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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Não cabe mais ninguém!; Articulações em construção; Troca de acusações e denúncias; Força e transformação do Comércio; VTC: Qual o destino do clube?
25/02/2024
 
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Não cabe mais ninguém!

A coluna conversou com alguns articuladores políticos regionais sobre a movimentação das legendas para as eleições de 2024. A percepção é de que muitas das costuras realizadas agora tem conexão com as eleições de 2026, o que é muito comum, visto que na eleição das prefeituras é construída as possíveis dobradinhas das eleições de deputados e governador, dois anos depois. Neste sentido, os apoiadores locais dos deputados federais Dimas Fabiano (PP), Diego Andrade (PSD), Greice Elias (Avante) e até mesmo Odair Cunha (PT) acompanham com preocupação a proximidade do ex-prefeito de Pouso Alegre e atual deputado federal Rafael Simões do atual governo. Muitos acreditam que Simões trabalha para fazer dobradinha com o prefeito Vérdi Melo em 2026. Para isso, primeiro terá que convencer Verdi Melo a ser candidato a deputado estadual, o que não será difícil, se o prefeito fizer o sucessor! Segundo, vai precisar vencer a torcida contrária de muitos na atual base do prefeito que já estão comprometidos em apoiar outros deputados federais em 2026. Alguns dizem que a possível entrada de Rafael Simões em Varginha, com apoio do prefeito Verdi, pode até influenciar as articulações que estão sendo construídas agora em 2024. No pano de fundo de tudo isso, está a grande aprovação da gestão Verdi Melo, que certamente garantiria boa votação a Rafael Simões em 2026. A conferir!

Articulações em construção

Os caminhos do PSD em Varginha são monitorados por muitas outras legendas no governo e na oposição. A legenda tem como seu principal líder regional o deputado federal Diego Andrade, que atua em 2024 já pensando em 2026. O PSD já deu sinais de que pode não estar no barco de apoio ao candidato oficial na cidade. Um médico e líder do PSD local disse à coluna que a legenda pode ter candidato próprio, com apoio de outras legendas locais nas eleições municipais deste ano, rivalizando com o candidato oficial do PL. Atualmente o PSD tem apenas uma secretaria no governo municipal e dizem que, ainda assim, seu espaço estaria limitado ao secretário da pasta e a nenhum outro cargo. Dentre as possibilidades da legenda na cidade, a união do PSD na chapa de oposição liderada por PP, PV e PT, poderia render na próxima gestão até três secretarias ao PSD, em caso de vitória nas urnas, o que ampliaria a atuação da legenda na cidade. O PSD tem nomes para uma composição majoritária e proporcional, com grande possibilidade de eleger vereador em 2024. Uma candidatura puro sangue do PSD é pouco provável, mas não seria impossível, a depender dos recursos disponíveis e nomes locais dispostos ao desafio das urnas. O PSD também é cortejado e tem conversas com o MDB, do pré-candidato Stefano Gazzola, que já tem o apoio do Cidadania. Uma eventual aliança entre MDB, PSD e Cidadania poderia construir uma terceira via robusta, com recursos financeiros, tempo de TV e rádio além de uma forte chapa de candidatos a vereador para as eleições municipais. Uma possível união de MDB e PSD colocaria em risco tanto o candidato governista do PL quanto o candidato de oposição do PV, uma vez que os levantamentos eleitorais mostram que boa parte do eleitorado do candidato do PL e do PV tem como segundo candidato o nome do MDB. Ou seja, Stefano Gazzola, nome do MDB tem condições de tirar votos dos governistas e da oposição. Além disso, numa eventual dobradinha entre MDB e PSD, o partido de Diego Andrade teria espaço na chapa majoritária e mais espaço na gestão que o prometido pela oposição. Trocando em miúdos, o PSD tem muitos caminhos, mas em apenas dois a legenda entra na chapa majoritária, lançando candidato próprio ou dobrando com o MDB.

Troca de acusações e denúncias

O clima entre governo e oposição parece que azedou bem mais cedo do que se esperava. Como de costume em ano eleitoral, tudo começou com provocações por vídeos, piadas e paródias distribuídas por redes sociais. Depois foram as fofocas direcionadas com insinuações e ilações. Aliás, isso foi o início das brigas entre vereadores da oposição e governo, que até hoje gera mal estar entre vereadores no plenário da Câmara. Depois seguiu-se as tentativas de tomada de legendas na cidade, que aliás continuam, com rumores de tentativa de “golpe no PDT local”. Segundo fontes da coluna, o comando estadual do PDT teria sido procurado por um deputado federal com atuação em Varginha para mudar de comando da legenda na cidade. A movimentação gerou desgaste local e pode até significar perda de apoio ao candidato da oposição. Agora, bem antes do período eleitoral, já começaram a surgir denúncias anônimas, bem como, publicações apócrifas (sem identificação de autor) com ilações sobre os candidatos. Na esteira das ganâncias políticas, uma denúncia ao Ministério Público envolvendo um escritório local de advocacia e contabilidade e sua relação com o governo movimentou a semana. Vale pontuar que denúncia anônima, por si só, já descredencia o contexto denunciado, pois surge em momento turbulento e propício ao oportunismo eleitoral. Afinal, mesmo que se fundamente a denúncia anônima no medo da represália, o surgimento de denúncia neste momento é duvidável e suspeito. Mas o fato é que o calor político sobe cada dia mais e as autoridades judiciais e eleitorais “pisam em ovos, mais que os próprios acusados. Afinal, a credibilidade da Justiça, inclusive Eleitoral, não anda boa em todo Brasil. Já os políticos bandidos, hoje, facilmente se confundem com os políticos honestos, pois criou-se no país uma vala comum para todo agente político e não sabemos quando a honestidade e eficiência de gestão vão voltar a ser moda nos poderes públicos no Brasil”.

Pouso Alegre terá investimento de R$ 80 milhões da Unilever

A Unilever, que tem uma fábrica instalada em Pouso Alegre, anunciou o investimento de R$ 80 milhões em 2024 para a expansão de mais uma linha produtiva da maionese Hellmann’s. De acordo com a empresa, os recursos permitirão que a operação tenha um aumento de duplo dígito na capacidade de produção quando as obras estiverem finalizadas, com previsão para maio de 2025. A empresa de suma importância para a região está na cidade desde a década de 70 e emprega, atualmente, 1,1 profissionais, com 800 funcionários diretos e 300 indiretos. Na disputa pela liderança por investimentos no Sul de Minas, a pequena cidade de Extrema tem liderado, seguida por Pouso Alegre, Varginha vindo em terceira colocada, próxima de Poços de Caldas na quarta posição. Os números mostram o crescimento do PIB de cada uma das cidades no Sul de Minas. Cabe ao governo de Varginha usar os recursos da arrecadação extra das empresas e investimentos que chegam para dar mais eficiência e agilidade ao governo municipal, mais estrutura, mobilidade e qualidade de vida à população, pois isso é o diferencial na escolha de quem vai investir. Saber aproveitar o momento para fazer escolhas certas é fundamental, para o governo municipal e instituições locais, para que Varginha possa melhorar e quem sabe liderar o ranking de investimentos e desenvolvimento no Sul de Minas.

Força e transformação do Comércio

A economia brasileira tem percebido cada dia mais a força do comércio, principalmente o consumo interno nacional das famílias brasileiras. O comércio e os serviços são os que mais empregam e de longe tem mais capilaridade e proximidade com a população. Ao longo dos anos, com erros e acertos dos governos, influenciado por questões sanitárias como a Covid, o comércio e serviços sofreram perdas bilionárias, mas estão aprendendo a crescer e com planejamento. Isso é percebido com ações simples como as realizadas agora pela Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Varginha – Aciv. A entidade está finalizando um intenso trabalho de pesquisa, em parceria com o sindicato e Geesul, para saber informações e colher sugestões sobre o melhor horário de atendimento do comércio local, bem como melhorias na convenção coletiva do setor para aprimorar as vendas. A Aciv também está ouvindo os consumidores para saber qual a percepção sobre a qualidade do comércio e serviços de Varginha. Todas as informações vão subsidiar a nova direção da Aciv, comandada pelo empresário André Yuki, para melhorar a atuação das empresas do comércio e serviços, bem como a prestação de serviços e apoio que a Aciv presta aos seus associados. André Yuki tem um grande desafio à frente da Aciv, pois o comércio enfrenta hoje uma grande ameaça com a venda de produtos importados da China, sem cobrança de impostos. Tais produtos chegam através de vendas digitais em portais que muitas vezes nem são sediados no Brasil e estão inundando o mercado nacional e Varginha não é diferente. Os produtos chineses chegam a cidade com preços mais baratos e fazem concorrência desleal as empresas locais, que pagam impostos e geram emprego e renda na cidade. Conhecer as potencialidades e fraquezas do comércio local, bem como saber o que o cliente pensa e espera do comércio local é a primeira fase para que a Aciv e as empresas possam recuperar o mercado perdido e se reinventar na economia cada dia mais globalizada.

Taxa de desemprego em MG marca 6,1 % em 2023, a mais baixa desde 2012

 Em 2023, a taxa de desemprego média anual em Minas Gerais registrou 6,1%, recuo de 1,1 ponto percentual (p.p.) frente a 2022 (7,2%). Essa foi a menor taxa registrada desde o início da série histórica, em 2012. Vale destacar que essa taxa foi inferior à verificada no Brasil (8%), evidenciando um mercado de trabalho mais aquecido no estado do que no país. Tal resultado foi influenciado pelo desempenho superior ao nacional de algumas atividades em Minas Gerais. No estado, entre 2022 e 2023, a população ocupada registrou crescimento de 1,1% na indústria geral, de 12,7% em transporte, armazenagem e correios – reflexo da boa performance do segmento extrativo – e de 2,3% em outros serviços. Destaca-se também o setor de turismo no estado: a população ocupada em alojamento e alimentação cresceu 3,2%, expansão acima da média nacional (2,5%). Os números mostram que MG está fazendo o dever de casa, tanto o governo Zema como o setor produtivo. E esta sintonia entre empresários e governo estadual não é por acaso. O governo Zema viu que precisa facilitar a vida de quem trabalha, produz e gera emprego. Por isso centenas de empresas estão fazendo fortes investimentos em MG e milhares de pequenos e médios empresários já descobriram que a desburocratização do governo estadual está facilitando o trabalho do empreendedor. Mas o caminho ainda é longo para quem concorre com grandes empresas globais, digitais e de outros países “onde os governos atrapalham menos” que no Brasil. Ocorre que a conscientização e trabalho conjunto precisa envolver também os municípios, pois as prefeituras de Minas ainda precisam modernizar a gestão para ganhar mais eficiência. Sem falar no fundamental apoio e mudança de atitude do governo federal, que precisa gastar menos e com mais eficiência, bem como desonerar os setores que são altamente tributados que, na verdade, é quase toda a economia nacional. E para quem acha que o pagamento de impostos é realizado pelas empresas, está enganado, quem paga impostos é a população. A indústria, comércio e agronegócios apenas repassam à população os muitos impostos e taxas que os governos cobram.

VTC: Qual o destino do clube que foi referência em lazer e esporte em Varginha?

A coluna tem recebido diversos e-mails, inclusive com fotos, da estrutura abandonada do Varginha Tênis Clube – VTC. O local possui diversas piscinas, algumas com água verde, com risco de contaminação em tempos de dengue, bem como quadras e espaços de lazer que no passado formaram centenas de atletas locais. O VTC realizou diversos eventos como shows, bailes de carnaval e competições esportivas que consagraram Varginha e os seus atletas. Mas este passado glorioso de conquistas hoje corre risco no momento em que toda a enorme estrutura do clube no centro de Varginha está sem cuidados mínimos de manutenção, correndo riscos até de perda do patrimônio. Não se sabe quantos associados pagantes o clube ainda possui, sabe-se apenas que caíram muitos os pagantes mensais, mas fica claro que a arrecadação não está conseguindo custear as despesas de manutenção. Parte do patrimônio do VTC pertence ao Governo de Minas, que desconhece a real situação atual do clube, e não deseja assumir o comando da entidade. Aliás, nem poderia, devido a uma intrincada legislação que envolve um “draconiano” estatuto interno do clube e ainda interesses políticos existentes. Os poderes públicos, principalmente de fiscalização sanitária, ambiental e até urbanísticas precisam ser provocados ou receberem denúncias para fazerem seu papel em Varginha, e pelo visto não vai demorar para que alguém bata às portas do VTC para saber como anda aquele patrimônio ou até quando a estrutura vai aguentar sem qualquer apoio. A conferir
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