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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Ouro Verde; Engordando; Onde esta o sortudo?; A crise não acabou
21/11/2016
 

Ouro Verde

Na atual safra, que deverá ser de baixa produção, muitos cafezais já estão em período de desenvolvimento vegetativo com novas brotações. Com as chuvas mais presentes nas últimas semanas é o momento do produtor voltar a sua atenção para as pulverizações com o objetivo de fornecer micronutrientes, bem como também fazer prevenção para a maior ocorrência das doenças que são mais comuns no período chuvoso. Destaca-se que o produtor que já tiver realizado a análise do solo de sua propriedade poderá intensificar no próximo mês a adubação do solo, uma vez que o maior volume de chuvas em dezembro deverá também favorecer o plantio de novas mudas, bem como o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo do cafeeiro.

Engordando

A Câmara Municipal de Varginha parece que deseja ampliar ainda mais sua estrutura pública, dando margem para novos aumentos de gastos no futuro. A mesa diretora anunciou o desejo de criar uma editora de livros, o que daria apoio aos produtores culturais locais, todavia, seria mais um ralo de dinheiro público, uma vez que a missão do Legislativo é a fiscalização do Executivo e a elaboração das leis do município. A coluna é próxima do Legislativo e tem contato direto com o presidente da Câmara, Rômulo Azevedo, que tem inovado muito no comando da casa, porem, parece que o valor economizado e devolvido ao Executivo, nesta gestão legislativa, será menor que o esperado. A conferir!

Novos tempos?

De acordo com pesquisa feita no VI Congresso de Prefeitos Eleitos, da Associação Mineira dos Municípios, 51% dos futuros prefeitos nunca exerceram cargo público na vida. O índice confirma o que se viu nas principais cidades do Brasil, o eleitor esta cansado do “atual padrão político” que apresenta nomes tradicionais da política ou mesmo pessoas tipicamente de origem política. O eleitor parece que cobra dos escolhidos a vitória na vida pessoal para depois presentear o escolhido com o voto para um mandato político. Varginha, em certa parte, fugiu do novo, visto que Antônio Silva é “político de carreira, assim como o segundo mais votado na cidade”. Mas a julgar que a “moda” pegue, certamente que os candidatos bem sucedidos nos próximos pleitos virão do mundo empresarial, entidades de classe e iniciativa privada.

Portas em automático

O governo federal prepara um plano de incentivo à aviação regional que prevê subsídio às companhias e reforma de 53 aeroportos no país. Não sabemos ao certo se Varginha está nesta leva de aeroportos contemplados. O Ministério dos Transportes já recebeu sinalização positiva do Ministério da Fazenda. O projeto tem duas frentes: investir cerca de R$ 300 milhões até o fim de 2017 para adequação de pistas e terminais. Depois, dar incentivo financeiro de R$ 50 milhões anuais — cerca de R$ 1 milhão por praça— às empresas que operem essas linhas, com base nas passagens vendidas. O prefeito Antônio Silva tinha como objetivo no início deste mandato que termina a construção de um aeroporto de cargas, visto que Varginha já tem investimentos iniciados nesta área, mas não conseguiu finalizar todos os projetos para o aeroporto municipal. O prefeito parece que “esqueceu” deste compromisso do aeroporto de cargas.

Será que Varginha vai conseguir emplacar novos investimentos federais no aeroporto local, ou vamos acompanhar projetos mais caros e atrasados como o aeroporto de Pouso Alegre passar o projeto do aeroporto de Varginha? Será que Antônio Silva realmente desistiu do aeroporto de cargas? E a iniciativa privada, vai procurar o governo federal para conseguir recursos a fim de concluir o projeto de Varginha?

Descobrindo a roda!

Documentos preliminares enviados por 24 estatais ao Ministério da Transparência apontam inconsistências em contratações de escritórios de advocacia sem licitação. A pasta faz um pente fino nos contratos de R$ 2,2 bilhões para saber se há irregularidades. Há anos se fala em conluio entre advogados e políticos envolvendo pagamento de propina em troca de contratação em empresas públicas. Não será surpresa se entre os escritórios beneficiados estiver escritórios de ex-juízes e medalhões da OAB. Aliás, a contratação de advogados por prefeituras e outros entes públicos é cercada de mistérios e suspeitas. Lado outro, é também cada dia mais “mastodôntica e ineficiente” as áreas jurídicas de prefeituras e estatais.  

Onde esta o sortudo?

Varginha recebe, de segunda-feira (14) até hoje, sábado (19), o Caminhão da Sorte da CAIXA, onde são realizados, ao vivo, os sorteios das Loterias CAIXA. A unidade móvel está estacionada na Praça José de Rezende Paiva (Praça da Concha Acústica).

Durante toda a semana, a população pode acompanhar os sorteios, inclusive acionando o dispositivo que libera as bolas numeradas, e ainda validar os resultados, na hora, como auditoria popular. Os apostadores tiveram a oportunidade de conhecer a dinâmica dos sorteios e conferir a transparência e a lisura de todo o processo. O processo é bom para dar legitimidade aos sorteios que vira e mexe são questionados em redes sociais e por apostadores antigos que, mesmo jogando constantemente nunca ganharam na “sorte grande”. Aliás, a chegada do Caminhão da Sorte da Caixa dá ainda mais força á pergunta que não quer calar na cidade: quem faturou os R$ 76 milhões da Mega Sena em Varginha?

Perguntar não ofende

O acidente ocorrido com o ex-candidato a prefeito em Varginha, Natal Cadorini e seu atendimento em um hospital particular da cidade foi um fato revelador do despreparo dos hospitais públicos de Varginha ou um fato político utilizado pelo ex-prefeito?

Terminadas as eleições há cerca de dois meses, quais as campanhas políticas que ainda não pagaram suas contas e ou ainda não prestaram conta a Justiça Eleitoral? Quais partidos saíram “limpos” desta última prestação de contas eleitoral?

Qual o tamanho do “rombo” nas contas do Hospital Regional e quanto este prejuízo aumentou após a nova gestão? Será que a Prefeitura de Varginha tem feito sua parte para manter o hospital? Os contratos assinados nesta gestão estão sendo honrados?

Qual pepista será o novo presidente da Câmara Municipal de Varginha? Será que os aliados do deputado federal Dimas Fabiano serão, novamente, os “fieis da balança” na governabilidade municipal?

Qual o tamanho da nova oposição na futura legislatura municipal? Guardem a configuração política da legislatura que começará em janeiro, certamente que haverá mudanças profundas até 2020!

O futuro

Um empresário local foi sondado por um grupo político da região para ser candidato a deputado estadual em 2018, visto sua capilaridade de negócios em varias cidades do Sul de Minas. Antes de responder ao partido ao qual é filiado, o empresário encontrou casualmente com o ex-prefeito de Eloi Mendes e ex-candidato a prefeito de Varginha, Natal Cadorini (PDT), que disse ao empresário “espera mais um pouco, quem sabe você encontra alguém para apoiar no futuro”. O pedetista foi acusado de lançar candidatura a Prefeitura de Varginha como balão de ensaio para as eleições de 2018.” A conferir!

A crise não acabou

Os cerca de R$ 50 bilhões que estão sendo apurados com a repatriação de recursos de origem duvidosa vindos do exterior não cobrem dois meses de despesas com juros da dívida pública (R$ 29,7 bilhões em setembro). Ou seja: enquanto persistir a sangria financeira com os altos juros, qualquer esforço fiscal no país será tão inútil como enxugar gelo. Parte dos recursos repatriados foi distribuída aos municípios, de acordo com o Fundo de Participação dos Municípios FPM. Varginha recebeu cerca de R$ 3 milhões. A Gazeta foi a primeira a dar a notícia.

Sem saída

O esgotamento das fontes extras é particularmente ruim para o governo do Estado, com finanças mais deterioradas (nota D no Tesouro Nacional). O governo mineiro já levantou R$ 400 milhões com altas do ICMS, usou depósitos judiciais e está vendendo este mês a sua folha. Depois da repatriação, vai ser difícil tirar mais coelhos da cartola. E aliado ao clima financeiro ruim, o governo também verá o maior aperto na esfera política e de imagem negativa do governador Pimentel: a operação Acrônimo tem novas ações em planejamento.  

Fim das mamadeiras

Quando acabarem os coelhos ou extras, os governadores vão ter que cortar mais fundo na carne. E então se verão pressionados a mexer no vespeiro dos benefícios fiscais. Os Estados brasileiros perdem até R$ 60 bilhões por ano com a renúncia de impostos para atrair empresas. Com a crise fiscal em marcha, a reversão desse processo pode se tornar inevitável. No auge da ‘guerra fiscal’ entre os Estados pela atração de investimentos, o Rio de Janeiro tirou várias empresas de Minas com a oferta de incentivos, esvaziando o parque industrial da Zona da Mata. Hoje, financeiramente quebrado, o Estado vizinho paga o preço por essa política.

Novos planos

O futuro imediato do atual prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda após deixar a prefeitura já está desenhado: ele vai se dedicar à presidência do PSB e à organização do partido, em preparação da sua campanha ao governo em 2018. O prefeito da Capital agarrou a candidatura ao governo em 2018 após a eleição municipal. Aliás, para quem perdeu fragorosamente (seu candidato Malheiros ficou em quarto), ele saiu das urnas até animado demais. O destino de outro político do PSB também será bem próximo: Armando Fortunato. O médico de Varginha, a exemplo de Lacerda, ficou em quarto colocado nas eleições municipais, todavia, se apresenta animado para continuar na política, e a levar em conta sua proximidade com Márcio Lacerda, se o prefeito da Capital vier em 2018 com boa perspectiva política, certamente Armando Fortunato, que preside o PSB em Varginha, será convocado a ser candidato a deputado em 2018. O médico ainda desconversa sobre o futuro, mas é certo que “tudo é possível no futuro”. A conferir!

 
 
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