Na semana que passou a coluna entrou em contato diretamente com candidatos e com assessores dos candidatos majoritários a prefeito de Varginha. Estamos numa epopeia para tentar agendar a entrevista eleitoral com os três candidatos. Zacarias Piva (PL) não atende telefone e por diversas mensagens eletrônicas enviadas já tomou conhecimento do convite para a entrevista. Mas não respondeu se tem ou não interesse em dar entrevista ao Portal Varginha Online e Coluna Fatos e Versões da Gazeta. Fabiano Almeida (PV), por meio de sua assessoria, disse que tem interesse na entrevista, mas ainda não confirmou uma data. Já Leonardo Ciacci (PSD), conversou com a coluna programando a entrevista para o último final de semana, mas não apareceu. A coluna falou ontem com uma assessora de Ciacci para tentar reagendar a entrevista. Curioso que, nos bastidores, todos os candidatos possuem “restrições ou dificuldades quando se trata do relacionamento com a imprensa, ainda mais com a Coluna Fatos e Versões que sempre questiona ações ou omissões de ambas as campanhas”. Não faltam assessores ou o próprio candidato dando indireta que a coluna seria tendenciosa ou parcial, ou mesmo querendo conhecer as perguntas com antecedência. Na verdade, os políticos têm o mesmo receio do questionamento e ainda mais temor da réplica dos jornalistas, baseada em fatos. A Coluna Fatos e Versões e o Portal Varginha Online reiteram que o espaço está aberto a todos os três candidatos, bem como destaca que qualquer cidadão pode enviar perguntas aos candidatos para serem aproveitadas nas entrevistas. Nosso desejo é levar ao internauta e leitor as informações de cada candidato, cada proposta e plano de governo. Afinal, se nem mesmo apresentando plano de governo, registrado na Justiça Eleitoral e dando entrevistas gravadas com as promessas tem muita gente que não cumpre ou não se lembra do compromisso depois de eleito! Imagina se não existissem tais entrevistas e cobranças prévias por parte da sociedade?

Entre os articuladores políticos locais não se acredita que teremos muitas mudanças de grupos políticos no Legislativo. Ou seja, o prefeito eleito não fará maioria na Câmara e a oposição também pode se dividir em dois com a provável eleição de um vereador ou vereadora do PT nas próximas eleições. A reeleição na Câmara pode ficar na média de 50% , o que implica em 7 ou 8 novos vereadores e neste grupo de novos nomes está a esperança do novo prefeito conquistar mais apoio para ter governabilidade. Segmentos como servidores públicos, médicos, advogados e professores sempre tiveram representantes no Legislativo e devem continuar tendo. A surpresa pode ser o número de mulheres na Câmara, que tende a aumentar. Aliás, as mulheres são maioria no eleitorado, contudo sua representação política está aquém do número de eleitoras. Já temos vereador pretensioso “apostando que está eleito, bem como tem gente por aí apostando que será o mais votado”. As palavras de ordem numa campanha política são: Prudência e Humildade, coisas que poucos tem!

A Faceca vai promover hoje um debate entre os candidatos de Varginha. Não sabemos se todos os candidatos vão participar, afinal, boa parte deles tem medo do confronto. Mas a coluna torce para que todos participem e apresentem projetos e ideias e não levem adiante a política de agressão mútua que temos visto nas campanhas municipais no Brasil em 2024. Voltamos a dizer que os Planos de Governo dos candidatos a prefeito estão registrados na Justiça Eleitoral e precisam ser consultados pelo eleitor para que possam tomar uma boa decisão na escolha do candidato. Outros debates estão previstos em Varginha, mas não faltam especulações de que este ou aquele candidato “vai faltar ou vai participar apenas para atacar um adversário”. Os programas eleitorais dos candidatos, até aqui, apresentam poucas propostas e muitas delas sem a menor possibilidade de execução. Ou seja, prometer subsídio do governo para transporte, emprego e milhões de outras tarefas parece insano, pois a riqueza é gerada pelo trabalho da iniciativa privada. Logo, se o governo inibir ou desestimular o trabalho em prol da promessa de auxílios injustos, vai faltar dinheiro. Aliás, isso é o que vemos no atual governo federal, que tributa cada dia mais a sociedade, arrancando cada centavo do bolso do trabalhador para sustentar um governo pesado, ineficiente e que está criando um exército de “dependentes de auxílio governamental, a conta não fecha”. É preciso ter compromisso com as promessas, “existem terrenos na Lua, mas não podem ser utilizados comercialmente, embora muita gente compre e venda tais lotes”.

Em meio a diversas obras de pavimentação e manutenção de vias em Varginha, uma obra se tornou prioritária e estratégica para o Governo Verdi: A estrada da Flora! A via liga Varginha a Três Corações, por meio do distrito da Flora. A via é uma alternativa para quem quer fugir do alto custo do pedágio da MGC 491, que liga Varginha a Rodovia Fernão Dias. O asfaltamento da via foi prometido pelo prefeito Vérdi Melo a fim de aliviar os custos dos muitos motoristas que precisam transitar entre Varginha e a Fernão Dias na cidade vizinha de Três Corações. Ocorre que compete ao município de Três Corações o asfaltamento da via no trecho que pertence ao município. O volume de veículos aumentou muito na via e até mesmo carretas e ônibus são vistos circulando na via vicinal que começou a ganhar asfalto e melhor estrutura no lado pertencente ao município de Varginha. Por certo que, em breve, a pressão política vai fazer que a cidade de Três Corações também asfalte e melhore a estrada e assim toda a adjacência da via seja valorizada, o que já está acontecendo. Com a importância política que o pedágio da MGC 491 tomou na eleição de Varginha, é bem possível que a entrega do asfalto da via que liga Varginha a Flora tenha mais ibope que a entrega de obras já esperadas como o Centro de Eventos do Rio Branco, por exemplo. A conferir!

No setor cultural local borbulham comentários sobre a eleição do Conselho Municipal de Cultura e a liberação dos recursos de Leis de Incentivo. Boa parte dos produtores culturais de Varginha estão apoiando o candidato do PSD, Leonardo Ciacci, seja pela força “da caneta estatal ou pelo desarranjo da candidatura de última hora do PV”. Para quem é do setor cultural é quase impossível apoiar o candidato do PL, tendo em vista o conceito da legenda e seus líderes sobre as leis de incentivo. O mais contundente tem sido a relação dos produtores culturais entre si e no trato com o superintendente da Fundação Cultural. Todos os produtores que a pouco tempo juravam trabalho contrário ao governo e seu candidato oficial, “hoje aplaudem o governo e as ações do superintendente da Fundação. Foram todos convencidos? O setor vai demorar a se reorganizar após a eleição, e não faltaram “pedras, porradas e bombas quando os frágeis líderes municipais do setor se reunirem para traçar a vida depois da disputa das urnas”.

Varginha obteve novamente saldo positivo no número de empregos no levantamento apurado para o mês de Julho! Os números mostram que existe emprego na cidade, contudo, é cada dia mais difícil encontrar mão de obra qualificada. Cursos técnicos despejam profissionais no mercado anualmente, mas ainda assim, faltam pessoas. Muito disso deve-se, ainda, à dificuldade de muitas pessoas conseguirem a capacitação. Instituições como o Senai, Senac etc investem milhões de reais em capacitação, mas boa parte dos jovens não estão interessados, mesmo com tempo livre pois não trabalham e nem estudam, fruto de uma geração que deseja resultados rápidos, mas não se capacitam ou esforçam para começar carreira de baixo. Talvez estimulados por casos únicos e raros de sucesso nos esportes, na música, nos games etc, muitos jovens querem começar de cima, ganhando muito e sem a capacitação necessária. O saldo positivo dos empregos de Varginha, se analisado no perfil daqueles que estão empregados, vai apurar que boa parte da juventude ainda não trabalha, não estuda, não se capacita e nem deseja fazê-lo. Isso vai impactar no futuro previdenciário do Brasil e já está impactando no mercado de trabalho junto às empresas.

As três campanhas majoritárias locais parecem ter encontrado seus nichos de apoio específicos. A última candidatura a se constituir na cidade, depois de muita briga interna, começou a campanha atrasada, dependendo fortemente de apoio político e recursos de fora, claramente de lideranças federais aliadas do Governo Lula. Enquanto que outra candidatura majoritária, fundada principalmente no apoio de um deputado federal influente na cidade, faz campanha baseada no ataque, sem apresentação de propostas consistentes. Seja por amadorismo ou vingança, esta candidatura pode fazer a direita “menor ao final da campanha, do que quando iniciou os trabalhos, com esperança de muitos na apresentação de propostas”. E por fim, o nome mais conhecido e requentado por décadas na política local, acabou saindo do conceito de um “prato feito para um saboroso prato fino, em razão do despreparo dos demais”. Isso se mostra claro quando da conversa com grandes empresários locais, que apostam no processo de continuidade da política local. Esperavam uma candidatura de mudança sólida e fundamentada, propostas e ideias inovadoras e redução da máquina estatal. Todavia, diante de uma alternativa moderna que não apareceu, o setor produtivo vai cada dia mais apoiando a continuidade, sem promessas vãs ou “cavalo de pau na política pública”. Preferem apostar em um provável governo de continuação que deve andar a passos de tartaruga, mas pelo menos, deve caminhar para frente!

Como a candidata a vice-prefeita se propõe a defender o comércio e a produtividade local se nem mesmo ela tem patrimônio que evidencie seu trabalho de sucesso?

Como o candidato a prefeito se propõe a gerenciar com eficiência as contas públicas municipais se ele quebrou suas duas únicas empresas?

Como um candidato a prefeito propõe dar subsídio público (gratuidades) para setores como o transporte coletivo e outras áreas sem conhecer a realidade das finanças municipais e os limites legais de gastos públicos?

Como um candidato a prefeito se coloca como “leão brabo e desafiador, para os adversários, mas mia como um gato para o deputado federal que o controla”?

Dizem que o prefeito anseia pelo rápido final da campanha eleitoral para “colocar o dedo na cara de muitos que o teriam traído”. Tem um deputado federal que tem o mesmo desejo. Sem falar em um “super secretário” que não se aguenta de vontade de confrontar adversários. Calma gente, esqueceram que tem eleição logo ali em 2026? 

Conforme antecipou a Coluna e já ocorre em todas as eleições municipais nos últimos 20 anos, a Coluna Fatos e Versões e o Portal Varginha On-line vão entrevistar os candidatos a Prefeitura de Varginha. A entrevista será no estúdio que será montado no Jornal Gazeta de Varginha para receber os candidatos. Um candidato de cada vez, juntamente com seu vice, vai responder perguntas dos leitores de Fatos e Versões e Varginha On-line, bem como perguntas do setor produtivo local e também perguntas dos outros candidatos. Cada candidato terá direito a fazer uma pergunta para cada um dos outros dois candidatos majoritários. A coluna vai procurar o comando de campanha dos candidatos Fabiano Almeida (PV), Leonardo Ciacci (PSD) e Zacarias Piva (PL) para agendar a data da entrevista, que será reproduzida em vídeo no Portal Varginha On-line e no Portal do Jornal Gazeta de Varginha, bem como transcrita na Coluna Fatos e Versões. Os leitores de Fatos e Versões podem enviar e-mail para a coluna com sugestão de perguntas aos três candidatos. O e-mail da coluna é (rs.fernandes@fiemg.com.br) as perguntas dos leitores não serão identificadas quando da entrevista. Quem ainda não leu o Programa de Governo dos candidatos a prefeito, que foi apresentado à Justiça Eleitoral quando do registro das chapas, pode fazê-lo pela internet no Portal da Justiça Eleitoral. Aliás, o ideal é que todo cidadão e eleitor consciente analise a proposta de cada candidato antes de definir em quem vai votar!