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Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
 
Contra a discriminação e o preconceito, porém, a favor da Ordem
14/06/2007
 

Fantasia e imaginação durante a Parada

O sonho de se destacar por “cinco minutos”

O Brasil dá importantes passos contra o preconceito

A temática animal se confunde com a realidade

Necessidade e desejo de auto-afirmação

O arco-íris simboliza paz e tolerância

Slogan da Parada 2007

Reflexos de sonhos e buscas de novos horizontes

- Parada Guei, não te irrita este tipo de evento?

- Na verdade, não é bem um evento, mas, sim, um movimento.


Aproximadamente três milhões de pessoas compareceram ao evento

- Como dizem os “hermanos” argentinos, somos macaquitos. Sempre imitando os demais, não é mesmo?

- Peraí! Primeiro: Gay se escreve com gê, a e ípsilon.

- Pois é! Não é uma palavra portuguesa e nem mesmo brasileira. Em seguida, durante a festividade só se tocava música estrangeira, enlatados importados. Além do mais, foi um desperdício de dinheiro e de produção de material descartável que contribuiu para mais lixo na metrópole. Achei caótico!


Minas Gerais compartilha da liberdade de expressão

- Discordo veementemente!

- Não me surpreende. Você é mesmo sempre do contra.

- Não sou, não! A causa é justa! Não sei se você teve acesso, por exemplo, ao Guia para a Ação na Violação dos Direitos. A cartilha, financiada pelo Ministério do Turismo – leia-se: Governo Federal –, foi realizada pela Associação do Orgulho GLBT de São Paulo, e apresenta em seu conteúdo variados temas, como a manifestação livre do pensamento, a denúncia à violência ou aos direitos não respeitados, o atentado à cidadania...


Dança e irreverência com símbolos nacionais

- Estou ouvindo! Pouco convicto, mas ouvindo...

- Eles comentam sobre a violência no trabalho, a violência física, a violência sexual e até mesmo a questão do abuso de Autoridade. A questão vai além da preferência sexual e do comportamento das comunidades a favor ou contra a homofobia. Trata-se das diferenças de inclusão social, do acesso ao trabalho e à vida ativa pelo deficiente físico, das questões raciais, enfim, aborda assuntos prioritários e profundos que originalmente foram levados adiante pela bandeira do arco-íris.


Opções comportamentais eram temas do evento

-Mas não estaria, nesse caso, havendo uma confusão de mensagens ou uma mescla de defesas que não leva a nenhum lugar?

- É a impressão inicial, quando nos deparamos frente a frente com a irreverência, a alegria e a múltipla criatividade artística dos gays, lésbicas, simpatizantes e, sobretudo, dos travestis e dos transformistas. Mas o que mais me impressionou foi o trio elétrico devidamente equipado para transportar os deficientes físicos que, infelizmente, têm a locomoção limitada por suas cadeiras de rodas ou pela atrofia muscular. Foram 23 trios elétricos – barulhentos, é verdade! –, 3 milhões de pessoas reunidas na maior cidade da América do Sul, e, pasme!, houve apenas uma ocorrência de homicídio, sem notícias de saques ou de assaltos a mão armada, algo tão comum neste país desorientado.


Estilos e diferenças nas manifestações humanas

- É verdade! Estiveram presentes 800 soldados da Polícia Militar, inteligentemente distribuídos pelo trajeto do cortejo, centenas de heróicos garis que, ao final da festa, recolheram toneladas de lixo lançados à via pública. Aí o espírito cívico já não mais existe. Neste caso, o desrespeito para com o patrimônio público é geral!


23 Trios Elétricos alegraram o encontro

- O maior desrespeito, a meu ver, partiu do próprio Governo ao patrocinar 40 mil exemplares de um panfleto que orienta o indivíduo a utilizar drogas!

- Isto sim, é um absurdo! Li que a tal da cartilha traz o selo colorido do Governo Federal acompanhado do slogan “Brasil, um País para Todos”!


Assim que terminou a Parada, a Avenida foi tomada pelo heróico exército de garis

- O Brasil, às vezes, é Terra de Ninguém, Terreno Baldio de Todo Mundo, Universo de Invasões. Aqui, sempre se extrapola e se vai muito além dos limites toleráveis. A Parada Gay paulista, em si, é alegre, contagiante, brincalhona, séria e até filosófica.

- Entretanto, a infiltração de mensagens extremistas corresponde à realidade que vivemos no Brasil de hoje: desigualdade social, mendicância, tráfico e consumo de drogas, aliciamento de entidades representativas legais, má educação, desrespeito e descaso geral para com os princípios simples do bem viver. Será que tem solução?

 
 
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