Falando em Legislativo; Hospital de Campanha: Prefeitura de Varginha vai manter estrutura até fevereiro; Disputa ou decisão pela vacina?
Só o gostinho...
Na noite de segunda-feira (14/12), durante reunião ordinária da Câmara Municipal de Varginha, foi empossado o vereador José Vicente de Morais (PP). Ele assume no lugar do vereador Zacarias Piva que está em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para tratar de assuntos de interesse do Município envolvendo investimentos dos Emirados Árabes em Varginha. Zacarias se ausentou por 15 dias e retornaria no dia 06 de dezembro, mas em razão de adiamentos na agenda, o retorno do vereador foi transferido para o dia 21/12, motivo pelo qual foi necessário ser convocado o suplente. José Morais obteve 910 votos na eleição municipal de 2016, ficando como primeiro suplente do Progressistas, partido pelo qual Piva foi eleito. José Morais já assumiu como vereador por três vezes no passado e foi candidato novamente em 2020, não venceu e obteve bem menos votos que os 910 votos de 2016. José Morais era um nome forte para estas eleições e tem bom relacionamento no mundo político local. Mesmo assumindo como vereador por um curto período neste final de legislatura, Zé Morais vai “matar saudades” do Legislativo, onde tanto lutou para estar no ano que vem, mas, na prática, estes poucos dias de 2020 em que vai atuar na Câmara servirá apenas para “sentir o gosto do poder”, pois serão mais 4 anos longe do Legislativo em 2021.
Falando em Legislativo
Não se fala mais, pelo menos abertamente, sobre as composições da eleição da próxima Mesa Diretora da Câmara. Após a coluna revelar sombria artimanha de um secretário municipal para eleger um nome do PTB no comando da casa em 2021, as conversas mergulharam “nas profundezas da política local”. O eufórico secretário jurou e apostou que em 2021 o comando do Legislativo vai ficar com o PTB, ignorando o amplo acordo já pavimentado com diversas legendas tendo uma chapa liderada por Zilda Silva, do PP. Será que o tal secretário tem mesmo toda essa força? Não se sabe! Além disso, de rancor, promessas de perseguição e uso indevido do nome alheio do prefeito ou deputados, a política de Varginha está repleta. Isso não muda e infelizmente parece que não vai mudar. Mas, o secretário deve observar a história repleta de derrotas de pessoas que caíram por não respeitar uma regra básica da política e da vida! “Não se pode brigar com todos, a todo tempo e toda hora”. Construir inimizades, mesmo que com pessoas “fracas ou com pouco poder” pode ser um risco quando se tem muitos e crescentes adversários. A soma dos muitos “inimigos fracos, pode construir um gigante com poderes enormes”. E ai, será que o “exército de nanicos políticos que não são simpáticos ao soberbo secretário aumentou de tamanho neste fim de ano”?
Cadê a contrapartida?
Depois que os muitos vereadores de Varginha, ignorando as necessidades das instituições públicas e privadas locais, destinaram recursos municipais para órgãos estaduais como Polícia Militar e Civil etc, sem garantia de que tais recursos sejam totalmente investidos na cidade ou mesmo que as instituições estaduais que receberão tais recursos se comprometam a melhorar sua eficiência, apontamos aqui uma “falha grosseira na estratégia já furada” dos edis que tem “síndrome de deputados estaduais”. Vejam que um trecho da av. Princesa do Sul, próximo a concessionária Toyota em Varginha, vem apresentando constantes alagamentos com as fortes chuvas que caem na cidade. O problema estrutural da via precisa de reparos urgentes, tendo em vista que o problema pode se agravar e até mesmo custar vidas humanas. Todavia, a via com problemas é de competência do DER/MG, e o órgão estadual não cumpre sua obrigação de bem cuidar das vias públicas alegando falta de recursos. Não seria a hora dos “vereadores com síndrome de deputado” cobrarem a contrapartida do Governo de Minas para que o DER faça sua parte tendo em vista que os vereadores estão destinando recursos municipais para órgãos estaduais manterem-se de pé em Varginha? Ou mesmo não seria a hora de “vida inteligente” no Legislativo municipal indicasse emendas municipais ao DER/MG com o compromisso de que aquele órgão fizesse o urgente reparo na Av. Princesa do Sul? Não custa lembrar que a obra paralisada de duplicação da BR 491 que liga Varginha a Rodovia Fernão Dias é mais uma obra de (in)competência do Governo de Minas. Vários acidentes já ocorreram naquele trecho e o próprio governador Romeu Zema sabe do problema, porque não resolve? A conferir até onde vai a inércia!
Perguntar não ofende
As emendas e homenagens aprovadas pelos vereadores que não se reelegeram serão concretizadas no ano que vem? Haverá alguma participação destes vereadores quando da realização destas homenagens e pagamento das emendas? Rei posto, rei morto?
Com a enorme luta política de líderes estaduais como o Senador Rodrigo Pacheco para elevar o nível do lago de Furnas, será que poderemos voltar a ter água e turismo no pequeno pedaço do lago que atinge Varginha? O Lagamar pode voltar a funcionar?
Vérdi Melo já definiu todo seu secretariado? Quem fica e quem entra, qual o impacto das mudanças, quem são os “padrinhos” de cada secretário? Porque o maior desafio do prefeito será manter toda a base unida até o final da gestão? O vice terá superpoderes?
Depois de uma campanha política disputada e atípica, em plena pandemia, muitas das brigas e inimizades construídas no período eleitoral parecem que vão se perpetuar no tempo. Será que outrora candidatos a prefeito e vereadores vão voltar às “boas”?
Hospital de Campanha: Prefeitura de Varginha vai manter estrutura até fevereiro
O Hospital de Campanha de Varginha inaugurado em 19 de junho, tinha previsão para encerramento das atividades neste mês, todavia com o aumento no número de casos na cidade e na região, a unidade que atende em um anexo na Universidade Federal de Alfenas (Unifal), deverá seguir com as atividades até fevereiro. Na unidade, o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) atualmente conta com três pacientes internados, enquanto as enfermarias não possuem nenhuma internação. Dos três pacientes, dois são de Varginha e um de Campanha. A expetativa é que, caso seja necessário, a estrutura possa desafogar o sistema de saúde municipal para que os demais tratamentos e operações emergênciais possam ser realizados normalmente em Varginha. O prefeito Vérdi Melo manifestou, nos bastidores, intensa preocupação com a Covid-19 em Varginha. O prefeito foi muito criterioso nas descrições envolvendo a pandemia e procurou caminhos técnicos para reduzir ao máximo os malefícios da doença. Vérdi foi muito questionado por suas ações contra a Covid-19 durante a campanha de reeleição. O prefeito sabe do tamanho de sua responsabilidade neste caso. Certamente não deixará que nenhuma morte que possa ser evitada “caia na sua conta”, mesmo que para isso tenha que prorrogar os altos custos da manutenção do hospital de campanha. Trocando em miúdos, Vérdi esta numa “sinuca de bico”, pois vai gastar muito para manter uma enorme estrutura a qual está “torcendo para não ser usada”. Ou seja, se o hospital de campanha lotar é que as ações do governo não teriam sido eficientes. Se as ações do governo derem resultado e o hospital de campanha não for usado até fevereiro, a oposição pode querer acusar o prefeito de gastar uma pequena fortuna para manter uma estrutura que não foi necessária”.
Casamentos e divórcios sobem
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou as Estatísticas do Registro Civil, que investigam registros de nascimentos, casamentos, óbitos e óbitos fetais informados pelos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais, bem como os divórcios declarados pelas Varas de Família, Foros, Varas Cíveis e Tabelionatos de Notas de todo o país. O número de registros de casamentos em Varginha e em todo o Brasil cresceram, contudo, não na proporção dos divórcios, concedidos em 1ª instância ou por escrituras judiciais, que cresceram bem mais. Isso prova que embora os casamentos estejam em “desuso” o amor não está, razão pela qual ainda existem e prosperam em menor proporção dos casamentos. Todavia, o aumento da “geração mimimi, individualista”, as dificuldades de convivência, agravadas na pandemia principalmente, indicam que os divórcios têm um “céu de brigadeiro” para continuar crescendo.
30 anos com cabeça e preparo de 10?
Criado na administração do prefeito Antônio Silva, o Conselho Municipal de Saúde de Varginha – CMSV, completou 30 anos. Com funções deliberativas, normativas e informativas, o CMSV tem como objetivos básicos o estabelecimento, acompanhamento, controle e avaliação da Política Municipal de Saúde, constituindo-se no órgão colegiado máximo, responsável pela coordenação do SUS. Sua composição paritária é representada por 50% de usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), 25% de representantes do governo e prestadores de serviços de saúde e por 25% por representantes dos trabalhadores da saúde. Muitas vezes visto como “chapa branca”, o Conselho Municipal de Saúde teve e ainda tem papel fundamental neste período de pandemia. Todas as principais decisões sobre o Covid-19 na esfera municipal passaram pelo Conselho. Todavia, é necessário que exista maior aprimoramento do trabalho do conselho, mais renovação e preparo dos conselheiros, muitas vezes indicados por questões políticas e não técnicas.
Disputa ou decisão pela vacina?
Alfenas é a primeira cidade do Sul de Minas a anunciar a compra de vacinas contra o novo coronavírus. Segundo a prefeitura, serão compradas 200 mil doses que serão produzidas pelo Instituto Butantã, de São Paulo. Segundo o prefeito Luiz Antônio da Silva, do PT, a negociação com o instituto começou há meses e foi preciso justificar o pedido das doses. Conforme a prefeitura, a cidade é polo de saúde e referência para 600 mil pessoas na região, por isso é de maior risco. O investimento será de cerca de R$ 5 milhões com recursos do município, sendo R$ 25 para cada dose. Varginha também se encaixa no perfil de Alfenas, por ser referência de saúde para uma região ainda maior e mais povoada que Alfenas. Contudo, Varginha não tem, ou ainda não foi anunciado, nenhum plano de compra de vacinas a exemplo do que tem anunciado grandes cidades e agora a próxima Alfenas. Será que o Conselho Municipal de Saúde Varginha, bem como o “gabinete de crise” criado para combater a pandemia na cidade, já discutiram esse tipo de ação? A final, pelo que disse o prefeito Vérdi Melo, ainda no período eleitoral, Varginha teria em caixa cerca de R$ 17 milhões para aplicar no combate a pandemia, o que seria mais que suficiente para comprar e aplicar a vacina na população de Varginha. Será que a Prefeitura de Varginha já estuda o assunto, ou vai aguardar outras vizinhas como Três Corações, Lavras ou Pouso Alegre anunciar medidas semelhantes a Alfenas?
Investimentos x Meio Ambiente
Inaugurada em 1914 pelo então presidente Wenceslau Braz e pelo Governador Delfim Moreira, a Usina da Ilha Grande em Varginha foi uma das principais geradoras de energia para cerca de 50 cidades do Sul de Minas até ser desativada em 1980. Toda essa estrutura que foi muito importante para a região por mais de 60 anos está sendo restaurada e deve voltar a produzir energia nos próximos meses. A empresa Compasso Energia S/A, uma das proprietárias da usina, e também a responsável pela execução da obra de recuperação e recapacitação. O projeto vai somar ao das duas PCHs que Varginha já possui. Em meio a estes importantes investimentos, temos sérios problemas e denúncias de ambientalistas contra o represamento e limpeza do Rio Verde. Será que vamos conseguir conciliar desenvolvimento com meio ambiente? Ou vão continuar em campos opostos?