil, em Minas e em Varginha sempre foi uma área onde se gasta muito dinheiro, muitas vezes, sem qualquer planejamento ou fiscalização. No caso de Varginha, o recurso de R$ 3,6 milhões, que é bem mais que o Executivo municipal costumava dar na gestão passada, será fiscalizado pela Controladoria Geral do município. O maior investimento deste governo municipal no Hospital Regional deve-se, basicamente, a nova gestão da instituição comandada por um competente empresário do PTB, que ainda por cima é filho do deputado Dilzon Melo, medalhão da política estadual. Não fosse isso, talvez o Executivo municipal fosse mais “pão duro” com o Regional. Alias, “pãodurismo e Antônio Silva” são palavras comuns de serem usadas na mesma frase! Mas a nota da coluna não tem o propósito de exaltar ou recriminar tal gasto da Prefeitura com o Regional, mas sim destacar que este gasto precisa ser tecnicamente explicado! No que será investido este recurso? Quais serão as ampliações, novos equipamentos, melhorias feitas no hospital com esse recurso? Afinal, este valor é bem maior que o valor antigamente repassado. A razão do aumento já esta explicada: é política! O que não recriminamos, mas onde o dinheiro vai ser gasto, isso sim, é preciso saber! Ou será que o (gordo) dinheiro vai apenas para manutenção (ou seja, salários dos funcionários) do hospital? Ou vai para pagar contas atrasadas? Alias isso já aconteceu no passado! Certamente, um recurso tão substancial como este repassado pela Prefeitura precisa ser investido em novas obras e ampliações, e não no pagamento de salários e dívidas!
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
O vereador e médico Dr. Armando Fortunato Filho apresentou no dia 12 de fevereiro de 2014, o reque-rimento Nº 14/2014 no qual o legislador solicita ao Poder Executivo de Varginha a criação de Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social no município. Tal conselho teria o papel de somar esforços do Poder Público municipal com os diversos setores privados da economia, como indústria, comércio, agronegócio e muitos outros. A idéia é realmente boa e possibilitaria maior interação entre os empresários e a administração, trazendo maior agilidade e sintonia entre as partes. Ainda assim, a eventual criação de tal conselho depende da articulação política dentro e fora da administração, e prin-cipalmente dos escolhidos pela iniciativa privada. Além disso, o vereador Armando Fortunato, embora seja um vereador atuante, não pode contar apenas com a “boa vontade dos políticos” para que boas iniciativas saiam do papel. Afinal, sabemos que de “boas intenções” o inferno está cheio! De Qualquer modo, parabéns ao vereador Fortunato.
Palco das certezas
O vereador Zacarias Piva pediu uma audiência pública para debater o projeto da Planta Genérica de Valores de Varginha, o mesmo projeto já foi rejeitado anteriormente pela legislatura atual, mas foi re-enviado à Câmara pelo Executivo, que deseja aumentar o IPTU da cidade. Uma audiência pública para discutir tal tema vai chegar as certezas que todos já sabem. Quais sejam: embora o Executivo conteste, haverá aumento real de impostos para o contribuinte. O município não quebrou por não ter reajustado o IPTU nas últimas duas décadas e não vai quebrar agora, caso o aumento de impostos seja negado, novamente! O governo não especificou o que vai fazer com o recurso derivado do eventual aumento de impostos, e nem vai especificar, porque o que o governo quer mesmo, é ter “grana para fazer política nos períodos eleitorais de 2014 e 2016”! Tais certezas podem ser evidenciadas na audiência pública, ou podem simplesmente, serem ignoradas caso o Legislativo se ajoelhe, novamente, as vontades da Prefeitura!