- Você foi à FITA?

- E você acha que eu a perderia?! Claro que fui! É certamente, um dos mais importantes eventos sobre a integração da região amazônica através do veio turístico-cultural.

- Quantos países compareceram ao evento?

- Vinte e sete! Além de representantes dos estados amazônicos e personalidades do mundo turístico, como o Presidente da Embratur e Secretários de Estado, que colaboraram para difundir e apresentar novas opções de roteiros de lazer na região.

A Superintendente do Sebrae, Sra. Maria Oslecy Rocha Garcia, acompanha os presidentes da ABAV, Empresa das Artes e Paratur no lançamento do Guia Turístico do Pará.

- Mas por que foi decidido que o encontro ocorreria em Belém do Pará?

- Porque a capital paraense é um dos portões de entrada do universo amazônico, além de se constituir num dos portos mais dinâmicos do norte brasileiro. Parte de seu casario e de seus prédios públicos, bem como algumas de suas igrejas, ainda traz em seu interior e em suas fachadas traços arquitetônicos representativos do fausto e do glamour de uma época em que todo o País buscava inspiração na cultura européia e na belle époque...

- O quê de marcante ocorreu por ali nesse período da História?

O universo de frutas regionais amazônicas acompanham o dia a dia dos habitantes de Belém.

Propagandas encobrem as fachadas do casario histórico da Capital

Maria Domingas, do Sebrae, eDiego Gazolaque fotografou o Pará para o Guia Turístico.

Essências e perfumes da região amazônica: cheiros do Pará.

- Além da influência européia na arquitetura? Muita coisa! Já ouviu falar da Cabanagem? Ou do Ciclo da Borracha? Tudo foi muito interessante e importante. Entretanto a principal mensagem levada a todos durante a FITA foi que o potencial turístico da região se baseia, sobretudo, nos aspectos naturais, afinal a Amazônia abriga a maior biodiversidade do planeta. Ao apreciarmos a Baía do Guajará e do rio Guamá, onde as águas turvas nos fazem sonhar com a natureza ainda intacta da Ilha do Marajó, percebemos que atrás de nós as velhas construções nos contam histórias ocorridas desde 1616, quando Francisco Caldeira Castelo Branco ali desembarcou e construiu o Forte do Castelo, ponto de origem da cidade de Belém. Desde então, muitas águas passaram pelo cais, e neste início de milênio a capital paraense recupera o seu acervo histórico-cultural através da restauração dos principais monumentos arquitetônicos.

- Dizem que a culinária regional é espetacular. Você acha que vale a pena um tour gastronômico por lá?

- Sem dúvida! Considerada a mais autêntica cozinha regional brasileira, as receitas paraenses apresentam os produtos típicos da Amazônia que recentemente passaram a fazer parte do cardápio dos principais restaurantes do País. A maniçoba, preparada com folhas de mandioca; o pato no tucupi, também à base de mandioca; além do tacacá, a iguaria mais popular e conhecida pelo seu gosto ligeiramente picante por causa das folhas de jambu... Enfim, um passeio pelo mercado Ver-o-Peso faz com que você se emocione com a variedade de ingredientes provenientes da floresta: raízes, folhas e frutos, além de peixes de toda espécie... Uma profusão de cores, de aromas e de sabores capazes de inebriar os mais sensíveis gourmands. Um verdadeiro espetáculo!

Belém se prepara para o sucesso brasileiro na Copa do Mundo

- Mas, para esclarecer a quem não sabe: o que é afinal a FITA?

- É a Feira Internacional de Turismo da Amazônia, uma iniciativa da Paratur (Secretaria de Turismo) que bravamente reuniu grandes parceiros visando levar a todo o Brasil e ao mundo os encantos amazônicos. Certamente, em breve Belém será parte essencial de um dos roteiros de viagem infelizmente ainda pouco explorados: a magnífica Amazônia!