Na semana que passou houve grande repercussão sobre as mudanças ocorridas no Mercado do Produtor, com a remoção de barracas e insatisfações de produtores. O governo municipal aproveitou para divulgar o projeto do novo mercado, alegando que a necessidade das obras, sujeira e contratempos da obra obrigavam as intervenções de agora. O governo só não deu ênfase aos quase R$ 18.5 milhões que vai gastar no projeto, isso sem falar na obra da rotatória e na avenida sanitária que também serão construídos na região. O valor total das obras deve ultrapassar os R$ 30 milhões de reais. Claro que será um conjunto de obras importantes para a cidade, mas o valor é realmente expressivo! O governo divulgou que o Novo Mercado do Produtor será entregue em um ano, ou seja, em agosto de 2024, às vésperas das eleições. Isso se tudo der certo! Vejam que outras obras deste mesmo governo atrasaram por uma infinidade de problemas inerentes a obras públicas como burocracias, contratempos contratuais e mesmo desapropriações. Para não ir longe, a construção do Centro de Esportes no Santa Maria atrasou meses por conta de uma enorme pedra encontrada no local quando da terraplenagem, que precisou de ser implodida por empresa especializada, o que encareceu e atrasou a entrega da obra. Tomara que problemas assim não ocorram com a obra do novo mercado, mas podem ocorrer. Curiosidade é que os poucos concorrentes que disputaram a obra “não deram problemas na licitação, aceitando mansamente o resultado da licitação sem brigas ou judicializações, afinal, perder um contrato de R$ 18 milhões não deve ser fácil”. Mas vencidos os entraves legais, agora o governo entra na fase de tocar a obra, numa região que possui grande fluxo de veículos e num mercado que não pode simplesmente ser fechado para aguardar a entrega da nova obra. Ou seja, a previsão da oposição é que dificilmente o governo Verdi entrega todo o complexo de obras que envolve o novo mercado em agosto de 2024, a menos que a obra seja inaugurada incompleta apenas para beneficiar a candidatura do Chuchu oficial. A conferir! 

É comum em época pré eleitoral o governo ficar mais “sensível” a pedidos populares e políticos a fim de ganhar aliados e apoio popular. Nas últimas semanas, após confirmar o retorno da Feira da Paz, evento público que a Prefeitura de Varginha não realizava a quase 20 anos, o governo resolveu trocar os convites por alimentos para apoiar obras assistenciais da cidade, o que é sem dúvida uma boa ação, (mesmo que motivada pelas eleições de 2024). Em seguida, no diário oficial tivemos a distribuição de recursos públicos a diversas escolas de samba e blocos culturais da cidade, mesmo fora do período carnavalesco ou sem contrapartidas por parte das entidades que já não desfilam há muitos anos, como ocorria no passado. Ou seja, as escolas de samba e entidades ligadas ao Carnaval, mesmo sem promover a festa de momo na cidade ou contrapartida dos recursos, recebem verba pública do município, num gesto “inesperado de bondade pré eleitoral com o bolso do contribuinte”. Será que o governo já está financiando a realização do Carnaval de 2024, com a volta dos desfiles das escolas e blocos nas ruas da cidade no ano das eleições? Certo mesmo é que, precisa ter critérios e contrapartidas na distribuição de recursos e compromissos de quem recebe tais verbas. A oposição dorme no ponto em testemunhar tais “farras do boi sem fazer nada”! Qual será a próxima ação, vão colocar uma barraca distribuindo recursos em praça pública? O governo vai criar uma “bolsa família municipal, quem sabe um Auxílio Chuchu ou Meu Chuchu Minha Vida”, pois só falta isso? 

A coluna tem dado destaque a necessidade de planejamento do governo municipal para as ações que tem iniciado agora e que demandarão enorme soma de recursos e responsabilidade do governo nos próximos anos. Ou seja, o governo Verdi precisa ficar atento para o passivo que pode estar criando para as próximas gestões. São contratações, projetos e assumindo responsabilidades para os próximos governo como se todas as gestões futuras fossem ter sobras de caixa como está ocorrendo com este governo. Uma das ações verificadas foi a delimitação dos perímetros de tombamento e entorno de tombamento e a definição de diretrizes específicas de proteção e critérios de intervenção de diversos imóveis locais, como o Teatro Capitólio, por exemplo. É certo que o governo proteja e planeje a conservação e proteção de bens históricos e culturais de Varginha, principalmente os imóveis públicos. Todavia, a ampliação da área de “proteção ou tombamento, bem como a inclusão de bens particulares”  pode causar problemas semelhantes ao ocorrido com o antigo imóvel do Cine Rio Branco que ficou décadas abandonado no centro da cidade. Além disso, o atual governo construiu moderno plano de conservação dos bens culturais da cidade, sem que também reserve recursos para tal proteção é meramente politicagem para ganhar apoio. Se o governo quer proteger os bens culturais da cidade, que crie fundo e destine recursos próprios para que as próximas gestões tenham forma de continuar a cuidar dos muitos patrimônios locais. Criar estrutura no papel, tombar imóveis sem garantir recursos para a conservação e manutenção de tais estruturas é mera burocracia que pode, no futuro próximo, mais atrapalhar que ajudar. 

A coluna vem questionando o constante repasse de recursos públicos da Prefeitura de Varginha aos cartolas do futebol regional, sobretudo o Boa Esporte e o Varginha Esporte Clube – VEC. Entre os questionamentos está o retorno desses times para o esporte amador da cidade ou capacitação de atletas locais. Pois bem, na semana passada, recebemos a notícia de que com 70% do time composto por atletas de Varginha, o VEC está na 8º colocação na 1ª divisão do Mineiro, sub-15 e sub-17. Com isso os atletas locais têm oportunidade de competir com grandes times como Atlético, Cruzeiro e América, bem como serem vistos por grandes times nacionais. As equipes do Sub 15 e Sub 17 do VEC são treinadas por funcionários da prefeitura, em colaboração do Município com o clube. Assim, começamos a verificar o início do retorno do alto investimento do município no VEC, com a possibilidade de grandes atletas serem formados na cidade e alcançarem o sucesso profissional, pelo que torcemos, alias. Parabéns ao VEC, mas ainda não sabemos o que o Boa Esporte tem feito pelo esporte amador local? Será que faz alguma coisa ou os milhares de reais de recursos públicos destinados ao Boa Esporte vão apenas para a “cartolagem”? 

Nesta semana passada a Avenida Celina Ferreira Ottoni registrou mais um grave acidente de trânsito. O grande fluxo de veículos e os acidentes frequentes são preocupações de moradores há alguns anos. Recentemente, sugestões para a avenida foram discutidas na Câmara de Vereadores. O local é conhecido como ponto de frequentes acidentes de trânsito na cidade. Segundo o Corpo de Bombeiros, na noite da segunda-feira (03\07), uma mulher morreu e quatro pessoas ficaram feridas após um caminhão perder o freio e atingir um carro. O ponto da rotatória é um local crítico e perigoso da avenida Celina Ottoni, o local tem um declive tanto de um lado, quanto de outro, que deve dar em torno de 8 a 9% de declividade, que com veículo pesado realmente vira um problema muito sério. E ainda, no sentido que aconteceu o acidente, tem um redutor de velocidade eletrônico que costuma acumular veículos que diminuem a velocidade e que, felizmente naquele momento, estava livre. Caso contrário, o acidente poderia ter sido muito pior. A avenida Celina Ferreira Ottoni liga vários bairros da cidade, como Centenário, Damasco, Santana e Sion. Por isso, a via possui um intenso e constante fluxo de veículos. Atualmente, a estrutura é dividida por um canteiro central que separa os dois sentidos, que já possui comércio intenso e em crescimento, o que indica que medidas de planejamento precisam ser tomadas agora. Uma lombada eletrônica funciona na avenida desde 5 de agosto de 2022. Inicialmente a lombada teria caráter educativo, alertando os motoristas da velocidade permitida de 40 km/h. Além disso, a avenida também tem um redutor de velocidade que fica próximo a uma rotatória. A Prefeitura de Varginha tem projeto de construir “anel rodoviário” para tirar o trânsito intenso do centro da cidade, principalmente veículos de grande porte. E a Av. Celina Ottoni era uma das vias que integraria este anel, todavia, devido ao crescimento da cidade, a avenida Celina Ottoni já é avenida de comércio intenso e caminha para ficar como a Av. José Justiniano dos Reis, que é uma importante artéria comercial e de trânsito de vários bairros em Varginha. Por certo que o Departamento Municipal de Trânsito, Demutran, precisa replanejar o crescimento da cidade e novas vias de acesso rápido e contorno da cidade. Atualmente, a avenida do Contorno, avenida Celina Ottoni e outras que antes eram rodovias longe da cidade ou vias de trânsito rural hoje são vias urbanas de crescente fluxo de veículos e comércio. Sem dúvida será uma missão difícil este planejamento.  

A coluna vem cobrando há muitos anos a implantação do gás natural em Varginha pela Gasmig, empresa estatal controlada pelo Governo de Minas. Diversas fábricas seriam beneficiadas mudando sua planta industrial para gás, que em muitas atividades seria mais vantajoso que energia elétrica, bem como a indústria automobilística seria beneficiada com a distribuição de gás natural veicular nos postos de combustíveis da cidade. O gás natural é mais barato e pode render mais que a gasolina, barateando o frete de produtos e serviços, trazendo benefícios para toda economia local e regional. Contudo, a Gasmig vem enrolando Varginha e região e o governo municipal não têm força política para fazer a estatal cumprir com seus compromissos de desenvolver o estado de forma isonômica. Grande parte dos investimentos da Gasmig estão na Capital ou região metropolitana e Varginha recebeu agora um novo golpe (boicote) da Gasmig, ao anunciar que a empresa vai construir gasoduto entre Pouso Alegre e Extrema, projeto também antigo, mas posterior a promessa e projeto de levar gás a Varginha e Três Corações. A estimativa é que pelo duto de 120 quilômetros de extensão, que será construído entre Pouso Alegre e Extrema, serão transportados aproximadamente 150 mil metros cúbicos de gás por dia. Depois de anos de cobrança, a espera das indústrias pelo gasoduto Sul vai beneficiar as empresas de Pouso Alegre e Extrema, bem como empresas que estarão ao longo do gasoduto entre as cidades. A Gasmig vai investir R$ 350 milhões para tirar o gasoduto do papel gerando empregos e renda para Pouso Alegre, Extrema e mais 6 municípios que serão beneficiados diretamente. O comando da Prefeitura de Varginha já esteve reunido com a direção da Gasmig por várias vezes e recebeu apenas promessas! Será falta de liderança e força de nossos líderes municipais ou descompromisso, falta de planejamento e parcialidade da Gasmig ao priorizar o gasoduto de Pouso Alegre. A conferir 

A tentativa de sufocar a criação de candidaturas concorrentes ao candidato Chuchu Oficial estão cada dia mais descaradas e traumáticas. Depois de dar um golpe nas lideranças locais do Partido Liberal e assumir a legenda na cidade, os articuladores do governo agora assediam líderes políticos locais, pressionam servidores, articulam com lideranças regionais e estaduais a “captura de legendas e usam a máquina para tentar dar músculos a uma candidatura de papel”. Não será enfraquecendo outros candidatos que o “meu querido candidato chuchu vai se fortalecer”. O candidato oficial não tem qualquer experiência administrativa no Executivo, tendo assumido “a caneta de algumas poucas áreas do governo apenas agora depois que o prefeito viu que não há tempo de construir outro nome”. O candidato oficial não sabe apresentar projetos ou concatenar ideias próprias em público ou diante de uma câmera ou plateia, além de trazer um histórico de inimizades dentro do partido que o construiu, nomes que foram sufocados por articulações lideradas por ele. Atualmente “aquecido no poder do governo que possui caixa sobrando, o candidato oficial não tem grupo, está rodeado por pessoas que no passado já combateu e que hoje, o apoiam por ser a última esperança de manter a atual estrutura de empregos de muitos no governo. As tentativas de sufocar novas candidaturas opositoras está por expor as chagas do modus operandi dos mais perversos articuladores deste governo. Isso apenas faz com que a oposição se consolide em torno daqueles que sobrarem para mudar o que aí está. Jogo arriscado e perigoso, não se sabe o que querem preservar ou esconder, o porquê de tamanho medo de combater novas ideias e candidaturas de partidos antes aliados ou legendas independentes. Se o candidato Chuchu Oficial deseja se vender como um “grande estadista e líder republicano, pode começar agora agindo como um, pois será cobrado agora e no futuro, pelos atos que fizer ou que permitir que sejam feitos em seu nome”!