Pulverização
O caixa da Prefeitura de Varginha não tem mais a mesma vitalidade de outros tempos! Já não existem mais gestões como do ex-prefeito Aloísio Almeida, Dilzon Melo ou mesmo a primeira gestão de Antônio Silva, quando se tinham mais recursos e menos burocracias e leis que engessavam o gasto de recursos. Hoje com a lei de responsabilidade fiscal e os mecanismos de controle de gastos, bem mais apurados, impedem os gastos dos governos. Mesmo com o aumento do IPTU e outros impostos que ajudam o caixa da Prefeitura de Varginha, o fato é que o Executivo municipal ha muito tempo não tem uma “grande obra para chamar de sua”. Vemos que nas últimas décadas, todas as grandes obras públicas realizadas em Varginha, forçosamente, tiveram ampla participação de recursos estaduais ou federais, e a Prefeitura de Varginha participou com “módicas contra-partidas”. Neste novo cenário de poucos recursos, a “tática administrativo-eleitoral” deste governo municipal tem sido pulverizar o recurso em diversas obras de baixo valor, porem alto impacto social ou de visibilidade política. Além é claro, de contar com o “pool midiático” do governo para alardear uma obra aqui, outra ali e acolá! Não se tem notícia de muitas grandes obras exclusivas da Prefeitura que superem a casa do milhão! E vejam que o orçamento do Executivo municipal em 4 anos beira a um Bilhão de reais! Todavia, a média das diversas obras exclusivamente municipais em andamento tem valor médio inferior a R$ 300 mil. Isso ilustra o novo modelo do governo. Enquanto Dilzon Melo fez o Melão, Aloísio Almeida trouxe indústrias e construiu a nova Praça da Fonte, a atual gestão de Antonio Silva caminha para ter nas pequenas obras a sua maior marca!
Do vermelho ao azul
Prossegue a substituição das cores nos prédios e obras públicas de Varginha. Aos poucos, o governo vai apagando o Vermelho vivo do PT que governou nas gestões passadas e substituindo pelo azul, típico das gestões anteriores de Antonio Silva, ou mesmo, parecido com o azul da logomarca do PSDB, tradicional parceiro político do PTB municipal.
Da água ao lixo
A Copasa oficializou sua saída das produtoras e distribuidoras de água mineral das marcas Caxambu, Lambari, Cambuquira e Araxá. Segundo o diretor financeiro da companhia, Edson Machado Monteiro, a decisão foi uma consequência da queda da receita e do lucro líquido da Copasa no primeiro trimestre de 2015. "A Água Mineral de Minas é historicamente deficitária. Ela dava prejuízo de R$ 6 milhões a R$ 8 milhões por ano. Foi interrompida a sangria", declarou monteiro. A gestão da Água Mineral de Minas passará a ser da Companhia de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (Codemig), detentora da concessão das fontes de águas localizadas nos municípios que dão nome às marcas. A Codemig confirmou em nota que vai rever a "gestão referente a equipamentos e instalações de envasamento das águas minerais" citadas. E "assegura a continuidade de operação, manutenção e vendas das águas minerais", mas "em princípio, pelo prazo mínimo de 12 meses". Aos poucos a Copasa vai deixando áreas tradicionais de atuação, como a água mineral para atuar em áreas diferentes como o tratamento de lixo, como vai fazer em Varginha, por exemplo. Alias, em Varginha a empresa prometeu muito, fez pouco e investiu menos ainda!
Uma pedra no meio do caminho
A coluna noticiou com exclusividade a infeliz notícia da descoberta de uma enorme pedra no terreno do futuro Centro de Iniciação ao Esporte que atrasa a obra e tem dado grande dor de cabeça ao Executivo municipal. A Secretaria Municipal de obras está trabalhando na retirada da pedra encontrada no terreno onde será construído o CIE – Centro de Iniciação ao Esporte, que faz parte do programa de infraestrutura esportiva do Plano de Aceleração do Crescimento – PAC 2. A pedra que foi localizada durante os trabalhos de terraplanagem, tinha 1.300 metros cúbicos de volume, sendo necessária a contratação e uma empresa para a fragmentação da rocha. Ao final serão contabilizadas mais de 400 viagens de caminhão para o transporte dos fragmentos até uma área do município, para posterior reutilização do material. Segundo informação do Secretário Obras, grande parte desta pedra já esta sendo utilizada na Avenida em construção que liga o Mercado do Produtor à Avenida dos Expedicionários, onde foi encontrada uma grande área com material mole e as pedras colocadas darão grande suporte para base na nova Avenida e também irá funcionar como dreno para esgotamento das águas desprezadas daquele local. Com o grande contingenciamento de recursos feito pelo Governo Federal nas obras e convênios assinados com prefeituras de todo o Brasil, é melhor a Prefeitura de Varginha, resolver logo esta “pedra no meio do caminho” a fim de evitar que, o trabalho e dinheiro gasto até aqui, não se transforme numa “obra inacabada e sem fim” como diversas outras iniciadas com o Governo Federal e não concluídas por falta de recursos ou prejuízos em decorrência da demora na conclusão.
Perguntar não ofende
Aparentemente prestigiadas pelo prefeito, as secretarias municipais de Educação e Administração, vão conseguir terminar a gestão sem “nenhuma pedrada política” arremessada pela oposição?
O Codema de Varginha é mais eficiente na defesa do Meio Ambiente ou na defesa de empresas que usam a desculpa do “desenvolvimento” para poluir?
O antigo Cine Rio Branco esta mesmo fadado a desabar na cabeça dos pedestres? Os irresponsáveis “sem-tela” que brigaram pelo tombamento do imóvel se acovardaram para resolver o problema? E a classe política, vai parar de fazer promessas vazias?
É a Prefeitura de Varginha quem paga a manutenção do Estádio Municipal onde o Boa Esporte tem a exclusividade de jogar? Exatamente o que a Prefeitura paga indiretamente ao Boa Esporte ou propicia de vantagem ao rico time particular?
Contra o desinteresse: agregar valores
O Projeto Câmara nos Bairros, que nada mais é do que o antigo Projeto Câmara Itinerante, que percorre os bairros da cidade, esta de volta ao Legislativo municipal. É bem verdade que o projeto aproxima o cidadão do Legislativo, que infelizmente tem pouca participação popular. E este desinteresse do povo pelo trabalho do Legislativo é um débito que precisa ser dividido, também, com a população. Pois reiteradas vezes, inúmeras ações da Câmara procuraram abrir canais de participação do povo. O presidente do Legislativo, Rômulo Azevedo, bem como outros presidentes, sempre tentaram trazer a participação e os olhares do povo para a atuação dos vereadores, porem o desinteresse do povo é generalizado. Não por acaso, o Legislativo apenas cai na boca do povo quando “pisa em alguma casca de banana” com o aumento de impostos ou dos próprios salários e acaba, com razão, surrado pela revolta do eleitor. Todavia, o povo precisa ocupar seu espaço na participação e fiscalização efetiva e constante dos Poderes constituídos na cidade, principalmente o Legislativo. Percebam que o Projeto Câmara nos Bairros é um triste exemplo do desinteresse do povo, que majoritariamente participa do projeto em razão dos atendimentos e benefícios acessórios ao Câmara nos Bairros e não propriamente para participar do processo legislativo municipal.
Contra o desinteresse: agregar valores 2
No Projeto Câmara nos Bairros, é proporcionado aos participantes alguns serviços na área de saúde e de assistência jurídica. A Unifenas/Varginha leva cerca de 20 acadêmicos dos cursos de Enfermagem, Farmácia, Odontologia e Psicologia, que realizam as seguintes atividades: aferição do índice de glicemia, acompanhada de orientações sobre Diabetes e Hipotiroidismo; aferição do índice de pressão, com orientações sobre Hipertensão; orientações sobre Câncer de Mama, com auxílio das Mamas Amigas; orientações sobre Saúde Bucal e oficinas de desenho, pintura, estimulação dos sentidos (olfato e tato), workshop de arquitetura com balões, pintura de rostos e mãos. A Fadiva – Faculdade de Direito de Varginha – também entra como parceira, levando seus acadêmicos do curso de Direito para oferecerem orientações sobre questões jurídicas. Ressaltando que todos os serviços prestados são acompanhados por professores responsáveis. Vale destacar que a tentativa de “agregar valor” ao Câmara nos Bairros é uma forma válida, porem pouco eficaz, do Legislativo trazer o povo para participar do processo Legislativo. Também registramos aqui que a coluna é a favor do projeto, porem condena a população que deveria se fazer presente nestes eventos, mesmo ante a crescente desmoralização nacional dos políticos. O próximo Projeto Câmara nos Bairros acontece no próximo sábado (27/06) no Conselho Comunitário do Bairro Boa Vista, que fica na rua José Teixeira de Rezende, s/n, a partir das 09:00 horas da manhã.
Abençoa o filho, mas esquece o pai!
Neste mês a Unidade de Pronto Atendimento de Varginha – UPA, comemora 3 anos de existência! A data deve ser comemorada, pois a criação da UPA foi o maior investimento na saúde pública de Varginha nos últimos anos e o atendimento prestado naquele órgão é mesmo merecedor de atenção, pois consegue receber milhares de cidadãos com uma grande estrutura de profissionais e equipamentos aptos a dar um bom atendimento de saúde diariamente aos cidadãos. Cerca de 190 profissionais da saúde trabalham na UPA Varginha, que foi construída majoritariamente com recursos federais, algum recurso estadual e contra-partida da Prefeitura de Varginha. Porém, na manutenção mensal da UPA, o governo federal paga 1/3 das despesas e a Prefeitura paga o restante. Em que pese a comemoração de agora pela UPA, a princípio, esta administração chegou a questionar, nos bastidores, a viabilidade econômica de Varginha ter sua UPA, o que hoje se vê equivocado, frente aos benefícios sociais de sua existência. Vale ainda ressaltar que a UPA foi uma conquista política pessoal do ex-prefeito Eduardo Corujinha (PT), talvez a única e maior conquista social de destaque do seu governo, porém hoje, vemos que foi uma relevante conquista, que o atual governo faz questão de ressaltar, mas sem dizer que foi uma conquista do PT, e que um dia, em razão do alto cisto, já pensou em abandonar!