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Coluna | BRASILzão
Fábio Brito
fabiobritocritica@gmail.com
O editor e jornalista Fábio Brito é responsável pela edição e publicação de centenas de títulos voltados às realidades do Brasil. Durante anos esteve à frente de selos editoriais importantes e renomados e no presente momento impulsiona, através de consultorias específicas nas áreas editorial e cultural, os selos Bela Vista Cultural e FabioAvilaArtes. A coluna Brasilzão, inicialmente através do Jornal Correio do Sul, de Varginha, foi iniciada em 11 de julho de 2004 e tem contado com a importante parceria do Varginha Online na disponibilização de vivências de Fábio Brito por todo o Território Nacional e por países por onde perambula em suas andanças.
 

Paz de Espírito
17/12/2015
 

 - A leitura nos traz paz de espírito. A imersão, no raciocínio alheio, através da leitura, nos apresenta horizontes plenos, informações distantes, sensações ocultas e aprendizagem constante.

- É compreensível o seu modo de percepção de leitura, porém você lê vários livros ao mesmo tempo... Isso não o confunde?

- Não me confunde, não. Agiliza o meu raciocínio e me leva a transitar de um universo a outro, corro de massa cinzenta em massa cinzenta.

- Me parece frenética esta sua atitude de imersão em assuntos tão variados e tão distintos concomitantemente.

- Vamos lá: cada qual tem sua dinâmica. “A Vida e Obra de Rui Barbosa” de Marcio Tavares d‘Amaral com supervisão de Afonso Arinos de Melo Franco; “O Abade Mouret”, do genial escritor francês Émile Zola; “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto; “A Biografia Cultural de Gilberto Freire”, de Enrique Larreta e Guillermo Giucci; “Les Decouvreurs”, de Daniel Boorstin, que nos apresenta a aventura de homens que inventaram o mundo, de Heródoto a Copernic, de Cristóvão Colombo a Einsten.

- Te vejo em êxtase, fora da realidade, longe do nosso mundo...

- Pois a grama que invade as calçadas mal cuidadas da capital sul-mato-grossense prova que a natureza se estabelece onde ela quer, desde que não seja combatida ou castigada. Os cachos de flores vermelho-alaranjado da soberba Flamboyant provocam rasgos de sangue no céu azul claro de um dia quente na unidade federativa do Centro-Oeste brasileiro: Mato Grosso do Sul. O cantar dos bem-te-vis e a fala do quero-quero trazem aquela gostosa sensaçñao de monotonia, de tempo parado, de vento ausente, de rede imóvel, de sono restaurador após o cansaço de uma longa jornada de trabalho. Quem disse que não percebo? Que não vivo? Que não vivencia a realidade externa?

Porém o mundo interno, a introspecção através da leitura, me carrega em um cavalgar constante pela mente alheia, pelo enxergar subjetivo – e objetivo – do escritor quando pulsam letras de seus ohos, frases de suas mãos ágeis, exclamações de seus lábios e emoções de seu âmago ora eternecido, ora combatente, ora passional, ora genial, ora pregiuçoso e indolente, oras áspero e agressivo... Tudo em forma de personagens de histórias e de estórias de contos, fábulas, romances, poesias, recitos, biografias ou relatos. Amo a Deusa Leitura. Deixe-me levar pelo seu hálito quente, pelo seu espítiro de absorção quando sigo para longe e para perto, para dentro e para fora, através da mentes de meus amigos eternizados por suas obras literárias.

- Continue sozinho pois eu sigo o meu caminho. Cada louco com sua loucura. 

 

 

            
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