Foi inaugurado na semana passada em Varginha o Centro de Excelência em Cafeicultura, que recebeu da Federação da Agricultura de Minas Gerais (FAEMG) investimentos da ordem de R$ 13 milhões na construção da unidade, com 5.100 metros quadrados, em um terreno de 20 mil metros quadrados doado pela Prefeitura de Varginha. O empreendimento oferecerá cursos técnicos e de graduação, formando profissionais bem preparados para o mercado, além de estabelecer parcerias e desenvolver projetos visando o desenvolvimento da cafeicultura de todo o país. Minas é o maior produtor de café do país, com 52% do total e o Sul de Minas responde por 50% desse volume. Esta nova estrutura voltada para a cafeicultura potencializa ainda mais a liderança de Varginha no setor e abre portas para novos investimentos do setor privado, pois vai gerar valor agregado à cadeia produtiva do café e promover mais conhecimento técnico e científico aos produtores e empresas da cafeicultura.

A Federação das Indústrias de Minas Gerais – Fiemg promoveu a segunda edição do Imersão Indústria de 2023, que aconteceu entre segunda (23) e quinta-feira (26) e debateu temas como sustentabilidade, competitividade e gestão, com foco em meio ambiente, energia e ESG. Em quatro dias de evento, ocorreram painéis e palestras simultâneas sobre gestão e liderança, negociação coletiva, impactos tributários, economia voltada para negócios, micro e pequenas empresas, ESG, inteligência artificial, entre outros. Entre os palestrantes, Danilo Gentili, apresentador, escritor e empresário, Samy Dana, economista e comentarista da rádio Jovem Pan, Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, e Carlos Melles, ex-presidente do Sebrae nacional e seis vezes deputado federal, foram alguns dos convidados. A Fiemg tem conseguido mobilizar lideranças de diversos setores além da Indústria para capacitar todo o setor produtivo.

A Companhia de Abastecimento de Minas Gerais (Copasa) apresentou na terça-feira (24/10), os primeiros resultados do projeto Compost Tree “Produção de fertilizante orgânico composto classe B a partir do biossólido gerado nas ETEs”. O objetivo é a produção em escala industrial do fertilizante utilizando o lodo gerado pelas Estações de Tratamento de Esgoto da Copasa (ETEs) e resíduos da poda urbana de árvores.  Ao deixar de enviar o lodo de esgoto para os aterros sanitários, o projeto visa minimizar os impactos ambientais causados pela emissão dos gases de efeito estufa e contribui para a economia circular. O projeto piloto – o primeiro da Copasa para utilização de lodo desidratado de ETE para este fim – foi inspirado na experiência da cidade de Saga, no Japão, trazida pelo corpo técnico da companhia após participação de missão promovida pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica). A iniciativa é resultante do acordo de parceria para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) assinado entre a Copasa e a Transplantar Tree e conta com o apoio da Cemig. Enfim uma notícia inovadora vinda da Copasa, a empresa vira e mexe é notícia em Varginha, mas não por notícias inovadoras ou investimentos inéditos, e sim pela falta de abastecimento de água e contas salgadas. Seria uma boa sugestão às autoridades de Varginha e ao comando da empresa, se o projeto de produção de fertilizante orgânico fosse implantado em Varginha. Nossa cidade e região, como grande produtora de café demanda muito fertilizante, logo teríamos demanda para toda a produção de fertilizantes oriundo do lodo produzido nas ETEs locais. Fica a dica e a parabenização à Copasa pela iniciativa!

Na última segunda-feira (23/10), a concessionária EPR Vias do Café assumiu a administração do terceiro lote do Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de Minas Gerais (Varginha-Furnas). Iniciou-se na segunda 23/10 a etapa de trabalhos referente aos serviços de correções funcionais das rodovias que fazem parte do lote concedido, incluindo intervenções nos pavimentos, nas drenagens existentes, revitalização da sinalização e limpeza de áreas laterais, visando melhorias nas condições de viagem e ampliação da segurança viária. As rodovias sob responsabilidade da EPR Vias do Café somam 432,8 quilômetros, localizados entre as regiões de São Sebastião do Paraíso e Três Corações, contemplando 22 municípios. Os primeiros trabalhos de correções funcionais e conservação das rodovias ocorrerão a partir desta semana entre o KM 234,3 e o KM 171 em ambos os sentidos na CMG-491, de Varginha a Alfenas, e entre o KM 234,3 e o KM 255,3, também em ambos os sentidos, de Varginha a Três Corações. Vale ressaltar que o trecho entre Varginha e Três Corações possui problemas graves de avarias na pista, mato alto e a obra de duplicação paralisada a mais de 4 anos. Esses locais estarão sujeitos a eventuais bloqueios temporários e operação pare e siga. Em locais onde ocorrem as intervenções, a velocidade permitida da via é reduzida para 40 km/h. As rodovias estarão devidamente sinalizadas com placas indicando os desvios e manobras a serem realizadas pelos motoristas, além da velocidade. Em caso de chuva, o trabalho das equipes poderá ser reprogramado. O projeto de concessão tem duração de 30 anos e nesta fase de trabalhos iniciais, conforme contrato do projeto, além das correções das rodovias, está prevista a construção de instalações operacionais, que incluem bases de serviços operacionais (para atendimento de usuários), centro de controle operacional, praças de pedágio e balanças de pesagem de veículos de carga. No total, serão investidos em torno de R$ 2,6 bilhões ao longo do período de concessão. O valor proposto de pedágio nesta concessão segue sendo questionado por motoristas e lideranças políticas da região. O valor está em torno de R$ 13 (treze reais) em cada praça de pedágio! No trecho entre Varginha e a Rodovia Fernão Dias, um dos mais movimentados e que já registrou diversos acidentes por conta da paralisação da obra de duplicação e estragos da via, está previsto a criação de uma praça de pedágio. Todos querem saber quando será iniciada a cobrança e se as obras de duplicação serão concluídas antes da elevada tarifa ser colocada em prática?

As construções políticas municipais estão aceleradas, mas ainda nos bastidores, sem movimentação pública fora do mundo político local. A chapa oficial ainda não está consolidada. Não faltam nomes governistas que gostariam de ser ungidos à condição de candidato oficial para a sucessão de Verdi Melo. Contudo existe um “entendimento controverso no governo de que o vice Leonardo Ciacci seria o candidato oficial para sucessão. Digo entendimento controverso porque existem figuras no governo que gostariam de ser o candidato ou que acreditam que o vice Leonardo Ciacci é muito fraco e não tenha capacidade técnica e política para substituir Verdi”. Primeiro porque Ciacci não tem mais um aparato e grupo político da forma que tinha quando estava no Partido Progressista. Embora Ciacci esteja no Partido Liberal, maior partido do Brasil, não há certeza que o comando da legenda em MG vai investir recursos em uma possível campanha municipal em Varginha, diferente de quando estava no PP e a legenda, por meio do deputado federal Dimas Fabiano, sempre contribuía nas eleições majoritárias. Outro ponto é o próprio apoio político de Ciacci, que hoje se resume basicamente a alguns dos apoiadores do próprio governo Verdi. Ou seja, apoiam Ciacci por conta do prefeito e não por liderança nata do vice moribundo! Na tentativa de fortalecer uma eventual candidatura de Leonardo Ciacci já disseminaram a notícia de uma possível vice de Ciacci ocupada pelo ex-prefeito Antônio Silva, o que não condiz com a realidade, pois Antônio Silva nunca disse que aceitaria tal “rebaixamento político, visto que nunca foi vice de ninguém, ainda mais alguém menos preparado que ele”. Neste contexto, surge o nome do jovem vereador do PTB Dudu Ottoni, nome novo na política que tem se destacado no Legislativo, seja em casos controversos ou não, Dudu Ottoni é uma liderança de personalidade.

O vereador petebista foi o mais votado desta legislação, tendo recebido 1.293 votos, e já ocupado a presidência da Câmara. Embora tenha se destacado mais como “líder do governo, do que na presidência do Legislativo”, Dudu Ottoni fez uma presidência serena e não cultivou adversários quando comandou o Legislativo, mas nunca escondeu que almeja retornar ao comanda da Câmara. Esta pretensão, aliás, foi a razão para seu desentendimento com algumas lideranças políticas. Empoderado no Governo Verdi Melo por ser um árduo defensor do governo, Dudu Ottoni, até aqui, é um dos edis que mais conseguiu liberar recursos, obras e emendas no governo municipal. Alguns creditam isso à boa articulação do parlamentar, outros creditam o sucesso de Dudu Ottoni no governo ao bom alinhamento com seu primo também poderoso na administração municipal: o Secretário de Governo, Carlos Honório Ottoni (Honorinho). De qualquer forma, é fato que Dudu Ottoni tem condições de ser um bom vice para Leonardo Ciacci, pois traria sangue novo para o “político profissional Ciacci, que a décadas está empregado em cargos públicos bem remunerados, além de somar a chapa oficial o apoio do PTB e a tradição de uma família que está arraigada na vida política recente da cidade: Os Ottonis”. Também vale registrar que Dudu Ottoni tem sido um bom vereador, embora por vezes seja “miope a falhas do governo”. Sem falar que Dudu é hoje um parlamentar com relações importantes no mundo político e empresarial. Tem boa interlocução com grandes empresários locais e ótima relação com a deputada federal Greice Elias, que “lhe deve apoio em razão dos votos conquistados na cidade em razão do trabalho de Dudu”. Tudo isso combinado, faz de Dudu Ottoni um vice por merecimento na chapa governista. Resta saber se o jovem parlamentar vai querer trocar uma reeleição praticamente garantida no Legislativo em 2024, pela aventura de uma vice incerta! A conferir!

A Prefeitura de Varginha tem comemorado o aumento do Valor Adicionado Fiscal - VAF – da cidade que vem crescendo exponencialmente. De 2021 para 2022 o aumento foi de 58,16%. Esse é um reflexo do trabalho de atração de indústrias e novos investimentos na cidade, promovidos pela iniciativa privada. O trabalho de todos os empresários, empreendedores e trabalhadores do município fizeram este crescimento de 58% de 2021 para 2022. Isso mostra também que Varginha é um lugar certo para se investir. Um dos reflexos da elevação do VAF será o maior repasse futuro de impostos estaduais ao município, proporcionando maior receita para investimentos em saúde, educação e segurança pública. Não se sabe se o município já tem previsão do reflexo deste aumento do VAF nas receitas futuras à cidade e já planejou onde investir os recursos. Se não o fez, deve fazer o quanto antes. Afinal, pela experiência de tantos governos municipais, estaduais e federais que já passaram, o cidadão tem visto que o recurso que chega no caixa público sem projeto e destinação específica acaba por ser gasto em aumentos ao funcionalismo, benesses e gastos de manutenção da própria máquina pública, sem nenhum retorno à população com novos investimentos.  

Como todo trabalhador que com seu suor faz por merecer um descanso, a Coluna vai tirar uns dias de férias, retornando no dia 22 de novembro. Neste tempo de descanso vamos estar recebendo os e-mails do leitores e também respondendo eventuais questionamentos, enviados por e-mail. Este jornalista, mesmo no período de descanso, vai continuar conversando e ouvindo diversas lideranças municipais e regionais para levar a você, Leitor, as articulações políticas em andamento e os projetos futuros em construção para o desenvolvimento de Varginha. Certamente que muita coisa não vai agradar a todos ou nem mesmo se torne realidade. Mas o mundo político é mesmo assim, cheio de “blefes, contendas, conchavos e pacificações, talvez por isso se chama política e não tricot”. Um grande abraço a todos os leitores que seguem a Coluna, dia 22 de novembro estamos de volta, até lá!