467 mil empregos com carteira; Copasa: Enfim boas notícias aos mineiros; Disputa acirrada
467 mil empregos com carteira
A atração recorde de investimentos para o estado tem garantido o aumento da empregabilidade. Para se ter uma ideia, de janeiro de 2019 a março deste ano, durante a gestão do atual governo, o saldo de empregos em Minas atingiu 467.062, ficando atrás apenas de São Paulo, com 1.050.590, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A geração de empregos em Minas é um marco histórico para o estado, visto que a maior interação dos empreendedores e o governo gerou ações que consolidaram a marca histórica de R$ 211,7 bilhões em atração de investimentos, desde o início da atual gestão, em 2019, até agora. O recorde em atração de investimentos em Minas se refere a projetos (de implantação e/ou expansão de negócios) prospectados pelo sistema econômico do Governo do Estado, o que prevê a criação de mais de 114 mil empregos diretos. As políticas públicas criadas pelo Governo de Minas simplificam a vida de quem gera emprego e renda no estado, fomentando negócios e alavancando o crescimento econômico. Esta ação específica do Governo Zema será a principal propaganda de Zema que buscará a reeleição este ano e terá o apoio de grande parte do setor produtivo. O governador sabe que deve este sucesso as parcerias bem sucedidas junto a iniciativa privada, que tem acreditado em seu governo e realizado investimentos, que não sairiam em um governo burocrático ou afastado do setor produtivo. A reeleição de Zema vai depender em muito dos compromissos futuros que o Governo fará para continuar o ciclo de desenvolvimento e aperfeiçoamento da gestão, liberando investimentos e destravando a vida de quem produz.
Copasa: Enfim boas notícias aos mineiros
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) atingiu em 2021 a marca de 99,4% dos imóveis em sua área de atuação com acesso à água tratada no estado de Minas Gerais. O índice supera as metas de universalização dos serviços trazidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento, que determina que 99% da população brasileira tenha acesso ao abastecimento de água até 2033. O índice também supera a média nacional. Segundo dados divulgados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) no relatório “Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto”, cujo ano base foi 2020, o índice de abastecimento com redes públicas de água no país era de 84,1%. No ano passado, a companhia investiu R$ 537,1 milhões em abastecimento de água e R$ 317,5 milhões em sistemas de esgotamento sanitário - números substancialmente maiores do que os investimentos realizados em 2020. No total, a Copasa e sua subsidiária Copanor - que atende as regiões Norte e Nordeste de Minas - investiram R$ 943,4 milhões no ano passado. Recentemente, a Agência Nacional de Água e Saneamento (ANA) confirmou a capacidade econômico-financeira da Copasa para a universalização dos serviços até o fim de 2033. Entre 2022 e 2026, a previsão de investimentos da companhia ultrapassa os R$ 7 bilhões, colocando a empresa em condições de fazer os enfrentamentos necessários para atingir as metas do novo marco.
Copasa: Desafios ainda continuam
Mas nem tudo é um mar de rosas para a estatal mineira de saneamento básico. A Copanor, subsidiária da Copasa no Norte e Nordeste de Minas ainda não foi anunciada com capacidade econômico-financeira para os muitos investimentos que precisa fazer nos municípios da região onde atua. Além disso, tanto Copasa como Copanor ainda não tratam todo o esgoto gerado em Minas dentro de suas áreas de atuação. Na verdade, o tratamento de esgoto chega perto de 70% dos imóveis em sua área de atuação, o que precisa melhorar, tendo em vista o grande volume de esgoto ainda não tratado e despejado irregularmente no meio ambiente. Nesse quesito, a meta estabelecida pelo Novo Marco do Saneamento é de que, até o ano de 2033, 90% dos brasileiros tenham acesso ao serviço de coleta e tratamento de esgoto no país. No ano passado, embora a Copasa tenha realizado grandes investimentos, a estatal também pagou enormes dividendos (lucros) aos acionistas, neste caso, o Governo de Minas, maior acionista individual. Ou seja, a Copasa deu lucro ao Governo Estadual. Cabe agora a direção da Copasa e também ao Governo de Minas, fazer os ajustes para que a empresa continue dando lucro, contudo, pratique tarifas mais justas e que, antes de distribuir lucros, a estatal cumpra o plano de investimentos que possui com centenas de municípios mineiros, inclusive Varginha! Em nossa cidade, a Copasa precisa recuperar o antigo lixão próximo ao Bairro Corcetti, bem como fazer modernização e troca de boa parte da tubulação de água e esgoto urbano que possui décadas e inúmeros vazamentos. O processo de melhoria da Copasa vai demorar anos, quem sabe décadas. Contudo, isso é fundamental para que Minas Gerais garanta qualidade de vida aos mineiros e, principalmente, garantir a permanência da Copasa no mercado, que agora está mais competitivo. Não sabemos é se a melhoria dos números da estatal deve-se a enorme reclamação dos municípios, muitos deles abandonando a empresa. Ou se a melhora nos números (e lucros) da Copasa devem-se ao desejo deste governo de vender a Copasa. De qualquer forma, é bom que o comando da empresa coloque “as barbas de molho” pois as cobranças pela melhoria vão continuar neste governo.
Disputa acirrada
A entrada do senador Carlos Viana (PL) na disputa pelo Governo de Minas tornou ainda mais emocionante as eleições estaduais deste ano. Viana estava no MDB, onde iria disputar o Governo de Minas também, mas sem a mesma estrutura de agora, no PL, mesmo partido do presidente Bolsonaro. Os articuladores políticos apontam que a candidatura de Carlos Viana, com o apoio de Bolsonaro, vai tirar votos do governador Romeu Zema (Novo), que também vai disputar com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Estes são os três principais nomes que vão disputar o Palácio Tiradentes. Alexandre Kalil (PSD) vai contar com o apoio do ex-presidente Lula (PT), atual líder nas pesquisas para presidência da República. Já Zema, que anteriormente tinha a simpatia de Bolsonaro, perdeu o apoio do presidente para Carlos Viana, que sairá para governador pelo PL. Assim, Zema ficará sem um “cabo eleitoral forte”, visto que o desconhecido candidato a presidente pelo Partido Novo, nem mesmo recursos para manter sua candidatura terá. Aliás, em Minas, é o candidato a presidente pelo Partido Novo é que vai “surfar nas costas de Zema”, que lidera as pesquisas para o Governo de Minas. Outros partidos menores vão lançar candidatos ao governo também, mas sem muita perspectiva de votos, servindo mais para movimentar o primeiro turno e dar volumes aos debates, que prometem!
Assuntos não definidos
Dentro dos principais nomes já escolhidos para cabeça de chapa ao governo de Minas (Zema, Viana e Kalil) as campanhas ainda trabalham os prováveis nomes a vice-governador e também os nomes que disputaram a única vaga de senador nestas eleições. No caso de Zema, é sabido que ele não deseja nome do Partido Novo para vice, a fim de fortalecer a chapa com nome de outra legenda, o que parece certo e coerente com a disputa política que vem aumentando. Dois deputados federais estão no páreo para ser vice na chapa de Zema. Vale ressaltar, ainda que para a vaga de senador na chapa de Zema, não há nome definido, podendo aí ser pessoa do Partido Novo ou de outra legenda. No caso do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, que já começou sua campanha para o Governo de Minas, o atual presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Agostinho Patrus é sondado para vice. Já para a vaga ao Senado, o PSD de Alexandre Kalil já tem nome, trata-se do senador Alexandre Silveira, que vai tentar a reeleição e com grandes chances, visto que vem realizando um bom trabalho. Não há, até aqui, nomes de destaque para enfrentar Silveira, que vem se articulando para a disputa. Já no caso da campanha de Carlos Viana, que disputará o Governo de Minas pelo Partido Liberal, do presidente Bolsonaro, é certo que o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio será candidato a vice-governador. Marcelo Álvaro Antônio é da confiança do presidente Bolsonaro, já tendo sido ministro no início da gestão de Bolsonaro. Resta ainda o MDB que mantem conversas com os três principais candidatos estaduais e poderia ocupar a vaga do senado na chapa de Zema ou Viana, ou então a vaga de vice na chapa de Kalil.
Saias justas eleitorais
Com os três principais nomes para o governo de Minas definidos, Romeu Zema que busca a reeleição pelo Partido Novo, o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) e o senador Carlos Viana pelo Partido Liberal de Bolsonaro, os candidatos a deputado estadual, federal e prefeitos vão protagonizar muitas saias justas nas campanhas. Um exemplo é o deputado federal Diego Andrade (PSD), que embora seja do partido de Kalil, tem grande interlocução com Zema e dificilmente poderá trabalhar contra o governador. Já o Partido Progressista do deputado federal Dimas Fabiano ainda não se manifestou formalmente qual candidato a governador vai apoiar, contudo, tendo em vista a forte relação do PP de Dimas Fabiano com o presidente Bolsonaro, vai ficar difícil para Dimas não apoiar a candidatura de Carlos Viana do PL. No caso do Partido Solidariedade, que vai abrigar a candidatura do reitor Stefano Gazola, não há uma manifestação formal da legenda de quem vai apoiar para o governo de Minas, mas Gazola já disse que apoiar Zema, o que pode ficar prejudicado, caso seu partido opte por outro nome. Feitas as contas, é certo que alguns palanques pela região vão ficar desfalcados e que muita foto vai ficar “estranha”. O deputado estadual Professor Cleiton Oliveira, que faz oposição a Zema, dificilmente poderia apoiar a reeleição do governador, mesmo que seu partido venha a aderir a campanha do Partido Novo. Ainda não há uma manifestação formal do partido de Cleiton Oliveira. O deputado estadual mudou de partido recentemente e vem fazendo um bom trabalho na Assembleia Legislativa, merece ser reeleito, mas não será fácil! Cleiton Oliveira fará dobradinha com Stefano Gazola em Varginha e outras cidades, vai ter o apoio da igreja em alguns municípios e no “fritar dos ovos”, pode continuar sendo a principal voz de Varginha e nossa micro região, caso não exista força no eleitorado local para eleger um dos nomes da cidade que saíram pra estadual. A conferir!
Saias justas eleitorais – 02
Já no caso dos muitos prefeitos pelo interior, a saia justa vai ficar ainda maior tendo em vista que o ex-presidente da Associação Mineira de Municípios AMM, Julvan Lacerda sairá candidato e deverá optar por um dos três candidatos ao governo. Lacerda tem o apoio de muitos prefeitos, que por sua vez devem muito a Zema que voltou a pagar recursos bloqueados pelo antigo governo estadual petista, o que deu folego financeiro e salvou muitas gestões municipais. Além disso, o governo federal de Bolsonaro, injetou bilhões em Minas por meio de obras federais e recursos para a pandemia, entregues diretamente aos municípios. Logo, Bolsonaro também será um grande cabo eleitoral junto aos prefeitos. Trocando em miúdos, não haverá prefeito em Minas que ficará confortável em apoiar plenamente apenas um candidato ao governo do Estado. No caso de Varginha, por exemplo, o candidato ao governo Alexandre Kalil do PSD e o senador Alexandre Silveira, também do PSD, já garantiram recursos para Varginha, igualmente o deputado federal Diego Andrade, também do PSD; Como Verdi Melo deixaria de recebe-los e creditar tais conquistas? De igual modo, os candidatos do PL, o presidente Bolsonaro, que busca a reeleição e também o senador Carlos Viana, que vai disputar o Governo de Minas, já destinaram recursos à saúde de Varginha. Como Verdi Melo deixaria de recebe-los e creditar os recursos recebidos pela cidade? Sem falar em Romeu Zema, que também assegurou recursos a Varginha e, embora tenha coisas por fazer pela cidade, mantem uma boa relação com o próprio Verdi Melo. Como o prefeito não o receberia e deixaria de creditar as conquistas trazidas pelo governador que busca a reeleição? Verdi Melo precisará “dividir seu apoio, seus votos e seus assessores para atender cada um dos três candidatos mais fortes nesta disputa”. Primeiro porque não quer correr o risco de virar desafeto do futuro governador, e neste caso os três tem chances reais de ganhar. Em segundo lugar, e Verdi Melo sabe disso, tanto Zema, como Viana ou Kalil, não estão por acaso na disputa estadual agora. Os três parecem que vão continuar por longa data na política estadual, e Verdi Melo, como já podemos deduzir, não aparenta que vai “aposentar em 2024”. Logo, pode precisar (no futuro) de um dos três candidatos ao Governo de Minas de hoje. Esta é a situação de centenas de prefeitos por Minas afora.