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Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
rodrigogazeta@bol.com.br
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
 
Dengue; MGC 491; ''Todos'' ão Marçal?; Trânsito e Números; Planejamento de gastos; Redes Sociais; Voz isolada
12/07/2024
 

Dengue: Números preocupam, descaso do Governo e da Sociedade também.

Em Varginha 29 pessoas já morreram por conta do aumento dos casos de Dengue que cresceram muito. Há quem diga que vivemos uma epidemia em algumas regiões e cidades do Brasil, com falhas do Governo Federal na compra e distribuição da vacina (a exemplo do que aconteceu na epidemia de Covid19). E também, problemas decorrentes da ineficiência dos municípios para manterem as cidades limpas e a população consciente da importância de não acumular água parada. Em Varginha o número de mortes é alto e certamente questionamentos estão acontecendo, ainda mais em ano eleitoral. Contudo, para o mundo político (sempre atento na coluna), não basta apenas criticar, isso é oportunismo! A questão é apresentar alternativas e soluções para possíveis falhas do governo municipal. Pois afinal elas existem (falhas do governo e soluções aos problemas). A questão é que no governo e na oposição não existem propostas, pois a população de Varginha não é devidamente esclarecida sobre seu papel em situações deste tipo. Sem falar que a população de Varginha é “boa para cobrar, mas, não foi orientada sobre fazer sua parte, sobre a responsabilidade de cada cidadão”. Ou seja, temos sim que cobrar a Prefeitura de Varginha para que tenhamos uma limpeza urbana eficiente, mas é mais importante ter uma população esclarecida e consciente de que não se deve jogar lixo pelas ruas. Temos sim que contar com uma rede pública de saúde eficiente, mas importante mesmo é que a população conheça e pratique hábitos regulares de higiene pessoal, limpeza e cuidados com a saúde, saneamento básico que não custam tanto assim. Traduzindo em miúdos, o Governo pode e deve fazer tudo pela sociedade, menos a parte do próprio cidadão! A sociedade varginhense é leniente e adversa a seus deveres como cidadãos porque não é condicionada, orientada por campanhas públicas governamentais a fazer seu papel. De nada adianta a Prefeitura de Varginha fazer mutirões de limpeza se a sociedade não for conscientizada do seu papel individual.

MGC 491: Duplicação parada, pedágio por chegar, mas acidentes continuam

Mais um grave acidente aconteceu na MGC 491, próximo a balança no trecho que liga Varginha a Três Corações. Este não é o primeiro e, infelizmente, não parece que será o último! Em que pese os investimentos paliativos da concessionária EPR na manutenção da importante via, fato é que precisamos da finalização da duplicação daquele trecho. A MGC 491 possui alto fluxo de veículos e justamente no trecho onde a duplicação parou, entre Varginha e a Rodovia Fernão Dias, temos uma das áreas de maior movimento. A empresa concessionária EPR vem tentando melhorar a imagem da concessão depois do grande desgaste com a divulgação do alto pedágio que será cobrado em breve (quase R$ 14 reais). Mas de nada vai adiantar a manutenção preventiva na via, a política de desconto do pedágio, as campanhas publicitárias etc, se não for anunciado logo o cronograma da retomada e conclusão da duplicação da MGC 491. Esta rodovia é importante para todo Sul de Minas por conta do escoamento da produção cafeeira da região. Não por acaso a via foi batizada como “via do café”. Diversas cidades vêm cobrando o Governo de Minas e outras autoridades regionais sobre uma solução final para a MGC 491 e outras rodovias adjacentes. Não podemos ficar presos apenas em valores de pedágio ou obras obrigatórias de manutenção. O objetivo precisa ser a conclusão da duplicação da via, bem como a duplicação de outras tantas rodovias importantes que cortam a região. Pior que pagar altos pedágios e impostos é verificar que tais pagamentos não estão trazendo solução para as rodovias! A coluna sabe que a MGC 491 vai ser tema de acalorados debates políticos nestas eleições e Varginha certamente está nesta relação de cidades que buscam soluções definitivas para este problema. Cabe ao Governo de Minas e a EPR ficarem atentos, pois serão trazidos para o debate nas muitas cidades que são cortadas por tais rodovias estaduais que foram entregues para a concessão da iniciativa privada. A coluna volta a dizer que não é contra a concessão, mas contra a cobrança de altos pedágios sem a solução definitiva para a qualidade das vias e fim dos muitos acidentes.

Campanha itinerante

Enquanto em Varginha a campanha eleitoral está restrita a articulações internas entre partidos e alguns poucos vídeos em redes sociais, em Boa Esperança e Poços de Caldas, por exemplo, os partidos e pré-candidatos já promovem encontros públicos com a população para debater ideias e projetos. Uma curiosidade é a efervescência da campanha em Boa Esperança e a ativa participação de políticos regionais, inclusive do atual prefeito e vice de Varginha. Nos últimos dias, o prefeito Vérdi Melo (Avante) e seu vice Leonardo Ciacci (PSD) estiveram na cidade de Boa Esperança para manifestar apoio à candidatura do ex-deputado estadual Dilzon Melo (PL) que vai disputar a Prefeitura de Boa Esperança.

“Todos” são Marçal?

O jornalista Jorge Marçal dos Santos, filiado ao Partido dos Trabalhadores de Varginha e com nome colocado como pré-candidato a prefeito da legenda, vem realizando diversas ações e articulações junto aos diretórios do partido e lideranças petistas de Varginha e região. Personagem histórico e polêmico do PT local, Jorge Marçal é contra o apoio do PT a candidatura a prefeito de Cleiton Oliveira (PV). O PT está unificado em uma federação partidária com o PV do deputado estadual Cleiton Oliveira e o PCdoB e precisa resolver com os demais partidos quem será o nome da federação, que na eleição funciona como se fosse um único partido. Segundo fontes da coluna no PT, a insatisfação interna da legenda está longe de chegar ao fim e o tempo está passando. Caberá aos partidos da Federação (PV, PT e PCdoB) e aos líderes regionais do PT “sufocar a rebelião do PT local ou voltar atrás com a ideia de lançamento de Cleiton Oliveira a prefeito de Varginha”. No governo municipal, percebe-se uma “ligeira e discreta torcida por Jorge Marçal e os rebeldes do PT, para que joguem água na pré-campanha de Cleiton. Curioso é que, por tudo que já aconteceu nos bastidores da política local, parece que até no Partido Liberal, do Zacarias Piva, também se percebe uma torcida a favor de Jorge Marçal”. Acreditam os concorrentes políticos locais que a chapa oposicionista da federação PT, PV e PCdoB liderada pelo petista Jorge Marçal seria bem mais frágil política e economicamente menor que uma chapa liderada pelo deputado Cleiton, do PV. O tempo está correndo e até a segunda quinzena de abril a federação precisa definir qual rumo tomar. A conferir!

Trânsito e Números

Depois que a coluna questionou a falta de transparência na fiscalização e informações do contrato de concessão da Área Azul, alguns vereadores e até pré-candidatos a prefeito atentaram para o problema. A Área Azul que gerencia o trânsito e vagas de estacionamento no centro comercial da cidade vem enfrentando problemas e reclamações. Achar vaga no centro é uma luta e isso impacta no movimento do comércio, na eficiência da limpeza pública e no desenvolvimento da área central da cidade, que começa a “exportar empresas e movimento para outras regiões da cidade com melhor planejamento de espaço para veículos”. Não se tem notícias dos valores repassados pela empresa concessionária da Área Azul ao Município de Varginha. A empresa está repassando valores corretos? Qual a receita mensal da concessão e quais os investimentos realizados pela empresa concessionária? Perguntas assim chamam a atenção de vereadores e lideranças políticas da oposição. Por certo que isso não será questionado agora, mas sim no fervor da campanha eleitoral. Cabe ao Governo Municipal e seu candidato oficial estarem preparados e com números exatos e de preferência positivos para apresentarem quando dos questionamentos públicos, pois eles virão!

Planejamento de gastos

Um dos principais nichos eleitorais focados por candidatos a vereador e prefeito é o Servidor Público, principalmente os servidores municipais, que são os mais afetados com a escolha do comando das lideranças políticas do Executivo e Legislativo municipal. Nas muitas andanças de candidatos e promessas de boteco e reuniões secretas, surgem promessas das mais escandalosas. De promessa de emprego a aumentos de salários e outras benesses a alguns setores do serviço público. Na maioria das vezes, promessas que jamais serão realizadas. Seja pelo (pouco) caráter de quem prometeu ou mesmo pela impossibilidade real de cumprimento de muitas das promessas de palanque. Mas o fato preocupante é que nenhum dos pré-candidatos a prefeito ou vereador sabe exatamente o mapa do crescimento vegetativo dos gastos com servidores públicos municipais. Principalmente os gastos com aposentados e pensionistas que crescem grandemente a cada ano. Afinal, os servidores públicos, diferente dos trabalhadores da iniciativa privada, aposentam com rendimentos integrais e ainda acumulam benefícios que muitas vezes permanecem com a aposentadoria, o que representa milhões em pagamentos de salários e pensões por parte dos cofres públicos municipais. O candidato a prefeito responsável, preparado e prudente deverá realizar estudos prévios para saber qual o custo da folha de pagamentos mensal da Prefeitura de Varginha pelos próximos 4 anos e os reflexos do crescimento do número de aposentados, pensionistas e novas contratações nos próximos anos; para apenas depois disso, saber o que poderá gastar com investimentos na cidade, no cidadão e mesmo nos próprios servidores públicos. Se é que os servidores públicos precisam de mais benesses!

Redes Sociais

A legislação eleitoral proíbe diversos tipos de ações, gastos e contratações durante o período eleitoral, o que impactou no funcionamento do Executivo e Legislativo municipal. As redes sociais (Instagram e Facebook) do Executivo, por exemplo, foram interrompidos em razão das eleições municipais. Mas isso em nada muda a enorme rede de informações digitais na mão do governo (candidatos) e outras instituições públicas, que possuem número de telefone, informações gerais, acesso a e-mails e outras formas de chegar a servidores, cidadãos e milhares de eleitores de forma rápida e direta. A coluna recebe diversas reclamações de eleitores que recebem mensagens pelo celular, por e-mail e até cartas pelos Correios de candidatos que jamais viram ou conversaram na vida. Como tais candidatos conseguem tais informações? Um mistério que também explica como bandidos conseguem informações bancárias digitais e praticam milhões de reais em golpes todos os anos. E percebam que se a Justiça estadual e federal não consegue identificar como os bandidos que a anos vem adquirindo dados sigilosos dos cidadãos para prática de golpes financeiros, a Justiça Eleitoral querer dizer que “fiscaliza e pune candidatos que utilizam informações dos eleitores de forma irregular é uma grande comédia”. Isso mostra o discurso caricato, fraco e patético da Justiça Eleitoral e Ministério Público quanto ao preparo e eficiência destas instituições na fiscalização do processo eleitoral.

Voz isolada

A coluna já destacou neste espaço o possível desconforto do procurador geral do município pelo “pouco carisma recebido por muitos dos colegas do primeiro escalão e outros ordenadores de despesa do governo, por conta dos muitos entraves legais colocados pelo jurista na realização de obras, ações, compras e contratações”. “Dr. Evandro é visto como aquele que tem aptidão legal para colocar água no chopp daqueles muitos que desejam gastar”. Contudo, no início do Governo o prefeito Vérdi Melo tinha o procurador a tiracolo para balizar todas as suas decisões, sempre respaldado em permissões ou proibições legais. 
 
 
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