O Futuro
Algumas legendas de esquerda já começam a mobilizar a criação de militância e construir trabalho de prospecção de futuros candidatos às eleições de 2020. O trabalho ainda é fraco e interno. Todavia mostra que o subterrâneo político já pensa nas eleições do ano que vem. Principalmente a esquerda tem mais “vocação” para tais movimentações, bem mais articulada que a direita que costuma se mobilizar para casos políticos específicos. Os cientistas políticos ouvidos pela coluna insistem em apontar que o movimento de “centro direita” tende a se aprofundar nas eleições municipais. Talvez por isso os movimentos sociais e legendas alinhadas a esquerda estejam antecipando os trabalhos na construção da militância. Não será fácil, o Partido dos Trabalhadores que liderava a esquerda política no Brasil e em Varginha, passa por enorme desgaste, mesmo entre os demais movimentos de esquerda. Além disso, o PT está sem recursos para gastar, mesmo sendo uma das legendas que mais fatura o fundo partidário. Já no campo político de direita, o MDB, PSDB e muitos outros partidos tradicionais estão sendo desidratados em suas bases por legendas como o PSL e Novo. O movimento já era esperado, e em Varginha, o Partido Novo e o PSL também estão se movimentando, realizando reuniões e até mesmo atos públicos. Como o caso do Novo que tenta “tomar corpo” na cidade. Os partidos tradicionais não vão acabar, mas dificilmente vão voltar a ganhar eleições se não mudarem a forma de fazer política e se não “cortarem na carne”, acabando com escândalos de corrupção e expulsando aqueles que “pisarem na bola, mesmo nomes conhecidos e com mandato eletivo”. A conferir!
O Futuro 02
As eleições de 2020 prometem dividir lideranças do PP, PTB e do PT. No PP existe mais de um candidato a prefeito, no PTB, muitos caciques são contra a “entrega” da candidatura oficial ao PSDB de Vérdi. Já no PT, o clima não anda bom depois da derrota de Geisa Texeira, agravada com o apoio de Rogério Bueno a candidato de outra legenda. O deputado Diego Andrade (PSD) tenta construir um candidato a prefeito em Varginha com partidos de meio porte e pode até apoiar um nome do Novo. A Justiça Eleitoral ainda vai soltar o “calendário eleitoral” para que as legendas se organizem e comecem a trabalhar para buscar nomes. Fato mesmo é que a falta de recursos financeiros e o desgaste político das lideranças tradicionais abriu um “filão” para que personalidades conhecidas do meio empresarial, artístico e esportivo possam disputar eleições em 2020. Depois da onda de vitórias eleitorais nas eleições de 2018, muita gente “cresceu o olho” no salário médio de R$ 7 mil de vereador em Varginha ou na cobiçada vaga de prefeito que ganha mais de R$ 20 mil!
Perguntar não ofende
Em 2020, com a esperada “aposentadoria política” de Dilzon Melo e Antônio Silva, quem será ou serão os “herdeiros políticos” destas duas raposas da política? Será que adotarão Dudu Ottoni? Trarão Jefferson Melo para as urnas ou Cristiane Silva se candidatará?
Depois que a coluna revelou a movimentação para trazer novamente às urnas o ex-vereador Leandro Acayaba, vários amigos apoiadores do líder político estão incentivando para que Acayaba se candidate em 2020! Será que Leandro sairia contra Vérdi ou Zacarias?
Será que nas eleições de 2020 em Varginha vamos contar com juiz eleitoral preparado, conhecedor da matéria, experiente no assunto e hábil para tratar com o mundo político ou teremos novamente uma eleição de solavancos, inseguranças jurídicas e políticas?
A Prefeitura de Varginha voltou a comprar veículos leves para sua frota! Será que o Executivo municipal vai abandonar a prática de aluguel de frota? Atualmente o governo municipal possui vários veículos alugados para a Guarda Civil Municipal.
Hospital Regional
O novo comando do Hospital Regional vai promover um encontro na Câmara de Varginha, na próxima segunda 29/04, para apresentar a situação financeira/administrativa da instituição. Será que a dívida do Hospital Regional aumentou ou diminuiu? A direção do Hospital diz que o evento não é político, todavia, será difícil não “partidarizar” o caso visto que todas as direções que passaram pelo Regional tiveram relações viscerais com o meio político, sendo que a muitos dos que passaram pelo comando da instituição tinham partido. Mas a partidarização não é um problema em si, visto que a filiação partidária não é um problema se a gestão foi eficiente. No caso do Hospital Regional há um claro desencontro de informações quanto a eficiência de cada gestão. A coluna conversou com os dois últimos ocupantes do cargo de diretor geral do Regional: Jefferson Melo e Rogério Bueno. Ambos enfrentaram problemas, equacionaram as contas graças a apoio político/financeiro da Prefeitura de Varginha ou do Governo de Minas, mas a princípio nenhum deles conseguiu pagar a dívida da instituição ou mesmo reduzir a conta.
O médico Frederico Nunes é hoje o novo diretor geral do Regional e vai tentar apresentar publicamente, na Câmara de Varginha, um panorama geral administrativo do hospital. Nunes já pertenceu a equipe de direção do Regional na gestão de Jefferson Melo. Nunes é ligado ao deputado federal Diego Andrade, presidente estadual do PSD, que tem bom relacionamento com o governador Zema, que foi quem nomeou Frederico Nunes e os novos membros da direção do Hospital Regional. Por certo que o evento na Câmara será revelador e mostrará que muita coisa precisa ser feita na maior instituição de saúde Varginha, mas sobretudo, mostrará que a alternância de poder na condução das instituições é fundamental para “saúde financeira e administrativa”. A conferir!
Carlos Costa questiona a coleta de lixo em Varginha
O vereador Carlos Costa apresentou um requerimento na Câmara Municipal cobrando informações da Administração sobre o serviço de coleta de lixo realizado no município. No requerimento, o vereador solicitou informações sobre o estado de conservação e a realização de manutenções preventivas nos caminhões de coleta de lixo; o uso de equipamentos de proteção individual pelos coletores e questionou o interesse da Prefeitura em terceirizar o serviço de coleta de lixo em Varginha. "Tenho recebido várias reclamações sobre as condições dos veículos utilizados na coleta de lixo e também fui informado que um dos caminhões estaria até sem o motor. Essa é uma situação preocupante e que precisa ser averiguada, uma vez que no ano de 2013, a Câmara aprovou a realização de um empréstimo no valor de R$ 5 milhões para a compra desses caminhões”, informou Carlos Costa. O vereador ainda pediu esclarecimentos quanto a uma possível suspensão do serviço de coleta seletiva. “Precisamos de informações adequadas sobre as ações que a Prefeitura pretende realizar na coleta de lixo e até mesmo se pretende deixar de fazer a coleta de lixo reciclável na cidade, uma vez que esta medida afeta toda a comunidade, dessa forma, conto com o apoio dos responsáveis para que as informações reais e verdadeiras sejam enviadas para o conhecimento do Legislativo e de toda a população”, finalizou.
Cofrinho cheio
A Prefeitura de Varginha reajustou o valor dos “alugueis” pelos espaços públicos utilizados pela iniciativa privada no Terminal Rodoviário e no Aeroporto de Varginha. A coluna não conseguiu descobrir o índice utilizado, mesmo porque os valores e espaços não são os mesmos. Contudo é fácil perceber que existe grande variação nos valores cobrados por um “guichê da rodoviária e um hangar no aeroporto”. E para quem achou que os valores cobrados na rodoviária são mais baratos, se enganou. O diário oficial do município de 17 de abril trouxe as publicações dos reajustes e mostra que proporcionalmente os valores cobrados no aeroporto são bem menores, embora tenham sofrido reajuste. Isso parece injusto visto que quem tem um jatinho de milhões deveria pagar mais caro no “aluguel” do que o dono de um boteco na rodoviária que tem ali sua única fonte de renda. Vale ressaltar que tanto a rodoviária quanto o aeroporto de Varginha dão lucro ao poder público. A rodoviária é bem mais lucrativa, mas com o sucesso dos voos da Azul (que paga menos de um salário mínimo por mês no espaço do aeroporto) a arrecadação no aeroporto tende a crescer nos próximos anos. Os empresários que possuem aeronaves nos hangares do aeroporto de Varginha devem estar “bravos” com o reajuste nos valores cobrados pelo uso do espaço no local. Todavia, a “braveza” é injusta porque mesmo com o reajuste os valores ficaram bem a qu em do mercado, ainda mais com a estrutura que possui o aeroporto de Varginha, um dos poucos no interior de Minas com estrutura e aprovação dos órgãos reguladores.
Cofrinho vazio
Falando nas finanças do município, a Prefeitura de Varginha vem realizando uma grande onda de gastos pesados em várias áreas importantes da administração. A maioria dos gastos são referentes a despesas de custeio, sem novo investimento, mas gastos para manter a máquina pública funcionando. Um destes gastos é o realizado com combustíveis. Uma das publicações do diário oficial de 17 de abril mostra que o Executivo fechou a aquisição de Óleo Diesel S10 , em favor da empresa Maroil Derivados de Petróleo Ltda., cujo valor da proposta é de R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) por litro, perfazendo a contratação a importância de R$ 1.661.700,00 (um milhão e seiscentos e sessenta e um mil e setecentos reais). O expressivo valor refere-se apenas a compra de óleo diesel, sem contar gasolina, que é também outro gasto expressivo no custeio da Prefeitura de Varginha. Outro gasto “gordo” previsto para breve no Executivo municipal é a contratação de empresa para serviços de transporte escolar rural de alunos da educação básica residentes na zona rural do município e matriculados na rede pública municipal e estadual de ensino, através de veículos tipo ônibus, micro-ônibus, vans e veículo adaptado. Vale ressaltar que o expressivo gasto no transporte escolar terá a ajuda do Governo Federal e contrapartida do município. Contudo, o valor repassado do governo federal tem sido represado pelo Governo do Estado que já deve milhões de reais ao município de Varginha. Ou seja, é bem possível que além do débito do governo de Minas no transporte escolar que o município já pagou com recursos próprios, nesta licitação que está em andamento, a Prefeitura de Varginha tenha que pagar sozinha pelo serviço, até que se normalize os repasses de recursos do governo estadual.
PCH virou “privadão”?
O vereador Carlúcio Mecânico apresentou um requerimento na Câmara de Varginha, destinado ao Executivo municipal, à Companhia Paulista de Força e Luz – Unidade PCH Boa Vista e à Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Copasa, cobrando informações sobre a propagação de aguapés no Rio Verde. O parlamentar quer saber o motivo de haver tantos aguapés próximo à barragem e nos locais onde são despejados os efluentes (que deveriam ser tratados pela Copasa). Ele pediu ainda, explicações a respeito do mau cheiro no local. Ambientalistas e técnicos ouvidos pela coluna dizem que o represamento do Rio Verde, com a construção da PCH Boa Vista, somando a quantidade de esgoto que é jogado no rio (que corta várias cidades antes de chegar a Varginha) e ao tratamento duvidoso dado pela Copasa ao esgoto da cidade (que sai da estação da Copasa e é também jogado no Rio Verde) tem sido a causa da grande quantidade de aguapés. Para os ambientalistas o aumento da quantidade de “material orgânico proveniente de esgoto não tratado” é a verdadeira razão do grande número de aguapés. A Copasa e a direção da PCH Boa Vista não tem dado explicações sobre o caso e nem tão pouco o Codema de Varginha parece estar fiscalizando ou ter atentado para o caso! A conferir!