Aprendendo com os erros, ou não!
A coluna tem acompanhado as prioridades da gestão Antônio Silva. Prefeito experiente, entra para a história da cidade com a conclusão de quatro mandatos no comando de Varginha. Ao longo de todo esse tempo, Antônio Silva perdeu e ganhou muito capital político, fez amigos e inimigos, aprendeu algumas coisas importantes da gestão pública, bem como também penou para aprender outras coisas que demandam “maior sabedoria e paciência”. A coluna verificou que em cada uma das gestões de Silva três áreas foram atendidas com prioridades: Segurança, Saúde e Educação.
Com destaque para a saúde que sempre figurou na relação de maior pre ocupação da população local, Antônio Silva já escutou “desaforos e impropérios” em debates políticos e campanhas na rua por conta de muita coisa que não era política administrativa, como quando se envolveu numa celeuma “anti-feminista” por conta da candidata a vice-prefeita de um adversário, o episódio lhe custou a vitória naquele ano! Mas em se tratando de gestão pública, a saúde é a área que Antônio Silva não quer “ficar devendo”, já aprendeu isso nos anos de experiência. E vem investindo com dedicação na área, muito embora existam gargalos a serem resolvidos. Abandonado pelo governo do Estado e contando com apoios financeiros pontuais do governo federal na UPA e com emendas parlamentares dos deputados federais, o município de Varginha administra a saúde local bancando, inclusive, ajudas a instituições que não integram o sistema municipal de saúde como o Hospital Regional, (hoje com comando despreparado e duvidoso). Mas ainda assim, a saúde em Varginha é melhor que o “padrão SUS” de qualquer cidade polo da região. O governo municipal subsidia boa parte das ações. Antônio Silva aprendeu que “a saúde” é área do governo que também pode levar a derrota eleitoral.
Aprendendo com os erros, ou não! - 02
Outra área que também foi “tratada pelo prefeito”, foi sua relação com a imprensa e adversários políticos. Não é mistério que Silva, ao longo de seus mandatos se envolveu em desnecessárias brigas com a imprensa e com adversários momentâneos que lhe trouxeram enorme desgaste desnecessário! Aliás, muitos destes antigos desafetos hoje são aliados, a exemplo do vice Vérdi Melo. Com os anos, Silva aprendeu que a imprensa cumpre seu papel quando questiona e age como os olhos da sociedade fiscalizando o dinheiro público. “Ser parceiro da imprensa não é difícil, demanda mais habilidade do que estômago, e o prefeito demorou a aprender”! Por anos a Gazeta manteve coluna política em suas páginas que publicava reclamações e falhas dos governos, por certo que muitos prefeitos e outros políticos gostavam de ver o “sangramento eleitoral dos adversários e temiam ser alvo da caneta da imprensa”.
O tempo passou e agora por meio das redes sociais, os políticos não são alvo apenas da imprensa que possui critérios técnicos e éticos. Agora, qualquer um pode ter voz para “reclamar e bater” contra o que não concorda! A vida política na cidade ficou mais difícil! Mas ainda assim, este governo acreditava-se “curou suas feridas com os jornalistas e sabe que apenas os vassalos não divergem, e divergir, não é desrespeitar”. Mas nem tudo são flores e cura no governo! Antônio Silva “perdoou e engoliu” muita coisa, relevou alguns impropérios que escutou, mas definitivamente não tem um “coração de madre Tereza”! A coluna conversou com muitos “atores da política local”, principalmente articuladores de bastidores. Pessoas fundamentais em todo o meio político. Pessoas que conhecem o prefeito e muitos outros agentes do governo, passaram por muitas gestões, servidores, ex-secretários, empresários e líderes setoriais da cidade, jornalistas que cobrem a vida política, social e empresarial.
Aprendendo com os erros, ou não! - 03
Em todas as conversas políticas, quando abordado o tema eleições 2020, qual seriam as escolhas e atuações do prefeito, sempre existe quem se lembra de “um desafeto não esquecido”. Trocando em miúdos, Toninho vai se despedir do governo mas, continua com “feridas não curadas no meio político e empresarial”. A coluna identificou dois empresários com ligações políticas do passado e três ex-políticos (se é que isso existe) que dizem serem tratados com “diferenciação” pelo chefe do Executivo! E creditam isso a “ocorrências do passado, possivelmente não esquecidas”.
Seguindo a linha “mágoas não superadas”, a coluna conversou com um jornalista e servidor público local, destacado pela inovação em sua atuação. O mesmo também vê “perseguições e mágoas” na ação do comando do Executivo municipal. Isso é novo para a coluna visto que tanto prefeito como o vice tem mostrado apenas suas versões “paz e amor” neste governo! Deixar de atender um líder industrial ou apresentar restrição a servidor específico não parece algo comum nesta época, ainda mais com a aproximação das eleições! Será que os mandatários do poder não aprenderam tudo que precisavam para “não errar mais no quesito ego?” Ou este é apenas o começo do contorno eleitoral que vai esquentando na cidade? Na esfera política não resta dúvida que a aposentadoria de Antônio Silva será um marco, divisor de águas no cenário político. Não porque o atual prefeito foi importante por 20 anos de governo, mas sim porque quem entrar em 2020 pode ser o comandante de uma nova geração política que pode ficar no poder por outros 20 anos! Basta aprender rápido a “administrar vaidades e feridas de ego, o que Antônio Silva demorou 20 anos a descobrir e ainda hoje aprende”!
Economia local
A chegada do Mart Minas a Varginha é a coroação de dois momentos únicos da economia local. A diversidade dos produtos que começam a chegar na cidade por meio dos grandes atacadistas nacionais com representantes na cidade, bem como a preparação dos empresários locais que agora vão precisar competir num mercado cada dia mais global. Atualmente no setor atacadista de Varginha nomes como Mart Minas, ABC, Minerão, Maiolini, Alvorada vivem uma disputa benéfica ao consumidor local. Nesta disputa, o empresário que produz da alface a eletrodomésticos concorre com fornecedores de todo o Brasil e até fora dele! Varginha vai se inserindo no mundo globalizado e competitivo do comércio atacadista e isso vem gerando novos empregos, renda e melhores preços ao consumidor final.
Em que pese a excelência do comércio atacadista local que vai se fortificando e sendo preparado para o mundo competitivo, uma ação ainda precisa ser feita para coroar a estrutura atual e também beneficiar o consumidor: Varginha precisar ter um Ceasa! Além dos produtos industrializados oferecidos na rede atacadista atual, os produtos hortifrutigranjeiros são uma enorme gama de produtos que são oferecidos pelo Ceasa e não podem ser um monopólio dos grandes atacadistas. Afinal, hoje os grandes supermercados são concorrentes pelo mercado, mas isso vai se estabilizar em algum tempo, e a concorrência deixará de ser acirrada. Neste momento, será o Ceasa que garantirá ancoragem dos preços, pois vai dar vida e estimular a produção e comércio dos produtos locais produzidos na cidade e região. Será que a luta da secretaria municipal de Agricultura para trazer o Ceasa Minas para Varginha, a exemplo da unidade que já existe em Poços de Caldas, um dia também será realidade em Varginha? A vinda dos grandes atacadistas para Varginha contribui para o investimento de um Ceasa na cidade?
Prefeitura de Varginha injeta mais R$ 748 mil no Regional
Foi publicado no diário oficial do município a Lei nº 6.588 que autorizou a Prefeitura de Varginha conceder subvenção social ao Hospital Regional no valor de R$ 748 mil. O valor é proveniente da execução de emendas impositivas do orçamento. O Hospital Regional do Sul de Minas deverá utilizar os recursos da subvenção estritamente na execução dos respectivos planos de trabalho, devidamente aprovados, que deram origem a cada emenda impositiva. O Hospital Regional deverá prestar contas ainda neste ano ao Município de Varginha, especificamente à Secretaria Municipal de Controle Interno - SECON, das despesas realizadas com os recursos da subvenção recebida. O Executivo mostra sensibilidade ao aplicar recursos na saúde por meio do Regional, que sabemos é das maiores estruturas públicas de saúde na cidade. Embora saibamos que o Hospital Regional é responsabilidade do Governo de Minas. Também vale pontuar que o recurso investido é proveniente das emendas impositivas do Legislativo municipal, e este novo instrumento de gestão dos recursos do orçamento municipal foi implantada agora no final deste governo municipal. Com a regulamentação das emendas impositivas a relação entre vereadores e prefeito ganha novo contorno e mesmo a oposição que antigamente estava restrita a apenas voz e voto, agora passa a ter um mínimo de recursos para gerir!
Investimento eleitoral
A coluna conseguiu acesso a uma pesquisa recente encomenda por grupo político interessado em lançar candidatura em 2020. A pesquisa obedeceu a todos os critérios técnicos de análise de dados, contudo, não foi registrada e por essa razão não pode ter todas as suas informações divulgadas. Mas vale a pena registrar algumas informações analisadas como o ainda grande desinteresse do eleitor quanto ao tema eleições municipais. O brasileiro como sempre faz, deixa tudo para última hora e com eleições não seria diferente. A grande maioria das pessoas ouvidas (1.259 eleitores) não tem nomes escolhidos para 2020, e dos poucos que aparecem, nenhum tem consistência frente ao “mar de indecisos e desinteressados”. O que chama a atenção também foi o custo dos primeiros trabalhos de prospecção, visto que mesmo com a redução do tempo de campanha e custos eleitorais, a contratação de pesquisas e montagem de estrutura eleitoral é algo substancialmente caro ainda, mesmo para uma eleição municipal. O grupo político que contratou a pesquisa possui nomes de destaque e empresários conhecidos em seu meio, e ainda assim, não se vê desejo de “gastar com eleições”. Tudo isso mostra que em Varginha a situação financeira vai continuar sendo um grande impeditivo para o lançamento de candidatos, seguindo-se das complicações partidárias e eleitorais locais. O calendário eleitoral que começa a impor regras e medidas a serem tomadas pelas legendas, como convenções e prestação de contas é algo complicado para muitos partidos locais. Vejam ainda que muitas legendas vão enfrentar “disputas internas e diásporas” advindas do não cumprimento da cláusula de barreira e oportunidades financeiras sazonais das legendas. Alguém acompanha as mudanças realizadas na composição dos diretórios estaduais e municipais das legendas estabelecidas em Varginha?
O texto e o propósito
A coluna noticiou recentemente com exclusividade sobre a mudança de partido do deputado estadual Cleyton Oliveira, que deixa o Democracia Cristã para ingressar no PSB, com direito a evento prestigiado em Varginha. O parlamentar está em seu primeiro mandato e possui interlocução com outras lideranças políticas de outros partidos em Varginha. A aproximação com o PSB é nova e parece ser o início da construção de uma aliança político social de centro esquerda, que pode envolver, já nas eleições de 2020, outras legendas como Rede e mesmo o PT entre outras. Algo curioso na mudança de partido do deputado Cleyton foram os reflexos causados na cidade em alguns grupos políticos já constituídos. A coluna teve conhecimento de um texto apócrifo que foi encaminhado por meio digital a diversos personagens do mundo político e que depois vazou para imprensa e público em geral. No texto, o autor faz um relato histórico cronológico das eleições passadas com sua análise pessoal dos fatos e não poupa críticas a pessoas como o presidente do PSB local, o médico Armando Fortunato, o ex-vereador Rogério Bueno e obviamente ao deputado Cleyton, recém-chegado ao mundo político local. Nos bastidores, a autoria do texto é creditada a um ex-prefeito e deputado que hoje dedica seu tempo a tentar fazer com que seu filho se torne prefeito! O texto distribuído não sabemos se corresponde a verdade, mas o propósito certamente tem endereço certo: comprovar que em política não existem santos!