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Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
 
Primeiro de Maio, dia do trabalhador
04/05/2006
 

Embu da Artes: obras de artista que imortaliza os Ameríndios

- Hoje, primeiro de maio, é comemorado o Dia do Trabalho. Deveríamos deixar para a semana que vem o envio do texto para a Coluna Brasilzão, afinal o Correio do Sul não tem expediente nesta segunda-feira...

- Ora, e por que deveríamos deixar pra semana que vem?
- Porque estamos ambos em trânsito por lugares diferentes. Eu no interior de Santa Catarina; você acaba de voltar do sertão de Mato Grosso... Além do mais, nossos leitores estão habituados a nos ler somente às terças-feiras...


Bira, à esquerda, incansavelmente resgata parte da culturab afro-brasileira

- Bobagem! Vamos aproveitar o gancho dessa data e falar um pouco de trabalhadores anônimos, de seres conhecidos e desconhecidos que encontramos por essas nossas andanças Brasil adentro e estradas afora. O Bira, por exemplo...

- Ah, sim! Bravo cidadão, esse Bira! Ser incansável, que dá aula de capoeira angolana às crianças carentes das comunidades ribeirinhas e interioranas da Ilha de Marajó, no Pará. Ele busca recuperar e revitalizar as tradições negras dos quilombolas anciães que ainda trazem em suas cansadas memórias os cantos, ritos, ritmos e danças de outrora.


Crianças recebem carinho do Lar da Benção Divina, em São Paulo. 

- É verdade. Ao mesmo tempo, de forma semelhante, um outro ser iluminado, aqui no sudeste, mais precisamente na grande São Paulo – a simpática e dedicada Sílvia Bueno –, auxilia, através de sua creche, pequenas criaturas a encontrarem amor, alimentação e carinho no Lar da Bênção Divina, um local onde os pais deixam seus filhos enquanto buscam o sustento no árduo trabalho nesta metrópole frenética e impiedosa.

- Pois é, meu amigo! Nós somos privilegiados por conhecer pessoas sensíveis, amantes do Brasil e de suas manifestações humanas e culturais. Lembra-se da querida Deolinda, de Belo Horizonte, que há anos busca a identidade do povo mineiro através do levantamento sistemático das festividades religiosas e pagãs que acontecem durante todo o ano em Minas Gerais?


Deolinda reúne informações sobre as festas populares de Minas

- Claro que me lembro! Deolinda conhece as sutilezas regionais, o encanto e a magia das manifestações folclóricas autênticas que ainda sobrevivem sem a descaracterização impingida por planos de marketing e pela divulgação institucional de marcas de produtos das grandes empresas, como as que estão destruindo o carnaval da Bahia.


As festas juninas reúnem habitantes, migrantes e imigrantes do 
Brasilzão 
- Sei disso! E você, lembra-se daquele pintor, o Raimundo, que pacientemente retrata com pincéis e tintas os indígenas em suas telas? Fomos ao ateliê dele na pequena e pacata Embu das Artes, em São Paulo, onde o artista imortaliza ameríndios, suas etnias e as características dos povos primitivos que compõem o mosaico dos habitantes originais dessa nação...


Em Conservatória, no Rio de Janeiro, buscamos participar da cultura 
musical local
- Como poderia me esquecer? Temos de nos lembrar também dos anônimos das festas juninas, manifestação de origem grega que tão rapidamente ocupou todas as regiões do País e que hoje aproxima os migrantes e imigrantes com aquelas deliciosas iguarias que vão de acepipes orientais a quitutes luso-tupiniquins, para a felicidade dos habitantes das cidades onde o evento ocorre...

- É, meu caro! Devemos continuar, incansavelmente, a crer que através de manifestações humanitárias e culturais conseguiremos preservar e mesmo desenvolver hábitos mais civilizados que nos levarão a respeitar o próximo, a natureza, o meio ambiente e, sobretudo, as diferenças regionais que fortalecem a alma brasileira. Por isso, um brado a esses valentes trabalhadores, e um grito de “viva” para o Dia do Trabalho!

-Viva! E viva também o nosso querido Brasilzão!

 
 
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