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Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
 
Adorável Higienópolis
28/06/2006
 

Poluição visual das fachadas de estabelecimentos comerciais na Praça Vila Boim.

- Qual é o melhor bairro de São Paulo?

- Higienópolis, sem dúvida!

- Que nome estranho! Por que se chama assim?

- Antes de te explicar, quero observar que a história do bairro remonta a Martin Afonso de Souza, que doou aos Jesuítas as terras que hoje abrigam as ruas mais civilizadas da capital paulista. Após a expulsão desses religiosos do Brasil e da pátria-mãe, Portugal, todos os bens pertencentes à Ordem foram confiscados e, mais tarde, transformados em propriedades, chácaras e residências utilizadas para o descanso da aristocracia local.


Pouco caso das autoridades para com o patrimônio histórico de Higienópolis: o triste fim de uma bela fonte.

Na Praça Bueno Aires, homenagem ao tango argentino.

Fachada imponente do Edifício Piauí, símbolo de elegância e de bom gosto em Higienópolis.

- Mas quando surgiu o bairro?

- Bem mais tarde. Durante o Ciclo do Café, esses terrenos foram loteados, e surgiu então o empreendimento imobiliário dos alemães Victor Northnann e Martinho Burchard. Eles venderam, à burguesia de altíssimo poder aquisitivo da época, os terrenos já preparados para receber edificações luxuosas que poderiam contar com infra-estrutura urbana só encontrada nas melhores cidades do mundo: água encanada, iluminação a gás, arborização, e até uma linha de bonde elétrico. Tudo isso propiciaria a criação de um dos mais elegantes bairros da Terra da Garoa.

- E nos anos 50?

- Se me fez essa pergunta, é porque tem alguma noção sobre a evolução de Higienópolis. Pois bem, nos anos 50 apareceram os prédios residenciais, com apartamentos grandes e área comum de lazer, o que criaria novo conceito de bem estar numa metrópole. Hoje em dia, o bairro é um exemplo para as cidades brasileiras: ruas bem pavimentadas, calçadas uniformes, fiação elétrica subterrânea... Há ainda as arvores frondosas, que embelezam as vias movimentadas e os imponentes edifícios da Fundação Armando Álvares Penteado; da Universidade Presbiteriana Mackenzie – um exemplo do cuidado que se deveria ter para com o patrimônio histórico da capital –; e o Colégio Sion, defronte a um dos mais polêmicos e espetaculares conjuntos residências de São Paulo, o Edifício Bretagne, do arquiteto Jorge Artacho Jurado. Suas frondosas mangueiras à beira da piscina lembram os quintais de outrora, e seu jardim suspenso nos leva a um outro mundo, onde a convivência com a urbe se torna mais prazerosa. E é por tudo isso que eu adoro Higienópolis!


Um dos últimos casarões do loteamento das chácaras pertencentes aos aristocratas paulistanos.

Um dos mais elegantes centros comerciais de São Paulo onde a arquitetura está em sintonia com a elegância de Higienópolis

- Tudo bem, mas você não me disse o significado da palavra Higienópolis...

- “Cidade da higiene”. Tem tudo a ver, não é mesmo?

- Parece que sim! É, meu amigo... Este País está precisando de muitas Higienópolis...

- Se está!

 
 
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