Fogo amigo?
A provável falta de médicos e medicamentos em algumas das Unidades de Saúde da Família em Varginha tem levado vereadores da base do governo a questionar publicamente os serviços do Executivo municipal no plenário da Câmara. Foi o caso do presidente da Casa, Dudu Ottoni, que cobrou informações sobre o funcionamento da Unidade de Saúde do bairro Padre Vitor. O edil alega que, segundo as reclamações recebidas, falta médicos na unidade e isso tem provocado o cancelamento de consultas. Não é a primeira vez que reclamações de falta de médicos e medicamentos provoca indignação na população, mas a “ressonância política” destes problemas na base aliada está aumentando com a proximidade das eleições. Os vereadores, que passam a focar em suas reeleições, começam a “deixar de lado seu compromisso com o governo e começam a lembrar de quem realmente importa: o eleitor”. Não é mistério que a atual legislatura tem deixado muito a desejar e o descontentamento é maior com a base do prefeito. Foram os vereadores da base, como Leonardo Ciacci, Dudu Ottoni etc, os principais responsáveis pelo apoio ao Executivo que aumentou o IPTU, renovou o contrato com a Copasa e praticou inúmeras outras ações que hoje incomodam o eleitor/cidadão. Vendo que a postura precisa ser corrigida, alguns vereadores começam a “bater no governo ou questionar ações que eles mesmos votaram e aprovaram no passado”. Coisas da política! Por essas e outras, não se acredita que a reeleição no Legislativo chegue a 50% em 2020, a conferir!
Herança maldita repassada
A administração Antônio Silva, que caminha para o fim de oito anos de governo em 2020 foi “campeão em reclamar” da gestão petista (e desastrada) que sucedeu! Não poupou o ex-prefeito Eduardo Corujinha das muitas obras inacabadas que deixou, como o Museu do ET, ginásio do Melãozinho entre outras. Antônio Silva terminou algumas das obras, como unidades básicas de saúde, quadras poliesportivas etc. Contudo, vai deixar para a próxima gestão a herança maldita do Ginásio do Melãozinho e o Parque dos Dinossauros no Padre Vitor. As duas obras iniciaram nas gestões petistas há cerca de 10 anos e ainda não estão prontas. Em ambas as obras o dinheiro público gasto foi pro “lixo”, pois com a demora na conclusão das obras, muito do que foi gasto até aqui se perdeu! O Ministério Público deveria buscar responsáveis por condutas administrativas assim! Afinal, não se acredita que teremos estas duas obras prontas nos próximos anos e muito menos se espera que o dinheiro público gasto seja devolvido aos cofres municipais! Uma pena! Será que Antônio Silva vai assumir que também vai deixar herança maldita a seu sucessor?
Iluminação pública
A iluminação pública melhorou um pouco depois que passou para a administração municipal. Alguns municípios não tinham a menor condição de gerir o serviço quando da entrega da Cemig. Em Varginha, muitos duvidaram da competência do Executivo para gerir a iluminação pública. Já no início do processo de municipalização do serviço um grande número de lâmpadas foi trocado e o município realizou grande investimento no setor, contudo, é preciso que se diga isso, a taxa de iluminação sofreu reajuste e o serviço foi terceirizado para empresa de Belo Horizonte, que ainda hoje realiza o trabalho sob responsabilidade do município. Mas os problemas habituais continuam! Lâmpadas acessas durante o dia ou apagadas a noite, ruas sem iluminação suficiente ou mesmo com iluminação quebrada por vândalos.
Até mesmo em ruas importantes do centro comercial como a rua Delfim Moreira estão com iluminação deficiente! Os comerciantes já reclamaram na empresa responsável e a cobrança caiu no colo da Prefeitura de Varginha, a verdadeira responsável pelo serviço. O problema toma maior dimensão quando chega o final de ano e o comércio local na Delfim Moreira funciona até mais tarde sendo imprescindível a iluminação pública. Alias, o município vai gastar milhares de reais na iluminação decorativa de Natal no centro da cidade, inclusive na rua Delfim Moreira.
Aniversário sem presente
O vice-prefeito de Varginha, Vérdi Melo comemorou aniversário na semana passada. Recebeu inúmeros votos de feliz aniversário (uns verdadeiros, outros nem tanto) dos cargos de confiança no governo (super esperado isso). E certo que o presente esperado pelo aniversariante não chegou! Vérdi trabalha para ampliar seu apoio político para 2020, ou para reduzir sua rejeição nas pesquisas! A atual base aliada de Antônio Silva pode ter até três candidatos diferentes e a divisão que vai favorecer a oposição pode, em algum momento, também beneficiar Vérdi. Ocorre que, também na oposição é prevista a divisão de votos já que Geisa Teixeira, Carlos Costa, Rogério Bueno, Leandro Acayaba e outros nomes podem disputar o Executivo em 2020, fracionando ainda mais os votos. No cenário de grande divisão eleitoral em um município ainda sem segundo turno, que é o caso de Varginha, o prefeito eleito em 2020 pode ser um nome que chegará ao poder com votos de menos de um terço dos eleitores da cidade!
Perguntar não ofende
A iluminação pública decorativa de Natal será custeada apenas pela Prefeitura de Varginha, de novo? Qual a ajuda dos comerciantes, da Cemig, ou mesmo da empresa que gere a iluminação pública? Este serviço não poderia estar incluso no contrato da CELT?
MDB e Democratas, PSB e PT, Avante e PP, PSD em busca de parceiro! Quais são as alianças partidárias que podem lançar candidatos a prefeito em 2020? Qual o peso dos deputados eleitos em Varginha nas eleições municipais? Vão se unir ou se repelir?
Vereadores intensificando a agenda nos eventos públicos em busca de visibilidade e mirando a reeleição! Os números mostram que o descontentamento com o Legislativo municipal é grande! Você vai votar no mesmo vereador que votou há quatro anos?
Voos da Azul saindo lotados de Varginha e novos investimentos privados chegando ao aeroporto local. Será que não temos condições de conquistar novas linhas ligando Varginha ao litoral brasileiro? Linhas diretas para São Paulo ou Rio de Janeiro?
Brasil: alta dos investimentos foi mais intensa nos pequenos municípios
Levantamento feito pelo anuário Multi Cidades apontou que o volume total dos investimentos das cidades brasileiras foi de R$ 38,37 bilhões em 2018, um crescimento de 35,8% se comparado ao ano anterior, em valores corrigidos pelo IPCA. Apesar da alta, os anos anteriores foram de quedas expressivas em obras e aquisição de equipamentos pelas prefeituras. “Os investimentos municipais iniciaram sua trajetória de queda em 2015. Após três anos de fortes retrações, os aportes caíram para um total de R$ 28,25 bilhões e a alta registrada de 35,8%, em 2018, ainda não é suficiente para repor a despesa aos patamares dos anos pré-crise”, explica o economista e diretor do anuário, Alberto Borges. Conforme os números, a alta dos investimentos foi mais intensa nos municípios de menor porte populacional. Naqueles com até 20 mil habitantes, a quantia injetada, de R$ 8,64 bilhões, foi 53,5% maior que o ano anterior e já corresponde a quase 77% do volume médio assinalado na primeira metade da presente década. Nas capitais brasileiras e entre as 106 cidades selecionadas por Multi Cidades, que inclui as capitais e pelo mais um entre os maiores municípios de cada estado, o crescimento médio foi de 12,5% e 17%, respectivamente. As transferências de capital – recursos que as cidades recebem da União e dos estados para serem aplicados em investimentos – tiveram uma expansão em 2018. Os repasses da União saltaram de R$ 5,83 bilhões, em 2017, para R$ 9,03 bilhões, em 2018, alta de 54,9%. Já os recursos oriundos dos estados passaram de R$ 2,21 bilhões em 2017 para R$ 3,82 bilhões, um crescimento de 72,6%. Esses repasses foram determinantes para o bom desempenho dos investimentos nos pequenos municípios. Já para as capitais e as 106 cidades selecionadas no estudo, os montantes oriundos de empréstimos foram mais importantes. As receitas de operações de crédito injetaram R$ 5,46 bilhões nos investimentos municipais, em 2018, um acréscimo de R$ 1,32 bilhão em relação a 2017. Entretanto, apenas 12 municípios contabilizaram receitas de operações com valores superiores a R$ 100 milhões. As prefeituras também ampliaram o uso dos recursos próprios, que subiu de R$ 14,48 bilhões, em 2017, para R$ 17,22 bilhões, em 2018.
Cemig atualiza cadastro do produtor
Segundo resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, os produtores rurais que tem direito à tarifa rural e/ou irrigante precisam atualizar seu cadastro junto a concessionária para continuar com o benefício. A Cemig encaminhou uma carta para cada cliente que precisa ter o cadastro atualizado. A data limite para o recadastramento consta na correspondência, e variam entre os dias 16 e 21 de novembro. Apenas os clientes notificados pela Cemig precisam realizar o procedimento nesta primeira etapa. Para realizar o recadastramento, o cliente precisa ir até uma agência da Cemig ou Posto de Atendimento Cemig Fácil.
Hospital Regional volta a atrasar pagamentos e caso pode ir para Justiça
O Hospital Regional do Sul de Minas está com dívida não paga junto a médicos que atuam naquela instituição. A informação chegou á coluna por meio de advogado representante dos médicos que estão tentando, sem sucesso, a negociação com a direção do Hospital Regional. Segundo as informações, a ineficiência do médico presidente do Conselho Diretor do Hospital Regional, conhecido por seus rompentes e destemperos, tem sido um grande obstáculo para um entendimento com a classe médica. Há enormes suspeitas de favorecimentos nos pagamentos realizados pelo Hospital Regional. A coluna já denunciou aqui que a atual direção do Hospital Regional escolhe quem quer pagar, beneficiando amigos e setores de interesse do comando da instituição. O caso se torna ainda mais grave quando vemos que esta administração do Hospital Regional não apresenta os balancetes públicos que deveriam ser publicados e explicitados ao cidadão/contribuinte. As dívidas do hospital junto a classe médica podem inviabilizar muitos tratamentos na instituição e comprometer o atendimento de saúde em Varginha. O presidente do conselho de administração do Hospital Regional já possui um histórico de ameaçar empresas e a imprensa quando questionado sobre sua conduta no hospital. Investigações no Ministério da Saúde já miram recursos que vieram para Varginha, bem como investigações da imprensa e outros órgãos também têm como foco o Hospital Regional e os milhões em recursos públicos que foram destinados à instituição.
Lixão e a Copasa
Varginha continua sendo a “cidade piloto” onde a Copasa atua na área de resíduo sólido, sendo a responsável pela gestão do aterro sanitário municipal. Contudo, parece que o contrato milionário superior a R$ 70 milhões de reais (fechado sem licitação) entre a Copasa e a Prefeitura de Varginha não está sendo cumprido como deveria. Afinal, a recuperação do antigo lixão municipal, nas proximidades do bairro Corcetti, não vem ocorrendo. O local possui nascentes de água nas adjacências e, vez por outra recebe algum descarte irregular de lixo. A Prefeitura de Varginha não cobra a empresa de saneamento os compromissos assumidos por contrato. Neste “relacionamento de pai pra filho” entre Prefeitura de Varginha e Copasa, o cidadão varginhense vai ficando sem investimentos prioritários no saneamento básico local. Falta coragem para cumprir a lei?