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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Time dos sonhos; Time do pesadelo; Saúde Rosa e suíça; Demorou pra acordar?!; Do CTI para a UTI
22/10/2016
 

Time dos sonhos

O calor das eleições começa a abaixar agora e as negociações para a formação da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal e do secretariado da Prefeitura de Varginha já correm soltas pelos bastidores políticos locais. Uma coisa é certa, há pouca vaga e muitos candidatos.

Fatalmente Antônio Silva vai começar tendo que desagradar caciques dos 13 partidos que o apoiaram bem como deixar esperando caciques de outros partidos derrotados que agora querem negociar com o governo reeleito! Além disso, as negociações no Legislativo vão influenciar na definição do primeiro escalão da Prefeitura de Varginha.

Alguns secretários são vistos como “imexiveis”, mas conhecendo o prefeito e seu histórico, são poucos no governo que possuem a permanência garantida! Entre os técnicos, é muito possível que os ocupantes da Educação e da Fazenda permaneçam. Da Educação será cobrada mais atuação e eficiência nos gastos, já da Fazenda, será cobrada mais arrecadação e eficiência nas lides jurídicas e administrativas para a recuperação de ativos municipais. Entre os políticos, Luiz Fernando Alfredo e Jefferson Melo são favas contadas no próximo governo! Neste caso das vagas políticas, não há necessidade de cargo específico, pois seja onde estiverem, o prefeito os ouvirá nas decisões importantes!

Time do pesadelo

Também na montagem do novo governo, preocupa o prefeito como “encaixar aqueles que possuem resistências em sua área de atuação” como acontece com o comando da Guarda Municipal e Fundação Cultural. Antônio Silva sabe que precisa encontrar solução para as reclamações correntes nestas áreas, todavia, não pode simplesmente descartar os atuais comandos destas áreas, que apesar dos pesares, realizaram obras e apoiaram seu governo.

Vejam como exemplo o professor Francisco Graça Moura, que comanda a Fundação Cultural. O servidor possui “arrestas” com servidores e com grande parte dos produtores culturais, que inclusive promovem várias ações de boicote á gestão da Fundação. Se as manifestações continuarem certamente vão comprometer o bom funcionamento da área e vão desaguar em desgastes para o governo que vai tomar posse em janeiro! Antônio Silva não quer começar um governo novo com problemas velhos e possivelmente crescentes! Ainda mais problemas políticos, que tendem a começar pequenos e crescer a cada dia.

Tanto no caso da Guarda Municipal quanto da Fundação Cultural, basicamente, o problema envolve a “falta de habilidade dos comandos das duas áreas no relacionamento com outras pessoas e subalternos”, e isso não deveria trazer problemas para o prefeito, mas sim serem resolvidos rapidamente! Todavia, Antônio Silva sabe que se não estancar todos os problemas políticos e de relacionamentos dentro do governo, vai estar rolando para a próxima administração uma bola de neves que pode contaminar toda a sua futura gestão! A conferir!

Saúde Rosa e suíça

Informações que chegam à coluna mostram que o Conselho Municipal de Saúde de Varginha é dos mais burocráticos e míopes para problemas correntes da saúde local. O conselho se limita apenas a discutir e aprovar temas obrigatórios para sua existência, sem colocar em pauta problemas como as reclamações de falta de medicamentos ou profissionais da saúde no Sistema Único de Saúde.

Alem disso, as enormes filas nos hospitais e UPA e a longa espera para cirurgias ou a intensa briga política por poder no Hospital Regional e sua desordem financeira não são assuntos tratados no Conselho, mas deveriam ser! Parece que o tal conselho vive em “um mundo cor de rosa, suíço, onde não há problemas na saúde”! Será que um dia o Conselho Municipal de Saúde vai acordar para a realidade e a precariedade da saúde em Varginha? Vejam, por exemplo, que em meio aos inúmeros calotes promovidos pela nova gestão do Hospital Regional e a interrupção no fornecimento de materiais à instituição, o Ministério da Saúde anunciou o repasse, por convênio, de valor próximo a R$ 4 milhões para o Regional. O dinheiro não virá de uma só vez, mas com planejamento, deveria poder equacionar as muitas, misteriosas e problemáticas dívidas do Hospital Regional! Será?

Demorou pra acordar?!!

O Supremo Tribunal Federal (STF) teme ser obrigado a cortar na própria carne para cumprir o teto de gastos proposto pelo governo. Uma das ideias já discutidas é que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) coloque as contas das Cortes na internet, dando maior transparência a elas, como uma forma de inibir abusos, como os corriqueiros supersalários de servidores públicos acima do teto constitucional. Gastos excessivos do Judiciário, do Ministério Público e de Tribunais de Contas têm preocupado até economistas que defendem a PEC do Teto dos Gastos. Há o temor de que eles resistam a conter despesas, o que obrigaria o Executivo a cortar investimentos, por exemplo. Já esta passando da hora para que juízes, membros do Ministério Público e Tribunais de Contas de todo o país despertem para a necessidade urgente e esforço conjunto para que toda a máquina pública reduza os gastos! Ainda mais neste setor do poder público onde se concentra os maiores salários e inúmeras regalias sustentadas pelo sofrido povo brasileiro.

Dança das cadeiras

A coluna recebeu cinco e-mails sobre a gestão proeminente do reitor Stefano Barra Gazzola no comando do Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS. Stefano caminha para seu último mandato de quatro anos, conforme estatuto do UNIS. O reitor tem pedidos e aptidão para a vida pública, onde aliás tem bastante influencia de bastidores, bem como diversas oportunidades na área empresarial, tendo em vista todo o cacife acumulado durante todos estes anos á frente do Centro Universitário.

Existe também a oportunidade do reitor sair e depois voltar, neste caso, o mais difícil seria achar alguém de “confiança que, tendo o poder e bajulação nas mãos por 4 anos, queira retornar o cetro do poder ao reitor”. Nos corredores do UNIS, já existiriam os postulantes ao cargo: cinco, na verdade! E podem aparecer mais! Todavia ninguém sabe ainda qual será a opção de Stefano: se vai para a política, neste caso vai depender de vencer as eleições! Se o reitor “pendura as chuteiras” definitivamente, o que não se acredita! Ou se Stefano Gazzola escolhe um “ungido” para substituí-lo por 4 anos no comando do UNIS e depois receberia de volta o posto mais “charmoso e badalado” da área educacional da região.

Saudades do Poder

A cada ciclo eleitoral vemos nomes que chegam e que saem do Poder! Alguns retornam, depois de aprender com derrotas passadas, outros descobrem pela primeira vez a “vida doce dos salários e mordomias públicas e já se apaixonam a primeira vista”. Certo mesmo é que “quem prova, dificilmente larga, a menos que a saída lhe seja imposta”, ás vezes pelo voto popular, outras tantas por situações de bastidores! De qualquer modo, muitos almejam um cargo político.

Vejam que Antônio Silva foi prefeito no passado, perdeu o poder, retornou e foi reeleito agora. Sempre se queixando de dívidas, mas nunca disse que queria largar! Os vereadores, em sua maioria, disputam a reeleição eternamente, se deixarem e puderem! E ficam profundamente revoltados quando são apeados da Câmara.

No Legislativo, há um caso a parte, pois pouquíssimos conseguem se eleger e logo no primeiro mandato, chegar á presidência da Câmara, como ocorreu com o vereador Rômulo Azevedo (PSD). O presidente da Câmara chegou ao Legislativo após muito gasto e tempo dedicado, depois, conseguiu o comando da casa após muita disputa, articulação política, ainda assim, dependeu de “magoa, rancor e traição para garantir o voto que lhe fez presidente da Câmara”.

Rômulo Azevedo não disputou a reeleição, ninguém sabe ao certo porque, mas muitos especulam os mais variados motivos! Ao longo de seu mandado como presidente do Legislativo, Rômulo teve erros e acertos, por certo que alguns dos erros foram no desejo de acertar! De qualquer forma, Rômulo Azevedo vai deixar o Poder no final do ano, e mais que qualquer dos outros vários vereadores que estão saindo, Rômulo vai sentir muita “saudade do Poder”. Certamente que não vai abandonar a política, mas deve ficar um bom tempo “sofrendo a abstinência” da caneta e bajulação maior do Legislativo municipal.

Do CTI para a UTI

O governo estadual petista de Fernando Pimentel parece ter passado pelo pior, depois que o Superior Tribunal de Justiça determinou que é preciso que a Assembleia Legislativa de Minas autorize, para que o STJ possa processar o governador. Hoje o governo petista tem boa relação com o Legislativo e praticamente a maioria dos 77 deputados estaduais. Isso garantido pelo presidente da ALMG, Adalclever Lopes (PMDB) que com pulso firme garante o controle e andamento da casa.

Mas cabe ao governo mostrar serviço e “sair das cordas e das promessas”. Em vários setores produtivos, como a indústria e a agricultura o governo estadual possui bom relacionamento mas ainda não mostrou a que veio! Já se passaram dois anos e o governo Pimentel nada fez de substancial, além de aumentar impostos, no começo de seu governo. Para piorar a situação, o governo estadual petista vem cozinhando em “banho Maria” a imprensa do interior, que não tem boas notícias para divulgar, não tem anúncios para publicar e nem vê o governo honrar os compromisso com a classe! Vale dizer que o Governo Pimentel “estancou sua piora, mas não garantiu sua salvação, não máximo, saiu do CTI para o UTI, mas continua na emergência”. O governo tem bons articuladores políticos como o secretário de governo e deputado federal Odair Cunha, bem como o próprio presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, mas parece que falta ao governo estadual o que falta a todos os demais governos e mais ainda ao cidadão/contribuinte: dinheiro.

Perguntar não ofende

O grupo político do Deputado Dimas Fabiano ou do prefeito Antônio Silva, quem fará o próximo presidente da Câmara? E quanto aos vereadores eleitos fora da coligação  governista reeleita para qual lado penderão?

Dizem que o deputado federal Diego Andrade estaria “se achando” por conta de seu candidato a prefeito ter ficado em segundo lugar em Varginha! Será que isso significa que Andrade terá aumento na votação em Varginha?

É grande a curiosidade para saber quem será o candidato oficial do PT municipal para deputado estadual em 2018: Geisa Teixeira que já esta como deputada ou Rogério Bueno que defendeu o partido em 2016 e conseguiu mais votos que o esperado?

Caminhamos para o final do ano sem que a Copasa cumpra seu compromisso de iniciar o tratamento do lixo no aterro sanitário ou a recuperação do lixão no Corcetti. Será que a Prefeitura de Varginha já esta pagando à Copasa pelo que a empresa não cumpriu?

 
 
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