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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Troca de farpas; Entre as 1000 maiores; Do limão a limonada; A jato ou caminhando ; Desafio à Polícia
14/09/2022
 

Troca de farpas 

Entre os candidatos a deputados de Varginha e região tem ocorrido uma grande troca de farpas e provocações veladas. Ofensas que envolvem, inclusive, a vida pessoal. Ou seja, como sempre ocorre na política, estão batendo acima e abaixo da “linha da cintura”. O mesmo ocorre com os candidatos ao governo e ao senado, que inclusive já trocam processos na Justiça eleitoral. Certamente que se as ofensas entre candidatos em Varginha continuarem a aumentar, não haverá bandagem que cure as feridas e vaidades até as eleições de 2024. Ou seja, as brigas de agora vão durar até a eleição que vem. 

Entre as 1000 maiores 

A Revista Exame trouxe recentemente a relação das 1000 maiores empresas do Brasil, incluindo as instituições de todas as áreas econômicas. O setor de mineração e agronegócios destacam entre as empresas de Minas Gerais. Em Varginha a Cooperativa Minasul entrou na lista das maiores empresas, na colocação 531, no ano passado a cooperativa ocupava a 569 colocação. O crescimento deve-se às altas do preço do café, aliada a gestão eficiente da instituição. As vendas totais da Minasul ultrapassaram R$1.3 bilhões e pelo andar da carruagem devem crescer ainda mais ano que vem! 

Investimento em Educação 

A coluna sempre comenta os gastos e investimentos deste governo municipal, fazendo separação entre gastos (ao ver da coluna sendo o dinheiro público gasto com a manutenção da própria máquina pública) e os investimentos públicos (ao ver da coluna como recurso público gasto diretamente na população com foco no desenvolvimento futuro da sociedade). Neste sentido, vale a pena destacar o investimento da licitação 308/2022 da Prefeitura de Varginha, que visa comprar kits de uniforme escolares aos alunos da rede municipal de ensino. Tem sido uma prática a cada ano os investimentos na Educação. Além do fornecimento de uniformes, kits escolares, reforma, ampliação e construção de novas escolas, uma prática vinda da gestão passada de Antônio Silva, este governo inovou com a compra de tablets para informatizar a Educação. Este tipo de investimento, embora seja muito significativo no orçamento municipal, é algo que precisa ser valorizado, e também muito fiscalizado. 

Do limão a limonada 

A coluna destacou na semana passada sobre o movimento grevista que se instalou entre os servidores da coleta de lixo. O governo municipal atuou politicamente e milimetricamente em cada momento neste caso. Na semana passada, quando ainda tínhamos apenas a insatisfação dos servidores da coleta, o governo promoveu a nomeação de novos servidores para tentar “abafar” o movimento grevista. Não adiantou, pelo contrário, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais deflagrou e liderou o movimento grevista que chegou a 70% da coleta. Dezenas de bairros foram impactados e já na segunda-feira que passou muitos bairros não tiveram coleta. Os “marqueteiros do prefeito Verdi” entraram em cena para fazer circular um vídeo do prefeito informando o esforço do governo para evitar perdas à população. Contudo, diversas mensagens em redes sociais e e-mails à coluna mostraram que houve crescimento da insatisfação dos servidores e principalmente da população. O município contratou novos caminhões de lixo que começaram a atuar nesta semana, além de ampliar ainda mais as contratações de servidores para cobrir a deficiência de coletores. Nesta segunda, quando o quadro de servidores da coleta ainda não havia sido recomposto, os marqueteiros voltaram a entrar em ação com uma atitude arriscada. O próprio prefeito Verdi foi filmado ajudando na coleta do lixo. No vídeo que circulou pelas redes sociais fica claro que a filmagem é pequena e mostra que o chefe do Executivo municipal “fez mais uma ação de marketing que um trabalho público”. Afinal o prefeito não percorreu toda a cidade, correndo atrás do caminhão de lixo, pegando sacos de lixo nas costas e deparando com vidro quebrado e mau cheiro, como ocorre diariamente com os coletores. A ideia foi mostrar que o líder político sabe do problema e tem se esforçado para corrigi-lo. Verdi Melo sair à rua para coletar lixo por alguns metros não é tão diferente do saudoso ex-prefeito Mauro Teixeira que vestia de papai Noel no Natal para dar alguns presentes a crianças, ou quando pegava ônibus coletivo por alguns bairros da cidade. A ação é muito mais midiática que efetiva na solução do problema, mas não tenham dúvida que a imagem do líder político “recolhendo lixo vai ecoar por muito tempo e não duvidem de aparecer na mídia no futuro próximo quando se espera que Verdi vá tentar novo cargo político”. A conferir 

A jato ou caminhando 

As informações neste governo municipal têm muito de “merchan” para beneficiar a gestão e a cada dia fica mais claro a diferença de “atitude e disponibilidade” para atuar. Vejam que as imagens de Verdi Melo recolhendo lixo percorreram milhares de celulares e “vazaram rápido para a população e a imprensa”, enquanto que as respostas a questionamentos da imprensa ou dos vereadores “de oposição” na Câmara demoram meses a serem respondidas, quando assim o são. O Portal Varginha Online, órgão de comunicação digital reconhecido na cidade, publicou recentemente nota de repúdio com o descaso da postura da assessoria de comunicação do governo municipal. Justamente porque a assessoria do governo é rápida como um jato para distribuir informações e furos que beneficiam o governo, mas anda a pé quando se trata de fornecer informações que constrangem o governo municipal. Isso é um fato! 

Desafio à Polícia

Na noite da última sexta-feira (09/09) a delegacia de polícia civil de Varginha, no centro da cidade, foi atingida por pelo menos 6 tiros. As filmagens do momento do crime indicam que dois meliantes em uma moto teriam efetuado o disparo. Ninguém ficou ferido, mas o caso é grave e mostra o quando as forças de segurança da cidade estão sendo ignoradas pelo crime. É importante que a Polícia Civil identifique e prenda tais meliantes, sob pena de que outros casos, ainda piores, possam ocorrer! Quando os meliantes “perdem o respeito com a polícia é porque estamos próximos de anarquias onde ninguém da sociedade está seguro”. Será que a Polícia Civil vai conseguir vencer este desafio de prender os atiradores ou vai “engolir mais este desaforo vergonhoso”? 

Forças Armadas farão apuração paralela em tempo real 

As Forças Armadas farão uma movimentação inédita desde a redemocratização do Brasil: nas eleições, o Exército fará uma contagem paralela dos votos. Militares estarão em seções eleitorais em todo o país para tirar e enviar fotos do QR Code que consta nos boletins de urna. Os dados serão repassados ao Comando de Defesa Cibernética do Exército, em Brasília, responsável por fazer uma contagem paralela dos votos, ao mesmo tempo em que é feita a apuração do Tribunal Superior Eleitoral. Militares afirmam que a contagem será feita a partir de 385 boletins de urna, amostragem que seria suficiente para garantir 95% de confiabilidade da apuração paralela das Forças Armadas. Além disso, o resultado de cada boletim de urna será conferido com os dados enviados pelos Tribunais Regionais Eleitorais ao TSE. Em 31 de agosto, o presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, fechou um acordo com os militares para liberar que as entidades fiscalizadoras tenham acesso aos arquivos da totalização de votos, enviados pelos TREs. Com isso, as Forças Armadas terão acesso em tempo real a todos os dados referentes à totalização de votos – antes, as informações precisavam ser acessadas na base de dados do TSE, disponível na internet. Segundo membros das Forças Armadas afirmaram, os resultados apurados pelos militares devem ser divulgados na mesma noite do resultado oficial. Alguém duvida que as Forças Armadas saíram destas eleições muito mais politizadas e enfronhadas na política do em qualquer outra época, desde a redemocratização? E vale dizer que pelo Brasil afora uma infinidade de membros das forças de segurança municipais, estaduais e federais são candidatos a deputados e senadores, muitos com chances reais de vitória. 

Com o chapéu dos outros

Os santinhos de alguns candidatos que circulam por Varginha não passariam por uma “prova da verdade” para identificar as muitas fake News que estão por aí. São recursos federais que aparecem com “dois, três ou até quatro padrinhos diferentes”, sem falar em deputada federal que “pega para si o crédito de doações de equipamentos da iniciativa privada aos hospitais da região”. Realmente uma onda de fake News! “Filho feio não tem pai, mas os poucos bebês bonitos estão com tantos pais que seria preciso teste de paternidade, a política está neste nível na cidade”. Que vergonha!  

Mercado financeiro reduz projeção da inflação

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, caiu de 6,61% para 6,4% neste ano. É a 13ª redução consecutiva da projeção. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira, 12/09, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições para os principais indicadores econômicos. Para 2023, a estimativa de inflação ficou em 5,17%. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,47% e 3%, respectivamente. A previsão para 2022 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior 5,25%. Em agosto, a inflação teve novo recuo, de 0,36%, após queda de 0,68% em julho. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,39% no ano e 8,73% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano nesse patamar. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,25% ao ano. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7,5% ao ano, respectivamente. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Além da taxa Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 2,26% para 2,39%. Para 2023, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 0,5%. Em 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,8% e 2%, respectivamente. A expectativa para a cotação do dólar manteve-se em R$5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é de que a moeda americana também fique nesse mesmo patamar. 

Lucro das estatais 

Neste ano de 2022 a projeção é de que todas as estatais fechem com lucros e parte deste recurso seja devolvido ao governo para novos investimentos. Este saldo positivo já ocorreu em boa parte das empresas públicas no ano passado. Empresas como a Petrobras estão acumulando altos lucros, mesmo com a queda do preço dos combustíveis. Traduzindo em miúdos, quem conhece a economia sabe que, mesmo com todas as adversidades econômicas, políticas, pandemia etc, o Brasil caminha para melhorar. Mas é claro que, da mesma forma que melhorou de uns anos para cá, pode vir a mudar rapidamente, basta o rumo da política econômica mudar! 
 
 
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