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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Milícia urbana?; Força da Mulher; É muito rato!; Intolerância e despreparo; Pesquisas no forno
14/07/2022
 
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Adaptação ao investimento 

O Hospital Bom Pastor vai promover adaptações e melhorias no prédio, tendo em vista a chegada do novo acelerador linear de fótons que foi comprado pelo hospital para melhorar os atendimentos contra o câncer. A Fundação Hospitalar de Varginha – Fhomuv já lançou edital para contratar empresa que fará as reformas pontuais no local onde ficará o novo e valioso equipamento nuclear. Apenas o acelerador ficou em quase R$ 6 milhões, para os cofres públicos, fora as adaptações que serão realizadas para recebe-lo. Não resta dúvida que os investimentos são necessários e visam a melhoria do atendimento no Bom Pastor. Aliás, a sintonia entre as estruturas de saúde do município está fazendo a diferença para atender melhor o cidadão. 

Milícia urbana? 

A coluna recebeu denúncia e farta documentação sobre bairro de Varginha que tem criado sua “própria política de convivência e burlando leis proibindo entradas no bairro e fechando irregularmente vias urbanas”. A coluna procurou autoridades municipais para verificar que não existe nenhum bairro fechado na cidade, que possa funcionar como condomínio fechado. Além disso, alguns documentos públicos da Prefeitura de Varginha reconhecem as irregularidades na interdição irregular de vias, inclusive com a determinação administrativa para derrubada das interdições, contudo, nada foi cumprido até o momento. Segundo o empresário que procurou a coluna, a Secretaria municipal de Planejamento e a Procuradoria do Município tem conhecimento do caso, mas ainda assim, o empresário alega que não vem tendo livre acesso ao imóvel num bairro de Varginha. Segundo a denúncia, a associação de moradores do bairro teria criado uma “portaria irregular, que cobra valores dos moradores a fim de manter vigilância no local, inclusive com o impedimento irregular da entrada convidados e até de moradores do bairro que não pertencem a referida associação”. A coluna está investigando o caso, que já está na Justiça, mas não chegou ao conhecimento público. Ao longo dos próximos dias a coluna vai conversar com autoridades que poderão dar mais detalhes sobre o caso. 

Força da Mulher 

Na última sexta-feira (08/07), aconteceu na Câmara Municipal de Varginha, por meio do projeto Parlamento Mulher, da Escola do Legislativo, o Primeiro Encontro Mulheres na Política. O evento teve como objetivo levantar reflexões e buscar ações para que mais mulheres se envolvam no ambiente político. O contou com a participação de duas mulheres atuantes na área, a professora universitária, advogada e mestre em gestão pública, Alessandra Aparecida de Souza, que abordou o tema “A Participação da Mulher na Política”, com uma análise histórica e contemporânea. Também ministrou palestra a prefeita de São Gotardo/MG, Denise Abadia Pereira Oliveira, que compartilhou sua trajetória pessoal e política, representando os 12% das mulheres que conquistaram um cargo público através do voto nas últimas eleições. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral – TSE - as mulheres representam 52% da população brasileira, mas ocupam apenas 12% das Prefeituras, 15% do Congresso Nacional e não chegam a ocupar 4% dos Governos Estaduais. Ainda de acordo com o órgão público, apesar de ser a maioria do eleitorado, o número de candidatas (33,6%) é quase a metade do número de candidatos homens (66,4%). 

Força da Mulher - 02 

O evento pioneiro no Legislativo e na política de Varginha é necessário e digno de aplauso. Contudo, não surge por acaso. A presidente da Câmara, Zilda Silva, mulher discreta e atuante que vem fazendo gestão serena no Legislativo, naturalmente tem na defesa dos direitos da mulher uma boa bandeira de atuação. Mesmo porque, a vereadora será candidata nestas eleições o que explica o porquê deste evento neste momento. De qualquer forma, o protagonismo feminino, que vem crescendo em vários setores da iniciativa privada, custa a chegar no mundo político. Muito em parte porque a mulher não dá o interesse necessário a política. A participação feminina na política, que é inclusive assegurada por lei, custa a se tornar realidade porque as mulheres resistem a ideia de candidaturas, participação efetiva, como protagonista, como candidata no mundo eleitoral. Aliás, embora seja minoria nas eleições, existem muitos bons exemplos de mulheres que brilham nas urnas e nas gestões públicas, logo, a mulher tem competência para administrar. Basta apenas que tenha mais fé e confiança no próprio taco! Talvez eventos como o ocorrido na Câmara de Varginha mostre as mulheres todas as suas potencialidades. 

É muito rato! 

Depois que a coluna noticiou as três concorrências do Executivo Municipal para contratação de empresas para eliminação de roedores e pragas nas instalações da Prefeitura de Varginha, a notícia virou “piada pronta”, afinal, deve existir muito rato na Prefeitura de Varginha. No total, segundo as três concorrências, mais de R$ 18 mil reais serão gastos para eliminar as pragas que infestam o Executivo municipal. Mas embora seja uma piada pronta tais contratações, a “infestação de ratos no governo parece mesmo ser real”, afinal, mais uma licitação para matar ratos no governo foi lançada no diário oficial desta semana. Segundo a publicação do pregão presencial n 147/2022, foi homologado a contratação de empresa especializada para prestação de serviços de desinsetização, desratização (controle de insetos e roedores), limpeza e higienização de reservatórios de água, incluindo o fornecimento de mão de obra, materiais e disponibilização de equipamentos necessários. Pelos serviços, os cofres públicos vão pagar a empresa Rezende & Frota Controle de Pragas Ltda. o valor de R$ 6.000 (seis mil reais). Com isso, o município deve gastar mais de R$ 24 mil reais para eliminar os ratos que infestam o governo municipal! Acho que já vale a ideia de abrir concurso para contratação de gatos como servidores públicos municipais! 

Enfim, investimentos? 

A coluna tem reclamado há tempos da falta de investimentos e manutenção das estruturas das polícias civil e militar em Varginha. O Governo de Minas não comenta que em muitas cidades são as prefeituras que bancam de combustíveis a reformas as inúmeras delegacias e batalhões da polícia. Em Varginha a Polícia Civil publicou edital de licitação para contratação de empresa para serviços de reforma/adequação elétrica e rede de cabeamento estruturado, no que se refere as fases de projetos e execução da edificação que abriga a Delegacia de Polícia de Plantão e DEAM de Varginha, situada a Praça João Gonzaga nº 79, Centro- Varginha/ MG. O imóvel antigo da delegacia da Polícia Civil em Varginha, por certo é impeditivo para muitas reformas, contudo, o Governo de Minas não pode esquecer tais instalações a própria sorte. Vale destacar que, para não perder o habito de “voar nas asas do município, a publicação do edital de concorrência foi realizada no diário oficial de Varginha, e certamente de graça, o que além de irregular, mostra que ainda falta muito para que o governo estadual garanta total independência financeira as suas repartições”. 

Intolerância e despreparo 

Nesta semana acompanhamos aterrorizados a morte de um militante de esquerda, petista apoiador de Lula, que foi assassinado durante sua festa de aniversário por outro militante de direita, apoiador de Bolsonaro. As imagens gravadas pelas câmeras de segurança mostram a violência gratuita e intolerância que estão sendo fomentadas em todo o Brasil por conta de política! Cenas tristes com a destruição de famílias inteiras e por cegueira política. Não devemos adorar pessoas, seguir homens ou mulheres da política, mas sim apoiar projetos e ideias. Por maiores que os líderes políticos possam ser no imaginário de quem recebeu alguma ajuda do governo ou projeta um líder a seguir fielmente, nunca podemos colocar isso afrente da vida e do respeito as pessoas e ao contraditório. E o respeito ao contraditório no Brasil este cada dia mais difícil, com o aumento da intolerância. Com a polarização criada e fomentada por Lula e Bolsonaro, muitas pessoas nas ruas estão dispostas a ofender e atacar quem não se identifica com o mesmo “líder delas”. Na verdade, nenhum dos discursos de ódio, seja da esquerda ou da direita pode prosperar, sob pena de todos os eleitores serem comparáveis a um “disjuntor que deve estar ligado ou desligado! Ou seja, todos tem que ser Lula ou Bolsonaro para figurarem no plano político nacional”. 

Intolerância e despreparo – 02 

O eleitor pode e precisa ter liberdade e respeito em suas escolhas e pode sim desejar não apoiar nem Lula ou Bolsonaro, e ter sua vontade respeitada e garantida pelo Estado Democrático de Direito. Da mesma forma, o eleitor pode ver com bons olhos as políticas sociais do ex-presidente Lula, sem, contudo, ser tachado de ladrão ou burro por apoiadores de Bolsonaro. Mesmo porque, o fato de alguém ver qualidade no modo de governar das esquerdas não faz deste observador um eleitor de esquerda. Há muita gente que gostou de ações dos governos de Lula, todavia, tem suas razões para não votar e não querer o retorno do ex-presidente Lula. De igual modo, existem muitos eleitores que vêm com bons olhos as políticas de meritocracia, austeridade e segurança pública do Governo Bolsonaro e precisam ser respeitados pelos eleitores de esquerda. Precisam ter sua opinião e voto garantidos! Mesmo porque, nem todos que vêm ou aprovam as políticas econômicas do Governo Bolsonaro estão dispostos a votar em sua reeleição, mas querem ter o direito de expressar sua opinião e ter sua vontade respeitada, o que não significa impor nada a ninguém. A tendência de acirramento das rivalidades (idiotas) entre os eleitores que seguem Lula ou Bolsonaro tendem a aumentar e isso preocupa as autoridades da Justiça Eleitoral, que terá um enorme desafio pela frente com as eleições, independente do resultado que sair das urnas. Afinal, já ficou claro que existem muitos apoiadores (cegos) de ambos os lados, muito fanatismo e pouca liderança política real. 

Intolerância e despreparo – 03 

Em meio a toda esta crescente violência entre apoiares de Lula e Bolsonaro, que vale destacar não são todos, fica a dúvida se as autoridades de segurança pública e a Justiça Eleitoral estão preparados para garantir a segurança e a liberdade dos milhões de eleitores que vão as urnas em outubro e talvez em novembro? A Justiça Eleitoral mal consegue impedir notícias falsas nas redes sociais ou mesmo impedir encontros criminosos entre gangues que se organizam e marcam encontros com semanas de antecedência pelas redes sociais. Vejam que esta publicação não serve apenas para chamar a atenção da grave e crescente intolerância e violência que envolve a cena política nacional, mas, sobretudo, também sobre o despreparo das autoridades, principalmente Judiciário e Ministério Público. Mesmo porque, as próprias forças de segurança são vistas no caso como tendo de certa forma uma “preferencia” na questão. Trazendo o problema para Varginha, vemos que aqui na cidade temos apoiadores de todos os candidatos e partidos, sem falar que temos também intensa movimentação política com a perspectiva de vinda dos principais candidatos na cidade. Desta forma, não está descartada a vigilância e cuidados com a segurança em Varginha. Todavia, não custa lembrar que a bem pouco tempo, um único internauta causou confusão e protestos na cidade ao iniciar uma campanha de ataques a autoridades e instituições em Varginha. Os ataques duraram por anos até que a Justiça conseguisse encerrar com as notícias falsas nas redes sociais. Neste caso era apenas uma pessoa, que conseguiu ficar por anos disseminando notícias falsas e causando protestos e tumultos. Já pensou no período eleitoral que teremos apenas 45 dias de campanha e milhares pessoas e até robôs que poderão estar usando as redes sócias no plantio de ódio e intolerância entre a sociedade? Será que a Justiça Eleitoral e o Ministério Público estão prontos para este desafio? Creio que não!  

Pesquisas no forno 

Quem acompanha o registro de pesquisas eleitorais na Justiça Eleitoral sabe que tem muita notícia nova vindo por aí em breve. Mas quem acompanha a coluna sabe que, nem todas as pesquisas em andamento na região foram registradas. Ou seja, o que veremos publicado sobre pesquisas, será apenas “a ponta do iceberg”.  
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