Saúde
Aconteceu no último dia 26/03 a Conferência Municipal de Saúde de Varginha. No evento muitos temas e problemas da saúde foram discutidos e nem todos foram resolvidos. A saúde de Varginha tem pendências que envolvem a melhor gestão do sistema, bem como a interação entre os hospitais públicos da cidade, o Bom Pastor administrado pelo município e o Regional, administrado pelo Governo de Minas. Aliás, vale registrar que o conselho de administração do Regional sofreu mudança recente o que vai implicar na mudança da direção do Hospital Regional. Na verdade, a saúde pública de Varginha precisa de uma gest&at ilde;o integrada e participação da comunidade. Duas coisas que poucas vezes aconteceram, visto que o Regional administrado pelo Estado e o Bom Pastor administrado pela Prefeitura, nas últimas décadas, foram administrados por governos distintos e adversários. Já a comunidade sempre cobrou melhorias na saúde, mas, poucas vezes foi chamada para participar ou contribuir com a gestão da saúde em Varginha. Problemas como a limpeza da cidade, por exemplo, que dependem muito da sociedade e que impactam diretamente na saúde da população, em doenças como Dengue etc, vemos um total afastamento da população e as medidas públicas.
Otimismo empresarial
O Conselho Empresarial do Sul de Minas - CESUL, que reúne empresas e instituições públicas e privadas da região apresentou um índice de confiança dos empresários quanto ao futuro econômico da regional. O índice apresenta a percepção dos empresários membros do CESUL quanto a seis quesitos ligados diretamente ao desempenho das suas empresas, são eles: vendas, inadimplência, segmento empresarial, investimentos, contratações e economia nacional. O resultado apurado permite compreender o contexto regional e auxiliar os empresários e demais agentes econômicos na tomada de decisões. De uma forma mais específica evidenciaram-se expectativas muito positivas com relação aos quesitos internos das empresas (contratações, investimentos e vendas) o que pode contribuir fortemente para a recuperação econômica da nossa região. Também cabe salientar o otimismo atual e futuro em relação aos segmentos de atuação das empresas pesquisadas. O aparente otimismo deve-se as mudanças de governo estadual e federal e expectativas quanto as necessárias e negociadas reformas previdenciária e tributária. Contudo, vale registrar, caso as reformas não caminhem ou os governos não mostrem habilidade para governar, o otimismo pode cair! A conferir!
Segurança e fiscalização
Nestes tempos de preocupação com a segurança da população, principalmente nos muitos locais de aglomeração e a necessária fiscalização em todas as áreas com vista a garantir o cumprimento das leis, temos em Varginha uma “caixa preta” em relação a alguns locais. Não se sabe quando as liberações de Alvará de Vistoria do Corpo de Bombeiros – AVCB, tais documentos expedidos pelo Corpo de Bombeiros é fundamental para garantir a segurança da população. O prédio velho da Prefeitura de Varginha, na rua presidente Antônio Carlos, até pouco tempo, não possu& iacute;a tal documento! Será que conseguiu ou o imóvel esta irregular? Não se sabe também da mesma fiscalização e documentação em outras instalações prediais como Câmara Municipal, Fórum, os Estádios Municipais Melão, Sete de Setembro, Nego Horácio, Semel, parques etc: Qual a periodicidade da manutenção das instalações? Há servidores responsáveis pela supervisão, limpeza e conservação e regular fiscalização do Corpo de Bombeiros nesses locais? A iniciativa privada é diariamente fustigada com tais fiscalizações e muitos investimentos na iniciativa privada são postergados por conta da falta de documentos ou fiscalizações, já o Poder Público, que deveria dar exemplo, parece que “caminha ou quer caminhar acima das leis”! Pode isso? Se rá que o Ministério Público esta atento a legislação pertinente?
Sem dinheiro e sem perspectivas
A paralização das obras de duplicação da BR 491, no trecho entre Varginha e a Rodovia Fernão Dias, já causam transtornos e acidentes no trecho não duplicado. A preocupação para quem passa no local é cada dia maior. A sinalização não é eficiente e a demora na finalização da obra preocupa na medida que os gastos para tal vão aumentar a cada dia de atraso. As chuvas estão comprometendo o trabalho de terraplenagem e os já realizados, além do próprio crescimento urbano ao lado da rodovia, que vai encarecendo e dificultando a retomada dos trabalhos. Também vale ressaltar que existe a preocup ação quanto a realização dos estudos técnicos para a construção de uma rotatória e a realização de melhorias na sinalização horizontal e vertical na Rodovia BR 491, próximo ao Parque de Exposições. Não se tem notícia de como ficará o projeto da obra na passagem da rodovia por pontos como o Parque de Exposição e trevo do Automóvel Clube. A obra nestes trechos ficará muito cara e precisa do envolvimento da Prefeitura de Varginha e do comércio local. O Governo de Minas precisa dar logo uma resposta para a continuidade da obra e a Prefeitura de Varginha e os empresários precisam pressionar o governo estadual para isso!
Agricultura familiar
A coluna já lembrou e cobrou aqui a necessidade de volta das feiras de hortifrutigranjeiros nos bairros de Varginha, principalmente na periferia e novos bairros. Por que estas feiras não são mais realizadas? Existe a possibilidade de seu retorno, para incentivar o crescimento das vendas dos produtores agrícolas? Sem a possibilidade de ampliação do Mercado do Produtor e sem a perspectiva de vinda do Ceasa Minas para Varginha, a realização de feiras itinerantes pelos bairros seria uma alternativa para proporcionar aos pequenos produtores rurais uma forma alternativa de vender seus produtos diretamente aos consumidores assegurando melhores preços e subsistência para ambos . Além disso, a medida seria um atenuante ao Mercado do Produtor que não possui estrutura suficiente para atender todos os comerciantes e consumidores com a eficiência necessária. Será que a Secretaria Municipal de Agricultura estuda alguma alternativa para o tema?
Liderança regional
O grupo UNIS, um dos maiores centros educacionais de Minas Gerais esta consolidando sua liderança no Sul de Minas com a instalação de uma unidade em Boa Esperança. As negociações para a instalação já estão com negociações avançadas. O crescimento do UNIS é muito positivo para Varginha, visto que a sede do grupo fica na cidade e gera centenas de empregos e qualificação de mão de obra na região. A escolha de Boa Esperança é pontual visto que o prefeito de Boa Esperança tem sido um dos protagonistas entre os chefes de Executivo municipal na região, participando ativamente de aç&oti lde;es políticas, empresariais e administrativas. Vindo da área empresarial, o prefeito de Boa Esperança Hideraldo Henrique, é uma espécie de “Zema que deu certo”! Conhecendo a eficiência da iniciativa privada e podendo corrigir os gargalos do poder público municipal, o prefeito de Boa Esperança buscou no grupo educacional que mais tem se destacado em Minas para levar educação superior a Boa Esperança. Pelo a experiência que Minas buscou em 2018, Boa Esperança já vive a alguns anos! Vamos torcer para que tudo dê certo! Afinal, a gestão privada é bem diferente da gestão pública, sendo certo que o equilíbrio é o melhor caminho, reunindo o melhor de cada lado, do público e do privado. Vai que o Zema lê esta nota e vai a Boa Esperança ver o que precisa fazer no Estado!
Mudanças no Regional
O governo de Minas renomeou na última sexta-feira 29 de março o Conselho Diretor do Hospital Regional. Este conselho é que controla e indica os diretores que administram a instituição hospitalar em Varginha. Com a substituição, a petista Paula Andrea Direne Ribeiro deixa a presidência do Conselho e deve ser substituída por um dos quatro nomes indicados pelo governador Zema para compor o novo Conselho Diretor. Os nomeados foram Frederico Nunes, João Carlos Ottoni Adell, Gleizer Correa Naves, Cleber Marques de Paiva e Oilson Nunes dos Santos Schmitt. A posse do novo conselho diretor acontece na próxima sexta-feira 05/04, na mesma data será també ;m indicado pelo novo conselho quem será o diretor geral do Hospital Regional. O posto hoje é ocupado pelo ex-vereador petista Rogério Bueno. Segundo informações levantadas pela coluna, o novo diretor geral do Regional que será indicado pelo conselho que tomará posse na sexta será Luiz Fernando Bandeira, um administrador hospitalar. Bandeira não é de carreira do hospital e vem de fora para assumir a gestão do Regional. Não se sabe o perfil completo de Bandeira, se possui algum viés político ou sua experiência em outras instituições, contudo é certo que não conhece o mercado local. A conferir!
Mudanças no Regional – 02
Já o perfil dos novos conselheiros do Regional é bem variado. Ainda não se sabe quem será o presidente do novo conselho, mas é bem provável que seja o médico Frederico Nunes, que já atua na instituição. Também existe a possibilidade de que o posto seja ocupado pelo também médico João Carlos Ottoni Adell. O médico Frederico Nunes, embora seja técnico, também tem um viés político sendo muito ligado ao PSD e seu maior líder regional o deputado federal Diego Andrade, presidente do PSD em Minas. Há inclusive rumores que o deputado federal Diego Andrade tenha sido um dos “estimuladores da tro ca no comando do conselho diretor do Regional junto ao governador Romeu Zema”. Já o médico João Carlos Ottoni Adell tem maior histórico político na cidade. Pertence a família tradicionalmente política em Varginha e já possuiu várias filiações partidárias, estando hoje no comando municipal do Partido Novo. João Carlos tentou indicações no Estado após a vitória de Zema, contudo, parece ter no Conselho do Regional a sua primeira nomeação “atendida”, além disso, o nome do médico é especulado, nos bastidores, para disputa política local em 2020. Os dois médicos, a princípio, são os nomes mais “próximos da política partidária entre os cinco nomes indicados pelo governo”, embora os demais indicados também tenham suas proximidades com o Poder!
Mudanças no Regional – 03
O empresário e administrador de TV Gleizer Correa Naves também é um dos nomeados no Conselho Diretor do Regional. O empresário tem contato direto com o mundo político e sempre manteve bom relacionamento com todas as administrações estaduais e municipais. Gleizer já foi candidato a deputado no passado, mas hoje não é visto com um nome “político ou de partido”. Contudo, sua maior aproximação da gestão pública (ao aceitar o cargo no Regional) pode indicar que a iniciativa privada esta disposta a contribuir com a gestão Zema, numa área importante como a Saúde. Esta interação com a iniciativa privada é inclusive uma bandeira do Partido Novo, mas também pode ser um indicativo que, Gleizer Naves, poderia estar pensando em voltar ao mundo político, nunca se sabe! Quanto ao empresário Cleber Marques de Paiva, um dos líderes do Porto Seco em Varginha, sua “presença, participação e apoio ao Poder Público tem sido crescente, embora o nome do endinheirado empresário também não seja visto como um nome de partido ou político”. Cleber Marques não é um nome que se veja como possível “candidato imediato no mundo político, mas isso por opção pessoal, pois existem aqueles que defendem sua participação político partidária. Por fim, o ex-juiz Oilson Nunes notabilizou-se pela destacada atuação no Judiciário, muitas vezes peitando o comando do TJMG para garantir Justiça e retid ão na atuação jurisdicional em Varginha. O ex-magistrado realizou grande trabalho na APAC e na vara criminal de Varginha conseguindo muitas melhorias na cadeia pública. Não é visto como nome “político ou como eventual candidato”. Sua nomeação leva a ideia de “participação da sociedade” na gestão do Regional. Certamente, a levar em conta o novo conselho que chega, o Regional terá muitas mudanças pela frente. A coluna voltará a falar do Regional e do “quadro que o novo conselho vai encontrar quando tomar posse”.