O pagador de promessas
A Prefeitura de Varginha informa que o recadastramento para creche, para crianças de 4 meses a 3 anos, foi prorrogado. O objetivo do recadastramento é a atualização da lista de espera. A coluna lembra que a fila de espera já foi bem maior em outros tempos quando milhares de crianças esperavam por uma vaga e comprometiam a possibilidade dos pais de trabalhar, pois precisavam ficar em casa para cuidar dos filhos. Atualmente o governo municipal tem investido forte em Educação com o objetivo de, inclusive, zerar a fila e estruturar a área de educação. Afinal, zerar a fila das creches públicas foi uma das promessas do então candidato a prefeito Verdi Melo, fez em primeira mão a este colunista em entrevistas. A promessa se cumpriu há algum tempo, contudo, a demanda cresceu e voltou a fila, que deve ser finalizada novamente, mas fica a preocupação e instabilidade com tal gargalo. A vaga na creche é a primeira entrada do aluno na rede de educação pública e ajuda a construir os números da base de cálculo pelo qual o município precisa investir e planejar todo o restante da rede escolar para receber nos anos seguintes os alunos que chegaram agora no início da vida escolar. Ou seja, se falta creche agora é sinal de que, no futuro vai faltar vagas na pré-escola, no ensino médio etc. O prefeito tem especial preocupação com a Educação, pois sabe sua importância, mesmo porque, também o que não faltam pelos registros políticos passados são promessas de Verdi se comprometendo em acabar com as filas na Educação. Então, todo cuidado é pouco para que tal promessa não fique no rol das esquecidas pelo caminho!
Campanhas diversas
Varginha possui em torno de 100 mil votos, contudo, todas as eleições uma média de 10% dos eleitores locais não comparece as urnas para votar. Razão pela qual, inclusive, o Tribunal Regional Eleitoral, em parceria com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais está liderando uma campanha para o comparecimento do eleitor nas eleições. Tal participação efetiva na eleição é muito importante para definir os rumos de Minas e do Brasil. Além disso, temos ainda a importância cada dia maior do Legislativo em âmbito estadual e ainda mais em âmbito federal. Em âmbito estadual, muitas das ações e obras do Governo estadual não saíram do papel ou foram atrasadas em razão da falta ou demora para construção do consenso entre Governo de Minas e Assembleia Legislativa mineira. Já em âmbito federal a força do Congresso é ainda maior, tendo os parlamentares um grande controle direto sobre boa parte do orçamento federal, o que ficou claro com a revelação do “orçamento secreto”. Ou seja, mesmo que o eleitor queira votar apenas para governador ou presidente, sem valorizar o voto nos parlamentos mineiro e nacional, deve saber que todo governador ou presidente pouco ou nada faz sem que o Legislativo permita ou contribua. Assim, mais que participar efetivamente das eleições, votando em todos os cargos em disputa nas eleições, o eleitor também deve ter a mesma responsabilidade e comprometimento com todos os cargos em disputa. Votar apenas em deputados sem pensar no governador e/ou presidente, ou mesmo votar apenas no presidente ou governador, sem pensar na disputa legislativa pode comprometer seriamente o rendimento do seu “candidato predileto”. Fica a dica!
Campanhas diversas – 02
Pensando na importância de cada cargo em disputa nestas eleições e reflexo do rendimento do eleito em prol de Varginha fica clara a importância da união da cidade em torno de candidatos comprometidos com a cidade, principalmente nos casos de nomes para o Legislativo estadual e federal. O eleitor não pode cair no conto do vigário, acreditar em promessas ou “carinhas bonitas” nos muitos santinhos que recebe na rua ou que agora chegam por mensagem no celular ou e-mail. É preciso que o eleitor, principalmente em cidades com potencial de eleger sozinha parlamentares estaduais e federais, como é o nosso caso, conheçam bem cada candidato e seu alinhamento político em âmbito estadual e federal. Varginha tem condições de eleger dois deputados estaduais e um deputado federal, contudo, pode nem mesmo fazer um! Se o eleitorado local não aprender votar em conjunto pelo bem da cidade, escolhendo nome comprometido com nossa terra. Mesmo porque, candidatos e candidatas vão cair de paraquedas aqui em busca dos 100 mil votos de Varginha. Será que vale a pena votar em quem não se conhece? Vale a pena votar em quem não conhece nossos problemas e não vive nossas angustias diárias? Parece ser a receita do fracasso! Neste sentido, a cada dia a coluna acompanha pelas redes sociais e mensagens vindas de diversos grupos a chegada de “santinhos” com os mais variados nomes. Pessoas que se quer sabiam onde era Varginha ou quais nossas carências antes da chegada das eleições. Contudo, não sei se meu maior choque é pela “cara de pau destes candidatos e candidatas oportunistas ou pela falta de união interna do eleitorado e das lideranças locais”.
Meio Ambiente e Desenvolvimento
Em palestra sobre a “Descarbonização e o futuro do hidrogênio verde”, no auditório da FIEMG, em Belo Horizonte, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse que Minas Gerais é destaque no país nos investimentos em produção sustentável, tanto na indústria quando na agropecuária. Ele acredita que, em breve, o Brasil será protagonista em energia limpa no mundo, investindo, ainda, nas fontes de baixas emissões de carbono. Em sua avaliação, o país tem capacidade de quintuplicar a produção de energia solar, eólica e de biomassa. Atualmente, segundo Leite, o custo da energia limpa produzida no Brasil é de cerca de R$ 200 o MWh, ao passo que na Europa esse valor médio é de R$ 1.000 o MWh. A energia limpa sempre foi mais barata. A gente tem que transformar o indicador ambiental em indicador econômico. A agricultura brasileira, por exemplo, é a mais regenerativa do mundo”, mesmo sendo tal atacada e colocada como inimiga do meio ambiente, o que sabemos, não é verdade. O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, salientou que Minas Gerais é um estado que tem primado pela proteção ambiental. “Além de valorizarmos os nossos produtos, devemos valorizar mais essa nova indústria, que já é feita no Brasil e em Minas. A gente sabe da importância desse ativo ambiental e investe para fortalece-lo e ampliá-lo”, frisou. Roscoe apontou que, nessa área ambiental, o Brasil ainda não se vendeu da forma adequada. “A gente sabe que tem um ativo ambiental consolidado. Resta levar esse ativo ao mundo, para que o nosso produto seja mais valorizado por esse valor”, defendeu ainda. Para a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Carvalho, Minas Gerais já faz, há algum tempo, esse papel de se dedicar ao desenvolvimento sustentável e enxergar novos negócios a partir dessa associação. “Estamos avançando nessa direção. O presidente Flávio Roscoe é um grande defensor desse tema, da gestão mais efetiva do estado”, assinalou.
MG: mais de 3 mil motoristas contemplados Benefício Taxista no segundo lote
Minas Gerais está entre os três estados do Brasil com mais motoristas contemplados com o pagamento do segundo lote do Benefício Taxistas. No total, 3.006 profissionais mineiros receberam as duas primeiras parcelas, no valor de R$ 1 mil cada, referentes aos meses de julho e agosto. Os dados são do Ministério do Trabalho e Previdência, que coordena a ação. Em todo o Brasil, 31.867 taxistas receberam o benefício no segundo lote, pago nesta semana, na terça-feira (30.08). Além de Minas Gerais, apenas São Paulo, com 3.811 taxistas, e Bahia, com 3.418, tiveram mais de três mil motoristas contemplados no segundo lote. O primeiro lote do benefício foi pago no dia 16 de agosto, quando 245.213 motoristas de todo o País receberam duas parcelas de R$ 1 mil cada uma, referentes aos meses de julho e agosto. Considerando os dois lotes já pagos (nos dias 16 e 30 de agosto), o total de beneficiados é de 277.080 taxistas. O volume de recursos para o pagamento dos dois lotes é de R$ 554 milhões. A coluna questiona a destinação de recursos públicos com alguns benefícios dados sem critérios! O bolso do pagador de impostos não pode ser sangrado sem razão!
Pagar benefício sem cobrar melhoria e afronta a outros setores do transporte
Porque dar recursos públicos, sem qualquer contraprestação aos taxistas? O preço da corrida vai baixar? Os taxistas serão obrigados a fazer curso de direção defensiva, melhorar o veículo, fazer qualquer melhoria ao passageiro, que justifique tal gasto do contribuinte? Afinal, temos muito mais motoristas de aplicativos do que taxistas, que concorrem num mesmo mercado, sendo que taxis ainda possuem benefícios fiscais que os motoristas de aplicativos não têm! Assim, o benefício dado aos taxistas causou perplexidade em muitos outros trabalhadores do transporte. Em Varginha existem cerca de 100 taxistas e perto de 500 motoristas de aplicativos. Sendo que o volume de pessoas transportadas pelos motoristas de aplicativos é bem maior que o transportado por taxi, além dos preços serem também bem diferentes. Os taxistas cobram bem mais do cidadão e nem sempre oferecem carro novo e limpo, sem falar que muitos não aceitam cartão de crédito como pagamento ou se recusam a fazer corridas curtas! Ou seja, o transporte de passageiros é bem mais impactado pelos motoristas de aplicativos. O governo federal oferecer benefício a uma categoria sem exigir nenhuma contrapartida em benefício do contribuinte ou mesmo algo que modernize e melhore a própria categoria dos taxistas é puramente uma ajuda eleitoreira!
Romeu Zema se reúne com os Conselhos Empresariais em Varginha
No dia 01 de setembro, no 46º encontro dos Conselhos Empresariais, o Grupo composto por empresários e líderes regionais recebeu o atual governador de Minas Gerais, e candidato à reeleição, Romeu Zema. Este foi o quarto, e último, encontro de uma sequência de conversas que aconteceram entre o Conselho Empresarial do Sul de Minas (CESUL), o Conselho Empresarial da Zona da Mata (CEZOM) e candidatos ao governo de Minas Gerais, com o objetivo de que os empresários da região possam conhecer os candidatos, ouvindo suas propostas e estratégias para o desenvolvimento regional. Na ocasião, o governador foi apresentado aos dados compilados pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis e pelo Grupo de Estudos Econômicos do Sul de Minas (GEESUL) sobre a nossa região, com informações sobre população, área, PIB, IMPC, população empregada, número de empresas ativas, rendimento médio do trabalhador, além das vocações principais da região. Durante o encontro, Zema também apresentou dados da sua gestão como governador de Minas Gerais, e se aprofundou em algumas propostas para questões específicas que envolvem o sul de Minas. Conduzido pelo Vice-Reitor do Centro Universitário do Sul de Minas Felipe Flausino, o 46º encontro dos Conselhos Empresariais contou com mais de 70 participantes, dentre as presenças ilustres do Prefeito de Varginha Verdi Lúcio Melo, do Vice-Prefeito Leonardo Ciacci, do candidato ao Senado Marcelo Aro e demais autoridades políticas e empresariais, reunidas no Porto Seco Sul de Minas, em Varginha.
Protagonistas dos bastidores
A realização dos encontros dos Conselhos Empresariais promovidos pelo UNIS em parceria com a empresa Porto Seco tem mostrado a força política destes dois importantes parceiros em Varginha. Todos os principais candidatos que por Varginha passaram fizeram visitas ao UNIS ou ao Porto Seco, e todos os demais já receberam visita de interlocutores do centro universitário ou da empresa de comércio e logística. Não é mistério que os proprietários do Porto Seco sempre foram apoiadores de campanhas eleitorais no passado e hoje são próximos dos principais grupos políticos regionais. Já o UNIS tem o seu principal líder disputando vaga na Câmara dos Deputados com grande chance de vitória. A relação entre o mundo empresarial e a classe política, que sempre foi questionada por muitos tendo em vista que, às vezes, a existência de “interesses pessoais era maior que o interesse setorial ou coletivo”. Todavia, as relações irregulares e questionáveis têm dado espaço ao diálogo franco e aberto entre setores produtivos e a classe política, o que é muito saudável para a economia regional. É preciso que quem produz e emprega possa falar com quem faz as leis e gerencia o poder público. E para que tais conversas entre o poder público e o setor produtivo sejam eficientes na transformação da sociedade, é preciso que existam protagonistas do setor privado para organizar e institucionalizar os encontros entre os setores. Neste ponto, Varginha tem dado exemplo, pois vem construindo relação institucional entre políticos e empresários.