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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
O Planejamento; Prato frio; Parado, mas não morto; Transporte Público
19/09/2018
 
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O Planejamento

Algumas áreas da cidade como o trânsito, esporte, segurança e lazer precisam ser reformuladas com vista a contemplar toda a cidade. Um projeto arrojado e certamente muito caro, o que significa que não tem como ser feito agora por esta gestão, mas sim um planejamento estratégico que precisa ser implementado como política de estado e não política de governo. O trânsito de Varginha não é integrado em toda sua extensão, existem vários gargalos e falta de investimento, principalmente nos bairros. O asfalto é antigo e precisa de recapeamento, não de operação tapa buraco. Vejam como exemplo a rua Dr. José Bíscaro, entre o Mercado do Produtor e a avenida José Justiniano dos Reis. Está claro que a via não comporta ser de mão dupla, todavia, a falta de planejamento faz daquela via um gargalo perigoso no trânsito daquela região.

Quanto ao Esporte, em que pese o governo municipal ter instalado academias de rua pela cidade, não há calendário esportivo de utilização das estruturas pela cidade e boa parte das quadras e academias dos bairros são subutilizadas, mais uma vez, falta planejamento e investimento. Quanto a segurança pública, esta também caminha na falta de planejamento, visto que a estrutura de segurança pública local não foca nos bairros mais problemáticos. Bases comunitárias da Polícia Militar e Guarda Municipal precisam ser instaladas nos bairros mais violentos e nas entradas e saídas da cidade. Isso já foi falado, mas o investimento não aconteceu. Talvez pelo alto custo destes projetos e investimentos a atual administração não programe tal grande reforma, mas é certo que quanto mais de demora para estes in vestimentos, mais caro ficará o valor final destas obras. Assim, é melhor começar agora e fazer o que precisa ser feito, mesmo que aos poucos, do que chegar no futuro sem as condições e planejamentos necessários para crescer.

Prato frio

O ex-secretário estadual de Esportes Ricardo Sapi (PRB) está vivendo momentos de altos e baixos por conta de sua saída do governo estadual e a forma como saiu! O ex-secretário apontava viver sob “rigoroso controle e ordens” da Secretaria de Estadual de Governo, hoje sob o comando de um sul mineiro de Elói Mendes. Para quem conhece o modo “petista de policiar aliados”, sabe do controle que Ricardo Sapi se referia. Ele não agüentou a pressão e pediu exoneração irrevogável denunciando a falta de recursos, de estrutura e o excesso de indicações políticas na Secretaria. A saída de Ricardo Sapi deixou em “maus lençóis” o atual secretário estadual de Governo, “petista de natureza dura, que tratava com desdém aqueles que não eram do mesmo partido ou que não tinham a mesma força na caneta”. Agora exposto e em plena campanha política onde o PT luta para não perder o poder, certamente o secretário de Governo amarga a falta dos apoiadores aos quais pisou quando do começo do governo. Já Ricardo Sapi, descobriu que “alguns pratos, são mais saborosos quando comidos frios”.

Parado, mas não morto

Falando em Secretaria Estadual de Esportes, uma das últimas ações de Sapi na secretaria foi a agilização do processo de entrega de parte do Centro Social Urbano, que pertence ao Estado, para a gerência da Prefeitura de Varginha, que por sua vez pretende gerir o espaço em parceria com entidades esportivas e sociais. A parceria, no que depende do Governo de Minas, caminha para a finalização e faltando algumas poucas aprovações técnicas para que o Governo de Minas entregue o espaço para o município. Tal processo se deve ao trabalho de Ricardo Sapi no período em que ficou no comando da Secretaria Estadual de Esporte. Todavia, a maior obra de Sapi para Varginha, durante sua permanência na Secretaria de Esportes é quanto ao espaço hoje ocupado pelo Varginha Tênis Clube – VTC. O processo de devolução do grande e valorizado imóvel que pertence ao Governo de Minas transbordou as barreiras administrativas e chegou à Justiça. O processo já está em segunda instância, com ganho de causa para o Estado, que pede a devolução do imóvel. Ou seja, o VTC teria que deixar as instalações e ocupar outra área. Todavia, qual seria a utilização dada ao valorizado local hoje ocupado pelo VTC? Bem, este era o desafio ao qual Ricardo Sapi não conseguiu terminar no período em que ficou no governo. Se continuar sem “influencia política” a condução do processo judicial envolvendo a querela, a qualquer momento a Justiça pode determinar a saída do clube e a entrega do imóvel do VTC ao Governo de Minas. Com a mudança de governo, caso Pimentel perca as eleições, será de interesse do comando do VTC refazer a manutenção da amizade com um famoso e influente deputado estadual conhecido em Varginha”, que possivelmente teria muito poder no governo tucano! A conferir!     

Registro de crimes violentos cai pela metade

De acordo com o armazém de dados da Polícia Militar, o trabalho contínuo de prevenção e as eficientes estratégias de policiamento geraram uma grande diminuição na incidência de crimes violentos no Sul de Minas, principalmente nas pequenas e médias cidades, considerando o mesmo período do ano passado. De janeiro a agosto de 2017 foram registrados mais crimes violentos na região em comparação com o mesmo período em 2018, entre roubos a mão armada, extorsões e homicídios. A PM também conseguiu maior êxito na prisão dos autores de delitos, recuperação dos produtos roubados ou identificação dos envolvidos para facilitar o trabalho de investigação. Mas ainda não é o suficiente visto que o resultado alcançado apenas retomou os níveis de segurança de anos passados. Mas o caso ilustra bem que a Polícia Militar, principal órgão de segurança pública em Minas pode “render mais” mesmo em condições adversas com a falta de recursos e problemas do governo.

Perguntar não ofende

Faltam médicos especialistas nas unidades básicas de saúde de Varginha! Qual a relação desta falta de médicos e dos quase R$ 50 milhões de reais que o Governo de Minas deve aos cofres públicos municipais? Quando isso terá fim?

È possível falar que Pimentel é mais honesto e corajoso em assumir que é aliado de Lula, enquanto Anastasia esconde que é aliado de Aécio e que o mesmo terá grande influência em um provável governo Anastasia? Porque o medo tucano da verdade?

Quem é o nome desconhecido da Democracia Cristã que tem contado com o apoio de “cabeças coroadas do PT” local para conseguir votos em Varginha? O PT de Varginha rachou e não vai apoiar a reeleição de Geisa Teixeira? Abandonaram sua líder?

Quem sobreviver a disputa de vaidades no Partido Progressista de Varginha vai ver que a legenda caminhava melhor quando nas mãos de líderes como Morvan Acayaba e Aloysio Almeida! Ou alguém acha que um reino dividido subsiste?

Novo grande atacadista vai se instalar nas proximidades do Sesi em Varginha. Este é mais um grande investimento conquistado para a cidade. Será que foi feito o planejamento do impacto de trânsito, segurança e demais estruturas para a região?    

O Messias, mas não é o Bolsonaro!

Levantamento feito pelo site UOL mostra que o candidato à Presidência da República Cabo Daciolo (Patriota) deve passar quase metade do período de campanha eleitoral isolado em montanhas do país. Para fazer a contagem, a reportagem utilizou como base os vídeos divulgados pelo postulante ao Planalto nas redes sociais, já que nem ele nem sua equipe têm o hábito de divulgar agenda de campanha. Até o momento, Daciolo participou de debates em televisão. No dia 7, ele divulgou um vídeo no qual dizia que ficaria 21 dias em jejum. Já no último dia 12, em outro vídeo compartilhado em suas redes sociais, o candidato disse acreditar que será eleito presidente da República já no primeiro turno, “embora as urnas eletrônicas sejam fraudulentas”.

Os bastidores

A verdade sobre as eleições em Minas, polarizadas entre PT e PSDB reflete a realidade prevista entre os articuladores que já pregavam uma disputa entre Lula/Dilma com Aécio/Anastasia. Com o diferencial que a ex-presidente Dilma não está disputando nada contra o PSDB, mas parece que terá uma eleição tranquila e suave se elegendo para o Senado e voltando ao poleiro político com regalias e a sonhada imunidade parlamentar. Queira a classe média ou não, a eleição de Dilma para o Senado, fatalmente, parece irreversível. Menos pior seria se a segunda vaga para o Senado fosse preenchida por pessoa mais qualificada e “mais mineira” que a ex-presidente. Quanto a eleição majoritária para o Governo de Minas, há que se verificar que o governador Fernando Pimentel (PT) tem sido fiel ao partido e verdadeiro com o eleitorado mostrando em sua campanha o apoio do ex-presidente Lula e Dilma. Alias Pimentel faz questão de mostrar sua vinculação com Lula, mesmo que para muitos, isso não seja um fator político agregador. E Pimentel já aprendeu a “carregar o desgaste” causado por Lula! Agora cobra do candidato adversário, Anastasia, que assuma seu vínculo com Aécio Neves a influência que o senador tucano teria num eventual governo tucano em Minas. 

Os bastidores 02

Aliás, Anastasia não tem sido honesto em sua propaganda, pois, mesmo com a cobrança do adversário petista e com a vinculação clara de Aécio e Anastasia, a campanha tucana esconde Aécio e não credita ao mesmo a “criação e apadrinhamento do tucano a Anastasia”. Embora Anastasia seja hoje bem maior em credibilidade que Aécio, que se contaminou com a Operação Lava Jato, é fato que muitas das obras de Aécio no governo são apresentadas como mérito de Anastasia, provando que o “ruim é escondido e o bom e mostrado na campanha tucana”. Como se não bastasse, também vale lembrar que a eventual eleição de Anastasia, embora represente mudança total do governo que ai está, não significa mudança do que já conhecemos como gestão e clientelismo no Governo de Minas. Vale dizer que a eleição de Anastasia vai fortalecer politicamente dois nomes conhecidos na região: o deputado estadual Dilzon Melo, presidente do PTB e o deputado federal Diego Andrade, presidente do PSD. Ambos fazer parte do comando da campanha de Anastasia, e em caso de vitória do tucano, estarão no grupo que comporão o novo governo! Ou seja, Anastasia pode dizer que, se ganhar vai administrar diferente do PT, o que realmente é verdade! Mas não pode dizer que administrará com renovação e sem compromissos políticos, afinal a presença de Aécio, mesmo que escondida, e o apoio de nomes tradicionais da política mineira provam que as “velhas amarras políticas estão presentes na campanha tucana”

Transporte Público

Já está em planejamento no Departamento Municipal de Trânsito de Varginha a licitação para o transporte coletivo urbano. O projeto já teria sido encaminhado ao Legislativo e muitas mudanças e melhorias estão no papel, resta ver se vão mesmo acontecer. Atualmente a única empresa que atua no transporte coletivo urbano possui cerca de 65 veículos entre ônibus e vans que fazem o atendimento na cidade, ou seja, não seria difícil de uma outra empresa de porte médio entrar na disputa em Varginha. A previsão é que em outubro o edital já estaria pronto e que ainda neste ano aconteça a licitação. Algumas melhorias estão previstas no contrato como a implantação de GPS nos ônibus o que poderia ser utilizado pelo usuário, através de aplicativo próprio, para saber da proximidade e horário previsto para chegada do veículo ao ponto, entre outras melhorias. Ocorre que o maior problema do transporte coletivo urbano de Varginha pode continuar, e até piorar: o salgado preço da tarifa! Segundo informações obtidas pela coluna, atualmente, a enorme lista de gratuidades no transporte coletivo representa mais de 15% do valor da tarifa. Estudantes, idosos com mais de 65 anos, deficientes físicos entre outros utilizam o sistema sem pagar, e tal valor é diluído no valor final da tarifa, que é recalculada todo ano. Ocorre que uma lei criada na Câmara de Varginha assegurou que os idosos com 60 anos, e não mais com 65, poderão utilizar o transporte público gratuitamente a partir do ano que vem! Certamente que não “existe almoço grátis” e alguém vai ter que pagar a conta, no caso, os contribuintes.
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