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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Coragem para fazer o necessário; Descanso e oportunidade; Registro de bons lucros; O custo de marcar a história
11/02/2022
 
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Kalil vem aí 

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil vem trabalhando duro para viabilizar sua candidatura ao governo de Minas em outubro. O prefeito da Capital tem apoio e estrutura para a disputa e promete ser o principal obstáculo para que Zema conquiste a reeleição. O prefeito já realizou algumas viagens ao interior para buscar apoio de prefeitos e também terá apoios importantes em Brasília. Além do PSD de Kalil, o PT também pode ser outro partido importante a apoiar o prefeito de BH. Interessa ao ex-presidente Lula ter um palanque forte em Minas, segundo maior colégio eleitoral do Brasil. O presidente do PSD nacional, Gilberto Kassab, tem negociado diretamente com o ex-presidente Lula na construção política em Minas Gerais. Dizem que a assessoria de Zema teme a candidatura de Kalil, por ser a única, até aqui, com reais chances de vitória. A avaliação e fama de Zema é bem superior a de Kalil no interior do estado, contudo, na região metropolitana Kalil tem boa avalição. Talvez por isso, o prefeito planeja intensificar suas idas ao interior para fazer frente ao concorrente que busca a reeleição. 

Pimentel vai voltar 

A coluna já havia dito que o ex-governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT) foi convencido a candidatar a deputado federal em 2022. O retorno de Pimentel a política, mesmo depois do governo mal avaliado em MG, passa pelo trabalho da legenda de se reerguer e dar palanque para a candidatura presidencial de Lula, o que também é outra ideia com avaliação duvidosa. De qualquer forma, Pimentel e Lula tem conversado com frequência. O ex-governador encontrou-se com o ex-presidente recentemente, a finalidade da reunião presencial foi traçar planos relacionados à sua próxima viagem à Minas. A data está sendo escolhida, mas, segundo interlocutores, não deve demorar muito. No caso de Pimentel, as pesquisas apontam que o ex-governador tem chances reais de eleição para deputado federal, vindo inclusive a engordar a legenda do PT em Minas, contribuindo para a eleição de outros deputados federais. A conferir 

A volta dos esquecidos? 

Outro ex-governador que tem sido sondado para voltar a política é Eduardo Azeredo, ex-tucano envolvido em diversos escândalos no passado. Azeredo chegou a ser preso e sumiu do cenário político por bom tempo. Não se acredita que o político queira retornar, mas como em política nada é certeza, quem sabe ne!? Já o também ex-governador Newton Cardoso (MDB) embora mantenha grande força política por conta da atuação de seu filho Newton Cardoso Junior, deputado federal e presidente estadual do MDB, não deseja voltar a candidatar. Mas isso não significa que Newtão vai abandonar a política, mesmo porque o MDB de Minas deve lançar como candidato ao governo o senador Carlos Viana, filiado recentemente a legenda. Além disso, embora um pouco com a saúde debilitada pela idade avançada, Newton Cardoso, para quem conhece, não é de se ausentar do processo político. As eleições de 2022 prometem ser quentes se tivermos todos estes retornos políticos: Pimentel, Azeredo e Newtão.  

A novela continua 

A carência de sangue para operações e outros procedimentos médicos urgentes continua em Varginha. O Hospital Bom Pastor, administrado pela Prefeitura de Varginha, vem “catando doadores onde encontra” para socorrer pessoas com carência de sangue e hemoderivados. O processo de construção para gerar novos doadores e fidelizar tais pessoas para a doação de sangue é enormemente prejudicado e dificultado pela necessidade de levar os doares de Varginha até Poços de Caldas, a fim de fazer a coleta de sangue. O trabalho de coleta de sangue em Varginha, de competência da Fundação Hemominas, não é realizado aqui! Mesmo a Fundação Hemominas tendo recebido doação de terreno e apoio do município para construir aqui sua sede. A incompetência da Fundação Hemominas, administrada pelo Governo de Minas, é realmente absurda! A ineficiência desta instituição pública está comprometendo toda a rede de saúde de Varginha e região, que dependem de hemoderivados para ações urgentes na saúde. Mais uma “fatura que o prefeito Verdi Melo precisa ter a ousadia de cobrar do governador Romeu Zema”. Sabemos da boa-fé e trabalho, tanto do prefeito Verdi Melo como do governador Romeu Zema, mas francamente, parece que tem “cabeças incompetentes na Fundação Hemominas precisando ser trocadas”. 

Coragem para fazer o necessário 

No diário oficial de 03 de fevereiro foi publicado o decreto nº 10.858 de 2022, que promete “causar tumulto” entre as famílias que possuem familiares sepultados na área pública do Cemitério Campal de Varginha. Ocorre que uma pequena parte do Cemitério Campal, que seria área do município para sepultamentos temporários, estaria lotada com mais de mil sepultamentos que já podem ser exumados. Segundo o decreto publicado no Diário Oficial, o Serviço Municipal de Luto – SEMUL fará a exumação escalonada destes mais de 1000 pessoas e tais restos mortais serão disponibilizados aos familiares para sepultamento final. Aquelas famílias que não procurarem o SEMUL para recolher os ossos/restos mortais, terão os restos de seus familiares colocados em sacos plásticos próprios. Todo o material que não for resgatado pelas famílias será destinado ao ossuário municipal onde ficará guardado até a incineração do material. O que ocorre de tempos em tempos. Vale destacar que não é raro que ocorram saques e invasões no ossuário municipal, visto que a segurança do cemitério municipal é deficiente. A coluna já comentou sobre a “difícil e cara decisão” de mudar o cemitério municipal de local. O cemitério municipal já não suporta mais sepultamentos, não há espaço para atender a cidade de Varginha. Além disso, a estrutura precisa ser modernizada e garantido segurança ao local, o que não se pode fazer com uma área daquele tamanho no centro da cidade. Uma hora a administração municipal terá que enfrentar este problema, ou vai continuar “ferindo sentimentos de quem tem familiares sepultados no cemitério municipal e na área pública do cemitério Campal. Afinal, não está sendo garantido descanso e segurança aos ali sepultados. 

Nos bastidores

Os valores movimentados e aprovados pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente COMDEDICA-MG em Varginha são espantosos! Parte destes recursos, publicados no diário oficial do município de 03 de fevereiro, mostram movimentações próximas de um milhão de reais, distribuídos a várias entidades filantrópicas de Varginha. Parte destes valores provenientes de imposto de renda de empresas públicas, pessoas físicas e jurídicas, doações, convênios e outras parcerias que envolvem estatais como Cemig, Furnas, Copasa etc. Realmente um “mar de recursos e boa vontade de pessoas e empresas que pouca gente sabe ou escuta falar”. Não sei quanto a prestação de constas das entidades beneficiadas, mas a “generosidade de algumas estatais” mostra que a legislação promove a contribuição de pessoas e empresas para boas causas. Certamente que a criança e adolescente de Varginha precisam desta ajuda, e as autoridades do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente COMDEDICA-MG tem muita responsabilidade em suas mãos. Vale lembrar, também, que as mesmas entidades beneficiadas pelo COMDEDICA, também recebem recursos outros diretos do município ou por meio de doação direta de empresas e pessoas físicas, sem falar em campanhas de arrecadação que nunca param o ano todo. Se as crianças e adolescentes locais não estiverem sendo bem tratados, certamente, não seria por falta de recursos! 

Descanso e oportunidade 

O prefeito de Varginha Verdi Melo vai tirar uns dias de férias em breve! O prefeito está a mais de dois anos sem desligar da administração. Desde o início da pandemia, ainda na gestão passada quando assumiu a vaga de prefeito deixada por Antônio Silva que Verdi tem se dedicado integralmente ao governo. Não serão muitos dias, o prefeito não vai tirar os 30 dias a que tem direito, mas vai tentar desligar um pouco! Assume no lugar o vice-prefeito Leonardo Ciacci. Não é a primeira vez que Ciacci assume a Prefeitura de Varginha, ele já assumir em tempos passados quando de férias ou viagem dos titulares, por estar como presidente da Câmara, portanto na linha sucessória natural. Contudo, como vice-prefeito será a primeira vez que sentará na cadeira de comando. Ciacci tem preparação para comandar, conhece a “engrenagem política construída” e terá o tempo no comando como uma oportunidade para mostrar sua “aptidão e capacidade para um dia substituir Verdi Melo no comando”. Aliás, este é o projeto de Ciacci, costurado desde o tempo em que aceitou ser vice. Falar agora de eleições municipais de 2024 seria um “sacrilégio”, além de um desrespeito com o prefeito Verdi, ainda mais se esta conversa partisse do vice ou de qualquer dos secretários (alguns deles também sonham em ser prefeito). Mas na verdade, as oportunidades em que o vice sentar na cadeira de prefeito, na prática, é uma chance de “mostrar serviço”. E sim, mesmo que pareça desrespeito, e mesmo não sendo levantado de apoiadores diretos do prefeito, o assunto 2024 sempre “aparece em conversas” sempre que “muda-se o prefeito, mesmo que por poucos dias”. 

Registro de bons lucros 

O diário oficial de 03 de fevereiro publicou o registro de preços para compra de concreto betuminoso usinado à quente (C.B.U.Q.). O insumo é produzindo por não mais que três empresas da cidade, sendo utilizado nas inúmeras obras de pavimentações asfálticas que estão sendo realizadas nesta primeira metade do governo Verdi Melo. Vale ressaltar que, devido as chuvas, tais obras foram interrompidas, contudo, existe vasto cronograma de obras agendado para os próximos meses. O valor registrado pela Prefeitura de Varginha para compra deste produto foi de R$ 475,00 (quatrocentos e setenta e cinco reais) a tonelada. Sendo escolhida como contratada a empresa DEF Costa Transporte e Construtora Ltda. Sem dúvida será um 2022 de “Natal gordo” para as poucas empresas que atuam neste setor. 

O custo de marcar a história 

A legislação impede que tenhamos, como antigamente, a possibilidade de o governante escolher ao “bel prazer” o nome de obras como ruas, ginásios, escolas e outras obras públicas pelo Brasil afora. O que é muito justo, afinal, alguns governantes batizavam as obras com nomes de parentes, amigos ou mesmo pessoas que nem mereciam tal honraria. Mas o comum mesmo, naquela época, era o governante utilizar as obras por ele realizadas para “marcar seu nome e se autopromover” às custas de obras públicas. Como na época esse tipo de prática era permitido, talvez por isso, o então prefeito de Varginha Dilzon Melo batizou o estádio municipal com seu nome, o que rendeu o apelido para o local de “Melão”. Ou mesmo batizou a Rádio pública municipal de “MEL Odia” etc. Para os atuais governantes o que resta e a simples placa de inauguração, que pela atual legislação é o permitido para deixar público a autoria dessa ou aquela obra. Contudo, mesmo para a simples colocação de uma “placa de inauguração” o bolso do contribuinte pode “sangrar muito”. Afinal, não é raro vermos governos criarem grandes cerimônias com vários servidores, arranjos florais, foguete, toda uma estrutura midiática para “batizar uma simples obra pública”. Além disso, a simples compra de uma placa de inauguração pode ter preços salgados. No caso da Prefeitura de Varginha, o último registro de preços para a compra de placas de inauguração os preços variam de R$ 1.973,50 (um mil, novecentos e setenta e três reais e cinquenta centavos) para uma placa de inauguração – medida:110X90cm – chapa de aço inox escovada – brasões e/ou logomarcas em cores e dizeres gravados em baixo relevo por sistema de corrosão e aplicação de verniz, a mais cara oferecida. Ou a placa de inauguração – medida: 60X40cm – chapa de aço inox escovada – brasões e/ou logomarcas em cores e dizeres gravados em baixo relevo por sistema de corrosão e aplicação de verniz – pelo preço de R$ 610,00 (seiscentos e dez reais). De qualquer forma, os valores em si não são maiores que o “valor político” para quem entrega uma obra importante e precisa “marcar a história política da cidade com sua passagem pelo poder público”. 
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