Vira e mexe alguns nomes locais estão sendo sondados como possíveis candidatos a deputado em 2022. A maior especulação deve-se, basicamente, a condição do atual prefeito que não pode se reeleger em 2024 e ainda nem tem um sucessor natural, o que faz diversos pretendentes a prefeito testarem o nome e votação nas eleições de 2022. A grande maioria dos candidatos locais de 2022 a deputado sabem que não têm chances reais de vitória, mas usam as eleições de 2022 como “trampolim” para 2024. Tendo em vista o atual quadro, é possível que tenhamos até 5 candidatos a deputado estadual e 3 a federal por Varginha no ano que vem. A coluna já comentou sobre a possibilidade de candidatura do ex-vereador Zacarias Piva, além do secretário municipal de governo Carlos Honório Ottoni Junior, temos também o nome do reitor do UNIS Stéfano Gazzola, que desta vez parece que vai “encarar” a urna. Os partidos de esquerda como PT, Rede, PCdoB e PSOL também devem lançar candidato, a depender da conjuntura política e estrutura financeira. Ainda há mais dois nomes que poderiam disputar, mas, até aqui, não se acredita em candidatura em 2022. Trata-se dos médicos Armando Fortunato e Vismário Camargos. O primeiro assumiu recentemente a Secretaria Municipal de Saúde e não se acredita que sairia para as eleições de 2022. Mas não é mistério que Fortunato sempre cobiçou ser prefeito e, caso veja chances em 2024, pode estar na disputa pelo PSD. Já o médico cardiologista Vismário Camargos foi candidato a deputado estadual em 2018 conseguindo mais de 12 mil votos e depois formou chapa com Zacarias Piva na disputa a prefeito em 2020, onde ficaram em segundo lugar na disputa, perdendo para Vérdi Melo e Leonardo Ciacci. Acredita-se que Vismário não seria candidato a deputado em 2022 para apoiar Zacarias Piva, com quem construiu amizade na eleição de 2020. De qualquer forma, a exemplo de Fortunato, Vismário Camargos também nunca escondeu o gosto pela política e o desejo de ser prefeito de Varginha.
O prefeito Vérdi Melo e seu vice Leonardo Ciacci estão acompanhando de perto a construção do Hospital da Criança, que está sendo construído ao lado do Hospital Bom Pastor em uma área total de 1.700m², orçado em R$ 4 milhões. A previsão da entrega é para março de 2022. O projeto contempla a construção de um prédio especialmente adaptado a realidade das crianças que serão atendidas. Com a construção anexa ao Hospital Bom Pastor, será possível compartilhar os serviços como Pronto Atendimento, da Tomografia, do laboratório, da farmácia, da cozinha, da lavanderia e da radiologia entre outros. O Hospital da Criança foi um “sonho e promessa” do ex-prefeito Antônio Silva, que prometeu a obra por duas eleições seguidas sem conseguir entregar, o que parece vai acontecer agora na gestão Vérdi Melo. Há 10 anos quando Antônio Silva prometeu a obra ninguém “botava fé” e ainda assim, Silva planejou e economizou para que hoje o município, mesmo com as dificuldades macroeconômicas atuais, pudesse fazer a obra com recursos próprios. Não se fala em Antônio Silva ou o esforço financeiro das gestões passadas para a construção do Hospital da Criança. Nas muitas matérias veiculadas pela atual administração o nome de Antônio Silva parece ter sido “banido, mesmo nas obras e sonhos que hoje se tornam realidade, grande parte em razão do trabalho do ex-prefeito”. Será que o ex-prefeito será lembrado e chamado para a inauguração da obra, ou o “sonho de Antônio Silva será roubado por esta administração”?
Uma reunião ocorrida em Pouso Alegre no início deste mês reuniu os prefeitos de Pouso Alegre (Rafael Simões), Poços de Caldas (Sérgio Azevedo), Varginha (Vérdi Melo) e Itajubá (Christian Gonçalves). O encontro foi o primeiro reunindo este grupo, contudo, estes prefeitos já vêm realizando diversas ações e reuniões conjuntas. O prefeito de Poços já esteve em Varginha em reunião com Vérdi e todos eles já articulam ações conjuntas na área de transporte coletivo, combate a pandemia entre outros temas. O encontro entre os prefeitos foi amplamente noticiado, contudo, o mais importante é o que “não foi divulgado”: a aproximação política dos prefeitos das maiores cidades do Sul de Minas. Juntos, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Varginha e Itajubá reúnem mais de meio milhão de habitantes, bilhões em orçamento e investimentos, além de uma enorme influência política e econômica em todo o Sul de Minas liderando outros municípios menores. É a primeira vez que se tem notícia de uma união programática e política entre tais cidades, que normalmente atuavam separadamente e em concorrência no Estado. Claro que as cidades vão continuar concorrendo entre si, todavia, em muitas áreas, os prefeitos viram que ganham mais se atuarem em conjunto, principalmente na atuação política. Uma fonte da coluna que esteve em Pouso Alegre disse que os prefeitos também falaram muito sobre política e da necessidade de atuarem em conjunto nas negociações com governos estadual e federal, bem como junto aos deputados que atuam e são fortemente votados no Sul de Minas. Vale lembrar que os prefeitos serão os “maiores cabos eleitorais” das eleições de 2022! A conferir por quanto tempo e em quais áreas os prefeitos vão atuar em equipe.
Estamos no meio de uma pandemia mundial de saúde em que faltam médicos, equipamentos, vacinas e servidores em geral para socorrer a população. Embora Varginha tenha uma situação um pouco melhor que outros municípios, aqui também faltam servidores na área de saúde. Todavia, mesmo com a carência, a Prefeitura de Varginha cedeu servidora municipal (matrícula 15.790-2, detentora do cargo de Oficial de Administração – Nível E-10) lotada na Secretaria Municipal de Saúde – SEMUS para atuar junto ao Cartório Eleitoral do Estado de Minas Gerais (Justiça Eleitoral TRE/MG). A publicação da portaria nº 17.870/2021 de “empréstimo da servidora municipal à Justiça Eleitoral” até março de 2022 foi publicada no Diário Oficial do município em 17 de junho. Além de ficar desfalcada de uma servidora, a Secretaria Municipal de Saúde ainda terá que arcar com a remuneração mensal da servidora, mesmo ela indo trabalhar em outra instituição totalmente distinta da saúde e quem nem mesmo é ligada ao município.
A coluna já questionou se muitos dos prédios públicos municipais estão regulares com as muitas documentações exigidas da iniciativa privada, tais como o Projeto de Segurança e Combate a Incêndio e Pânico. Após a cobrança e diante de muito risco e vidas e perigo, o município está fazendo uma regularização junto as unidades educacionais do município, com a contratação de empresas que farão o Projeto de Segurança e Combate a Incêndio e Pânico destas unidades. No total sete Cemeis serão contempladas no projeto que tem o valor global da contratação em R$ 326.643,03 (trezentos e vinte e seis mil, seiscentos e quarenta e três reais e três centavos). A publicação da contratação foi publicada no Diário Oficial do município no dia 17 de junho. Será que tem mais prédios públicos com problemas ou falta de documentação? Será que o Corpo de Bombeiros aplicará multas ou interdições nos prédios públicos, a exemplo do que a instituição faz com empresários da iniciativa privada?
A obra inacabada de duplicação da rodovia MGC 491 (antiga BR 491) que liga Varginha a Rodovia Fernão Dias continua gerando polêmica. Na quinta-feira passada um homem não identificado foi atropelado na ponte do Café Solúvel em Varginha e levado pelo Samu em estado grave para o hospital. Após o ocorrido, o vereador de Varginha Rodrigo Naves reforçou o pedido ao Governo de Minas (DER/MG) responsável pela obra, para que termine o investimento e assim evite novos acidentes. O risco é maior no trecho não duplicado de Varginha, da ponte da Palmela até a entrada da cidade. Ou seja, a duplicação não avançou nem um metro em Varginha, encerrando as obras ainda no território de Três Corações. O desprestígio de Varginha junto ao Governo de Minas, controlado pelo Partido Novo de Romeu Zema, não se abala com os muitos pedidos para que a obra fosse retomada. O próprio Zema já passou pelo local e conhece o problema, contudo, nada fez pela retomada da obra. Os deputados estaduais Professor Cleiton (PSB), Antônio Carlos Arantes (DEM) e Dalmo Ribeiro (PSDB) também já solicitaram do Governo de Minas que retome as obras, todavia, nada ainda foi feito. A falta de recursos alegada pelo Governo de Minas para não terminar a obra (o que não se acredita na região), vai se tornando um problema político que, mais cedo ou mais tarde, será novamente apresentado ao governador que busca a reeleição. A conferir
O deputado estadual Cassio Soares, líder do Bloco “Minas São Muitas” foi eleito por unanimidade como presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI que irá investigar irregularidades na gestão da Cemig. A definição da presidência da CPI ocorreu na reunião legislativa da ALMG na última segunda 28 junho. A CPI vai investigar a gestão da empresa de 2019 até atualidade, podendo, contudo, descobrir irregularidades anteriores. Ainda mais porque a empresa também foi alvo de denúncias em gestões de outros governos. A princípio, o Governo Zema, que controla a empresa, foi contra a instalação da CPI. Quando viu que a CPI já tinha assinaturas de deputados o suficiente para ser instalada, o próprio governo deu início a uma apuração interna na empresa, a fim de “antecipar problemas e se preparar” para a investigação do Legislativo. O deputado estadual Professor Cleiton Oliveira (PSB) foi o propositor da comissão e está colhendo a “ira do governo, já sendo visto com maus olhos no Palácio Tiradentes e nos eventos oficiais”. Entre os parlamentares e jornalistas todos utilizam uma máxima sobre CPIs “sabemos como ela começa, mas nunca como ela termina!”. Esta e a segunda Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI do Governo Zema. A primeira foi criada para investigar a vacinação irregular contra a Covid-19 de altos cargos do governo Zema na área de saúde. A CPI causou a queda do secretário estadual de saúde da época. A CPI da Cemig esta apenas começando, contudo, nos bastidores da política, já é dado como certo que haverá mudanças na direção da empresa em breve.
A crescente briga entre petistas e bolsonaristas tem deixado o eleitor indeciso ou aquele que não escolheu um dos dois lados entre um enorme fogo cruzado. Multiplicam-se os institutos de pesquisa e as notícias falsas sobre cada um dos lados. Parece que a guerra digital que no começo do governo Bolsonaro favorecia o presidente hoje está mais equilibrada. Mas vejam que a confiança no meio digital está em franca queda junto aos eleitores prudentes. Em levantamento eleitoral recente realizado por um novo e desconhecido instituto de pesquisa o ex-presidente Lula aparece como possível vencedor de Bolsonaro no segundo turno. Ainda assim, tanto Lula quanto Bolsonaro aparecem com enormes índices de votação e rejeição. Cada um repelindo o eleitorado do outro, criando uma grande polarização eleitoral no Brasil em torno dos nomes dos dois, o que convenhamos, não é bom para o Brasil. Existem diversos outros nomes aptos, preparados e menos polêmicos que Lula ou Bolsonaro. Contudo, a eleição de 2022 já está aí para a disputa nacional. Nomes de terceira via que certamente vão aparecer ainda nem se movimentaram no xadrez político nacional. E a esquisitice é que não se conhece ou identifica ninguém que já tenha sido ouvido pelos tais institutos de pesquisa. A briga nacional pelo Palácio do Planalto promete ser sangrenta e não vai demorar pra chegar a Varginha, onde já tivemos manifestações contra e a favor de Bolsonaro. Vale destacar que o Sul de Minas possui grandes cidades como Varginha, Pouso Alegre, Poços etc, onde existem muitos servidores públicos e trabalhadores assalariados influenciados por sindicatos laborais de tendência esquerdista. Lado outro, nossa região também possui forte influência do agronegócio que tem demonstrado forte apoio ao governo Bolsonaro. O esquentar desta briga vai ocorrer quando for definido os candidatos ao Governo de Minas alinhados ao presidente da República que busca a reeleição e o candidato ao governo estadual do Partido dos Trabalhadores, que certamente vai correr o estado buscando votos para Lula. Não será surpresa se Lula optar por lançar candidato a governador em Minas seu ex-ministro Patrus Ananias e este buscar entre seus apoiadores e candidatos a deputado a ex-primeira dama de Varginha Geisa Teixeira, que nem no PT está mais. Enfim, a esquisitice da campanha política nacional que estamos vendo agora, não é dada do que pode se tornar no auge da eleição. Quem não gosta de polarização, bate boca e “idolatria de político de estimação”, vai ter dificuldade de debater política nos próximos tempos.
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