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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Diferença de postura; Coragem para enfrentar; Nada foi aprendido!; Pandemia causa mais de 40 mil divórcios
24/03/2021
 
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Diferença de postura

Na cidade vizinha de Três Corações, o prefeito Gordo Dentista reduziu por Lei Complementar, também aprovada pelos vereadores daquela cidade, a tarifa de esgoto cobrada pela Copasa. Três Corações agora cobrará como tarifa de esgoto 31,25% do valor da tarifa de água. A postura da Prefeitura de Três Corações frente a Copasa em defesa do consumidor de Três Corações é algo a se comemorar. Primeiro porque é sabido que a Copasa não investe o quanto precisa para melhorar e modernizar o sistema de tratamento de água e esgoto. De tal forma que a qualidade da água é duvidosa em muitos municípios, segundo porque o esgoto, que no caso do Sul de Minas é despejado em grande parte no Rio Verde, também é questionado por ambientalistas. Vale também destacar que o volume de água que entra na residência não pode ser integralmente computado como esgoto. Afinal, parte desta água vai para consumo humano, regar plantas etc. Ou seja, não é toda água que entra pelo registro da Copasa em nossas residências que após o uso se torna automaticamente esgoto. Desta forma, não é justo que a Copasa cobre como tarifa de esgoto 100% da água tratada que entra na residência, como alias, acontece em Varginha. A diferença é que, em Varginha, por qualquer razão ou interesse, a Copasa não cumpre seus compromissos de investimentos e qualidade do serviço, pratica tarifas injustas sem a contestação das autoridades municipais competentes e ainda tem seu serviço de tratamento de esgoto questionado por ambientalistas locais. Vale lembrar que os aguapés que multiplicam no reservatório da PCH Boa Vista são apontados como resultado da péssima qualidade da água do Rio Verde que recebe o esgoto da Copasa. Será que algum dia haverá coragem entre nossas lideranças municipais para mudar isso?

Coragem para enfrentar

Curioso a Coluna questionar a coragem do município para defender a população contra interesses financeiros da Copasa, porque no caso da pandemia de Covid-19, o município teve coragem, pra não dizer desprendimento, ao contrariar a determinação do Governo de Minas e não se enquadrar na Onda Roxa do Plano Minas Consciente que determina o fechamento do comércio e atividades não essenciais. A medida surpreendeu positivamente os comerciantes que comemoraram a vitória e seguem trabalhando obedecendo as regras de segurança, higiene e distanciamento. Contudo, o prefeito de Varginha, Vérdi Melo, que assina e se responsabiliza por contrariar as determinações do Governo de Minas no Plano Minas Consciente pode vir a responder processo do Ministério Público Estadual e Advocacia Geral do Estado, que estão juntos na defesa do plano estadual de combate a pandemia. Os municípios (prefeitos) que não aderirem a Onda Roxa do Programa Estadual Minas Consciente e tiverem agravamento da pandemia e consequente aumento das mortes, podem vir a ser responsabilizados. O prefeito Vérdi Melo tem se preparado no quesito estrutural da saúde e abriu novos leitos de UTI, além disso, mesmo com a abertura do comércio, a fiscalização tem sido intensa e constante. Diversos infratores já foram multados na cidade e Varginha segue corajosamente funcionando e todos nós da sociedade precisamos fazer nossa parte. As regras de isolamento, higiene pessoal e evitando aglomerações é um dever de todo cidadão. Quanto as possíveis pressões do Ministério Público Estadual e Advocacia Geral do Estado, é agora que vamos ver a competência de nossa Procuradoria municipal. Já quanto a pressão política, Vérdi Melo tem se saído bem até aqui, mas precisa torcer para que os mesmos comerciantes que hoje cobram abertura do comércio sejam solidários com o governo no momento que o prefeito precisar de apoio. Será? A conferir!

O silencio do Governo de Minas no escândalo das vacinas

O Governo de Minas, liderado pelo Partido Novo, que tanto se gabou por ser “diferente dos outros”, se mantém em silêncio sobre o escândalo dos fura fila das vacinas, onde do ex-secretário estadual de saúde a estagiários foram vacinados de forma irregular. No total mais de 800 pessoas foram vacinadas, número superior ao de vacinados em muitas cidades de Minas. O Governo Zema se limitou a despedir o secretário e alguns assessores diretos, mas, nada mais informou sobre o caso. A Assembleia Legislativa de Minas abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a irregularidade e dar respostas ao caso. Enquanto isso o Governo de Minas continua com sua postura de “João sem braço” como se estivesse acima de erros e malfeitos, o que sabemos, não é verdade!

Nada foi aprendido!

A forma de fazer política antigamente era bem mais discreta e com menos “elementos de prova”, o que naturalmente dificultava a identificação de mal feitos, mas também evitava constrangimentos desnecessários. Atualmente, com os muitos meios tecnológicos de se comunicar, principalmente comunicação de massa por meio das redes sociais, qualquer fala política precisa ser muito bem estudada. Ainda mais se for dita por meios digitais. Vale até lembrar o episódio que ocorreu na legislatura passada onde um dos atuais vereadores ligou para um secretário, no viva voz, sem avisá-lo, e causou ali uma discórdia entre um vereador e o tal secretário. Convenhamos, coisa de juvenil! Digo isso porque diversas reuniões e conversas políticas na cidade estão ocorrendo pelo meio digital, e os interlocutores não se “ligaram” para saber que nenhuma conversa de Whatshapp, teens, zoom e demais aplicativos está totalmente segura de vazamentos, pelo contrário. Correm pela cidade diversas falas de vereadores, secretários e até do prefeito e do vice, que em momentos de privacidade de reuniões estratégicas sobre temas importantes falaram “mais que deveriam”. As conversas as quais a coluna teve acesso mostram que nossos vereadores precisam ter mais “malícia e sabedoria”, além do preparo técnico para argumentar. Afinal, “é melhor ficar quieto e dar a impressão de idiota, do que abrir a boca e ser confirmado como imbecil”. Já quanto ao prefeito, melhor seria deixar de falar ao telefone e usar aplicativos de mensagens quanto tratar de temas políticos e administrativos estratégicos. E pra não dizer que o veneno está muito, vale lembrar que o ex-ministro Sergio Moro entregou a Polícia Federal gravações que fez do presidente em conversas pessoais e em reunião de ministros. Assim, não me espantaria se o prefeito proibisse celulares nas reuniões semanais de secretários. Vai que...!! né!

Agilidade para aparecer e lentidão para trabalhar

A pandemia do Covid-19 impôs a muitas instituições o serviço “home office” onde todos estão trabalhando de casa. Em algumas instituições isso foi um fator de economia e, em alguns processos, de maior agilidade. Contudo, em outras instituições que já se mostravam lentas a pandemia causou a paralisação de muitos serviços e lerdeza de ações, a menos que seja para aparecer ou bajular superiores. Isso, infelizmente, pode ser visto claramente no Judiciário! Milhões de processos estão parados ou andando a “passos de tartaruga manca” causando prejuízos e travando investimentos, sem falar na insegurança jurídica causada na sociedade e na economia. Contudo, quando se trata de aparecer na mídia, diversos magistrados e membros do Ministério Público tomam atitudes e decisões que estão causando um nó na cabeça do cidadão. As medidas de combate a pandemia que fecharam cidades inteiras em Minas podem ilustrar isso. Em algumas cidades o Ministério Público abriu ações contra prefeitos que não cumpriram as determinações da Onda Roxa do Programa Minas Consciente, já em outros municípios, os juízes de primeira instância derrubaram a obrigatoriedade do cumprimento do Minas Consciente. E estamos falando de um Judiciário e Ministério Público que são únicos, contudo, composto por milhares de juízes e promotores de Justiça que têm a decisão final na ponta, e cada qual pensa de uma forma diferente. Será que foi a cúpula do Judiciário que se dobrou a vontade do Governo de Minas ou são os juízes das comarcas que estão querendo aparecer?

Pandemia causa mais de 40 mil divórcios

A notícia não e novidade, já foi divulgada na coluna. E convenhamos, já era esperada! O fato é que a maior convivência entre os casais por mais tempo em casa, num clima de instabilidade social, econômica e profissional fez aumentar em 15% em todo o Brasil o número de divórcios no ano de 2020. Estes dados são do Colégio Notarial do Brasil, que informou ter sido formalizado em 2020 o total de 43.859 pedidos de dissolução matrimonial frente a 38.174 no período anterior, ou seja, 2019. A maior convivência entre os casais acentuou as divergências no relacionamento e revelou problemas que já viviam e foram intensificados. Ou seja, se até as relações entre marido e mulher azedaram em 2020 com a pandemia, imagina a relação entre patrões e empregados, entre sócios e, sobretudo, entre políticos!

Eles voltarão?

A decisão do ministro do Superior Tribunal Federal – STF Edson Fachin que anulou as sentenças contra o ex-presidente Lula foi uma ação muito comentada em todo o Brasil e até fora dele. Há quem concorde e, segundo pesquisas, há também uma maioria que discorda da decisão, De qualquer forma, a volta de Lula ao jogo político, com possibilidade jurídica de disputar a presidência em 2022 causou alvoroço no mundo político, principalmente entre os bolsonaristas. Mas qual o impacto da volta de Lula em Varginha? Para quem não observou, alguns dos principais interlocutores do Partido dos Trabalhadores em Varginha se mostraram mais atuantes nos últimos dias, seja nas redes sociais ou mesmo “dando as caras” após longo tempo sumidos. Ouve muita comemoração em algumas redes sociais quando da decisão de Fachin e até mesmo a ex-deputada Geisa Teixeira que estava sumida, voltou a postar fotos de cunho político em sua rede social, Será que o PT de Varginha vê numa eventual candidatura de Lula em 2022 uma oportunidade de voltar ao poder? Quem são hoje ou líderes do PT em Varginha? Quem são os políticos da legenda com chance de renascimento, existe alguém? Muito difícil responder isso! Afinal, o PT em Varginha sofre mais que apenas o desgaste nacional da legenda e de seus principais líderes. Na cidade toda a estrutura do PT foi desfeita nos últimos anos e muitos dos seus antigos lideres municipais saíram do partido ou brigaram internamente o que torna um retorno vitorioso muito pouco provável. Além disso, partidos de esquerda como PSB, PSOL, PCdoB entre outros viram que não precisam mais do PT para lançarem candidatos, principalmente a vaga majoritária de prefeito. Mas não se enganem pois o “mato seco que se tornou o PT de Varginha precisa apenas de uma faísca para incendiar e voltar a brotar”! Será mesmo?

FIEMG doa mais respiradores para montagem de novos leitos de UTI 

A FIEMG, em parceria com indústrias de Minas Gerais, doou, dia 22/03, mais 100 ventiladores mecânicos para o governo do Estado. A iniciativa permitirá a montagem de 100 novos leitos de UTI para atendimento a pacientes da Covid-19. Abertura acontecerá nos próximos dias nos municípios de Belo Horizonte, Betim, Juiz de Fora, Timóteo, Montes Claros, Viçosa, Ponte Nova, São Lourenço, Paracatu e São João del-Rei, beneficiando todas as regiões de Minas. O critério utilizado para a distribuição dos equipamentos foi definido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), que identificou locais com capacidade de abertura imediata de leitos de UTI. “A mobilização da indústria está ajudando a ampliar a capacidade de atendimento nas UTI’s em todo estado. Além disso, doamos 180 leitos para hospitais filantrópicos que já estão em pleno funcionamento. No total, são mais de 300 municípios contemplados com as doações de leitos ou respiradores, ajudando a salvar a vida de milhares de mineiros”, pontuou o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe. O líder industrial mineiro destacou também que, graças à sensibilidade do governo de Minas, a indústria continuou atuante, trabalhando de maneira contínua e segura. “Não faltaram produtos essenciais na casa dos mineiros e a boa notícia é que todos estão trabalhando, graças aos protocolos que garantem a segurança e eficiência do setor produtivo. O setor industrial tem honra e orgulho de contribuir com o estado neste momento difícil”, destacou Roscoe. De acordo com o Executivo mineiro, a parceria da FIEMG foi fundamental para que o estado pudesse dobrar a sua capacidade de atendimento em leitos de UTI, passando de 2.072 leitos, para os atuais 4.364. “Logo que a pandemia começou, a FIEMG se disponibilizou a contribuir. Conseguimos 1.600 respiradores que já salvaram muitas vidas e, agora, com mais 100 unidades desse aparelho, vamos atender um número substancial de pessoas. O momento é triste, mas nos ensina que a solidariedade e as parcerias são muito importantes”, sinalizou o governador. Desde o início da crise sanitária causada pela pandemia, a FIEMG vem atuando com o intuito de mitigar os danos causados pela Covid-19.  Em 2020, a Federação mobilizou a indústria e possibilitou a doação de 1.600 ventiladores pulmonares, por meio do projeto Inspirar. Uma série de outras medidas foi possível graças a esse mutirão empresarial, como a construção de centenas de leitos exclusivos para tratamento de pacientes com Covid-19 a fabricação e distribuição de milhares de litros de álcool glicerinado 70%, máscaras e jalecos.  Recentemente, o setor produtivo mineiro, por meio da FIEMG, abraçou a campanha Unidos pela Vacina, iniciada por Luiza Trajano, presidenta do Conselho de Administração do Magazine Luiza. Por meio do Conselho Estratégico da Federação mineira, que reúne os maiores industriais do estado, a FIEMG também irá doar, para 200 municípios, itens essenciais para que a vacinação da população ocorra de maneira mais eficaz e rápida, como seringas descartáveis, luvas, jalecos, câmaras frias e freezers. 
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