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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Saco de bondades; Prata da casa; Herança Maldita; Leve e solto
20/01/2017
 

Saco de bondades

A Câmara de Varginha discute hoje o projeto de lei, de autoria do Executivo, que aumenta em 6,29% o salário dos funcionários públicos municipais, entre eles os cargos de confiança. O projeto do Executivo vem em péssima hora tendo em vista a crise financeira nacional, contudo, sem demagogia, é direito dos servidores a reposição salarial inflacionária. Além disso, é bem verdade que em cargos de confiança como o de secretário, por exemplo, fica cada dia mais difícil encontrar bons profissionais para trabalhar com salários abaixo do mercado, como ocorre com o cargo de secretário.

A Câmara de Vereadores ainda precisa ficar atenta para outro problema que é a paridade dos salários do Legislativo e Executivo, tendo em vista que alguns salários do Legislativo estavam com remuneração final maior que os mesmo cargos no Executivo, isso precisa ser corrigido, e sobretudo, que seja preservada a saúde financeira do município, visto que o governo precisa gastar menos com custeio e mais com investimentos. Trocando em miúdos, o governo municipal precisa gastar mais com o cidadão e menos consigo mesmo! Veremos se a nova legislatura terá a sobriedade necessária para isso, neste primeiro teste!

Prata da casa

Discreto e distante dos acontecimentos em Varginha, o secretário estadual adjunto dos Esportes, Ricardo Sapi de Paula, que é de Varginha, tem realizado grande trabalho em âmbito estadual e substitui com frequência o titular da pasta. Na verdade, Sapi e quem “carrega o piano, e o secretário sai na foto, embora os amigos de Sapi saibam que o varginhense também adora um flash”. O secretário adjunto teve poucas oportunidades para ajudar sua terra natal, muito, segundo ele, em razão da indiferença e distância das autoridades do governo municipal em se relacionar com o governo estadual. Quando vem a Varginha Sapi não é recebido na Prefeitura e quando em BH, as autoridades do município não demandam do varginhense disposto a ajudar! Mais um típico caso de vaidade dos políticos tradicionais, indiferentes a um jovem varginhense que conseguiu destaque político fora da cidade!  

Herança Maldita

Na primeira reunião extraordinária do Legislativo municipal, o Executivo não reencaminhou o projeto para parcelamento das dívidas do Hospital Bom Pastor junto ao Inprev, Cemig e Receita Federal. Os valores parcelados ultrapassam os R$ 3 milhões a dívida toda teria sido contraída no mandado passado de Antônio Silva. Tal projeto foi encaminhado na última sessão legislativo do ano passado, todavia, pela complexidade do tema e por falta de tempo para analisar, os vereadores da gestão passada, sabiamente, recusaram votar e devolveram o projeto ao prefeito, que já reapresentou o mesmo projeto para análise do novo Legislativo, que deve aprecia-lo em fevereiro! O pior é que, segundo o projeto apresentado ano passado, o prefeito Antônio Silva pretende pegar os R$ 3 milhões de dívidas do Hospital Bom Pastor, contraídos todo em seu último governo e parcelá-las em várias prestações que seriam pagas neste mandato de 4 anos e nos mandatos seguintes: ou seja, isso prova cabalmente que, neste caso, o prefeito Antônio Silva estaria deixando dívidas suas para outro prefeito pagar. A tal “herança maldita” que ele sempre reclamou dos outros prefeitos que sucedeu! Agora, parece, como o projeto foi reapresentado sem modificações, Antônio Silva vai deixar para outro prefeito o “veneno” que sempre reclamou!

Mau começo

Trinta e dois municípios, entre eles oito mineiros, assinaram decreto de calamidade financeira logo nas duas primeiras semanas do ano e da nova gestão. Ao contrário da prática, o fazem logo no início de mandato até para justificar a herança maldita recebida, além de pressionar o governo federal por uma solução. Outros pensam fazer o mesmo. Se é assim logo no começo, com viés de piora nos próximos anos, o que fazer depois, no segundo, terceiro e último ano de mandato? A Confederação Nacional dos Municípios divulgou alerta para que os prefeitos não caiam na onda de achar que haverá resultado com isso. A calamidade financeira tem mais efeito político do que jurídico e, a partir de fevereiro, devem ser feitos os pagamentos sob o novo salário mínimo, além do piso nacional do professorado, reajustado em 7,64%.

De quem é a responsabilidade?

Eleitor da coluna disse que o trecho de rodovia do trevo que dá entrada para o aeroporto de Varginha, na rodovia BR 491, entre Varginha e Eloi Mendes, é de inteira responsabilidade do Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte – DNIT e não do Departamento Estadual de Estradas e Rodagem – DER, como havia sido pactuado no passado entre Governo de Minas e União. O caso é que a Prefeitura de Varginha disse que pretende fazer uma trincheira no local para melhorar o trânsito e tentar acabar com os constantes acidentes na região. De qualquer forma, o gerente regional do DER em Varginha, Raimundo Zaiden, conhece bem o problema e poderia, ou deveria, participar da pretendida intervenção no trecho para eventual construção da propalada trincheira. Afinal, Zaiden conhece o problema pois foi secretário municipal de obras em Varginha. Além disso, o trecho citado fica em Minas e são os mineiros que estão sofrendo com a falta de investimentos nas estradas, logo, não importa se de responsabilidade do Estado ou da União, ambos, deveriam somar esforços com a Prefeitura de Varginha e a iniciativa privada para solucionar os problemas daquela importante BR.

Perguntar não ofende

Quem são os candidatos que ainda estão inadimplentes com a Justiça Eleitoral e quanto aos fornecedores de campanha, com várias dívidas na praça? Porque alguns acham que ser candidato é brincadeira e depois deixam estes “rabos” pra trás?

Agora no comando da Fundação Cultural de Varginha, o ex-vereador Leandro Acayaba conseguirá resolver um grande problema da área e seu maior sonho: tornar útil para o povo de Varginha o abandonado Cine Rio Branco? A conferir!

A Copasa vai cumprir o compromisso já atrasado de colocar em funcionamento o Aterro Sanitário de Varginha? A Prefeitura vai cobrar isso ou vai continuar fazendo vista grossa? E a coleta seletiva, vai sair da promessa política ou não?

Como é tratado o esgoto de bairros como o Lagamar e adjacências? Existe estação de tratamento para aquela região? Quem fiscaliza para saber se não há esgoto contaminando a represa de Furnas naquele local? 

Com a onda de selvageria nas cadeias e presídios do Brasil, como anda a cadeia local, há superlotação? Houve reforço no policiamento? Existem revistas nas celas para evitar entrada de armas e drogas? Alguém ainda quer a construção de presídio em Varginha?

Continua de confiança!

Foi publicado no diário oficial do município as pessoas aptas a assinar cheques de pagamento relacionados à endinheirada área de Saúde, ou seja, pessoas que “poderão ter a chave do cofre” além é claro do prefeito e do vice. São eles, Wadson Camargo (secretário da Fazenda), Mario Terra (Secretário da Saúde) e Márcio Erbst, que continua como chefe de gabinete. A coluna imaginou que Marcio Erbest teria sido “banido do centro do Poder” quando de sua nomeação para o Centro de Desenvolvimento da Criança – CDC. Na verdade, Erbst acumula o cargo do CDC e continua no gabinete e como se vê, de confiança do prefeito! Também, depois de anos de dedicação de Márcio Erbst a Antônio Silva, nada mais justo! Além disso, embora Antônio Silva tenha convivência próxima com Dilzon Melo, não se acha que o prefeito tenha “adquirido a triste habilidade do deputado de abandonar e desprezar aqueles que lhe são fieis”.

Mudanças a vista!

Bem ao estilo Luiz Fernando Alfredo, novo secretário de Administração e homem de confiança do prefeito, foi publicada no diário oficial do município a portaria 13.576 que cria comissão que terá por missão elaborar projeto de reestruturação do organograma da administração direta, das fundações e autarquias do Município de Varginha. Os trabalhos devem ser concluídos no prazo de 20 dias, a publicação no diário oficial foi dia 12/01. Ou seja, querem mudanças rápidas. O grupo de trabalho é constituído por Luiz Fernando Alfredo, José Manoel Ferreira e Wadson Camargo, todos secretários, ou seja, da confiança direta do prefeito.

Nos bastidores, dizem que as mudanças visam dar maior rapidez á administração, porém, também maior controle do governo (núcleo duro) sob a máquina pública “repleta de ex-petistas, aliados não confiáveis e servidores que não curtem trabalhar além de enquadrar o funcionalismo para que realmente todos trabalhem” e busquem redução de custos e eficiência. Quem se lembra do “antigo reinado de Luiz Fernando” á frente da Secretaria de Administração sabe bem do que estou falando! Alguns ainda questionam se o secretário é eficiente na área, mas ninguém duvida que ele tenha pulso firme para comandar com “mãos de ferro” o arredio e ás vezes “moroso e manhoso” funcionalismo público! A conferir!

Um milhão de amigos!

A coluna comentou sobre a relação do prefeito com seus amigos mais próximos e alguns “homens de confiança”, que já o acompanham há muito tempo! Sempre que pode, o prefeito consegue um “encaixe para não deixar ninguém na chuva”, coisa comum na política, mas que nem todo político gosta de mostrar. Afinal, se a solidariedade entre políticos pega bem entre eles, costuma pegar mal entre os eleitores, mesmo que os políticos “amparados sejam eficientes na função”! A coluna já falou de Marcio Erbst, Luiz Fernando Alfredo e recentemente, em uma discreta publicação do diário oficial, os mais atentos viram que os aliados antigos de Antônio Silva e ex-vereadores Júlio dos Reis Cazelato e Luiz Valentim Michelotto foram nomeados na Junta Administrativa de Recursos e Infrações do município de Varginha – JARI. Não se sabe se há salário para tal função ou coisa que o valha, todavia, vale o registro que, esse traço de “amparo aos amigos” Antônio Silva compartilha com os políticos oriundos do Partido dos Trabalhadores PT, que também tem por habito, sempre conseguir um “posto público” aos amigos, a fim de que não fiquem sem salário ou honras.

Leve e solto

Muitos dos funcionários da Fundação Cultural não comentam em público, por medo de represálias, mas o “clima mudou” no local depois da troca de comando na instituição! Não tanto por quem saiu, mas por quem entrou! O novo presidente da Fundação Cultural, Leandro Acayaba é um “longânimo por natureza” e possui boa relação com funcionários e produtores culturais.

O tradicional Projeto Quinta da Boa, por exemplo, que começou nas gestões petistas e hoje se consolidou na grade de eventos da Fundação é um prova desta mudança de “ares”. O novo chefe da Fundação, Leandro Acayaba, gosta e participa das edições do QBM, se envolve com a organização. Outro ponto de destaque, que ecoa inclusive fora da Fundação Cultural é que Leandro diz já ter se “aposentado” da política, o que não se acredita, mas por hora, ajuda para que tudo fique mais fácil em suas negociações políticas à frente do órgão. De resto, novo presidente da Fundação Cultural poderia ter como foco para sua volta à vida pública, o resgate do prédio do Cine Rio Branco, que continua abandonado. Acayaba conhece e participou de várias etapas que culminaram no atual abandono do imóvel e tem interesse no resgate cultural do bem que foi tombado.

 
 
 
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