Uma das torres está recebendo uma heróica restauração, com a colaboração dos fiéis. |
Praça da Sé vista a partir do Brás. |
Piso da Igreja é todo em ladrilho hidráulico. |
Detalhe de brasão na porta do Fórum das Varas Especiais da Infância e da Juventude. |
- Legal! Mas por onde começar?
- Pela igreja da Paróquia do Bom Jesus do Brás. O templo é belíssimo, embora seja vítima das trepidações e da poluição sonora e por fuligem, decorrentes do tráfego intenso da frenética Avenida Rangel Pestana. Seu visual está prejudicado pelos muros pichados da fachada e pelo desinteresse dos habitantes e da administração regional em restaurar o seu valioso acervo cultural e religioso. É de partir o coração!
A degradação da Igreja Bom Jesus do Brás. |
- Sei disso. Os vitrais multicoloridos, que retratam magnificamente alguns episódios da vida de Cristo, estão comprometidos. Os murais, esmaecidos pela umidade das paredes, já não enaltecem o ambiente sacro como ocorria à época em que a igreja foi inaugurada, em janeiro de 1903, com a presença do Bispo Dom Antônio Cândido de Alvarenga.
A charmosa Cantina Gigio vem contribuindo para a revitalização do bairro. |
- Pois é! Os italianos, espanhóis e portugueses que trabalharam com afinco na construção desse e de outros edifícios locais, com suas elegantes fachadas e suntuosos traços artísticos, não poderiam imaginar que seus descendentes, juntamente com os migrantes forasteiros, desfigurassem tanto a harmonia visual do bairro. E tudo por causa da ocupação desordenada, vil e avassaladora impetrada contra o tradicional reduto das classes trabalhadoras...
- Infelizmente, esta é a pura realidade. Mas eu te digo uma coisa: esse sistemático vandalismo foi e continua sendo praticado por pessoas que não têm a menor identidade com a cultura e a história do Brás. A situação ali está caótica!
- Mas será que você não está exagerando?
Colégio Romão Pulggari, no local em 1769 fora erguida em honra à Bom Jesus em honra à Bom Jesus de Matosinhos. |
- Não estou não senhor! Os jardins do Colégio Romão Pulgarri, por exemplo, estão repletos de embalagens de plástico lançadas pelos transeuntes; o Fórum das Varas Especiais da Infância e da Juventude, à Rua Piratininga, parece ignorar o lixo que a rodeia, bem como aquele acumulado em frente às lojas de equipamentos elétricos que, por sua vez, com suas portas e portões decorados por inábeis artistas grafiteiros, emporcalham ainda mais o visual. Um caos generalizado!
- Nossa! E o que é que nós podemos fazer? Como contribuir para devolver ao bairro um pouco da glória do passado?
- Devemos fazer o que temos feito: registrar a destruição, denunciar o descaso das autoridades para com o Brás, e exigir que sua revitalização se inicie imediatamente, antes que seja tarde demais.
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