O MDB de Varginha vai lançar chapa completa de candidatos a vereador nas eleições municipais de 2024. A notícia e a relação dos candidatos serão anunciadas na convenção municipal da legenda que acontece no próximo sábado, dia 20 de julho em Varginha. A convenção vai contar com a participação do vice-prefeito Leonardo Ciacci (PSD), que será candidato a prefeito e terá o apoio do MDB. O lançamento de chapa completa no MDB é uma vitória para a legenda, que espera voltar ao Legislativo municipal ano que vem. O último emedebista eleito para a Câmara de Vereadores de Varginha foi o saudoso radialista Carlos Costa. O presidente do MDB municipal em Varginha é o professor e ex-reitor do UNIS, Stefano Gazzola, que chegou a ser cotado para sair como candidato a prefeito pela legenda, contudo, com o caminhar das negociações políticas locais, o partido definiu por apoiar Ciacci. Segundo fontes da coluna, Leonardo Ciacci pretende participar das convenções de todas as legendas que definirem pelo apoio ao seu nome. Isso vai ajudar a consolidar o apoio ao vice nos partidos que devem formar o arco de alianças que dará sustentação política a Ciacci. Mesmo porque, é sabido que em muitas das legendas que pretendem apoiar Ciacci, há descontentes que preferiam outros nomes. Vale destacar, que não foi escolhido ainda o vice de Leonardo Ciacci, o que pode ser mais uma carta na manga para o comando da campanha de Ciacci captar novos apoios.

Muitas expectativas quanto à escolha dos vices na chapa encabeçada pelo Partido Liberal e pelo PSD. No PL o nome do cabeça de chapa será o ex-vereador Zacarias Piva, que já grava vídeos de apoio junto a personalidades do PL estadual e nacional, bem como com lideranças populares em Varginha. Muito se especula sobre o vice do PL sair do Partido Progressista, mas isso ainda não foi revelado. A vereadora Zilda Silva seria o nome mais forte. Já no PSD do vice-prefeito Leonardo Ciacci, a expectativa é quanto a possível escolha do ex-prefeito Antônio Silva para ser vice. Não se sabe se as especulações são reais, mesmo porque, quem conhece o ex-prefeito sabe que Silva não é nada previsível. Alguns articuladores políticos do governo aguardam como se dará a montagem das chapas concorrentes, principalmente as chapas encabeçadas pelo PL e PV, para somente depois definirem quem seria o melhor nome para formar chapa com Ciacci. A eventual escolha de Antônio Silva seria uma “carta na manga” para fortalecer a chapa em caso de “fortalecimento da oposição”. Há quem diga que Antônio Silva não sairia a vice, mas sim para vereador, alguns outros dizem que Antônio Silva não sairá candidato em 2024 e apenas daria apoio ao candidato governista. De qualquer forma, para quem conhece a história política do ex-prefeito Antônio Silva, com 4 mandatos à frente da cidade, sabe que “para Silva e para o mundo político, uma candidatura a vereador ou a vice seria encerrar a carreira com o rebaixamento de status político”. Alguns governistas alegam que já estaria tudo certo e definido com o convencimento do ex-prefeito sobre entrar na vice de Ciacci ou mesmo ser candidato a vereador, o que muita gente desconfia. De qualquer forma, até dia 15 de agosto, prazo da Justiça Eleitoral para fechamento das chapas, tudo pode mudar! A conferir

Entre alguns dos petistas locais, a relação com o deputado federal Odair Cunha (PT) dificilmente vai voltar ao que era antes quando o jovem Odair lançou-se candidato pela primeira vez a deputado federal e teve no PT de Varginha o apoio fundamental para se eleger. Estes mesmos petistas alegam que Odair estaria boicotando o PT municipal para não ter candidato próprio em favor de nome não petista. Odair Cunha afastou de Varginha após a saída do PT da Prefeitura e somente estaria retornando agora, e ainda boicotando a legenda nas decisões municipais. Pelo visto o maior adversário do PT local não estaria nos partidos adversários, mas nos próprios quadros da legenda

Não é mistério que o Boa Esporte é hoje um dos maiores focos de gastos do governo municipal na área esportiva. O time oriundo de Ituiutaba migrou para Varginha e mudou de nome após receber vários aportes financeiros da Prefeitura de Varginha, inclusive com a entrega do Estádio Municipal Melão. Tais investimentos e infraestrutura dados pelo Município foi fundamental para que o Boa Esporte conquistasse alguns títulos importantes e sobretudo faturar um dinheiro extra, visto que o Melão foi “alugado para jogos de outros times e o valor destes aluguéis não foram destinados à Prefeitura de Varginha, que é a dona do estádio”. Com o passar da parceria Boa Esporte e Prefeitura de Varginha o resultado do time nos campos foi piorando, enquanto que os gastos do Município para a permanência do time na cidade foram crescendo. Trocando em miúdos, corre à boca pequena que o Boa Esportes estaria a “um passo de anunciar a saída de Varginha, esperando apenas o final das eleições para anunciar a decisão”. Ora, mas se a decisão é técnica e os recursos públicos aportados no time tem justificativa, porque estariam esperando o final das eleições para darem a notícia? Qual candidatura municipal seria prejudicada ou beneficiada caso a decisão de saída do Boa Esportes fosse anunciada agora?

Reza o ditado que o Capitão não abandona o barco! Sabemos que no caso do Governo municipal muitos servidores estratégicos, ocupantes de cargos de confiança ficarão com Verdi Melo até 31 de dezembro. Mas do mesmo modo que a lealdade ao “capitão Verdi é vista com bons olhos, há quem diga que, mesmo se o Governo fizer o sucessor, muitos servidores estratégicos deste governo vão acompanhar Verdi Melo e sair junto em 31 de dezembro”. Isso ainda é uma especulação tímida, mas que ganha corpo à medida que outras informações vão se consolidando. Alguns dizem que uma eventual gestão Ciacci seria “muito diferente da atual e ofereceria riscos para os ordenadores de despesa”. Já outra tese aponta que, aqueles que deixarem o governo com Verdi Melo em 31 de dezembro de 2024 são aqueles que estariam sendo “escalados para a formação do time que Verdi vai precisar para 2026, quando dizem que o prefeito enfrentaria outra eleição”. Será mesmo?

Não temos visto nenhum dos pré-candidatos a prefeito falarem sobre a montagem de plano de governo ou proposta de gestão para Varginha. Não se sabe de nenhuma consulta a setores estratégicos do município ou mesmo a processo de escuta do setor produtivo para a construção de um plano de desenvolvimento para a cidade. Há grande expectativa de alguns setores como o Turismo de Eventos que tem diversas ideias e projetos a apresentar aos candidatos. Varginha possui uma legislação municipal tacanha e pouco estimulante para quem deseja desenvolver o turismo de eventos na cidade. E vejam que não estamos falando apenas em shows ou outros espetáculos, mas também em eventos profissionais como congressos, seminários, feiras etc. Tais promoções movimentam o comércio geral, rede hoteleira, bares, restaurantes, locadoras de veículos etc. Ou seja, é algo que precisa receber a atenção dos candidatos, mas pelo visto não haverá tempo para tal programação! Varginha tem um dos melhores aeroportos do Sul de Minas, está próximo de rodovias importantes como a Fernão Dias, além de possuir temas turísticos fáceis de desenvolver como o café, gastronomia, religião e não nos esqueçamos do Caso ET de Varginha. Mas até aqui, nenhum dos pré-candidatos tem nada a apresentar ou procurou ouvir sugestões destes setores da iniciativa privada.

A nomeação do novo conselho municipal da Cultura em Varginha parece ter “pacificado o setor cultural, pelo menos por hora”. Não se ouve notícias ou denúncias de irregularidades ou perseguições no meio cultural, o que acontecia com frequência a algumas semanas atrás. Muitos dos novos conselheiros municipais são alinhados a partidos políticos e até filiados a partidos da oposição, mas isso parece que não teve qualquer influência nesta “estranha calmaria”. Fontes da coluna no setor dizem que “as brigas de bastidores e descontentamentos teriam sido internalizados e não debeladas”. Apontam que todos no setor já teriam “escolhido lado e não estariam mais brigando porque a distribuição dos recursos das leis de incentivo silenciou os descontentes”. De qualquer forma, insistem em dizer que a grande maioria do setor cultural, embora estejam recebendo recursos do atual governo, vão mesmo despejar seus (poucos) votos fiéis nas candidaturas da oposição. É ver para crer!

Quais são as 10 maiores obras públicas municipais em andamento neste momento pela Prefeitura de Varginha? Qual o valor inicial firmado pelo município quando da contratação e início da obra e qual é o valor atual ou valor final da obra após os chamados aditivos contratuais? Já tem vereador e candidato fazendo levantamentos destas informações. A ideia é mostrar que o valor inicial das contratações, no final da obra, mostra-se bem maior que o valor ofertado pelos outros concorrentes que perderam as licitações. Uai, mas a quem interessaria fazer tal artimanha? As respostas não sabemos se virão, mas os questionamentos estão por vir quando do início da campanha eleitoral.

Nesta semana a Coluna passa uns dias em Brasília onde terá a oportunidade de visitar gabinetes no Anexo 4 da Câmara dos Deputados, bem como fazer visitas ao Senado e ao Palácio do Planalto. Em ano de eleições municipais, inverte-se a lógica das informações e para saber do município e as decisões que envolvem a cidade, muitas vezes é necessário ouvir os discursos e teses construídos na Capital Federal. No caso de Varginha, embora tenhamos poucos deputados federais com ligação direta com a cidade, são muitos os cargos chave de articulação política em Brasília que contam com pessoas ligadas a Varginha. Nossa cidade é citada a todo momento nos principais corredores de Poder da Capital Federal e a Coluna sabe onde captar cada uma destas opiniões e construções políticas que começam pela Capital do Poder.

As conexões do Partido Liberal com o Governo Zema e as pretensões do inexpressivo vice de Zema ou do próprio governador para as eleições de 2026 podem levar o Governo de Minas à imparcialidade nas eleições municipais em Varginha. O Partido Novo não terá candidato a prefeito na cidade e legendas como o Partido Liberal e Partido Progressista, que fazem parte da base de apoio a Zema na Assembleia Legislativa podem impor uma perda ao candidato governista nas eleições municipais. O próprio Zema teria dito que, se Vérdi Melo fosse candidato à reeleição, poderia contar com a presença e apoio do governador, mas parece que o apoio não se estenderia também ao vice. A disputa ainda está começando e não se descarta mudanças, mesmo porque, além de Zema, o vice-governador também teria pretensões políticas (bem menos reais que as do governador) e que poderiam trazer mudanças de atitude e apoio nas eleições de Varginha. Vale lembrar que como cidade polo no Sul de Minas, Varginha tem seu horário eleitoral retransmitido para centenas de outras cidades. Logo, para o Novo e seus medalhões, ficar fora das eleições em Varginha é perder a oportunidade de aparecer para muitas outras cidades e milhões de eleitores.