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Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
 
Fênix urbana
22/11/2005
 


Alguns comerciantes estão cientes da importância da recuperação do casario

- Por que você me trouxe a esse bairro decadente?

- Decadente? Esta área foi subestimada e esquecida por muitos anos, durante várias administrações e gestões da Prefeitura de São Paulo! Além do mais, a ferrovia no País foi perecendo aos poucos e cedendo espaço à invasão desenfreada das montadoras e à ganância dos contratos miliardários para a criação de rodovias durante o regime militar.


Estação da Luz, arquitetura inglesa de início do século XX

- Tudo bem! Mas o que vamos fazer aqui? Não é perigoso?

- Não, não é. A Estação da Luz está sendo totalmente recuperada por se tratar de um monumento histórico, um espaço vivo por onde transitam diariamente milhares de pessoas, e que carrega em seus muros e nas estruturas de metal um dos momentos áureos do desenvolvimento de um Brasil ainda jovem, elegante e cheio de esperanças.

- É isso aí! É realmente fantástico poder saborear um café no bar da Pinacoteca do Estado, prédio em estilo neoclássico do arquiteto Ramos de Azevedo. Dali se avista o Jardim da Luz com suas alamedas, seus lagos artificiais, e as imponentes estátuas de mármore que parecem reverenciar o design francês que embelezava os espaços públicos de então.


Mais um exemplo de descaso com o patrimônio histórico paulistano

- E esses hotéis antigos e os casarões em ruínas? Eles parecem estar sucumbindo ao descaso das autoridades e à ocupação desordenada por causa da invasão de migrantes que vieram buscar o sustento na generosa São Paulo, constantemente dilapidada por pessoas que não têm nenhum vínculo afetivo com esta terra...

- Sei disso, mas parece que a Prefeitura conseguiu verba para revitalizar toda a área nos arredores da Estação Júlio Prestes, uma obra-prima construída entre 1926 e 1938 e onde, aliás, se encontra um dos mais belos e modernos espaços de concerto do planeta: a Sala São Paulo, templo da música erudita no Brasil! Em frente à Estação da Luz encontra-se a Pinacoteca do Estado que abriga obras raras, representativas das artes plásticas do Brasil nos séculos dezenove e vinte.

- Você acredita que eles conseguirão realmente devolver a dignidade a este lado da cidade que se tornou um dos principais pontos de comércio e de tráfico de drogas?


A Secretaria de Estado de Cultura de SP promove música na "Rua do Choro"

- Não tenho a menor dúvida! O movimento Virada Cultural, que levou ao paulistano e aos visitantes de São Paulo eventos e espetáculos por 24 horas ininterruptas, das duas da tarde de sábado às duas da tarde de domingo, atraiu para a Rua do Choro pessoas que nunca tinham estado naquele pedaço antigo da capital paulista.

- Isso me faz lembrar das cidades notívagas como Barcelona, Buenos Aires, Montevidéu ou Paris, onde a noite é companheira em momentos de lazer e de felicidade! 

- Pois é! E nossa querida Sampa também está caminhando pra isso!

- Amém!!!

 

 


Um olhar diferenciado sobre a Estação Luz


Valente guerreira, vinda do Ceará, auxilia a preservar um edifício histórico da Luz

 
 
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