Entre os problemas de cidade grande vividos por Varginha, já vemos que o transporte público coletivo é um gargalo que pesa ao trabalhador e ás empresas. O custo do transporte pesa ao trabalhador que não tem qualidade no serviço, bem como pesa também as empresas que pagam o custo e não tem pontualidade e certeza de segurança. A empresa que presta o serviço em Varginha continua até que a que venceu a recente licitação, do mesmo grupo empresarial. Em quanto tempo a nova empresa vai cumprir todos os itens do contrato firmado com o município? Qual a idade dos veículos utilizados? O controle de horários por aplicativos e utilização de GPS já é uma realidade em todos os veículos do transporte público? As rotas e horários são planejadas e os ônibus possuem ar condicionado? E quanto à segurança, o poder público (leia-se Guarda Municipal e Polícia Militar) garantem segurança e ordem no serviço em todas as linhas? Estas questões precisar ser respondidas, afinal, pagamos bem caro pelo serviço para ter os mesmos problemas de grandes centros.

A Câmara de Varginha promoveu um encontro na Escola Estadual Dr. Wladimir de Rezende Pinto – o Polivalente, por meio do Projeto Câmara nas Escolas. Nas visitas os vereadores fazem um “treino eleitoral para as campanhas que estão por vir”, afinal, no Câmara nas escolas o que mais se vê são: “promessas, sorrisos amarelos para fotos, político abraçando crianças, etc, tudo que os vereadores precisam aprender e aperfeiçoar para pedir votos durante as eleições”. O projeto poderia chamar-se “Aulas práticas preparatórias para as eleições municipais”! Não se tem medidas para acabar com a violência na Educação, pois vem crescendo também a agressão a professores. Não vemos providências para valorização dos professores, a maioria deles ganham menos da metade do custo de um vereador em Varginha. Não vemos escolas estruturadas com laboratórios e bons materiais como se vê na escola particular. Ademais, não é raro noticiarmos os roubos e vandalismos nas escolas públicas. O caos é ainda maior nas escolas estaduais, que em muitos casos estão abandonadas a própria sorte com a quebradeira do Governo de Minas.

As ações sociais e parcerias com órgãos públicos e privados tem sido uma constante nas faculdades integrantes do Grupo UNIS, espalhado por várias cidades como Varginha, Três Pontas, Boa Esperança, Cataguases e Pouso Alegre. A coluna tem destacado a potência educacional e financeira em que se transformou o UNIS, onde muitos mestres e doutores estão sendo premiados por projetos que têm agregado na vida acadêmica. Mas as ações sociais vão muito além do ajudar o próximo e melhorar a imagem da universidade. A coluna já havia dito que o empreendedorismo do reitor Stefano Gazzola, que tem levado o UNIS até mesmo para outros continentes como a África e a Europa, vai além do sucesso educacional. Stefano sempre foi sondado para disputar no mundo político. Digo “disputar” porque, na verdade, Stefano já está no mundo político há muito tempo, só não disputa eleições. O reitor é filiado a partido político, tem ótimas relações com personalidades de vários partidos, tem apoio e conhecimento: então porque não disputa? Essa é a pergunta de um milhão de dólares que muitos se perguntam quando se aproximam as eleições municipais ou estaduais e os burburinhos sobre o reitor voltam a tona no mundo político!

Alguns diziam que o reitor teria “amarras com o ex-deputado estadual Dilzon Melo” que o impediriam de disputar, outros dizem que o comando do Unis é bem melhor que qualquer cargo de prefeito ou deputado, já outros dizem que Stefano quer algo mais “consistente” no mundo político, algo onde ele possa “fazer a diferença”. É possível que todos tenham razão! Se Dilzon Melo tinha alguma influência sob as escolhas políticas do benfeitor do UNIS, hoje sem mandato e desgastado, Dilzon já não seria problema para Stefano. Quanto ao “conforto” de comandar a universidade sem ter as pressões políticas de um mandato, é certo que Stefano gosta de desafios e sabe que a “zona de conforto” não é um lugar pra ficar pra sempre! Já a escolha do melhor espaço para “atuar no mundo político”, este sim é um desafio. Afinal, mesmo com a força política de um prefeito ou deputado, Stefano pouco poderia fazer de prático pela Educação num cargo desses! Porém, não é mistério que sua passagem pelo Conselho Estadual da Educação deu ao administrador uma visão ampla da Educação em Varginha, em Minas e no Brasil. E por meio do Unis, Stefano Gazzola também tem muita experiência sobre a Educação fora do Brasil. Assim, não seria difícil imaginar que o reitor do UNIS desdenharia facilmente os constantes convites para se tornar prefeito ou deputado, porém, ficaria “mexido” com uma oportunidade para comandar a Educação em Minas ou no Brasil! Será que acontece?    

Na reunião ordinária da quarta-feira (19/06) os vereadores de Varginha aprovaram um requerimento cobrando informações da Prefeitura sobre o aumento da tarifa da Área Azul, divulgado recentemente e que entrou em vigor a partir do dia 1º de julho. De acordo com o Decreto nº 9.348/2019 assinado pelo prefeito, os valores aumentaram de R$1,00 para R$ 1,50 para o período de uma hora de estacionamento e de R$ 2,00 para R$ 3,00 para o período de duas horas. Além de ampliar a cobrança para motos, no valor de R$ 1,50 para o período de duas horas. No requerimento os vereadores fazem vários questionamentos para o prefeito pedindo que ele informe: a justificativa do aumento nos valores e qual o índice foi utilizado; o objetivo de taxar as motos nos mesmos moldes dos veículos; o valor da arrecadação e das despesas com a Área Azul nos últimos seis meses; a forma como é feito o controle de emissão dos bilhetes e se seria possível um entendimento e revogação do Decreto citado. O pedido de informações foi amplamente discutido pelos vereadores que, em sua maioria, se posicionaram contrários à forma que foi estabelecido esse aumento. A Prefeitura agora tem um prazo de 30 dias para responder aos questionamentos. Alguém acha que os vereadores vão conseguir reverter o aumento?

Quais os resultados práticos da Audiência Pública da ALMG que debateu os problemas na gestão do Hospital Regional em Varginha? Haverá transparência na gestão e respeito a cronologia dos pagamentos ou a atual gestão vai continuar fazendo o que quer?

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Agostinho Patrus, reuniram-se dia (25/6), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, para discutir temas de interesse do Executivo e do Legislativo mineiro. Durante o encontro, foi apresentado um estudo elaborado pelo governo que faz um comparativo entre o salário dos secretários estaduais de Minas e de outros Estados, como Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Goiás. No encontro, o deputado Agostinho Patrus se comprometeu a levar o comparativo para análise dos demais parlamentares da Casa. Cabe a Assembleia analisar veto do governador a trechos da Reforma Administrativa estadual, entre eles o que trata do pagamento de remuneração por participação em conselhos aos secretários mineiros. Na verdade, o governador Zema viu que muitas das promessas e falas que fez na campanha não são possíveis de se cumprir na prática. É compreensível que o empresário Zema não tenha a noção que um político experiente tenha na gestão de um Estado complexo como Minas Gerais. Contudo, as orientações, “preconceitos e separações” que o Partido Novo de Zema tem feito até aqui, em pouco tem ajudado a gestão estadual. E o governador começa a ver isso! Não existe “política velha e política nova, mas sim a política eficiente e não deficiente”. E na relação com a Assembleia Legislativa para aprovar leis importantes para a modernização do Estado, a atual gestão tem caminhado pouco em eficiência. Porem vale dizer que em outras áreas do governo, Zema tem conseguido números melhores, como na Economia e geração de empregos. O governo estadual tem trabalhado em parceria com industriais e empresários do comércio e agricultura para estimular a economia e facilitar a vida do empreendedor, tem dado bons resultados.

Varginha tem construído algumas “rotas de desenvolvimento”, que podem ser aceleradas ou atrasadas de acordo com a atuação do governo e influenciadas por ações do Plano Diretor, por exemplo. Vamos observar o caso da Avenida Dr. José Bíscaro, via antiga da cidade onde encontra-se o Mercado municipal. A via possui inúmeros comércios e sempre teve o mesmo trajeto de trânsito em mão dupla, o que se mostra apertado atualmente. Ainda assim, o comércio desenvolveu e os imóveis ali valorizaram. Tudo isso iria impactar diretamente na av. Dr. José Bíscaro. Mais adiante, na Avenida José Justiniano dos Reis, melhor planejada, mais ampla e com melhor infraestrutura, o comércio e qualidade de vida se desenvolveram mais rápido. Aquela avenida e seu entorno são praticamente uma cidade a parte de Varginha. Ali existe todo tipo de serviço e produto básico que a população procura e mesmo o trânsito, afogado com o gargalo da av. José Biscaro, começa a fluir com as mudanças de sentido e mão única e modernização da região. O sucesso foi tanto que avenidas como a Dom Othon Motta também é hoje uma avenida comercial e arrecada impostos para Varginha e gera emprego e renda com seus muitos comércios e empresas ali instaladas. No alto do Sion/Santana, na praça do Pajeú, temos uma amostra do que o trabalho quase que individual do cidadão pode fazer. A força da iniciativa privada, movida por milhares de pequenos empresários e o comércio local transformou aquela região num corredor de desenvolvimento tendo como pilares as avenidas José Justiniano dos Reis, seguida pela Dom Othom Motta e depois a José Biscaro. 

Iniciando recentemente uma nova vertente de crescimento que caminha para juntar-se neste corredor positivo de prosperidade, vemos que a avenida Celina Ottoni também está recebendo investimentos importantes da iniciativa privada. Principalmente comércio e indústria, todavia, a empresa Fertipar, que antes estava sozinha na avenida, já recebe parceiros como o atacado Mineirão e muitos outros que começa a florir começando da região próxima ao bairro Resende em direção ao Sion/Santana. O progresso tem vindo naturalmente, ajudado por alguns poucos “suspiros de inteligência” do poder público como a duplicação da Celina Ottoni. Mesmo assim, as ações do poder público não são planejadas com intuito de catalisar e potencializar o desenvolvimento. Basta ver que o asfalto destas importantes avenidas é desgastado, a segurança pública e segurança no trânsito destas vias importantes são precários e outros serviços públicos também são deficitários. Ainda assim, a Prefeitura de Varginha tem faturado alto com a cobrança de IPTU e outros impostos e taxas das pessoas e comércios destas avenidas, e isso vem crescendo a cada ano. Não vai demorar para que que o corredor de desenvolvimento entre as avenidas José Biscaro, José Justiniano dos Reis e Dom Othon Motta se junte ao progresso experimentado pela avenida Celina Ottoni. Mas é claro que se a Prefeitura de Varginha implantar a mão única na avenida José Biscaro e melhorar a infraestrutura pública nesta região vai ajudar bem! Será que entenderam o recado ou o empreendedor local vai ter que desenhar, ou parar de pagar impostos para que o Governo aprenda a fazer sua parte?