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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Troca de comando; Ampliando as parcerias; Aglomeração responsável; Sem plano B; Obra de excelência
04/09/2021
 

Troca de comando

Uma importante mudança no Governo de Minas mexeu com a propaganda mineira e despertou a curiosidade do mundo político que esta atento as eleições de 2022. A agora ex-subsecretária de comunicação do Governo de Minas Amália Goulart foi substituída por Cris Kumaira, ex-candidata a vereadora pelo Partido Novo em Belo Horizonte. Amália Goulart é jornalista e desenvolveu grande trabalho na Subsecretaria de Comunicação (SubSecom), a função pública da SubSecom é complicada pois lida com a propaganda oficial do Governo de Minas, que é um dos maiores anunciantes do estado. Distribuir propaganda oficial, criar critérios técnicos e agradar um mercado cada dia mais voraz e que esta se reinventando todo dia não é fácil. Amália Goulart teve menos problemas que seus antecessores e não estará no cargo durante a reeleição que o governador Zema pretende disputar em 2022. Sua substituta é a integrante do Partido Novo, Cris Kumaira, que também possui experiência no mercado publicitário, contudo, vem também com certa experiência política. Já foi candidata e sabe da importância da publicidade bem feita, ainda mais em época de eleição. Já os adversários de Zema observam com lupa as mudanças, pois o Governo de Minas mudar o foco da publicidade, certamente significa focar nas entregas da administração à população, com vistas ao sucesso em 2022. A conferir.

Ampliando as parcerias

O Sindicato dos Servidores Públicos de Varginha, que reúne o funcionalismo da Prefeitura de Varginha, Câmara municipal, autarquias e fundações municipais está investindo em diversas parcerias com foco na educação e capacitação dos servidores. O presidente do Sindserva Miller Fagundes Jorge que do dia pra noite saiu do anonimato para o comando do maior sindicato laboral de Varginha não se intimidou com a pressão que recebeu desde o início da disputa, e agora, com maior pressão na condução da instituição. As relações da Caserv com o Sindserva vão caminhando embora os comandos das instituições “tenham desconfianças mútuas”, mas sabem que precisam atuar juntos. Os servidores públicos municipais têm muita força pelo número e expressão dos postos que ocupam. Contudo, a classe dificilmente se une para temas importantes como eleições municipais e unificação das instituições que representam a categoria. Nas eleições de 2022 é muito possível que tenhamos, pelo menos um, candidato a deputado oriundo do serviço público municipal. O secretário de Governo Carlos Honório Ottoni tem pregado que pretende disputar eleição em 2022. Honorinho é servidor público de carreira e tem se consolidado como o “homem forte do Governo Verdi”, o que aliás tem gerado mais problemas que soluções ao secretário. Mas aos poucos o secretário, a exemplo da nova gestão do Sindserva, vai aplainando caminhos. A relação de Honorinho com os servidores não é ruim, mas pode melhorar, ainda mais se quase 10 mil servidores públicos da ativa, aposentados e seus dependentes resolverem todos escolher um único candidato em 2022. Será? 

Aglomeração responsável 

O jogo do Boa Esporte foi um “projeto piloto” para grandes eventos que estão por vir na cidade. A Prefeitura de Varginha sabe que precisa estar preparada para retomada e a pressão cresce com a vacinação ampliando o número de imunizados. O governo sabe que boa parte da população quer os eventos de volta, mas lado outro, o risco de apenas um evento não fiscalizado ou realizado de forma irregular frente as regras de isolamento podem destruir a imagem do governo e pior, aumentar o contágio e as mortes pelo Convid-19. Mas não é difícil andar pela cidade e ver que, infelizmente, muitos já andam pelas ruas sem máscaras, outros tantos já frequentam bares e outros locais sem respeitar o distanciamento etc. A população está mesmo impaciente e imprudente! Mas se a hipocrisia da legislação não permite que os eventos voltem, mas admite superlotação em ônibus, bancos etc, é o caso de vermos como serão as manifestações do dia 7 de setembro que prometem agitar todo o Brasil. Há previsão de manifestações em Varginha, organizadas por lideranças da Agricultura, Indústria e outros setores que apoiam o presidente Bolsonaro. Será que a fiscalização em Varginha vai enquadrar os abusos nestas manifestações? 

Sem plano B 

Por 8 votos a 4, a Câmara de Varginha arquivou o projeto de Lei que pretendia destinar mais de um milhão de reais a Caixa de Assistência a Saúde dos Servidores Públicos Municipais de Varginha – Caserv. O valor que iria monetizar a Caserv resolveria problemas da entidade junto ao Hospital Regional e atenderia problemas de saúde de vários servidores associados, além, é claro, de engordar o caixa da entidade criada recentemente. Não se tem notícia se a Caserv tem um “plano B” para resolver seus problemas sem este milionário recurso público que receberia. Mas é certo que a angústia da nova diretoria da Caserv não vai demorar a cair no colo do governo, que é quem será demandado para conseguir uma solução. Alguns dos vereadores que reprovaram o recurso público para a Caserv disseram “nos bastidores” que já havia se criado um “ranso” quanto ao caso. Dificilmente o Governo vai conseguir dobrar estes parlamentares. Ou seja, se a solução desejada pela Caserv e pelo Governo tiver que passar pelo Legislativo, a missão de conseguir um “Plano B” para este salvamento financeiro pode procurar um “Plano C”. 

Reforço de Segurança 

A Policia Militar de Varginha recebeu novos policiais e a Polícia Civil de Varginha vai também ganhar investimentos com a unificação de unidades no centro administrativo estadual, atrás do DEER/MG. Os investimentos na Segurança Pública em Varginha chegam em boa hora. Além do combate ao crime, outro problema que tem ampliado em todo o Brasil é a intolerância ao contraditório e o ódio entre parcelas da sociedade. Os tumultos por conta de posicionamentos políticos, ideologia de gênero, brigas por discriminação de raça, time, religião etc tem levado as forças policiais a mobilizar efetivo para conter, as vezes de forma violenta, a própria sociedade. Os policiais que antes ficavam por conta de prender bandidos, agora patrulham as ruas para impedir que homens e mulheres de bem não se matem e destruam o patrimônio como se bandidos fossem. As manifestações de 7 de setembro serão uma prévia do que pode estar por vir em 2022. Realmente uma tristeza! 

Obra de excelência 

A obra da rotatória do bairro Santa Maria está agradando os motoristas e pedestres que estão vendo o caminhar as mudanças. Quem conhecia e passava diariamente pelo local, antes das obras conhecia o caos e demora naquele trecho que se tornou um gargalo no trânsito. As obras da rotatória também causaram grande incomodo na região, foram meses de obras, poeira, máquinas na pista e perigos para quem transitava no local. Ainda agora, com quase tudo pronto, o motorista ainda fica perdido e inseguro pela novidade. Mas uma coisa é certa, a obra melhorou o trânsito e a segurança no fluxo de veículos. A rotatória congrega três avenidas e três ruas com fluxo constante. Para os otimistas, a obra vai valorizar o bairro e acabar com a perda de tempo que ocorria no trânsito com semáforos que atrasavam a vida de todos. Para os cautelosos, a obra da rotatória somente vai estar aprovada depois do desejado período de chuvas que vai colocar a prova a estrutura de canalização dos dois córregos que passam por baixo da obra. Não é mistério que a Av. Zoroastro Franco de Carvalho já foi inundada várias vezes por fortes chuvas que eram represadas justamente na ponte onde se inicia nova rotatória. A conferir. 

Obras e recursos 

As muitas obras em andamento em Varginha são proporcionais as diversas fontes de recursos que tem chegado ao caixa municipal. Recentemente Varginha recebeu a primeira parcela de um recurso extra no valor total de R$ 7 milhões de reais oriundo do acordo judicial entre a Mineradora Vale. O dinheiro é parte dos R$ 1.5 bilhões que a mineradora pagará a todos os municípios mineiros por conta da tragédia com a barragem em Brumadinho. O orçamento municipal ganhou este gordo reforço e a verba não está “carimbada”, ou seja, não tem destinação obrigatória. O Legislativo municipal, a quem cabe fiscalizar o Executivo, já pediu detalhamento ao governo municipal sobre qual destinação dará ao recurso. A fim de que o dinheiro não seja gasto apenas com manutenção da própria máquina pública. Até o momento o governo municipal não disse onde vai gastar o recurso. O ideal é que este período de “prosperidade econômica” do caixa público possa retornar a sociedade na forma de melhoras permanentes na qualidade de vida de todos. Mas fica uma preocupação quanto a manutenção das obras permanentes. Por exemplo, a UPA de Varginha que custou cerca de R$ 7 milhões, tem um gasto mensal superior a R$ 500 mil com manutenção. Ou seja, as muitas obras realizadas agora com criação de estruturas públicas melhores, significam que o gasto mensal com manutenção vai aumentar. Será que o período de “prosperidade” vai continuar para bancar tudo isso? Ou vamos voltar a ter casos como a criação do Restaurante Popular próximo do Caic do Imaculada, que foi criado pelo município e depois fechado por falta de recursos para sua manutenção? 

Entrosamento 

A coluna tem acompanhado de perto muitas das ações da Guarda Civil Municipal de Varginha. A instituição já teve altos e baixos, já foi admirada por sua eficiência no começo de suas atividades e já foi criticada por baixo rendimento e altos custos. Contudo, vale pontuar, a instituição é um importante braço da segurança pública local. Um ponto sempre lembrado por pessoas dentro e fora da instituição é seu relacionamento com as demais forças policiais. Em relação a Policia Militar sempre houve uma relação de “amor e ódio tendo em vista conflitos de competência e vaidades”. Em relação a Polícia Federal, o pouquíssimo relacionamento entre Guarda Municipal e Federais talvez não tenha permitido muitas “rusgas entre as instituições”. Mas uma coisa é certa, com os anos, a Guarda Municipal tem conseguido experiência e respeito entre seus pares, principalmente as demais instituições de segurança. E as rusgas começam a dar lugar para ações compartilhadas entre a Guarda Municipal e outras instituições. O entrosamento crescente entre a instituição municipal e a Polícia Militar já é sentido na cidade. Parece que, enfim, Policia Militar e Guarda Municipal estão compartilhando estrutura e conhecimento para melhorar a Segurança. 

Mudanças partidárias 

Com a reforma eleitoral que está saindo do Congresso Nacional muitos partidos em Varginha vão ficar “mais ou menos atrativos”, e muitos devem mudar de comando até as eleições de 2022. A esperada volta das coligações entre partidos para as eleições proporcionais, proibido atualmente, mas deve cair, vai dar novo impulso a legendas pequenas. Muitas das legendas existentes em Varginha estão sob comando de comissões provisórias que podem ser mudadas a qualquer tempo e isso impõe mudanças no cenário político que também muda a todo momento. A coluna verificou os partidos que existem em Varginha e muitos deles estão com problemas junto a Justiça Eleitoral. Seja falta de documentos, falta de prestação de contas ou mesmo datas vencidas de validade das comissões provisórias. Isso todo deve se resolver neste ano, pois a “caça de candidatos” para engordar chapas e eleger deputados será uma realidade as legendas, mesmo as pequenas, se a coligação proporcional passar. A onda crescente dos partidos nanicos é facilmente vista em Varginha com partidos grandes e fortes nacionalmente que não têm sequer vereadores na Câmara. Não será surpresa se alguns dos nossos vereadores de Varginha tentarem cadeira na Assembleia Legislativa ou mesmo na Câmara Federal nestas eleições. Como se sabe, a disputa para o Legislativo não implica em renúncia do cargo atual. Ou seja, se algum vereador de Varginha quiser disputar eleição em 2022, poderá fazer sem precisar deixar o cargo na Câmara e nem mesmo deixar de receber o gordo salário. Coisas assim a reforma política não mexe.  

 
 
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